Nome: Juste la Mort

Autor: Fla Doomsday

Tipo: Não tenho ideia

Gênero: Angst/Romance/Drama

Classificação: M – NC17

Personagens/Casais: Sirius/Hermione

Sub-tema: Cores - Várias

Linha: No matter how many breaths that you took, you still couldn't breathe (Hurricane – 30 Seconds To Mars)

Item: Doença

N.A.: Bom, passei certo tempo pensando em como deixar uma fic para um challenge de morte tão perfeito, boa. Tive a ideia insana de escrever uma Sirius/Hermine, porém, a ideia original de tornar isso em uma fic sangrenta foi substituída por uma ideia de fic angst. Vamos as explicações:

1. Essa fic é um pouco diferente de Kill Me e DIE, não apenas trata-se do Sirius voltando do véu e matando todo mundo.

2. Ela é UA e RA, porque é mais fácil tirar totalmente do mundo normal de Harry Potter para construir perversamente meu plot insano.

3. Os capítulos têm cerca de 500 palavras cada, formando uma cena por capítulo.

4. Meu Sirius não pede desculpas pelas coisas que fará/falará aqui, e minha Hermione não pede desculpas pelas coisas que fará/falará aqui também.

5. Eu entendo pouco de medicina e jargão médico, então peço perdão desde já para os futuros/presentes médicos(as) e enfermeiros(as) que lerem essa fic e verem que eu errei algo apesar da pesquisa que fiz.

6. Veronika Decide Morrer me influenciou nessa fic. MUITO!

É isso. Espero que gostem da fic, comentem. Miih, perdoe-me por mandar algo tão tenso para seu chall, mas a idéia me surgiu e nunca mais foi embora. A primeira coisa que escrevo há dias. Obrigada.

Obrigada Tai por betar mais essa insanidade. Abraçarei você MUITO por isso também.

Boa Leitura!


Juste la Mort¹

por Fla Doomsday

I

Descobrimos algo;

Ela era simplesmente alguém na rua. Uma simples pessoa que passava pela calçada todas manhãs. Um copo descartável e industrializado de café na mão direita. Uma pasta de couro negro da mão esquerda. Os cabelos cacheados presos em um coque fraco. A pele clara parecia avermelhada pela velocidade que ela andava. Os saltos batiam com força no asfalto e o barulho cadenciado chegava até o quarto andar com facilidade pela hora tão silenciosa da manhã.

Observou-a, enquanto abria a janela, acendia um cigarro devagar e tragava longamente. Não era saudável. Mas sua vida já não era saudável. Viu-a sumir na esquina ao longe. O barulho da cidade parecendo alcançá-lo devagar. Tragou mais uma vez. Soltou a fumaça; o dia estava cinzento. Olhou para dentro do escritório, o homem atrás da mesa olhando-o com certo receio.

Voltou seu olhar para fora. Aquele não o temia, o olhar de medo era por si. Um olhar que as pessoas laçam quando sentem pena, mas têm medo de dizer por que acham que podem piorar tudo. Tragou outra vez, batendo o cigarro no parapeito vendo a cinza rodopiar e descer lentamente. O barulho de um carro chamou sua atenção, assim como o barulho dos saltos novamente pela calçada.

Era ela novamente. Ela vinha rápida outra vez, agora segurando um saquinho branco na mesma mão em que segurava o café. Olhou-a atentamente. Os cabelos estavam soltos agora. O vento batia e levantava cachos leves. Tragou novamente, sorrindo.

"Está bem?"

O homem atrás da mesa lhe perguntou. Não tirou os olhos da mulher que agora entrava em um prédio próximo, os saltos deixando de fazer barulho.

"As opções são: 'sim, não e foda-se'. Receio que a melhor opção no momento seja o 'foda-se'."

O médico riu e ele também, olhando o letreiro desgastado que tinha na frente do prédio por onde ela entrara. Tragou mais uma vez antes de jogar o cigarro pela janela, sem preocupar-se em olhar para baixo e ver se alguém passava e poderia queimar-se com a gimba ainda acessa.

"Obrigado por vir tão cedo." Balançou a cabeça saindo do consultório, vendo a secretária do médico chegar somente naquele horário, olhando-o surpresa. "O fim derradeiro."

Piscou para ela quando a viu abrir a boca para perguntar o que fazia ali naquele horário. Mas ao ouvir suas palavras ela se calara. Os olhos ficaram levemente arregalados. Sorriu e saiu pela porta do escritório, descendo os lances de escadas com alguns cachos castanhos em mente.


Cinco para as sete da manhã. Estava em sua mesa. Café e bolinho de amora à sua frente. Respirou fundo e pegou o gancho do telefone, discando zero e ouvindo o tom de discagem. Digitou um número rapidamente. Três toques e uma voz sonolenta respondeu.

"Acorde, Ronald, precisa ir trabalhar."

Ouviu algo inteligível em resposta e a linha ficou muda. Posicionou o gancho no aparelho e recostou-se na cadeira. Uma manhã como qualquer outra. Um café como qualquer outro. Sua vida como qualquer outra. Simples. Sempre.