A/N: Depois de muito tempo, revisei essa oneshot. Foi a minha primeira fanfic de FT, e logo um hentai /apanha. De qualquer modo, mesmo depois de tanto tempo, se você leu, agradecerei se comentar. Agradeço a todos que comentaram antes. :') Vocês são uns amores. Boa leitura, até a próxima!


Paixão Incandescente


Tudo começou de uma forma muito inocente. Afinal, Natsu era totalmente inocente, e essa era realmente a questão: Era. Quando finalmente assumiu seus sentimentos por Lucy e se declarou a ela, ficou muito feliz por ser correspondido e resolveram iniciar um relacionamento. Todos da guilda ficaram surpresos, não com o relacionamento claro, mas sim com a velocidade em que ele avançava... Hum.

Porém, a inocência que um dia fora a marca registrada do dragon slayer — depois da idiotice e a mania de destruir tudo, óbvio — havia simplesmente desaparecido, Natsu havia virado outra pessoa. Lucy despertava emoções, reações nada inocentes nele, algo que ele foi descobrindo ao decorrer do tempo.

No início se limitavam a andar de mãos dadas, abraços aconchegantes e leves selinhos tímidos, depois de algumas semanas, descobriram o prazer de um verdadeiro beijo de amor e não conseguiram mais parar. A partir daí, tiveram que controlar os instintos mais profundos e isso era quase impossível.

Mas quando fizeram amor pela primeira vez... Foi simplesmente inesquecível e muito, muito memorável. E o casal andava em lugares escuros e privados muito mais do que o necessário. E agora, sempre se encontravam assim, em chamas. Cheios de amor um pelo outro, mesmo depois de dois anos, nada mudara.

Já estava de noite quando Lucy botara seus pés em Magnólia. Havia saído para uma missão solo há uns dias. Era algo bem simples; apenas levar uma joia rara de um canto para outro em segurança e, em troca, receberia cem mil jewels. Daria para pagar o seu aluguel e ainda sobraria! Achou melhor ir sozinha para não causar tumultos e alguém acabar quebrando construções sem-querer-querendo. Infelizmente, seus companheiros de equipe não tinham perdido esse hábito terrível. Por isso, dera uma escapada.

Como estava muito cansada, não foi para a guilda avisar a Mirajane que tinha terminado sua missão com sucesso, foi direto para casa, louca por um banho e por um prato de comida. Com Plue ao seu lado,foi cantarolando enquanto se equilibrava perto da margem do rio. Como sempre, os pescadores que pareciam estar sempre ali gritaram:

— Nee-san, isso é perigoso!

— Hai, hai! — a loira respondeu atenciosa, pulando dali para o chão e continuando sua caminhada para casa toda feliz. — O que acha de sashimi para o jantar, Plue?

— Pun, pun — o espírito estelar murmurou em concordância enquanto rodopiava.

— Onde será que o Natsu está agora? — indagou para si mesma, já vendo sua casa de onde estava. — Será que ele está irritado por eu ter ido a uma missão solo sem avisar? — Estremeceu levemente com a ideia de um Natsu zangado em sua casa. — Que nada! Foi só um dia e meio! — completou, tentando convencer mais a si mesma do que qualquer outra coisa, e dando uma risada forçada.

Andou mais uns metros e abriu a porta de casa. Arrastou-se até o quarto e começou a tirar a roupa lentamente, depois foi em direção ao banheiro. Preparou um bom banho com o direito a sais e cremes, tudo que tinha direito. Realmente estava precisando de um banho para relaxar. Esfregou-se com vontade e lavou os cabelos loiros, ficou de molho por alguns minutos antes de sair da banheira.

Secou-se rapidamente, vestiu sua roupa íntima e optou por vestir um blusão que ia até suas coxas como pijama para poder dormir com conforto. Passou creme e perfume, penteou os cabelos e dirigiu-se a cozinha com Plue em seu encalço. Revirou a geladeira e o armário em busca de ingredientes para seu sashimi. Preparou rapidamente sua refeição e colocou um prato para si e outro para Plue em cima da mesa.

Comeram até encher.

— Estava gostoso, Plue? — O cachorro estelar concordou e isso fez com que Lucy abrisse um sorriso de satisfação. O espírito murmurou mais alguma coisa. — Já tem que ir? Ah, que pena. Boa noite, tchau!

O espírito estelar desapareceu e Lucy soltou um suspiro. Começou a recolher a louça suja e foi para a cozinha. Colocou tudo dentro da pia e no exato momento em que ia ligar a torneira, sentiu seu corpo ser pressionado por trás e assustou-se, mas logo se recuperou, conheceria aquele cheiro, aquele toque em qualquer lugar.

