"Ai ... Já é de manhã?", pensou Kagome desligando o despertador. Ela se levantou e foi ao banheiro. Kagome se olhou no espelho. Seus olhos e seus cabelos eram negros. Seus cabelos eram compridos e lisos.
Ela tomou banho e desceu para tomar café. No andar de baixo, sua mãe, seu irmão e seu avô já estavam comendo.
- Bom dia! – cumprimentou Kagome.
- Bom dia! – Disseram todos.
-Não vai comer, Kagome? – Perguntou sua mãe ao ver Kagome apenas pegar uma maçã e ir em direção a porta.
-Hoje não, mãe. Eu combinei de me encontrar com a Sangô no caminho. Tchau, gente!
Assim, Kagome saiu. Mesmo sendo apenas 7 horas da manhã, o dia estava quente já que era verão, embora fosse quase outono. Um quarteirão depois, Kagome já podia ver sua melhor amiga: Sangô.
-Oi, Kagome! – disse Sangô se aproximando para abraçar a amiga.
-Oi, Sangô! Tudo bem?- cumprimentou Kagome sorrindo – Vamos?
As duas continuaram a caminhar para a escola. Quando chegaram ainda faltavam dez minutos para começar as aulas.
-Kagome! – Era Rin, uma garota de cabelos castanhos e de tamanho médio. Já Sangô tinha os cabelos mais compridos e negros, como seus olhos.
-Oi, Rin!- Agora estavam só as duas, já que Sangô tinha ido colocar suas coisas em sua mesa.
-O Hojo anda te procurando.
-Pra quê?
-E eu lá vou perguntar? Só sei que ele está ansioso pra te ver.
-Ai... de novo? – murmurou Kagome desanimada.
-Quê?
-Nada.
-Ah, Kagome, não sei porque você é assim com o coitado do Hojo.
-Nem eu, mas a culpa lá é minha?
-Não, mas ele é tão gentil, bonito, inteligente...
-Se quiser, pode ficar.
-Nossa, Kagome!
-Quê?
-Ele ta vindo. Até logo!
-Rin...
Mas não deu tempo de Kagome dizer mais nada. Um garoto alto de cabelos marrom e olhos castanhos se aproximou sorrindo.
-Oi, Kagome. Tudo bem?
-Tudo e você?
-Tudo muito bem. Eu trouxe uma coisa pra você. – disse ele enfiando a mãop no bolso e tirando um papel que entregou pra ela.
-O que é isso?
-É um ingresso para a estréia do filme "Esmeralda de Plasma".
-Sério! Legal! Mas só estréia daqui a dois dias. Como você conseguiu o ingresso?
-O pai de um amigo meu trabalha no cinema. Você quer ir comigo na sexta?
"Como é que eu posso dizer não? Não posso mesmo. Esse cara me pegou de jeito dessa vez. A única coisa que posso dizer é..."
-Claro, Hojo! Que horas?
-Eu passo na sua casa às seis.
-Tá bom.
-Ok. Até mais.
Conforme o Hojo se afastava, a expressão de Kagome se transformava de sorrisinho falso para cara-de-quem-não-sabe-se-ri-ou-se-chora. Em seguida, Sangô se aproximou.
-E aí, Kagome? O que ele disse? Nossa! Que cara é essa? – perguntou Sangô segurando o riso ao máximo. Ela sabia que Kagome não sentia por Hojo o que ele sentia por ela.
Kagome explicou a história e Sangô disse:
-Isso aí, você tem que admitir, foi legal.
Kagome lançou um olhar totalmente mortal, assustador e congelante à Sangô, que concertou:
-Calma, foi só um comentário.
O sinal bateu e o professor entrou na sala. Com ele entrou um garoto alto, cabelos prateados e olhos estranhamente amarelos. Ele parecia mal-humorado, impaciente.
-Bom dia turma!- disse o professor.
-Bom dia. – responderam todos.
-A partir dessa segunda etapa, o Inu Yasha vai nos acompanhar nessa caminhada do terceiro ano do Ensino Médio. Por que não nos fala um pouco sobre você?- perguntou o professor olhando para ele.
Inu Yasha amarrou muito a cara e bufou olhando para o lado.Estava claro que não era muito sociável.ma o professor riu, dizendo:
-Ah! É tímido! Não tem problema. Aprenderemos muito um sobre o outro durante o ano. Por que não se senta na frente do Miroku?- disse o professor apontando para um garoto de olhos e cabelos pretos, sendo estes últimos, curtos.
Inu Yasha caminhou em silêncio e se sentou na frente de Miroku. "Que cara estranho", pensava Kagome, com a certeza de que, a seu lado, Sangô pensava o mesmo.
O professor começou a aula.
-Vamos, Kagome! – disse Sangô do outro lado da carteira da amiga.
