"Ele vai morrer, você sabe" Uma voz sinistra ecoou pela sala, assustando Kurt de seus pensamentos.

Kurt procurou a origem da voz pelo quarto, encontrando apenas seu pai inconsciente na maca e um sofá vazio de hospital.

"Você não vê, mas ele esta com dor, esses aparelhos só estão prolongando a dor dele, ele não vai aguentar... seu coração na vai aguentar por muito tempo" A voz continuou.

"Quem é você?" Kurt quase gritou, ele sabia que isso não podia ser seu cérebro lhe pregando peças por ficar tanto tempo sem dormir, ele nunca teria esses pensamentos para o seu pai.

A voz riu "Eu sou várias coisas, tenho várias formar, vários nomes, mas muitos me chamam de Satanás".

Kurt olhou em volta novamente, tentando encontrar algo que prove que isso era uma brincadeira, uma brincadeira muito sem graça, mas não encontrou nada novamente.

"Prove" Kurt desafiou em uma tentativa de provar a si mesmo que o que estava acontecendo não era real.

A voz riu friamente, parecendo se aproximar cada vez mais do garoto humano.

"Você é petulante" A voz sussurrou no ouvido de Kurt no mesmo momento que o contratenor sentiu um arrepio percorrer o seu corpo "Eu gosto".

O jovem humano vacilou um pouco, então engoliu a bile que ameaçou subir a sua garganta antes de responder "O que você quer?" ele pediu sua voz soando surpreendente firme, ele não sabia por que ainda não havia corrido, ou caído em uma poça soluçante.

"Pergunta errada, Kurtie" A voz disse um pouco mais distante "A pergunta correta é: o que você quer" ela deu ênfase no você.

Kurt suspirou "Tudo bem... O que eu quero?"

"Oh Kurtie, eu posso lhe dar tudo o que você quiser, basta pedir" A voz parecia estranhamente carinhosa.

"Como o que?" Kurt cuspiu agora com raiva.

"Fama, popularidade, dinheiro, poder, amor..."

Kurt negou fortemente com a cabeça "Eu não quero nada disso..."

"... A vida do seu pai" A voz interrompeu.

Kurt olhou assustado para o seu pai na cama e para o aparelho cardíaco que provava que seu pai ainda estava vivo, sabendo que a qualquer momento o aparelho poderia parar de apitar e a vida de seu pai não teria volta.

"Você não ousaria" Kurt rosnou.

"Mata-lo?" A voz perguntou o que Kurt não teve coragem de pronunciar "Não, eu não tiro nada de ninguém, esse é o trabalho do outro cara".

"Deus?" Kurt riu amargamente.

"Esse não é o verdadeiro nome dele, mas sim... Deus".

Kurt congelou "Então o que? Ele simplesmente decidiu tirar a vida do meu pai, assim como ele fez com a minha mãe?".

"Algo como isso".

Kurt queria gritar, isso tudo estava tão errado, nada disso podia ser real, isso não existe na vida real, não existe Deus, Satanás ou anjos, é impossível.

"Deus não é suposto para ser o cara bonzinho?"

A voz riu realmente divertida "Acredite, ele não é"

Kurt suspirou "Tudo bem, o que você quer para trazer o meu pai de volta?" Ele falou firmemente, ele sabia que faria qualquer coisa pelo seu pai, até mesmo fazer um acordo com essa voz.

"Você" Ela respondeu simplesmente.

"Eu... você quer dizer a minha alma?" Kurt tentou esclarecer.

"Eu não quero a sua alma" A voz negou "Eu quero você inteiro".

Kurt engasgou "O que, por quê?".

"Porque nós somos mais parecidos do que você imagina".

Nota: Eu sei que isso é estranho, mas eu escrevi isso enquanto estava em uma aula tediosa de física, então pensei em postar. É isso! talvez eu poste uma continuação, mas ainda não tenho certeza, depende de quantas aulas tediosa de física ainda terei.