— Natsu! Você me assustou! — gritou, pronta para se virar, mas ele a impediu com delicadeza e Lucy fingiu não notar. — Não te ouvi entrando.

Ele continuou em silêncio, deixando-a um pouco tensa.

— Você saiu por quase dois dias sem me avisar nada — disse com um tom sério e a Heartfilia arrepiou-se quando o hálito quente dele alcançou sua pele. — Tem ideia de como me deixou preocupado? — Ela suspirou para falar que ela sabia se cuidar, mas ele a interrompeu: — Eu procurei por você pela cidade inteira! — Lucy sorriu ligeiramente. — Eu senti a sua falta.

Ela se virou para ele devagar, com um sorriso e deslizou os dedos pela face tensa do amado, o que o fez suavizar um pouco a expressão dura. Ela massageou as têmporas de Natsu levemente e ele fechou os olhos.

— Ah amor, também senti sua falta! — respondeu com sinceridade, parando de massagear as têmporas dele, para depois fazer um carinho em sua face. — Mas se você agir assim toda vez que eu saio para uma missão sozinha, vai enlouquecer a guilda. — Deu uma pausa e continuou: — Mas me desculpe por não ter te avisado antes. Não vai acontecer novamente.

— Promete? — indagou, enquanto levava as mãos à cintura de Lucy e fazia um biquinho, o que o deixava absolutamente fofo.

— Prometo! — Assentiu rindo um pouco, o que fez com que um sorriso surgisse na face de Natsu.

— Então vamos selar a promessa com um beijo, Luce — murmurou, puxando-a para mais perto, colando seus corpos.

Em um ato lento e muito bem calculado, a loira levou uma das mãos à nuca do namorado, enquanto com as pontas dos dedos da outra mão, desenhava os músculos bem definidos do peito dele, o que fazia-o se arrepiar.

— Só com um beijo? — sussurrou sensualmente com os lábios perigosamente próximos aos dele, uma mão descia lentamente até o abdômen de Natsu, que sorriu com malícia.

— Está me seduzindo, Luce? — perguntou baixinho para não quebrar o clima. Lucy sentiu as mãos de Natsu apertarem com mais força sua cintura e ele a encostou ainda mais na pia.

— Depende... Está funcionando? — murmurou, já se sentindo extremamente excitada com o pequeno jogo. Mordeu o lábio inferior levemente.

— Sempre. Não precisa de muito, querida — respondeu antes de puxá-la para um beijo.

Assim que seus lábios se encontraram foi como se alguém tivesse ateado fogo nos dois. Era sempre assim. Uma onde de prazer os atingiu de uma forma arrebatadora, as línguas travando uma batalha intensa onde ninguém poderia saber quem ganharia. Os lábios movendo-se em um ritmo que apenas eles entendiam, enquanto seus corpos insistiam em querer quebrar a lei da Física, em que dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço.

Lucy gemeu entre os lábios de Natsu e separou-se dele por um instante, os lábios do Dragneel percorreram do queixo até o pescoço da loira em uma carícia sedutora e excitante. O dragon slayer achava que ia entrar em combustão espontânea a qualquer instante. Lucy Heartfilia lhe causava reações que não podia explicar e que não se importava em querer entender. Seus olhos eram magnetizados para ela mesmo que ele não quisesse.

Ela gemeu o nome dele de uma maneira que ele próprio gemeu.

— Natsu, aqui não — pediu com dificuldade, extasiada pelas carícias do amado e perdida no próprio desejo.

— Por que não? — sussurrou próximo a orelha feminina, dando-lhe uma mordiscada de leve.

— Porque... Porque... — tentou dizer inutilmente, enquanto era "vítima" das carícias ousadas do Dragneel. O que queria dizer mesmo?

— Por quê? — Sorriu sedutoramente a olhando diretamente nos olhos e depois voltou a beijá-la com fervor e amor.

Sem torturá-la ainda mais, levantou-a do chão. Sem perder tempo, Lucy enlaçou as pernas em volta dos quadris deliciosamente masculinos, sentindo a excitação crescente do seu homem — quase literalmente — em chamas. Ele a carregou até a cama e a deitou suavemente, ficando por cima do corpo esbelto e sensual dela em seguida.

Sem esforço nenhum, rasgou o blusão que ela usava e deliciou-se com a visão do corpo seminu da maga estelar. Ela abriu os olhos, deparando-se com o olhar desejoso e sedento de Natsu, ela sorriu. Aproveitou o momento e inverteu a posição, ficando por cima.

Ela adorava dominar.

O dragão sorriu, adorava essa parte selvagem dela, isso o excitava, deixava-o louco.

