Antes de começar agradeço do fundo do coração por ainda leres estas palavras após tanto tempo. Classifiquei esta história com M por se tratar de um assunto incestuoso (com possíveis cena sexuais ainda não confirmadas). Isto não quer dizer que eu apoie relações incestuosas... também não apoio relações aluno-professor, invés disso eu apoio a história de amor mesmo que seja numa situação realmente constrangedora. Espero que gostem do enredo.


"Diz adeus ao teu irmão."

A pequena menina olhou para o irmão 4 anos mais velho com lágrimas nos olhos. Ela não percebia bem o que estava a acontecer, mas ela não queria ver o irmão triste. A mãe tinha-lhe dito que tinham de ir de viagem, mas a Aria queria saber quando voltava para ver o irmão e o pai. Com uma resposta esfarrapada, Ella, calou a menina de apenas 5 anos. Ela podia não perceber tudo, ela podia não se lembrar de tudo, mas ela não era parva. A tristeza nos olhos do irmão era clara como água.

Ela aproximou-se do irmão, beijou-o na bochecha e ele fez o mesmo. "Adeus Aria!" O menino disse ficando ao lado do pai.

"Adeus mano." Ela não sabia que essas palavras eram tão duras, ela nunca tinha a perfeita noção que nunca mais veria o irmão ou o pai.

Por outro lado, o Ezra sabia bem o que estava a acontecer, a família dele desmoronou como um castelo de cartas. Ele não sabia a razão para os pais discutirem, nem de quem foi a ideia de se separarem, mas ele sofreu quando a sua pequena irmã saiu de mão dada com a mãe. Ele sabia que nunca mais as veria novamente. O pai tinha-me dito isso.

Anos mais tarde, quando ele chegou à maioridade percebeu que a mãe dele tinha traído o seu pai. Ele ficou triste por ouvir isso e por saber que tudo isso tinha resultado na ausência da mãe e da irmã. Quando ele perguntou ao pai porque não pediu a guarda da irmã ele respondeu que tinha sido melhor assim. Ele queria ver a irmã e saber como ela estava, os dois eram vítimas de uma relação que não deu certo. Eles podiam se dar bem, ele ainda se lembra da teimosia dela. Ele ainda guardava uma foto dos quatro no fundo da gaveta da secretária. Ele olhava para ela e pensava que tudo podia voltar ao que foi um dia, mas ele sabia que não era possível. O seu sonho era voltar a encontrá-las.

Do outro lado do país, a Aria levava uma vida descontraída, ela tinha amigas, a sua mãe e o padrasto. Mas ela sentia que faltava algo. Ela não tinha muitas recordações do pai e do irmão. Ela ainda se perguntava porque eles nunca vieram vê-la e a mãe jurou que eles sabiam onde elas estavam. Com o passar dos anos a Aria parou de perguntar e conformou-se que a esperança de algum dia os voltar a ver já tinha morrido. O Ezra teria 19 anos, isso quer dizer que ele deve estar na faculdade ou talvez preferiu trabalhar. Ela nunca saberia.

A rebelde jovem de 15 anos continuou o seu caminho para casa, ela gostava de ficar até tarde na rua mesmo que a mãe lhe desse sermões todas as noites. Ela gostava de vaguear por aí e pensar. Ela gostava de pensar no que podia ter sido.


"Estás animada com a viagem Aria?" A sua melhor amiga Spencer pergunta.

"Muito animada, nem sei como a minha mãe me deixou viajar até Nova Iorque contigo e os teus pais." A Aria diz verificando a bolsa da maquilhagem. Ela teria um longo voo pela frente da Califórnia até Nova Iorque, mas ela estava muito animada por partir à descoberta com a amiga.

Em Rosewood

"Amanhã sempre vais com o Hardy para Nova Iorque?" O pai pergunta ao Ezra.

Sempre custou ao Ezra deixar o pai sozinho, em todos estes anos ele sempre assistiu aos seus fracassos amorosos. Não deixar o pai sozinho foi uma das razões para ter escolhido a faculdade da cidade, Hollis foi o seu novo lar. Ele passava muito tempo com os amigos de faculdade, mas sempre se juntava ao pai todas as noites para jantar. Ele sentia que tinha de ficar, que nada mais restaria ao homem mais velho.

"Vais ficar bem sozinho?" O Ezra pergunta depois de colocar mais um par de calças na mala e fechar.

"Claro, eu tenho idade para tomar conta de mim." O pai diz-lhe. "Ouve Ezra, tens de te parar de importar comigo e começar a viver a tua vida."

"Sempre me vou importar, és a única família que me resta." O Ezra diz.

O homem mais velho ponderou, talvez ele não devesse ter escondido a verdade do filho. Ele merecia saber a verdade. Ele é inteligente e maduro para alguém tão jovem. Domingo à noite, quando o Ezra estivesse de volta ele contaria tudo. Ele não queria arruinar o fim de semana do filho.

"Mesmo assim, espero que te divirtas com o teu amigo e afasta-te dos problemas."

"Claro pai." O Ezra sorriu para o homem.


É muito previsível o que vai acontecer?

Beijos e até ao próximo capítulo!