O amuleto sagrado

Por Theka Tsukishiro

Disclaimer: Saint Seiya não me pertence... Pertence sim ao tio Kurumada e etc, etc e etceteraetal. Se você não gosta de Yaoi e Lemon (cenas de sexo entre homens) não comece a ler essa fic. Pode fechar ali em cima no xizinho, ou mesmo clicar em voltar, pois não vou aceitar nenhum tipo de reclamação ou comentário maldoso. Essa fic é sem fins lucrativos, e apenas para diversão. Reclamações? Já sabem... Reviews... Mesmo que sejam apenas pedradas. Krikrikrikri...

(U.A.)"A solidão nos faz pensar... Ela nos faz desejar estarmos nos braços do ser amado mesmo que isso às vezes pareça impossível. Mesmo que para isso tenhamos de a procurar por séculos e outras vidas." (YaoiXLemon) (Mu e Shaka)

Agradecimentos e explicações: Quero agradecer primeiramente a minha irmã pela paciência em me ouvir e me dar muitas idéias sobre o que fazer e quem usar para cada papel nessa fic. Valeu Tay-Chan, valeu mesmo! A Panpan, que me ajudou com a idéia de usar um universo alternativo e fazer uma coisa que eu pelo menos nunca vi, que é sobre arqueologia. Gostaria de deixar bem claro que tudo usado nessa fic, foi baseado em alguns filmes, mas o resto foi tudo de minha autoria e imaginação. Pesquisei nada sobre ano, mas sobre artefatos históricos do Egito antigo sim e várias maldições, se cometi algum equivoco ou engano, me perdoem. Qualquer semelhança é mera coincidência. Os sobrenomes Cheng, Huan, Larson, Avinash e Ferruccio são de minha autoria, plágios serão punidos com um belo Execução Aurora no meio das fuças. Se quiser usar, peça, por favor.

Era para ser o Presente de Natal para uma pessoa que eu estimo muito (Foi postada originalmente em Dezembro). Sabe... É incrível como conhecemos pessoas e em algumas horas ou minutos achamos que já a conhecemos a anos e anos. Sim... Essa fic é para minha amiga Lu, a Lhu... Isso mesmo! Feliz Natal!

Bjs

Theka

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Capítulo 1

Leilão de Artes e Relíquias Históricas Egípcias

Inglaterra – Março de 1928

Uma chuva fria e fina castigava a cidade de Londres naquela noite escura de meados do mês de março. Um Rolls Royce New Phanton 1927, preto e dourado, descia a rua em marcha lenta. Seus ocupantes em silêncio esperavam que o jovem motorista encontrasse um bom lugar para estacionar o veículo. Quando estavam passando pela frente do museu britânico, um dos ocupantes de cabelos revoltos e quase azulados de tão escuros, bateu com sua bengala de ponta prateada que lembrava uma cabeça de lobo no ombro do motorista.

- Giovanni, pode parar aqui! Noi vamos descer e aproveitar para no pegar questa chuva maledeta. Pare bem perto da entrada, capisce? – A voz grave com o sotaque italiano fez com que o outro ocupante sorrisse dengosamente olhando para o lado.

- Querido, essa chuva vai estragar meus cabelos! – Reclamou baixinho ao ver o carro parando no meio fio. Jogou os cabelos azul piscina para trás num gesto sensual e, segurou na mão enluvada que lhe era oferecida.

- Venha comigo, amore mio! No está chovendo tanto assim! – Murmurou com um sorriso debochado e ao mesmo tempo sedutor.

- Enzo, amore... Esse chuvisco vai molhar meu terno de veludo e acabar com meus sapatos de couro de javali. – Revirou os olhos fazendo doce e jogando charme.

- Amore mio, compro outros para você, mas sabe... Io prefiro você sem nada e em nostra cama! – Sussurrou com a voz enrouquecida bem próximo ao ouvido do ser andrógeno ali ao seu lado.

- Mio amore, se não entrarmos logo, vou virar um peixinho molhado fora da água. – Sorriu fazendo beicinho sedutor e saltando do carro rapidamente evitando uma poça de água e indo se esconder perto das escadarias do museu.

Sorrindo e fincando a bengala no calçamento da rua, o homem alto se aproximou de seu acompanhante e entraram juntos sem muitos alardes, o que era muito difícil de acontecer, pois estando na presença marcante de Afrodite Larson, ninguém passaria despercebido, até mesmo o senhor Enzo Ferruccio, o bilionário italiano conhecido pela alcunha de Máscara da Morte na Calábria, Itália seu país de origem, onde comandava uma das mais antigas famílias da Máfia.

