Saint Seiya não me pertence, pois se pertencesse, não haveria elenco feminino e a história se passaria numa sauna gay. Direitos ao Masami Kurumada e Toey Animation.
Anjo da Morte
by: Maru
Resumo: Afrodite é um belo justiceiro, alguém que mata aqueles que julga não serem dignos de viver. Completo e satisfeito com o serviço bem-feito e a fama de sua personagem, sua vida era perfeita até a chegada de um "rival". Enquanto isso, o aparecimento de um misterioso homem em seu serviço parece acabar de vez com sua tranqüilidade.(Ação/Dark/Romance Yaoi Dite & Mask entre outros.)
Capítulo I – As asas negras do Anjo.
Silêncio, o silêncio fúnebre da morte fazia-se presente naquele beco escuro, as gotas de chuva caíam pesadamente como num lamento sobre uma bela figura que caminhava pelas ruas desertas a passos figura angelical, sim como um anjo, um anjo da morte que seduz para então atacar.
ooOoOoOoo
"Extra, Morte ás sombras: O Anjo da Morte ataca novamente".
–De novo esse "Anjo da Morte"?
–É, né. Enquanto der notícia nós vamos publicando...
–Mas é quase todo dia! E é sempre a 1ª página!
–Fazer o que? Ele vai atacando e nós transformando em destaque do dia. Ordens de lá de cima.
Ouviu ele.
Não pode deixar de sorrir ao ouvir aquilo. Afastou ligeiramente a cadeira da mesa e observou todos à sua volta, reparando que alguns o observavam discretamente. Permitiu-se alargar o sorriso, ajeitando-se melhor à ela. Sempre divertia-se com esses olhares velados que recebia a cada movimento que fazia. Jogou seus longos cabelos ondulados de um loiro platinado para trás, ouvindo satisfeito um suspiro de uma colega de trabalho. Adorava ouvir o quão belo era. "Perfeito" era essa a palavra para descrevê-lo. Em cada detalhe, em cada conversa ou movimento.
Era dono de uma pele alva, que possuía toque de seda e de olhos de um azul tão puro e precioso como safiras. Olhos esses, que possuíam um charme hipnotizante. De lábios bem delineados e róseos que possuíam um toque aveludado, capaz de virar o juízo de qualquer um. Cabelos tão belos e suaves, que exalavam odor de rosas. Corpo esguio, alto e bem talhado, mas ainda assim delicado, e uma pequena pinta abaixo do olho esquerdo.
Uma visão estonteante sabia-o bem. A casca perfeita para uma alma ardilosa como a dele.
Voltou sua atenção ao laptop que piscava com uma nova mensagem em cima de sua mesa de madeira polida.
"Dite, matéria da 1ª pág., O Anjo da Morte. Você dá uma revisada?
Beijos
Gemini no Saga "
Riu-se suavemente, olhando de soslaio para a mesa do geminiano, que encontrava-se sentado, esperando uma resposta enquanto fingia não olhá-lo também.
"Claro que sim, afinal é o meu trabalho, não?
Pisces no Afrodite "
Esperou apenas um momento, antes da janelinha piscar outra vez avisando outra resposta:
"Taí a matéria, Muito obrigado mesmo. Por isso que te amo:
Morte às sombras: O Anjo da Morte ataca novamente.
Por: Gemini no Saga
'Foi na madrugada chuvosa de quinta-feira que o "justiceiro" da cidade de Hidden, o Anjo da Morte atacou outra vez, fazendo sua vigésima vitima conhecida pela justiça. A vítima era um maníaco, seqüestrador e pedófilo, que atacava na região central da cidade, cuja identidade é desconhecida.
As únicas pistas encontradas pela policia foram um pedaço de tecido branco e uma rosa a arma do crime, uma arma calibre 38, pertencia ao maníaco e era usada nos seus ataques contra crianças, geralmente meninos entre 8 e 12 anos.
Morto com apenas um tiro à queima-roupa na cabeça, a vitima foi encontrada em um dos becos do centro da cidade mais ou menos 2 horas após o assassinato, ocorrido por volta das 02h00min e 02h30min. O laboratório de pesquisas nacional procura mais pistas sobre o assassinato, qualquer indício que possa levá-los à identidade do "Anjo". '
Que tal? Sei que ta meio curtinha, mas ficou bom? As fotos vão ser a de um RG falso que ele carregava consigo e a da rosa negra do Anjo, o que acha?
Thank you so much.
Gemini no Saga "
Ajeitou distraidamente alguns fios de seus cabelos para trás da orelha pequena e bem desenhada antes de digitar a resposta:
"Gostei da matéria, apensar to pouco tamanho. Mas acho que o chefe não vai aceitá-la exatamente por isso. Mas por que a foto do RG? Por que não tiram uma foto do corpo, ou algo similar?