Lucy soltou um sorriso malicioso e curvou-se na direção do amado, tomando-lhe os lábios em um beijo avassalador, que o fez grunhir de prazer e apertar as coxas torneadas da maga com força — onde provavelmente ficaria a marca de seus dedos. E, de propósito, ela remexeu os quadris sobre o membro já enrijecido do Dragneel, atiçando-o e sentindo ainda mais prazer.

Sentia-se extremamente molhada.

As gotas de suor já começavam a escorrer do pescoço até a curva de seus seios.

Natsu era muito quente.

O amor dele era quente, excitante, enlouquecedor. E nada poderia ser feito para apagar aquela chama que queimava dentro do seu peito, apenas chamando por ela. E Lucy sempre estava ardendo pelo dragão indomável que Natsu era. Alimentando aquela chama de paixão que os envolvia e sempre criava um incêndio em seus corpos.

Depois de cessar o beijo, a maga passou a língua pelos próprios lábios e deslizou uma das mãos pelo peitoral definido, saboreando cada traço do homem delicioso que era só seu, apenas seu. Sentiu-o estremecer sob o seu toque. Os lábios rosados da loira alcançaram o pescoço de Natsu, onde ela roçou os lábios levemente e depois chupou com força, marcando-o para todas soubessem de quem ele era. Ele gemeu extasiado de desejo e deixou que Lucy fizesse o que bem entendesse, que lhe desse prazer.

O que não era muito difícil.

As mãos ágeis dela arrancaram o colete que Natsu usava e desabotoou suas calças, deixando-o apenas de cueca. Ela remexeu-se sobre ele novamente e sentiu o sexo dele encostado na sua intimidade, causando uma pressão maravilhosamente prazerosa. Esfregou-se nele ouvindo os gemidos que ele emitia e os próprios; Natsu levou as mãos até as nádegas da sua loira para sentir a maciez de sua carne.

Ela era a perfeição.

O mago queria que ela sentisse o mesmo prazer que ela estava lhe proporcionando. Por isso, assumiu o controle novamente, voltando a ficar por cima dela e assim como ela já tinha feito, passou a língua nos próprios lábios, umedecendo-os.

Sua garganta estava seca e sua pulsação descontrolada, seu corpo parecia estar em chamas e ele sabia que estava quente, mas a loira não reclamou, até gostava daquela sensação de estar como se estivesse pegando fogo.

— Minha vez — sussurrou perto do ouvido dela e a ouviu gemer quando seus lábios tocaram seu pescoço.

Em seguida, mordeu ali sem dó ou piedade, fazendo com que a loira arqueasse o corpo em sua direção e cravasse as unhas bem feitas nas costas musculosas do amado, outro gemido escapou dos lábios femininos.

O dragon slayer a beijou com ferocidade e aproveitou para tirar o sutiã de renda negro que cobria o belo par de seios e que fazia contraste com a pela alva de Lucy. Ainda a beijando, levou uma das mãos até os seus seios. Sentiu os mamilos rosados intumescidos de excitação e acariciou ali com delicadeza, sabendo que ela era extremamente sensível naquela área. Fez uma trilha de beijos da boca até a clavícula, onde parou para dar outra mordida e depois continuou trilhando o caminho até o início dos seios.

Parou para contemplar a face da amada, que possuía os lábios entreabertos e inchados por causa dos beijos anteriores, a face corada e os olhos castanhos mais escuros que o normal por causa do desejo.

Levou os lábios aos almejados seios e passou a língua sobre um mamilo fazendo Lucy gemer sensualmente e estremecer. Enquanto chupava um seio, massageava o outro com movimentos circulares e tudo que a maga estelar conseguia fazer, era gemer e apertar com força os ombros de Natsu, que já estava louco para possuí-la.

Mas antes queria que ela gozasse enquanto gemia seu nome.

Ele parou para olhá-la e ela soltou um resmungo; o que o fez rir. Lucy o olhou nos olhos, e em um pedido silencioso, pediu que a beijasse, assim Natsu o fez. E enquanto saboreava os lábios deliciosos de sua Lucy, rasgou a calcinha fina que esta vestia e massageou seus clitóris, para estimulá-la a um orgasmo.

O dragon slayer sentiu que ela estava muito molhada e isso o deixava mais excitado; estava louco para estar dentro dela. Para ajudar, começou a bombear os dedos para dentro e para fora e já não aguentando mais, Lucy explodiu em um orgasmo em que jurava poder ver estrelas. Estava tonta e gemeu longamente o nome de Natsu, que a beijou novamente esperando que ela se recuperasse.