O Rolls Royce afastou-se devagar e, outro carro idêntico ao primeiro só que nas cores vinho e preto se aproximou parando no meio fio. Rapidamente o motorista desceu e abriu a porta para os dois homens muito bem vestidos. Um deles mais alto e de belos cabelos longos esverdeados e olhos violáceos desceu primeiro indo proteger-se da chuva.

- Pode nos apanhar no final do leilão, meu caro Alfred! – Solicitou o mais baixo de cabelos castanhos avermelhados. E seguiu para perto de seu acompanhante subindo as escadarias e entrando no saguão do museu. – Espero não tê-lo atrasado muito, meu caro Shion, deveria ter me lembrado que sendo o curador do museu você precisaria chegar mais cedo!

- Não se preocupe, caro Dohko... Meus auxiliares já devem estar com tudo pronto para o começo do leilão. E como não precisarei leiloar nenhuma peça, poderei ficar apenas supervisionando a tudo. Vemo-nos quando tudo isso terminar... – E murmurou baixinho antes de sair de perto de seu acompanhante – Itoshi! – Sorriu galanteador e saiu rapidamente por uma porta lateral.

Retirando o cartola e as luvas, o rico industrial sentou-se entre alguns conhecidos e esperou pelo começo do leilão. Olhando ao seu redor reconheceu os senhores Larson e Ferruccio sentados quase nas primeiras cadeiras.

"Espero que eles tenham vindo para arrematar outro item que não seja o que eu quero, pois não estou nem um pouco com vontade de reviver o leilão de duas semanas atrás e ficar sem uma outra tela valiosa!" – Pensou Dohko, que detestava qualquer espécie de demonstração de falta de bons modos.

Olhando para trás discretamente, Afrodite vagueou o olhar pela sala que já se encontrava toda lotada. Virou-se para seu amado e com a voz baixa o informou. – Teremos muitos concorrentes essa noite, Enzo. – E fingiu olhar o programa onde as peças do leilão eram detalhadas passando as informações de sua procedência entre outras coisas. – Já vi o magnata Duque de Kensington, o bilionário Dohko Cheng das indústrias Cheng e o Barão de Canterbury.

- Espero no precisar enfrentá-los diretamente... – Respondeu pensativo. – No gostaria de gastar mais que o necessário como da última vez. – E ao ver o rosto desapontado de seu amante, apressou-se em dizer. – Ma Io no te deixarei sem tal artefato. – E sorriu ao ver o brilho incontido nos olhos azuis mais claros que as águas de uma piscina faiscar de desejo.

Shion surgiu por uma porta lateral acompanhado por um homem mais baixo, meio careca e de olhos verdes como duas safiras. Ele seguiu até o púlpito deixando o curador do museu parado ao lado de uma das grandes esculturas da sala toda decorada no estilo Vitoriano.

Limpando a garganta e olhando sério para todos a sua frente se fez chamar atenção. – Boa noite, senhores... Todos já me conhecem, mas para aqueles que são sua primeira vez em um leilão, eu sou Richard Sternington e, serei o leiloeiro oficial desta noite. – Fez uma pausa e olhou para o papel que se encontrava a sua frente. – Nossa primeira peça da noite será esse jarro encontrado intacto nas escavações no Templo de Philae. – Fez uma nova pausa para deixar no suspense. – Começaremos os lances com 3 mil libras. – E olhou para todos os presentes esperando pelos lances seguintes.

Um leilão pode muitas vezes ser muito interessante, mas quando se está querendo apenas um item às horas parecem não passar. Checando no programa quantos itens ainda faltavam para chegar à estátua da Deusa gata Bastet, Dohko sorriu ao ver que faltava apenas uma tapeçaria que sir Sternington já havia apresentado e dera o lance inicial.

Bom observador, Dohko notara que Ferruccio, o italiano, e o barão de Canterbury não haviam adquirido nada do leilão. Algo em seu interior alertou-o para que não se distraísse em momento algum.

Assim que a estátua de pouco mais de 60 centímetros da deusa Bastet foi exposta e seu valor inicial foi fixado, Dohko se preparou para o combate eminente.

- 10 mil libras, quem dá mais? – Começou o leiloeiro.

Dohko discretamente levantou a mão e o homem careca anunciou as 15 mil libras. Sem perder tempo Enzo ergueu sua bengala e, novamente foi anunciado o valor do novo lance.

- Quem dá mais? 20 mil libras, quem dá mais?

- 30 mil libras! – A voz do Duque de Kensington, famoso por apenas gostar de elevar os preços de lances, ribombou como um trovão cortando a sala.

A bengala com a cabeça de lobo prateado foi erguida novamente fazendo com que o leiloeiro anunciasse novo lance.

