De volta para o Futuro.
Xena caminhava pela saída de Potédia com Gabrielle ao seu lado e Argo do outro, conversavam sobre a viagem que acabavam de fazer para visitar a família da barda.
- Oh Xena, obrigada por incluir Potédia no nosso caminho até Roma! Eu não agüento esse pressentimento de que algo vai dar errado e não ver minha família antes de... – sua voz ia sumindo ao terminar a frase – bom, antes que algo fuja do nosso controle seria horrível. A loira já tinha seus olhos mareados. Xena a abraçou ternamente e, num tom tranqüilo, pronunciou palavras de conforto. A seu modo.
- E quem disse que algo vai dar errado em Roma, Gabrielle? Eu estarei lá ao seu lado para te proteger. - Falando isso deu uma piscadinha e um sorriso típico de criança que vai aprontar. E por incrível que pareça, isso tudo pareceu funcionar, pois Gabrielle se sentia muito melhor.
A guerreira subiu na égua e Gabby ia caminhando ao lado, como sempre. Elas passavam pela beira de um rio com águas cristalinas e muitas árvores em volta. Xena ia pensando que talvez os medos de Gabrielle não fossem apenas imaginação. A barda ia pensando que assim que parassem e Xena dormisse, pegaria seus pergaminhos e escreveria sobre seus medos.
De repente Argo começou a se agitar até um ponto em que Xena pensou que cairia de cima do animal, mas felizmente a égua se acalmou antes que isso acontecesse. Gabrielle se assustou e Xena tentava entender o porquê daquela reação, afinal Argo sempre foi muito tranqüila, além de obediente. Enquanto isso, Ares surgiu no caminho entre a continuação da estrada e as moças. Xena, nem um pouco surpreendida, com um tom amargo, afirmou:
- Argo sente o mau cheiro de longe.
- Nossa, que recepção calorosa, Xena! Você não era assim! - Ares disse, sorrindo.
- Anda Ares, fala logo o que você quer! - Gabrielle inquiriu, irritada.
- Ih loirinha, de tanto andar com essa aí – apontou com a cabeça na direção de Xena, que levava os braços cruzados no peito – já está perdendo sua essência de calma e amor? - Um sorriso irônico pairava sobre o rosto do deus da guerra e, vendo as duas mulheres de braços cruzados e cara de poucos amigos à sua frente, resolveu continuar – Bom, já que vocês insistem, vou falar o que eu quero de vocês, o que na verdade é bem simples: venham comigo para o futuro, eu preciso da ajuda de vocês.
