Feelings
Capítulo 1 – Terrível Tempestade
Uma merda. É assim que eu descreveria aquilo tudo. Uma grande e imensa merda. Tipo, sabe quando acontece alguma coisa que você nunca esperava e logo depois disso se arrepende por ter ficado calada por toda a sua vida?
Meu nome é Tenten Mitsashi. Tenho 16 anos, cabelos compridos e castanhos, mas nunca os deixo soltos. Prendo eles com dois coques no alto da cabeça, o que o meu ex-melhor amigo (se é que isso existe) afirma parecer um "urso panda". Eu fico P. da vida. Meus olhos também são castanhos. E aí vem outro apelido do cafajeste, "garota chocolate". Tenho um corpo ligeiramente moreno e curvilíneo (mais uma do idiota).
Vocês devem estar se perguntando o que foi que esse garoto fez para eu odiar tanto ele assim. Bom, o nome dele é Neji Hyuuga. Ele tem 17 anos, é bem mais alto que eu, cabelos castanhos e compridos e olhos perolados. Além do mais, ele tem um tanquinho excepcional (descobri isso num dia em que estava muito calor e ele não agüentou ficar com as blusas pesadas que ele usa)...
Bom, a história é a seguinte:
Flash Back On
Eu estava andando por entre as ruas de Konoha, até que de repente o Hyuuga me avista.
- Bom dia, Tenten. Hoje está um belo dia, não? – disse ele, sorrindo. Neji sorrindo?
- Está sim... Por que está feliz?
- Ah, porque acordei feliz. Você não?
- Sei. Acordou feliz. Sua cama deve ser feita de pedra e seu travesseiro de madeira, porque você NUNCA, repito, NUNCA acorda feliz. E não, eu não estou feliz. Estou normal...
Trocamos os papéis naquele dia. Não é possível que o Hyuuga tenha acordado feliz e que eu NÃO tenha acordado feliz.
- Está bem. Eu vou lhe contar, você é minha amiga, certo?
- Claro. Prossiga.
- Bom, sabe a minha prima, a Hinata? Aquela que tem o cabelo negro-azulado e macio, o corpo e, principalmente os seios, curvilíneos e o rosto de um anjo?
- Para de descrever ela e fala logo, merda. Tá me deixando curiosa. – na verdade eu estava completamente irritada e sabia que seria alguma notícia ruim para mim.
- Então, é que... Nós estamos namorando. – e dá um sorriso após a pronúncia de suas palavras.
- Vocês... O que? – eu disse, torcendo para ter entendido errado.
- Estamos namorando. – ele deu um suspiro. – Você não acha que o dia está lindo?
Eu olhei no fundo dos olhos dele e dei minha resposta:
- Não. Hoje vai ter uma tempestade horrível. – e saí andando, sem olhar para trás. Ele nem sequer ligou, ficou parado no mesmo lugar fitando o céu.
Cheguei à minha casa, me joguei em cima da minha cama com tudo, caindo em cima do meu coelho, o Carotte (significa cenoura em francês, achei uma graça quando vi esse nome. E meu sonho é aprender a falar francês). Coitadinho, ele é um mini-coelho, daqueles todos peludinhos. Só que o Carotte era alaranjado com os olhos verdes. Parecia realmente uma cenoura. Só ouvi um "beep" saindo de baixo de mim, e se não fosse por ele, eu só perceberia que meu coelho estava ali quando eu me levantasse e ele estivesse morto. Não, eu não queria isso.
Peguei o Carotte e o coloquei sobre a barriga. Eu estava virada para cima na minha cama, acariciando-o. Lágrimas escorriam de minha face e meus olhos já estavam completamente inchados. Como ele pôde fazer isso? Eu não me conformava. Ele deveria saber que eu o amava, já que se considerava TÃO meu amigo.
De repente minha mãe adentra o meu quarto. Enxugo rapidamente minhas lágrimas, mas não rápido o suficiente para que ela não as visse.
- Minha filha, o que houve? Por que você está chorando? – perguntou ela, sentando-se à beira de minha cama.
- Ah, mãe, os garotos são uns babacas. Idiotas. Não prestam para nada na nossa vida, só para nos dar esperanças falsas e acabarem com ela.
- Isso não é verdade. Eles nos ensinam a sermos fortes. A aprendermos a não dar atenção para quem não merece. Para isso que eles servem.
- Que merda. E precisa ser de uma maneira tão ruim? – minhas lágrimas já haviam cessado.
- Às vezes somos teimosas e persistimos tanto em algo, que no final nós mesmas nos fazemos sofrer. – Ótimo. Minha mãe podia ser filósofa. Ser ou não ser? Eis a questão. Bom, ela era formada na academia de Letras, eis a resposta.
- Obrigada mãe. – e dei um abraço nela, mesmo sem entender o motivo.
- De nada. – e ela saiu do quarto, sorrindo para mim e indo para a sala assistir à sua novela Passione.
Olhei pela minha janela de vidro, que estava aberta. Estava chovendo e os pingos de chuva estavam entrando, caindo sobre o escuro chão de meu quarto e escorrendo pelas paredes esverdeadas.
"Hoje vai ter uma tempestade horrível." – pensei, enquanto lembrava-me da cena de minutos atrás. E realmente, mais tarde um pouco começam trovões e relâmpagos a se manifestarem.
Flash Back Off
Depois disso eu nunca mais havia falado com o Hyuuga. Umas duas semanas após o ocorrido, recebo uma ligação. Eu não fazia idéia de quem era o número.
Oioioi, pessoas liindas! *-*
Bom, espero ter melhorado nessa agora...
É uma história esquisita como eu comecei a escrever esta. Eu havia passado um dia muuito azarado, peguei uma chuva do caramba e cheguei ao meu curso de inglês ENCHARCADA (sem exageros). Ainda estava me sentindo solitária e não tinha dormido de noite. Resultado? Tristeza passageira e... esta fic!
Bom, agora, se alguém quiser deixar a criaturinha feliz, REVIEWS, PLEASE! *-*