-Calma! Já vai-reclamou Kagomequase mergulhando na própria mochila. –Por que você não vai na frente com seu Miroku?
-"Seu Miroku"? Eu não sabia que ela gostava de mim. –disse Miroku se aproximando.
-Isso se chama deboche. A gente usa mentiras pra zuar as pessoas. – disse Kagome.
-Mas também não precisa acabar comigo, não acha, Sangô?
Sangô apenas riu. Embora apenas Kagome tivesse visto, por conhece-la muito bem, as bochechas de Sangô estavam mais rosadas que o normal.
-Pronto, Sangô. Agora podemos ir. –Disse Kagome pegando a mochila.
-Miroku, aquele novato não mora perto da gente, não?
-Não sei. Vou perguntar- Disse Miroku indo atrás de Inu Yasha que já estava saindo da sala.
Momentos depois Miroku chamava as duas para que fossem embora.
-O que ele disse?- perguntou Sangô.
-Ele disse: - nessa hora, Miroku imitou Inu Yasha fechando a cara e mudando a voz. – "Eu vou pra casa. Se quiserem vir comigo o problema é de vocês." – as garotas riram e Miroku continuou – Mas ele mora pra lá, sim. Se a gente for agora, talvez ainda dê tempo de alcançá-lo.
Os três saíram da escola caminhando. O dia estava quente e bonito. Poucos minutos depois da saída, avistaram Inu Yasha caminhando e o alcançaram.
-E aí, Inu Yasha! Beleza? – Perguntou Miroku animado. Inu Yasha apenas bufou. – Bem, como você sabe, meu nome é Miroku e estas são Sangô e Kagome.
-De que escola você veio?- Perguntou Kagome tentando amenizar a situação.
-Da Wakabayashi [haha tive que inventar.
-Por que você saiu de lá? – perguntou Kagome.
-Não te interessa.
-Grosso.
-Curiosa.
-Pelo menos eu tenho uma gota de educação.
-E o que te interessa no meu passado?
-Ai, eu só... Cadê eles?
Ao mesmo tempo que os dois tinham parado para discutir, Sangô e Miroku tinham continuado a andar deixando os dois sozinhos, Kagome furiosa e Inu Yasha mal-humorado. [ta, isso ele já tava, mas piorou.
Após alcançar Miroku e Sangô, Inu Yasha e Kagome continuaram a andar até que os quatro chegaram a uma esquina.
-Eu tenho que ir para a esquerda. Vejo vocês amanhã- disse Inu Yasha acenando.
-Eu vou com você... a não ser que a Sangô queira que eu a acompanhe até em casa – disse Miroku colocando a mão na cintura de Sangô.
Por não estar com vontade de estapear o garoto naquele momento, Sangô tirou a mão de Miroku de sua cintura dizendo:
-Não, obrigada. Nem sei porque você pergunta isso todo dia.
Kagome riu e disse:
-Então vamos, Sangô?
-Vamos.
Elas se despediram dos meninos e continuaram.
-O que você achou do garoto novo?- perguntou Sangô.
-Sei lá. Como assim? E por que vocês me deixaram sozinha com ele?
-Sei não. Vocês pareciam estar muito ocupados- disse Sangô prendendo o riso.
-É, e você e o Miroku também.- retrucou Kagome triunfante.
-O que faz você pensar que eu gosto do Miroku desse jeito?- perguntou Sangô com a face rosada.
-Precisa msmo falar? Só de falar o nome dele você fica cor-de-rosa.
-Não quer dizer nada.
-Ai, eu desisto de você por hoje. – disse Kagome finalmente- Eu tenho que ir. Amanhã a gente se vê. – disse Kagome dando um beijo na amiga e entrando.
-Tchau, Kagome!- disse Sangô.
De manhã o professor dividiu a turma a turma em grupos para a aula de Biologia. Ficaram num mesmo grupo: Sangô, Kagome, Miroku e Inu Yasha. Assim, foram até o laboratório.
Embora Hojo tenha batalhado para ficar no grupo de Kagome, o professor não deixou pois ele devia ajudar os outros alunos, uma vez que suas notas em Biologia eram muito altas.
-Muito bem, classe! Hoje vamos estudar briófitas.- disse o professor distribuindo pedaços de madeira cobertos de musgo.- vocês vão observar...
-O que a gente tem que fazer mesmo? – perguntou Miroku.
-Nós temos que observar as briófitas na lupa e no microscópio. Depois a gente tem que responder o relatório.- disse Sangô mostrando para Miroku cada objeto. Notando a aproximação de Miroku, que arrastava seu banco para perto do de Sangô , esta deu-lhe um tapa.- Eu vou ter que mudar de lugar?
-Claro que não, Sangozinha!
-Ótimo. Para evitar que isso volte a acontecer, eu vou preparar as amostras do microscópio e vocês preparam as da lupa, ok?