Pisces no Afrodite "
–Dite você é estranho... - comentou Saga em um meio sorriso, surgindo por de trás do pisciano numa discrição típica dele. –Imagine só se você comprasse o jornal numa bela manhã de sol e logo ali, na primeira página, estivesse a foto de um defunto com a cabeça estourada? Você realmente não faz idéia de como ele morreu...
– Hum... -concordou vagamente num menear de cabeça, antes de levantar seus olhos claríssimos na direção do outro. – Como ele morreu, Saga?
–Sorrindo. - tornou em tom sério, suspirando logo em seguida com desanimo. –E pela cara, boa coisa não tava fazendo...
–Você viu o corpo?- perguntou outra vez, tentando disfarçar ao menos em partes seu interesse pelo assunto.
–Preferia não ter visto, se quer saber. Ao menos com aquela cara de alucinado que tinha, sorrindo e branco como cera... Cruzes. Pergunto-me se vou conseguir dormir essa noite...
–E só você foi ver o corpo?
–Eu, o Kanon, o Aiolia... e um novato... Acho que não ta aqui... Bem marrento ele, italiano, se não me engano. - comentou ao acaso, ainda aparentemente absorto em sua própria descrição da mais nova notícia. Absorto o suficiente para não se aperceber da presença de um rapaz parado logo atrás de si.
–Estão falando de mim?- não pode deixar de perguntar o belo rapaz. Moreno, ele, e de olhos de um tom azul marinho misterioso, bem como suas expressões jovens e belas, porém, duras.
Belo sim, mas selvagem também.
–Ah, sim você veio conosco de madrugada, não é?
–Fui sim... Não achou interessante o jeito como aquele cara morreu? Apenas um tiro na cabeça! Como será que esse Anjo da Morte conseguiu pegá-lo desprevenido num beco escuro, tirar-lhe a arma sem que percebesse para só então matar o infeliz, à queima-roupa ainda?-comentou outra vez o novato, simulando uma arma com a mão direita e encostando-a a têmpora. –Meu nome é Vittorio.
–Realmente... acho que vale comentar isso na matéria de hoje. -concordou Saga distraidamente, batendo então uma mão à outra. –Obrigado pela idéia. –agradeceu em meio a outro meio sorriso, deixando-os a sós.
–Bem, você é novo aqui, não? Bem vindo. Meu nome é Alexander, mas todos me chamam de Afrodite. Qualquer coisa não se sinta acanhado em chamar. Será um prazer ajudá-lo... -disse o sueco em tom baixo e felino, sorrindo encantadoramente, enquanto apoiava-se à mesa com os braços em movimentos graciosos.
–Ah, obrigado... -respondeu polidamente o italiano, sem deixar de analisar a figura andrógena à sua frente. –Não farei cerimônia então. Bem, com licença, tenho muito trabalho a fazer...
ooOoOoOoo
–Hora de irmos! -avisou Kanon num silvo maroto, arrancando então a gravata negra que lhe sufocava desde aquela madrugada ingrata.
–Já? O tempo está passando rápido... -murmurou Afrodite espreguiçando-se felinamente, após horas de revisões e mais revisões sobre as notícias a serem publicadas naquele dia e as que invariavelmente ficariam para o dia seguinte.
–E então Dite, para onde vai agora? –Aiolia não pôde evitar perguntar em meio a um sorriso simpático.
–Para um bom banho! Hoje vou almoçar em casa mesmo, já que meu trabalho está pronto.
–Ok... Então... Até amanhã. –deu de ombros o leonino rumando aos gêmeos que se despediam de longe.
–Tchau.
–Até Dite. Se cuide. -ouviu Saga, logo anter de ser arrastado por Aiolia e Kanon - que apenas disse um Tchau rápido -, enquanto saiam apressados.
Suspirou cansadamente, pousando seus dedos finos sobre o pescoço levemente dolorido.
–Você estará aqui amanhã, Vittorio? -perguntou ele observando-o de cima a baixo, apenas por um momento, quando se esbarraram à porta.
–Sim... estarei. -respondeu o outro sem deixar de perceber o olhar penetrante do loiro sobre si.
–Então, até amanhã... -sorriu ladinamente, antes de se virar para a saída sem esperar por resposta.
–Até, Afrodite... -murmurou para as costas do outro, um brilho maledicente em seus olhos. – "Acho que encontrei mais um..." -pensou satisfeito, observando o pisciano caminhar a passos leves, despertando olhares ousados dos passantes .–Não é?"Vitto"?... -riu consigo um riso leve, enquanto caminhava rumo a sua moto.
ooOoOoOoo
–Hum... E um-... É... O mesmo de sempre...?Ok... Cheque... 30 minutos?...Certo... Boa noite.
