Importante: antigamente eu postava algumas histórias com o nick de "Felton Blackthorn". Então se você ver esta história postada como "Felton Blackthorn", saiba que é o meu perfil também!
Atualmente ando postando nos perfis oficiais "Kaline Bogard", mas ambos pertencem a mim! :D
Título: Eternity
Ficwriter: Kaline Bogard (Felton Blackthorn)
Pairings: HPDM
Classificação: M (apenas por precaução)
Gênero: Slash (masculino)
Disclaimer: Harry Potter e seus personagens pertencem à J.K. Rowling e empresas associadas. Este é um trabalho feito de fã para fãs sem fins lucrativos.
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Atenção: talvez esta história fique um tanto longa, e talvez eu resolva abordar temas como m-preg, incesto e lemon slash explícito (entre outros). Nada disso acontecerá nos primeiros capítulos. Mas aviso desde já que tudo pode acontecer...
Atenção02: essa fic não segue todos os acontecimentos dos livros fielmente. Apenas alguns. Tecnicamente se passa no início do 6º ano.
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...os dois continuam andando...
...porque depois não poderão voltar...
mas agora no fundo de seus corações
a dor de um crime nunca irá se apagar...
CAPÍTULO UM
QUANDO TUDO COMEÇA BEM...
Se perguntassem a Harry Potter como seria exatamente um dia perfeito, ele responderia que seria este, pelo que tudo indicava. Fazia tanto tempo que não sentia-se tão bem. Claro, ainda havia a ameaça da guerra, e todo o medo causado pelo Lorde das Trevas.
Mas ainda assim, naquela manhã, Harry estava se sentindo apenas um estudante bruxo normal, que conseguira fazer toda a tarefa que lhe fora ordenada. Sim, a primeira aula era a de poções. E sim, ele enfrentara uma detenção na noite anterior, ou melhor, a semana inteira, e tudo graças a uma maldita poção que dera errado...
E pra piorar, o odioso professor Snape lhe passara aquele trabalho extra. Cinqüenta centímetros de pergaminho falando sobre as cinco poções mais famosas criadas pelos húngaros. Harry escrevera sessenta. Sessenta centímetros sobre as tais poções da Hungria.
Um trabalho perfeito, na opinião do jovem bruxo. Resultado de duas noites escondido debaixo da capa da invisibilidade, pesquisando na seção restrita.
Ele se sentia tão orgulhoso, justamente porque fizera tudo sozinho, não tivera ajuda de Hermione, nem de ninguém. Vencera o cansaço da detenção e o desanimo apenas para não dar o gostinho a Snape de dizer que fracassara.
Não dessa vez.
Sorrindo, Harry entrou na sala de aula de poções, antes mesmo do professor e da maioria dos alunos terem chegado. Procurou uma carteira bem na primeira fila, nessa aula ele queria mesmo ficar frente a frente com Snape.
Antes de sentar abriu a bolsa, encontrando a capa da invisibilidade, que usara essa noite mesmo e não guardara no quarto ainda.
Os olhos verdes vasculharam o interior da bolsa. Ali estava o tinteiro, a pena e... ah! Um pergaminho melecado e grudento, totalmente arruinado por alguma substância pegajosa laranja. Agora ele iria... CALMA AÍ!
Um pergaminho melecado e grudento!
- O que é isso!
O Garoto Que Sobreviveu arregalou os olhos ao reconhecer o que um dia fora sua perfeita e completa pesquisa sobre poções húngaras. E estava destruída!
Como? Onde? Quando! Até a noite anterior estava tudo perfeitamente em ordem. Cada palavra escrita, cada informação recolhida. Era o trabalho do ano! Agora não tinha mais nada para entregar a Snape... e nem mesmo uma boa desculpa!
- Ora... o que aconteceu, Potter? Problemas com a lição de casa?
Harry cerrou os punhos ao ouvir a voz arrastada e irônica. Ok... ele não sabia como, nem onde, muito menos quando. Mas acabara de descobrir quem e consequentemente, porque.
- Malfoy...
Lentamente o moreno se voltou, encarando o loiro nos olhos. Estava furioso.
Furioso? Harry sentia-se como um vulcão prestes a entrar em erupção.
Tá certo, era apenas um trabalho de poções... não! Não era apenas um trabalho de poções. Era o seu esforço. Sua dedicação! Sua sonhada oportunidade de dar o troco ao ensebado professor de poções! E Harry explodiria por tão pouco.
Draco observou o eterno inimigo voltar-se em sua direção como se tivesse sido picado por um Basilisco. O loiro mantinha uma mão na cintura, sustentando a pose de fanfarrão. No rosto fino o patenteado sorrisinho "Malfoy".
