Disclaimer: Sant Seiya não me pertence. Ai, quem me dera!

Resumo: Um lugarzinho escondido pode levá-lo ao Paraíso. Sente-se, peça um café e deixe seu coração ser roubado...

Obs: Não acho que alguém vá conhecer, mas essa história não tem nenhuma conexão com a série de TV "Paradise Café"... Eu só fui saber dela depois do capítulo pronto rsrs


Querido diário,

Você já tomou o caminho errado enquanto caminhava, e acabou achando uma preciosidade sem querer? Algo do qual você não queria mais se afastar, pois era tão mágico em jeitos que não pode descrever? Foi o que aconteceu comigo esta noite. Eu estava caminhando em direção à faculdade quando notei que já não reconhecia o caminho... Foi tão rápido, em um momento eu sabia exatamente onde estava, e no outro já não fazia idéia de como eu havia ido parar lá. Mas o que aconteceu foi que eu acabei me encantando com aquela ruazinha, afinal não era nenhum tipo de beco, era um lugar com casinhas claras, em estilo antigo e flores nos pequenos jardins, e uma rua de paralelepípedos claros. Eu sei que nem pareço eu falando, pois normalmente não dou toda essa atenção aos detalhes, mas... Foi tão surreal, eu não sei explicar!

Enquanto eu andava pela rua, vendo se achava uma saída que me guiasse ao meu caminho, senti um cheiro gostoso no ar, que foi ficando cada vez mais presente, até que eu notei uma escadinha entre duas casas e não pude deixar de ver onde ela ia dar. Quando cheguei em baixo, vi uma porta de vidro dupla, e em cima havia uma placa: "Paradise Café". Ao olhar para dentro, vi um lugar muito aconchegante, mas não foi o que me fez entrar... O que me fez entrar foi a quantidade de homens bonitos, especialmente um garçom loiro de olhos verdes, com a pele bronzeada, que me fez estremecer apenas ao olhar para mim através da porta.

Aquele olhar quase me paralisou, mas ao mesmo tempo fez com que eu sentisse uma vontade enorme de me aproximar, e foi o que fiz. Abri a porta lentamente e ouvi um sininho tocar, e em segundos aquele loiro estava a minha frente, perguntando se poderia me ajudar. O observei rapidamente: cabelos cacheados presos em um rabo de cavalo, com alguns fios soltos emoldurando o rosto, calça jeans com uma camisa branca e, naquele momento, um cardápio em suas mãos.

- Sim, eu gostaria de uma mesa, por favor. – Disse. Não me julgue diário, não há nada melhor para se dizer em uma situação dessas. O lugar era um daqueles cafés antigos, com mesas e cadeiras brancas e trabalhadas, e apesar do nome, a única referencia ao Paraíso eram os doces maravilhosos que estavam em exposição no balcão e os homens ali presentes, muitos deles clientes. Mas não era tudo, aquele café dá uma sensação de liberdade, de tranqüilidade... Foi impressionante, parecia que eu havia encontrado o lugar que procurei por tanto tempo.

Logo o loiro fez um sinal para que eu o seguisse, e me acomodei em uma mesa de onde podia observar todos os outros, mas antes dei mais atenção ao cardápio, o que foi difícil com aquela beldade ao meu lado, esperando minha decisão. Por fim, pedi um café expresso e um pedaço de torta de frutas vermelhas, e lhe devolvi o cardápio. Ele então sorriu para mim e foi buscar meu pedido. Só então olhei em volta e notei dois homens morenos de olhos verdes conversando, que sou capaz de jurar que são irmãos; outro loiro conversando com um homem moreno muito estranho, que parecia meio psicótico; por fim, um homem com cabelos lilases – sim, você entendeu certo, lilases. – que parecia estar esperando alguém enquanto lia um jornal.