Suspirou longamente, despindo-se lentamente para só então entrar na banheira de água quente, aromatizada com pétalas de rosas brancas. O celular jogado a algum canto do banheiro.
"Por hoje o Anjo da Morte está de folga. Vamos ceder a 1ª página do jornal para alguma notíciazinha qualquer."
Sorriu ao pensar nisso. Fitou longamente uma rosa negra que deixara em cima da prateleira de cremes, sem poder deixar de pensar em como era fácil fazê-las passarem do branco para o negro. Apenas corantes naturais colocados em sua água, alguns dias de espera, e voila.
Esfregou-se delicadamente, em movimentos circulares, suspirando de satisfação. Como era belo! Belo e mortal como um anjo da morte que seduz para então atacar. Seus alvos nunca tinham a menor chance... Mas nunca atacava pessoas de boa índole... Seus alvos? Pessoas violadoras, cruéis. Aqueles que não têm escrúpulos de pisar, matar e agredir serem menores, mais frágeis. Claro, os mais fortes podiam e deviam comandar os mais fracos, mas, o que ele fazia senão apenas matar os insetos incômodos e venenosos? Nada mais.
Terminou o banho então, enrolando-se num roupão branco e felpudo.
Caminhou até seu quarto, procurando alguma roupa confortável para vestir e acabou optando por uma camiseta de manga comprida justa preta e uma calça de moletom larga, de um tom azul marinho.
Sentou-se no confortável sofá de couro, ligando a televisão, mas, como pôde ver, não passava nada de interessante. Desligou-a, indo ao seu quarto para pegar um livro de suspense. Gostava de lê-los e ter novas idéias de como "atacar".
Voltou à sala sentando-se novamente no sofá, pousando os belos olhos no livro. O assassino deste atacava de forma a desestabilizar emocionalmente as vítimas, fazendo-as pedirem pela morte.
Achava interessantes, esses métodos, mas preferia atacar de uma forma mais sutil, aproximava-se da "vítima" seduzindo-a. Obviamente, a "vítima" tentava aproveitar-se da situação, bombardeando seus delicados ouvidos com elogios de baixo calão e fazendo-lhe propostas obscenas. Obviamente fingia interesse e, quando iam a algum lugar mais "reservado", distraia-os de alguma forma e... Mata. Geralmente com apropria arma que possuíam.
Pensou em quantas vítimas fizera. O maníaco, como bem disse a matéria de Saga, era a sua 20ª vítima.
A próxima era um traficante de drogas, cuja ficha criminal era tão extensa que mereceria um arquivo próprio. Já sabia de quem se tratava, sempre pesquisava minuciosamente sobre as vítimas. Fácil demais, já que trabalhava em um jornal.
Ouviu a campainha tocando, devia ser o motoboy.
Preencheu o cheque o mais rápido possível e abriu a porta, encontrando uma figura morena com traços orientais, uma figura que conhecia muito bem.
–Seiya... Que bom vê-lo novamente... Estava de férias?
–Mais ou menos. -sorriu o entregador. -Fui visitar a minha irmã no Japão, ela tava meio doente.
–Seiya, Seiya... Se ela tiver um terço da sua saúde ela não morre nunca. E então, como anda seu chefe? –não evitou perguntar em um sorrisinho discreto.
–Qual deles? O Shiryu ou o Dohko?
–O Shiryu, é claro. Apesar de não ter notícias do Dohko há alguns dias.
–Ah, ele tá ótimo!E aproveita que dessa vez ele caprichou no Yakisoba, viu?
–Ok... Eu é que não deixaria de aproveitar mesmo.
–É muito sábio da sua parte. Boa noite e obrigado pela preferência!
–De nada. E manda um beijo para o Shiryu por mim.
–Quanto a isso não se preocupe, faço com o maior prazer do mundo! –o moreno sorriu e piscou malandramente, sumindo então escadaria a baixo. – Tchau!
–Tchau... –respondeu, pouco antes de perder o entregador de vista.
Olhou à volta. As portas dos apartamentos visinhos fechadas, à exceção de uma, onde via-se um homem de rebeldes cabelos negros sair. E ao observar melhor, pode constatar de que tratava-se de Vittorio.
"Não pode ser... ele é então será meu vizinho?..."
–Alexander/Afrodite... -sorriu o italiano charmosamente, aproximando-se. –Então somos visinhos...
–Ao que parece... -concordou ele, encostando-se na porta de forma impensadamente sensual, colocando disfarçadamente a sacola com a comida chinesa no chão, de uma maneira que o outro não a visse. –Seja bem vindo ao prédio. Qualquer coisa é só chamar.
