Era quase 4 da manhã, quando acordei suada, minha coberta revirada e totalmente ofegante. Estava tendo aquele mesmo pesadelo a 1 mês, o mesmo pesadelo em que ele morria. Já fazia 2 anos que ele tinha ido para a guerra e a cada noticia meu coração doía. Na esperança de acabar com esses pesadelos fui até a escrivaninha de marfim do meu quarto, liguei a luminária e vasculhei uma gaveta a procura de um papel e uma caneta. Ao achar o que precisava fechei meus olhos e respirai fundo. Comecei a escrever a carta.

"eu preciso de você , volta pra mim."

Totalmente vetado, não iria me entregar assim, do nada pra ele. Por mais verdade que fosse.

"Quero tanto você. Vou esperar ate você voltar"

Ta parecendo eu quero algo mais quente, digamos, com ele. E esse e o único motivo pra não ter ficado com ele antes.

"Descobri que te amo. Quando volta?"

Não tá certo ainda.

Depois de muito pensar amassei tudo que escrevi e peguei um envelope verde, coloquei um cordão com um pingente em formato de lírio dentro do envelope e escrevi na aba:

"Não morra. –L"

Li e reli varias vezes. Decidi que aquilo não era bom, mas ele entenderia. Fechei a carta e enderecei a ele. Pedi a minha coruja que a leva-se. Ela logo fez isso. Fui pra cama e voltei a dormir.

Duas semanas depois e coruja voltou com um bilhete escrito em um pedaço de papel chamuscado.

"Google: 534"

Entrei no Google e digitei 534 na esperança que fosse esse o recado. Apertei estou com sorte e automaticamente entrei no site do aeroporto internacional de Londres, na pagina estava escrito dia 12 às três da tarde, portão cinco. Faltavam 20 minutos. Naquela hora eu desenvolvi uma habilidade que não sabia que tinha: me mover mais rápido que a luz. Como uma flecha eu tomei um banho e coloquei o vestido que ele tinha me dado a dois anos, coloquei uma sapatinha que estava jogada e sai correndo. Fiz sinal para o primeiro taxi que passou e pedi para que ele aceirasse o Maximo que pudesse. Minha sorte era que morava bem perto ddo aeroporto. As três em ponto eu estava lá, comecei a correr pra achar o portão 5. Quando eu cheguei vi ele saindo com a roupa de soldado e meu cordão preso junto com as medalhas que pendiam de sua farda. Assim que eu o vi. Sai correndo e pulei em seus braços ele me abraçou junto a sei corpo e logo se afastou. Abriu a sacola puída que carregava e tirou de dentro um pedaço de papel. Me entregou ainda dobrado. Cuidadosamente o desdobrei.

"eu te amo. -J"

Com um riso doce fui ate o balcão de doces próximo e peguei uma caneta. Escrevi delicadamente em sua mão.

"eu sempre soube. –L"