Porém o sorriso esmaeceu imediatamente no momento em que se viu fitado pelas íris flamejantes de Potter.
Por um milésimo de segundo o loiro analisou as implicações daquele caso. Estava na mira de Potter... de um Potter que durante cinco anos fora mais baixo do que si (coisa que Drago adorava se vangloriar... poder olhar o Garoto Que Sobreviveu de cima...) só que o irritante Testa Rachada resolvera esticar nas férias. Qual foi a surpresa do Slytherin ao chegar no inicio do ano letivo de dar de cara com um Potter vários centímetros mais alto... podendo finalmente olhar Draco de cima para baixo, e não o contrário...
Continuando as considerações... merda! Draco estava sozinho, afinal era a aula de poções. Ele se sentia seguro nela. Sempre estaria seguro nas masmorras, em presença de Snape.
O grande X da questão era que Severus Snape não estava ali no momento, para dar a inesgotável proteção a Draco. Muito menos Crabbe e Goyle, seus guarda costas.
Só havia alguns alunos insignificantes... a maioria Gryffindor, diga-se de passagem, torcendo para que o loiro levasse a pior (como se não levasse sempre...) e Harry Potter, é claro. Com toda sua fúria.
Tudo isso foi pensando naquele milésimo de segundo, ao mesmo tempo em que os olhos grises do Slytherin se fixaram nas mãos de Potter... eram grandes e fortes... e estavam cerradas com força, com tanta força que chegavam a tremer...
Uau. Aquele punho, no seu belo nariz, faria um senhor estrago...
Então Draco fez a única coisa que poderia, naquelas circunstâncias: deu meia volta e saiu correndo. "Não é uma fuga...é uma... saída estratégica..."
- Não tão rápido, Malfoy! - o moreno disparou atrás, disposto a dar o troco no Slytherin custasse o que custasse.
Draco fugia, er, escapava estrategicamente, com um único objetivo em mente: ter a sorte de trombar com Snape vindo dar a aula, antes de que Harry Enlouquecido Potter o alcançasse e... lhe causasse dor! E pela raiva de Potter aquela era a intenção.
Infelizmente, Snape parecia estar atrasado, justamente numa hora tão imprópria.
"Droga, Severus, você não se preocupa nem um pouco com a segurança de seu afilhado!"
Sem a proteção do mestre de poções, Draco não teve alternativa a não ser continuar correndo. Com Harry quase grudado em seus calcanhares.
HPDM
- Está bem desregulado, senhorita Granger.
- Eu sabia, professora MacGonagall. Senti que estava diferente e fiquei com receio de usá-lo.
Hermione estava parada a frente de Minerva MacGonagall, ambas no pátio descoberto de Hogwarts, observando atentamente o vira-tempo de Hermione. A garota precisava usá-lo, depois de um longo período de inatividade, mas logo notara que tinha algo errado o objeto mágico. Então pedira ajuda a professora de transfiguração.
- Faz quanto tempo que não usa o seu vira-tempo, senhorita Granger?
- Desde o fim do terceiro ano.
Santa verdade. Depois disso Hermione conseguira arrumar seu horário escolar e pudera assistir todas as aulas de seu interesse sem precisar recorrer ao vira-tempo, isso até agora, quando suas aulas preferidas batiam no horário.
- Quase três anos... quanto maior é o tempo desativado, maior é a disfunção. E estou vendo que não apenas o mecanismo que controla o tempo, mas também o lugar está em mal funcionamento. É melhor guardá-lo com você. Quando o professor Dumbledore voltar do Ministério poderá ver isso.
- O Professor Dumbledore? Está tão errado assim?
- Bastante - MacGonagall estendeu o objeto mágico de volta para Granger - Não tente usá-lo, não sei o que pode acontecer.
- Obrigada Professora.
Hermione deu as costas para Minerva e começou a se afastar. Tinha aula de poções e não queria se atrasar.
- Eu ganharia tempo com isso. Mas... não posso arriscar...
Ia divagando em direção as masmorras quando alguém, que lhe pareceu Malfoy, passou correndo por ela e lhe arrancou o vira-tempo das mãos.
Antes que pudesse sequer exclamar alguma coisa alguém, que lhe pareceu Harry, também passou 'voando' atrás de seu eterno inimigo.
A jovem bruxa olhou para a mão que a segundos atrás estivera segurando a corrente do vira-tempo, depois voltou os olhos para o lado por onde Harry e Malfoy (não exatamente nessa ordem) haviam seguido.
- Isso... não é bom! - Hermione sussurrou e correu atrás do amigo.