O italiano sorria abertamente, mas seu sorriso morreu ao ouvir outro lance do Duque quase dobrando o valor. Recebendo alguns cutucões de seu amado ao lado, Enzo ofereceu outro lance.

Para surpresa até mesmo do leiloeiro que suava em bicas, mesmo com o tempo ameno, o Barão de Canterbury fez seu primeiro e único lance. – 90 mil libras! – A voz calma de barítono.

Dohko parecia haver se desinteressado do artefato. Lançou um discreto olhar para o lado e viu Shion. Trocaram um rápido olhar e, erguendo a mão deixou que sua voz se sobrepusesse ao silêncio que o barão havia conseguido com seu lance.

- 100 mil libras!

- 100 mil libras! – Exclamou surpreso o leiloeiro. – Quem dá mais? Dou-lhe uma? – Olhou para todos os lados esperando alguns segundos.

Afrodite arregalou os olhos, preocupado e, olhou de canto para seu amado, este parecia inabalável com um riso de canto. Quase perdendo a compostura cutucou-o. O som do martelo batendo uma vez o deixando estarrecido.

- Dou-lhe duas!

- Enzo... – Suplicou Afrodite em voz baixa quase em desespero.

Dohko sorria, ele sabia que Enzo Ferruccio nunca fazia lances maiores que 100 mil libras. O baque alto do martelo na madeira encerrava o embate.

- Dou-lhe três! Vendido para o senhor Cheng por 100 mil libras. – Anunciou o leiloeiro feliz.

Como era a última peça há ser leiloada, todos foram se levantando e Dohko dirigiu-se para tomar posse de sua estátua e pagar o montante em libras.

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Afrodite mal conseguia acreditar no que havia acontecido. Olhava a todo o momento para seu amado não acreditando naquilo.

- No me olhe assim, mio amore! – Falou baixou ao olhar discretamente na direção em que o industrial e o curador do museu estavam. – Compro-te uma outra estátua mais bonita. – Olhou para frente e avistou o carro com Giovanni lhes esperando e abrindo a porta com sua aproximação. – Entre amato mio, no se preocupe, no precisamos daquele gato bobo.

- Mas Enzo querido... – Afrodite fazia beicinho. – Diz à lenda que a própria Nefertiti, filha do faraó Seth I, escondeu o mapa com a localização do templo de Ísis dentro daquela estátua. – Os olhos azuis estavam quase lacrimejantes.

- Tenha calma, mia Flor! – Sorriu enigmático.

- Você tem um plano, amore? – Afrodite arregalou os olhos e entrou no carro sentando-se no banco confortável.

Enzo apenas sorriu. – Para casa, Giovanni! – E abraçou seu amante dando-lhe um beijo exigente e sedutor.

Afrodite amava seu italiano, mas por mais que ele tivesse dito que tinha um plano, não conseguia se conformar por quase ter e perder. Assim que entraram na mansão do bilionário chefe mafioso, o andrógeno ser não conseguiu mais se segurar.

- Enzo, por todos os deuses... O que deu em você? – As mãos na cintura enfatizavam a zanga que lhe corroia as entranhas.

Acostumado com o temperamento volátil e perigoso de seu 'peixinho', Enzo o encarou com um sorriso nós lábios que lembrava a um gato que acabou de comer o canarinho, aquele jeitinho o deixava com o sangue quente e desejoso por uma boa noite a dois. – Mio amore, Io já te disse, para que gastar milhões quando podemos apenas deixar que eles façam todo o trabalho sujo per noi! – E se aproximou com passadas rápidas e o abraçou puxando-o para si.

O beicinho e a ira ainda estampavam o bonito rosto. – Mas queria muito ter o prazer de eu descobrir tudo!

- Carino, para que prazer como esse se Io posso te dar todo o prazer que quer... – E o olhou maliciosamente - Em cima de nostra cama! – E o beijou calando-o sem deixar que protestasse mais.

- Hm... – Ronronou o encarando após recuperar o fôlego. – Acho que lá em cima é bem mais aconchegante! – E desvencilhando-se dos braços do amado, subiu as escadas requebrando um pouco os quadris. – Te espero em nosso quarto, amore, mas guarda... – E virou-se com os olhos parecendo duas fendas – Vou cobrar seu plano como se fosse uma promessa!

Levantando as mãos para cima, Enzo riu gostosamente e soltando um palavrão em italiano e, subiu correndo atrás de Afrodite que, arregalando os olhos surpreso deixou um gritinho escapar-lhe dos lábios e correu para o quarto. – Não amore, não rasgue o terninho de veludo!

- Caspita, mia Flor... Te compro outro! – Enzo gritou ao bater a porta do quarto e avançar em cima de seu amado. O som de roupas sendo rasgadas e os risinhos de Afrodite encheram o quarto silencioso.