E assim, eles começaram a trabalhar. Eventualmente Miroku e Inu Yasha apresentavam dificuldades e Sangô e Kagome os ajudavam, embora Inu Yasha se mostrasse orgulhoso e cabeça dura. Assim, discussões entre o novato e Kagome foram inevitáveis.
Numa certa hora, Sangô pegou o bisturi do lado errado e cortou o dedo.
-Ai!- disse ela quando o sangue começou a brotar intensamente de sua pele.
-Quer que eu vá com você a enfermaria? – perguntou Kagome.
-Eu vou – disse Miroku se levantando – Vem, Sangozinha.
Eles se levantaram e saíram. O silêncio desconfortável da falta de graça e desconhecimento do que falar tomou conta da mesa. Até que...
-Ela deveria tomar mais cuidado.-disse Inu Yasha reclamando.
-Foi um acidente - retrucou Kagome fechando a cara.
-Se ela estivesse prestando atenção, isso não teria acontecido.
-Por que você sempre tem que discutir comigo?
-Quem começa sempre é você.
-Ah, tá bom, Inu Yasha.
Nesse momento eles ouviram um barulho de tapa e Sangô entrando na sala com um curativo no dedo e um Miroku com uma marca de mão no rosto.
Kagome riu e surpreendentemente a boca de Inu Yasha se formou o que poderia ser um breve sorriso.
Mais tarde o grupo terminou o relatório e o entregou.
-Bom dia, turma! – disse a professora de literatura.
Kagome odiava Literatura e suas notas na matéria destoavam das outras, sendo mais baixas.
"Pra quê literatura? Nada nessa aula faz sentido!"
-Eu tenho que ler isso? - Perguntou Kagome a Sangô, que tinha sentado em dupla com ela para ajudar a amiga.
-Tem, e esse nem é tão difícil. Você consegue.
-Olha isso: "Tua face é como a lua". Ta chamando a mulher de gorda?
-Ele só está dizendo isso pra dizer que a pele dela é muito branca. – disse Sangô após uma crise de riso.
-E como é que eu vou saber? Eu não tava lá!
Embora se divertisse criticando os poemas, Kagome sabia que uma hora ou outra teria que dar um jeito na literatura.
A aula terminou e Kagome estava guardando suas coisas. Quando terminou, foi se juntar aos amigos.
Caminhando para casa, Sangô disse:
-Kagome, amanhã é sexta. Vamos ao cinema?
-Ai, eu não posso. Eu vou com o...
Ah, é! – interrompeu Sangô com uma expressão perversa no rosto. Vai sair com o Hojo...
-Por que a gente não faz o mesmo, Sangô? – perguntou Miroku.
-Não força a barra, Miroku. – Disse Sangô.
-Mas a gente podia mesmo fazer alguma coisa nesse final de semana, né?- perguntou Kagome.
-É. Tem razão. O que acha, Inu Yasha? – perguntou Miroku.
-Inu Yasha?!
Nessa hora, devido ao espanto, Kagome olhou para trás, mas Inu Yasha continuou andando e trombou nela. Kagome quase caiu de costas, mas Inu Yasha a segurou, abraçando-a. Por reflexo, Kagome se segurou nos braços do garoto. [Entendeu? Legal! Agora imagina a cena acelerada 10x, com um gritinho da Kagome no fundo. Foi assim
Quando abriu os olhos, Kagome se viu meio em pé agarrada com a Inu Yasha. Ela tentou se afastar da maneira mais educada e menos desesperada possível, o que não foi suficiente para esconder-lhe o rubor das faces ["esconder-lhe o rubor das faces"? Eu tenho que parar de ler Álvares de Azevedo.
-Er... Desculpa – tentou dizer Kagome.
Miroku e Sangô estavam um pouco mais a frente, pois só pararam quando ouviram Kagome gritar.
-Tudo bem aí? – perguntou Miroku.
-Aham- Respondeu Inu Yasha- É que alguém aqui não consegue não ser desastrada.
-Ué, ninguém mandou você ficar atrás de mim nesse silêncio e me assustar desse jeito. – defendeu Kagome.
Vendo aonde a coisa chegaria, Miroku e Sangô continuaram andando.
-Eu não te assustei. Você é que assustou sozinha! – retrucou Inu Yasha.
Assim, a briga continuou por um tempo até que Miroku não agüentou.
-Chega, gente! Já deu!
E mesmo um estando ao lado do outro, Kagome e Inu Yasha pararam de brigar e continuaram a andar em silêncio de cara amarrada e sem olhar um para a cara do outro.
-E se a gente fosse comer alguma coisa? –perguntou Miroku.
-É, pode ser. O que você acha, Kagome? – perguntou Sangô.
-Eu sei lá.
Assim como no dia anterior, os meninos foram para um lado e as meninas para outro.
-Quer que eu vá com você, Sangô?
-Você vai perguntar isso todo dia, Miroku?
