Nota: Naruto e seus personagens não me pertencem! Assim como a música Nyha pertence a Hans Zimmer. Peguei emprestado rapidinho... prometo que devolverei todos inteiros!!!! HAUHAUHAU

Nota1: Betado carinhosamente pela Prisma-san!!! *0* (aperta***)

Nota2: Para entrar melhor no clima, recomendo a leitura com essa trilha sonora...

http: .com/watch?v=gP73FjVzvEc&feature=related

Sevilha, Espanha.

Nunca havia imaginado que aquela viagem de férias forçadas iria leva-lo a Sevilha. Não tinha exatamente o perfil de homem que gostava do calor da noite espalhola. Principalmente quando seu chefe/pseudo-melhor-amigo, o forçara a visitar todas aquelas amostras culturais sobre arquitetura, música, teatro e dança latinas.

Alisou mais uma vez a camisa negra impecável que escolhera para usar naquela noite quente. Ainda não conseguia entender o que estava fazendo ali em pleno verão espanhol. Gostava muito mais do clima frio e nebuloso de Londres. O que com certeza combinava muito mais com seu humor do que aquele lugar.

Encarou-se novamente no espelho, procurando qualquer defeito, hábito que criara sempre que saía de casa para um encontro de negócios. E decidiu que Sasuke ainda pagaria muito caro por lhe fazer cozinhar naquele lugar.

Com descaso passou os dedos sobre os longos cabelos escuros, a única amostra que algum tipo de rebeldia ainda existia. Sem hesitar mais, saiu do quarto. Desceu as escadas do HOTEL ALFONSO XIII, sabendo que para sua desgraça, Sasuke havia pensado em tudo, ele não conseguiria fugir de "atividades recreativas" ali, principalmente porque em seu hotel estava sendo realizada uma apresentação da maior e mais conceituada escola de artes de Sevilla. O que para ele somente queria dizer que se não saísse de seu quarto para assistir, ele só conseguiria ficar mais estressado ainda por não conseguir dormir com todo aquele barulho de violões, castanholas, violas, e sapateados. Coisa que sinceramente não atraíam nada seu humor.

Com os lábios franzidos em uma linha dura, vagou pelo belo salão decorado no estilo barroco ou algo do gênero, decoração e arquitetura realmente não eram forte. Olhava tudo sem se fixar em nada. Os minutos foram passando músicas sendo executadas com perfeição, assim como a dança que não prendiam seu olhar por mais de alguns poucos minutos.

"Acho que já vi o suficiente da cultura latina pelas minhas adoráveis férias inteiras..."

Pensou, elevando seus olhos para o palco, esperando o momento certo de para sair tão discretamente quando havia entrado ali. De repente, as luzes dimunuíram, deixando o salão em uma semi escuridão. "Droga, agora serei forçado a ficar até que consiga enxergar uma saída descente..." - murmurou. Mas, antes de continuar suas imprecarições, um foco vermelho apareceu no centro do palco, o violão forte e apaixonado começou seu devaneio acompanhado pela percussão, como tocasse a própria paixão do corpo que movia-se ao sabor nas notas compassadas do instrumentista.

Ele não conseguia tirar seus olhos da figura suntuosa que se movia de forma luxuriante diante de seus olhos. O corpo femino era sinuoso e forte, os movimentos apaixonados, a dançarina mostrava com o corpo a paixão que vibrava no ar pelas notas do violão. Era quase como se fizessem amor ali na frente de todos que quisessem ver. O longo vestido em tons de vermelho e vinho, colava-se a pele dela como se fissesse parte dela. Os cabelos longos e castanhos estavam parcialmente presos com camélias vermelhas, e imediatamente ele sentiu seu perfume inebriante envolvê-lo.

O balanço do corpo, o movimento dos quadris, as mãos que seguravam a extremidade do vestido, deixando as longas e torneadas pernas visíveis ao seu olhar cheio de desejo. Os pés que movíam-se em um rítmo constante, levando seu corpo a desejar aquele mesmo rítmo, O pescoço delicado, os lábios cheios pintados para seu maior tormento, com o mesmo vermelho que colava seu corpo, e os olhos, ah... insondáveis olhos castanhos, que quando se fixaram nos dele, mostravam todo o conhecimento que tinham do que ela causava nos homens que a assistiam. O brilho naqueles misteriosos olhos o levou a crer que talvez , só talvez, ela soubesse no poder que ela esta exercendo sobre ele naquele momento.

Atraído a ela aproximou-se mais do pequeno palco em que a beldade dançava. Ali, naquele pequeno espaço de tempo, sentiu-se completamente separado do mundo, só havia ela, ele e a música que envolvia os dois como se fossem parte do mesmo ser que pulsava a cara batida das castanholas, a cada acorde ou dedilhado do violão.

Seu olhar a abrasava, queimava cada parte de pele visível, como se pudesse marcar-la como sua. Fazendo amor com seus olhos, bebendo de seus lábios a cada sorriso lascivo que ela lhe enviava. Tinha certeza que ela dançava para ele. Da mesma forma que a música começou, as luzes se foram, o último acorde foi tocado, e o encanto se quebrou.

Aplausos vibrantes cortaram o ar, flores foram jogadas para a o palco, mas incrivelmente Neji percebeu que estava segurando o fôlego, como se pudesse fazer com que o momento acabasse assim que soltasse o fôlego. As luzes se acenderam, e os artistas receberam as honrarias por terem encerrado de forma tão espetacular a noite.

Mas, ela não estava entre eles. Sem conter um pensamento que talvez todo aquele momento não passasse de uma brincadeira que sua mente cansava lhe pregava, dirigui-se as escadas.

Não soube dizer nem como nem quando, mas, de alguma forma, encontrou-se novamente em seu quarto. Jogando os sapatos para um canto qualquer, tomado por uma súbita letargia, jogou-se na cama. Onde sonhos quentes em vermelho-vinho o embalaram noite a dentro.

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Continua?!?!?