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Dentro do museu, Dohko observava Shion dando as últimas ordens para seus assistentes antes de poderem ir embora. Alguns minutos depois, ambos já estavam no banco traseiro do Rolls Royce vinho.

- Para onde, senhor Cheng? – Alfred perguntou mirando os dois sentados no banco de trás.

Dohko olhou para o namorado. – Koi, onde está Shun? – Perguntou com um sorriso sedutor encarando-o.

- Itoshi, ele está em Oxford, ele prefere ficar por lá durante o período letivo. – Shion respondeu sorrindo. Os olhos violáceos brilhando intensamente.

Sem dizer uma única palavra para o ariano ao seu lado, Dohko finalmente respondeu ao motorista, que já acostumara com as preferências do patrão e seu 'amigo'. – Alfred, para minha mansão. – E passou os braços ao redor da cintura do amado o puxando para si. – Espero koi, que esse gato... – E tomou a estátua que estava nas mãos do amado em suas mãos – Valha o que você disse.

- Dohko... Não é apenas um gato... É a representação da deusa Bastet. Ela pode aparecer de duas formas, com o corpo de gato e usando esse colar em volta do pescoço, ou humana, mas com a cabeça de gato. – Corrigiu-o amavelmente Shion e, ao ver o namorado sorrir balançou a cabeça negativamente. – Itoshi, você não muda. O papiro roubado do museu descrevia muito bem sobre onde seria encontrado o mapa para levar ao templo de Ísis e ao seu amuleto sagrado.

- Pena termos de quebrar tal escultura. – Dohko reclamou pesaroso mirando a estátua do gato preto com o bonito amuleto adornando-lhe o pescoço. Os olhos amarelados pareciam o enfeitiçar.

- Acredito que deva haver um jeito de retirar o que há dentro da peça sem a danificar, itoshi. Talvez meu irmão...

- Koibito... Deixemos isso de lado. Podemos pensar muito bem em chamar seu irmão pela manhã após o café da manhã. – Sorriu matreiro. – Eu tenho coisas melhores para pensar agora e devo confessar que essa estátua não é a prioridade. – E aproximou seu rosto do amado o beijando devagar. Ambos só separaram-se quando necessitaram de ar e, o carro já estava parando devagar a frente de uma bela mansão afastada do centro de Londres chamando-lhes a atenção. – Venha meu amor, hoje a noite é só nossa! – ronronou no ouvido do amado e saiu devagar do carro o ajudando a sair também. – Alfred, você pode se recolher. – Dirigiu-se ao motorista.

- Boa noite, senhor Cheng... – E fazendo uma mesura para o outro homem. – Senhor Huan.

Shion fez gesto de cabeça e seguiu abraçado com Dohko para dento da bela construção. Seguiram juntos até o gabinete do dono da mansão, pois o chinês queria assegurar que nada aconteceria com aquela estátua até terem descoberto como retirar o possível mapa que ali estava. Com o cofre, atrás de um quadro com desenho chinês, devidamente fechado, o casal de namorados seguiu para o quarto ricamente decorado.

Dohko viu quando seu amado sentou-se a cama e não estranhou ao vê-lo pegar o telefone. Sorriu e esperou até que ele terminasse de falar com o irmão. – Então? Mu virá amanhã para tomar café conosco ou depois do café?

- Você conhece meu irmão, itoshi, ele vira para o café e pode ir se preparando, pois tenho certeza que Shun virá junto! – Sorrindo levantou-se e começou a desabotoar a camisa branca que o chinês usava. – Você está muito vestido, itoshi!

- E você vai me ajudar a me livrar delas, não vai? – Ronronou dando-lhe um beijo na base do pescoço e puxando-o para a cama.

Rindo, Shion sentiu o colchão em suas costas e o peso de Dohko sobre si. – Desse jeito não poderei fazer muita coisa, itoshi, mas posso tentar. – E sorriu. Recebeu um beijo sedutor e as mãos de ambos deslizaram por todas as reentrâncias dos corpos.

:: Continua... ::


1º N/A (Dez/2007).:

Posso dizer que essa fic está sendo um desafio, e eu estou amando escreve-la! Espero que todos que tiverem a coragem e vontade de a ler, curtam... Peço desculpas por algumas alterações nas características dos persos, mas eu não consegui não mexer. Reviews please e, façam uma ficwriter feliz!

2º N/A(05/02/2008).:

Bom, por motivos de força maior, estou colocando no ar novamente essa fic. Além de minha querida PanPan a betar, dei umas arrumadelas necessárias depois de conversar com minha irmã.

Bjs

Theka