Prólogo
The road so far: Sam e Dean têm batalhado contra o sobrenatural por muito tempo. Perderam os pais para as forças das trevas. Encontraram amores. Foram perseguidos pela lei. Fizeram amigos e inimigos. Mas o mais importante é que encontraram um ao outro. Cada um é a coisa mais importante para o outro. São inseparáveis e bastam-se a si mesmos. Então não deveria ser surpresa para ninguém que Dean, num gesto tresloucado, não aceitasse a morte do irmão. Procurando o demônio da encruzilhada para vender sua alma, em troca da vida de Sam que havia sido assassinado. Trato feito, Dean ganhou um ano de vida. Então no fim desse prazo, os cães do inferno virão atrás da sua alma. Ele ficará no inferno por toda a eternidade.
O quarto do motel é rústico. Há 2 camas de solteiro, uma intocada, na outra Sam está recostado, tendo Dean em seu colo. Há uma velha TV, um banheiro pequeno. Em uma pequena mesa há um laptop aberto e diversos livros empilhados. Sam acaricia os curtos cabelos do irmão suavemente, esperando que ele durma. Seus pensamentos fervilham. Como ele salvará Dean? Lembra-se de Ruby, o demônio em forma de mulher, que o ajuda de vez em quando, a troco de algum plano mirabolante e sinistro, segundo Dean. Sam acha apenas que ela é uma tola, por achar que pode manipulá-lo. No momento Ruby parecia ser a única coisa, com que ele poderia contar, para salvar a vida de Dean. Dean finalmente adormeceu. Depois de tanto sofrimento, depois de quase perder a pessoa que ele mais amava no mundo, ele merecia um descanso. Estava resignado ao seu destino. Não lutaria mais contra ele. Contanto que pudesse contar com Sam ao seu lado, neste último ano de vida.
Capítulo 1
_Ruby, eu quero que me ajude a salvar Dean.
_Você já sabe que não há saída.
_Não eu não sei de nada, mas você deve saber alguma coisa Ruby. Eu quero dizer, você sabe muitas coisas que desconhecemos.
_Ok! Há um jeito.
_Qual?
_Você Sam.
_O que eu tenho que fazer?
_Você tem que desenvolver suas habilidades demoníacas, quero dizer, paranormais.
_Você tem certeza que dará certo?
_Tenho, é o único jeito.
_Como posso fazer isso, digo, desenvolvê-las?
_Eu vou te ensinar.
Sam e Ruby vão até uma caverna, em uma região fria e inóspita, próxima ao Canadá. A trilha para aquele lugar, há muito tempo fora apagada. Mas Ruby a conhecia como às estradas do inferno. Dentro da caverna havia um grande salão, com um altar de pedra no centro. Só havia um meio de entrar ali. Havia uma pequena abertura no teto, por onde entrava ar fresco e uma réstia de luz. Ruby acendeu um archote e o colocou ao lado do altar. Preparou os objetos para a cerimônia ritual.
_Tem certeza que tudo isso é necessário?
_Sim. Azazel, mais conhecido como o demônio do olho amarelo, realizou um ritual semelhante, para lhe transferir seus poderes. Temos que realizá-lo de novo, para despertar estas habilidades, que estão dormentes. Diga-me, como Dean concordou com isso?
_Ele não sabe.
_Não? Que interessante.
_Eu conheço meu irmão. Ele preferiria ir agora mesmo para o inferno, do que me deixar usar poderes demoníacos.
_É, esse é mesmo o Dean que conhecemos.
Ruby passa um líquido vermelho na testa, no pulso e no meio do peito de Sam. Este suspeita que seja sangue. Ruby faz um círculo com tinta amarela no chão, em volta de Sam. Queima incenso no altar e começa a proferir encantamentos com uma voz estranha, não costumeira. Sam sente tontura com o cheiro acre do incenso e com as palavras monocórdicas de Ruby. Subitamente começa a ver vultos e luzes, sente-se observado, mas não há mais ninguém na caverna, além deles dois. Uma energia estranha percorre o seu corpo. Sente-se eletrificado.
Mais tarde já de volta ao motel, Dean estava esperando-o.
_Onde você estava?
_Eu... Ah... estava na biblioteca pesquisando.
_Com quem?
_Com... Ah... um monte de gente anônima que foi ler livros.
_Pare de mentir.
_Ok!
_Vou perguntar de novo: Onde você estava?
_Eu estava na biblioteca.
A bofetada sibilou o ar e atingiu a face de Sam. Este não a esperava e desequilibrou-se um pouco. Ele estava chocado não com a violência, porquê Dean às vezes lhe acertava uns socos, mas pelo fato de seu irmão estar tão descontrolado.
_Diga-me agora a verdade.
_Eu estava com Ruby.
_Fazendo o que?
_Conversando. Ela me disse que talvez um demônio pudesse...
Outro tapa atingiu a face de Sam. Dean estava avermelhado de raiva, parecia que quem estava apanhando era ele.
_Não minta pra mim, não pra mim. Você entendeu Sam Winchester? Não pra mim.
_Não vou mentir Dean.
_O que você fêz com Ruby?
_Ela me levou a um local deserto e fêz um ritual comigo.
_É para reativar as suas habilidades demoníacas não é?
_Sim.
Dean segurou-o pelo colarinho e o sacudiu. Apesar de ser mais baixo, Dean parecia ter a força de dois homens. Ele estava com os olhos brilhantes de raiva. Soltou uma das mãos do colarinho e segurou o rosto de Sam com força, apertando até deformar o rosto do outro.
_Eu me sacrifiquei por você. Dei adeus à minha vida por você, pra você continuar vivo de forma decente, e não se tornar o próximo anticristo. Você me deve isso Sam. Você não pode compactuar com demônios. Não pode. É um desrespeito a mim, está me entendendo? Eu não quero você com Ruby, está claro?
_Sim Dean, está claro. Eu entendi.
_Se eu souber que você esteve com ela de novo, eu vou te trancar neste quarto de motel, algemado.
_Sim Dean.
Fim do 1º capítulo