Logo a loira sentia-se excitada novamente e precisava dele. Ajudou-o a tirar sua última peça com os pés e com toda a afobação necessária, ficaram nus e com os corpos colados, suados e excitados.

Ele a beijou novamente antes de possuí-la. Os dois gemeram quando se tornaram um só. Os movimentos não começaram lentos, ao contrário disso, foram selvagens e fortes. A loira enroscou as pernas em volta dos quadris masculinos para que ele pudesse ir cada vez mais fundo, para que ele mergulhasse dentro dela sem escrúpulos. E ela sentiu vergonha de admitir que adorava o sexo selvagem que compartilhavam, que não gostava de quando ele era manso demais.

Os quadris chocavam-se com força no ato de pura luxúria, Natsu grunhiu e apertou as coxas de Lucy com força, trazendo-a para o mais perto que era possível; precisava do corpo dela, precisava dela. Os gemidos da loira atropelavam uns aos outros, deixando o rosado ainda mais excitado. As unhas dela estavam fortemente cravadas em seu torso nu e suado e quando conseguia, apertava mais as pernas em torno dos quadris dele e murmurava algo praticamente incompreensível.

O ato sexual estava tão feroz, que os dois podiam ouvir a cama ranger, mas nada disso importava naquele momento. As estocadas ficavam cada vez mais vorazes, mais rápidas. O suor estava pingando e podiam sentir que o clímax estava próximo.

— Natsu... Eu vou...

— Sim... — sussurrou ofegante. — Pode... Vir.

Ele sentiu o corpo dela tremer violentamente debaixo do seu, seguido de um gemido languido, ele foi logo atrás dela e grunhiu com a força do clímax que o atingiu mais forte que o normalmente.

A saudade fazia milagres.

Ainda por cima dela, tirou o cabelo loiro do rosto suado e sorriu.

— Amo você, estranha! — declarou e depositou um suave beijo nos lábios.

Ela também sorriu.

— Também amo você, senhor não menos estranho! — Os dois riram e ficaram se fitando por uns segundos, antes da loira voltar a falar: — Senti sua falta.

— Também senti a sua. Acho que estou viciado em você.

Ela riu sem graça e ele saiu de cima dela, para ir para seu lado na cama. Puxou o lençol para cobri-la e a abraçou por trás.

— E isso é bom ou ruim? — perguntou, sentindo o calor dos braços dele e aproveitou o carinho que estava recebendo no pescoço.

— Se é bom ou ruim? É perfeito! — A loira sorriu com satisfação e ele roçou os lábios de leve em sua nuca. — Vai ter que me aguentar pra sempre, Heartfilia.

— Pra sempre? Isso é muito tempo, não acha?

Não que ela estivesse reclamando, mas era raro o dragon slayer fazer uma declaração tão forte assim, mesmo quando ele dizia que a amava, não era bem desse modo.

— Nem mesmo o para sempre seria o suficiente ao seu lado.

E Lucy se desmanchou inteira; que nem manteiga.

— Desde quando você ficou tão romântico? — comentou. — Não que eu não goste, mas é estranho vindo de você.

— Fique quieta, não estrague o clima— resmungou e ela riu, divertida. Ficaram em silêncio por mais um tempo. — Já disse que amo o seu cheiro?

— Já. — Lucy virou-se para ele e acariciou os cabelos exóticos. — Eu também gosto do seu cheiro. Gosto do seu calor. Na verdade, gosto de tudo em você. Até daquele gato idiota.

— Aye, Sir!

E Lucy congelou. Natsu começou a rir.

— Vocês fazem muito barulho, aye!

— Ha... ppy! — A maga estelar começou a tremer e uma veia começou a saltar de sua testa, seu rosto ficou vermelho de vergonha e de raiva. — Não ria, Natsu! — ela resmungou, querendo se enterrar em um buraco pra sempre. — Não entre assim na casa dos outros! Gato maldito!

— Ninguém mandou deixar a janela aberta. Aye! — o gato azul rebateu sem um pingo de vergonha na cara, sentado no batente da janela, enquanto mordiscava um peixe.

Lucy suspirou tentando se acalmar, contou até dez.

— Tudo bem, Happy. Mas não pense que escapou dessa, quando eu pegar você... — Fez um gesto com as mãos de estar estrangulando algo e com uma expressão assustadora terminou: — Me aguarde.

— Lucy assustadora! — Happy choramingou, enquanto saia pela janela.

— Não seja tão dura com ele, Lucy — Natsu disse com um sorriso. — Agora venha aqui, vamos dormir. Amanhã será um longo dia.

— Será? — indagou enquanto se encostava novamente em Natsu já sentindo seus olhos pesando por causa do cansaço.

— Uhum.

Foi a última coisa que disse, antes de adormecer.