Quando terminei de fazer esse reconhecimento, o loiro aproximou-se com uma bandeja na qual continham meus pedidos, e fiquei impressionado com a apresentação: Não é segredo que sou um tanto perfeccionista, e não fui capaz de achar um único erro naquela comida. A torta estava maravilhosa e o café tinha um cheiro incrível, mas infelizmente não consegui prová-los. Quando o garçom aproximou-se de mim, escorregou e a bandeja caiu sobre meu colo, e pude sentir o calor do café quente em minha coxa e a torta gelada na outra, o que me fez levantar devido ao susto.

- Mon Dieu!

- Me desculpe, por favor! – Falou o outro, rindo meio sem jeito com as faces um tanto vermelhas. Eu apenas balancei levemente a cabeça, indicando que estava tudo bem, e ele me indicou o banheiro para que eu pudesse limpar a sujeira. Logo fui até lá e ele se juntou a mim um pouco depois, com um pano.

- Sinto muito, eu me distrai e acabei caindo... – Falou ele novamente, enquanto me estendia o pano. – Normalmente isso não acontece...

- Não se preocupe... Eu estava indo para casa, de qualquer forma, só terei que achar um caminho mais rápido. – Eu já havia desistido de ir à faculdade quando entrei no café, afinal já sabia que não havia jeito de achar um caminho para a aula antes de a mesma começar. Pelo menos ali poderia perguntar se ele conhecia algum caminho que desse em minha rua.

O outro apenas sorriu e ficou a me observar limpar as calças por algum tempo, até que me perguntou:

- É a primeira vez que vem aqui, não é? Não me lembro de tê-lo visto...

- Oui, oui... Perdi-me no caminho para a faculdade.

Foi neste momento que ele piscou os olhos algumas vezes para mim e então voltou a falar, de um jeito que eu achei completamente adorável.

- Não havia notado seu sotaque... Chegou da França há muito tempo?

- Mais ou menos... Vai fazer um ano. – Disse, terminando de conter os danos que a comida fizera em minhas calças jeans e colocando o pano sobre a pia, em seguida abrindo a torneira para lavar minhas mãos.

- Que legal! Eu sempre quis conhecer a França algum dia, mas ainda não tive a oportunidade. – Ele havia se encostado-se à parede, só havíamos nos dois no banheiro.

Eu sinceramente não sabia o que dizer... Sentia uma grande agitação dentro de mim só de olhar para ele, que mesmo sem querer parecia extremamente sensual. Os cabelos caindo sobre o rosto, a camisa com os botões abertos e aquela pose tão descontraída na parede... Eu sei que não é quase nada, mas serviu para atiçar muito minhas fantasias.

- Sou Kamus, por sinal... Muito prazer.

- Eu sou Milo, o prazer é meu. – Ele deu um belo sorriso para mim, e naquele momento eu decidi que aquele café será uma parada obrigatória antes de minhas aulas. Após aquela apresentação, saímos do banheiro e ele me disse que traria o pedido novamente, mas ao olhar no relógio eu vi que estava um pouco tarde, e era melhor que eu voltasse para casa, e pedi se ele poderia me indicar uma rua que me levasse até ela. Ele então o fez, parecendo um tanto decepcionado. Pensando na carinha que ele fez, quando estava com a mão na maçaneta da porta para ir embora, virei para ele e disse:

- Amanhã eu venho provar, pode ser?

Ele então voltou a sorrir e concordou com a cabeça, e nos despedimos. Nunca contei tanto as horas de sair para a faculdade como estou contando hoje...


Bom, este foi o primeiro capítulo, e pela minhas contas vão ser cinco. Eu não sei como ficou, mas eu realmente espero que gostem rsrsrs! Não sei ainda se a história vai continuar no estilo diário ou se eu vou mudar essa linha para contar mais sobre a história dos outros casais... Vai depender de como a fic for recebida. Pode ser que eu demore um pouco para postar os próximos capítulos, mas tentem compreender, por favor! . Eu dedico essa fic à Mukuroo, que sempre escreve fics maravilhosas e divertidissimas, e sempre me estimula a escrever mais fics.

Ah, e por favor, reviews são muito bem-vindas!