–Obrigado. -agradeceu em tom rouco, não conseguindo deixar de pensar o quão atraente aquele ser de rosto angelical parecia a seu ver.
–Então Vittorio, vai sair? -não pôde deixar de perguntar então, reparando que o outro usava um sobretudo de tecido preto e pesado para a temperatura daquele dia.
–Pode me chamar de... Hurnm... Vitto... Se Vittorio parecer longo demais. E sim, vou resolver uns negócios importantes... Ou nem tanto, mas-... –forçou-se a parecer o mais atrapalhado e gentil possível, saindo-se particularmente bem em sua dissimulação, o que arrancou um sorrisinho amistoso do rosto bonito a sua frente.
–Bem... Então boa noite. Não vou atrapalhá-lo mais, Vitto.-murmurou ainda num sorriso, erguendo as sobrancelhas de maneira perspicaz e charmosa.
–Não atrapalha de forma alguma. Boa noite, Afrodite. -respondeu também em um murmúrio, olhando-o em uma simpatia diferente, enigmática e intrigante.
Não esperou o homem descer as escadas e fechou a porta delicadamente, respirando fundo, no intuito de fazer seu coração parar de pulsar tão fortemente. Não sabia o porquê de ter sentido-se tão alarmado, se era por ter sido pego de surpresa - já que seu mais novo colega de serviço também era seu visinho -, ou se era por... Apreensão.
Aquele belo italiano possuía um ar tão...
"O jeito que ele me olhou... Não foi apenas um olhar ousado como o dos outros..."
Caminhou alguns metros, jogando se no sofá.
–O que será aquele olhar? -perguntou-se em tom alto, talvez no intuito da pergunta soar-lhe menos fugaz, antes de seu estômago chamá-lo a realidade numa dor leve e silenciosa. – O melhor que tenho a fazer é jantar.
Pegou a sacola perto da porta, aproveitando a viagem para espiar pelo olho mágico e ver se o outro já fora. E, ao constatar que já não havia ninguém, soltou um suspiro suave, dirigindo-se à cozinha, ligando o microsystem no percurso.
Sentou-se numa cadeirinha branca, depositando a sacola sobre o balcão de mármore da cozinha e espreguiçou-se felinamente antes de levantar, rumando ao banheiro a fim de lavar as mãos.
Ensaboou-as e enxaguou-as com cuidado e secou-as delicadamente. E quando voltava à cozinha, uma rosa chamou-lhe a atenção.
Respirou fundo. Seus dedos quase tocando as pétalas negras quando seu estomago reivindicou novamente atenção.
–Melhor deixar pra lá... -suspirou um tanto hipnotizado ainda, pela delicadeza das pétalas negras, voltando à cozinha.
Continua...
ooOoOoOoo
Comentários daautora: Certo, esta é a revisão de uma história antiga, escrita á mão em 07/09/06 e digitada/ publicada dia 26/12/06. É uma história pela qual nutro um enorme carinho, sendo minha primeira iniciativa para um enredo mais trabalhado e, apensar de alguns furos e da narrativa pobre de detalhes que possuía na época (antes dessa revisão), não deixo de considerar um dos meus trabalhos mais inspirados. ^^
Definitivamente eu tenho/ tinha algum problema, pois na época que escrevi imaginei a seguinte cena ocorrendo entre o Dite e o Seiya (algo como o Pégasus dando um senhor corte nele.)
Ficaria assim:
–Seiya... Que bom vê-lo novamente... Estava de férias?
–Mais ou menos. -sorriu o entregador. -Fui visitar a minha irmã no Japão, ela tava meio doente.
–Seiya, Seiya... Se ela tiver um terço da sua saúde ela não morre nunca. E então, como anda seu chefe? –não evitou perguntar em um sorrisinho discreto.
–Com as pernas, ué?Você queria que ele andasse como?
-x-
Nonsense eu sei, mas tenho de pedir um desconto! Na época tinha apenas 14 anos e sempre tive uma tendência vergonhosa para o humor pastelão...
E ainda depois de imaginar isso eu como a frase do Seiya, a do: "- Qual deles?O Shiryu ou o Dohko?", acabeifazendo um monólogo da parte do Dite. Ao qual tive de consertar...
Gostei muito de digitá-la e arrumá-la tantos anos depois, e espero que gostem de lê-la.
Ah! E um beijo enorme para todos, principalmente para a minha irmã Mi-chan, que fez esse resumo melhor do que eu jamais faria.
Obrigada a você, minha musa inspiradora!
E qualquer crítica, sugestão, ou até elogios, please coments, ou jamais saberei o que se passa com vocês.
beijos
Maru.