HPDM
Draco estava esgotado! Seus pulmões ardiam quando respirava, e ele se sentia completamente sem fôlego. Lembrando-se que ele não era o maior fã de exercícios físicos de Hogwarts... tá certo, era apanhador de Slytherin, mas ficar sentado numa vassoura esperando o pomo de ouro aparecer, ou fazer algumas fintas atrás de Harry Potter não era exatamente um treino que preparasse seu corpo esbelto.
Enquanto corria, Draco começou a considerar o opção de se render. Certo, apanhar do Cara de Cicatriz não podia ser pior do que a exaustão física que começava a sentir...
"Talvez se eu acertasse arf os olhos dele arf com os meus dedos... não, arf o óculos atrapalharia... arf... EI! A sangue ruim arf... com o... estou salvo!"
Descobrindo que podia arfar mesmo em pensamento e que... podia ser salvo, se tomasse o vira-tempo de Granger e voltasse uma ou duas horas no tempo. Estaria livre de Potter, conseguiria assistir a aula de poções onde estaria protegido por Severus. Depois da aula teria a companhia de seus armár... er, amigos Crabbe e Goyle.
O mundo era cor de rosa e a vida era boa! Tá certo, o mundo não era cor de rosa, mas enfim, também não seria roxo (o que aconteceria quando Potter acertasse seu precioso olho).
Ao passar por Hermione, Draco simplesmente arrancou o vira-tempo das mãos dela. Não era exatamente um roubo. Era um empréstimo. E para uma justa causa: salvar um Malfoy, bruxo fundamental para a sobrevivência do mundo mágico. Quer um objetivo mais altruísta do que esse?
O Slytherin mal registrou o protesto da garota. Continuou correndo enquanto girava o pequeno pino do vira-tempo. Obviamente conhecia aquele aparelhinho mágico, não sabia como usar, mas conhecia...
Girou uma, duas, três vezes... e continuou girando por precaução...
Foi então que Harry finalmente alcançou o loiro. Agarrou-lhe o braço e o impediu de continuar correndo, virando-o de frente para si.
O outro braço livre já estava armado para o Soco Do Século na fuça do inimigo.
Por puro instinto Draco ergueu os braços tentando proteger seu belo rosto. Se escapasse consciente daquele golpe, pensaria em algo para contra atacar ou talvez perdesse os sentidos e Potter o deixasse em paz para ser levado a enfermaria. Hum... Porém quando levantou os braços, acabou soltando o pininho que acionava o vira-tempo.
O mundo ao redor de Harry e Draco começou a girar, girar de forma estranha. Muito rápida e desgovernadamente. O Gryffindor foi sugado pelo vira-tempo já que segurava bem firme no braço de Draco.
Hermione que os alcançava, parou a uma distância segura, e observou enquanto os rivais giravam estranhamente. Não era daquela maneira que o vira-tempo funcionava. Definitivamente havia algo muito errado!
- Por Merlin! Eu sabia que isso ia acabar mal. Harry!
Numa implosão de luz, Harry e Draco desapareceram diante dos olhos arregalados de Hermione Granger. "Não é assim! Não é assim!"
Em desespero, a garota virou-se e correu atrás da professora MacGonagall.
Pelo que pareceu uma eternidade, os bruxos adolescente apenas giraram, de certo modo diferente de chave de portal e pó de Flu. Quando Harry achou que girariam para sempre, tudo parou.
Completamente zonzo, o moreno caiu sentado no chão e tombou para trás com os olhos apertados com força. Ainda assim o escuro girava.
Draco cambaleou para o lado e ajoelhou-se. Sentia-se além te tonto, nauseado. Sem remorso algum vomitou todo o seu café da manhã... e um pouco do jantar da noite anterior também.
Quando começou a se recuperar, voltou-se para Harry que permanecia estendido no chão e vociferou furioso:
- O que foi que você fez, Potter?
- Essa é ótima, Malfoy! O eu fiz? O que você fez?
Draco não respondeu. Apenas deixou os olhos de íris cinzentas observarem onde estavam.
Definitivamente não era Hogwarts. Era um campo aberto, com gramado selvagem um tanto alto. O pôr do sol no horizonte anunciava o fim de um dia estranhamente frio. Poucas árvores exibiam as folhagens de outono aqui e ali.
Ora, além de voltar no tempo, estavam em um lugar diferente da escola de mágia! Onde estariam?
Reunindo coragem para levantar-se do chão, Draco acabou olhando para a sua esquerda e o que viu, lhe tirou o fôlego, deixando sua já pálida face, ainda mais lívida. Suas forças voltaram com urgência gritante, e ele ficou em pé com um salto.
- Po... Potter! - sem que pudesse impedir, sua voz tremeu de leve.
Harry resmungou algo que soou como uma ofensa e abriu os olhos. Merda! Aquele campo ainda girava...
Campo?
Com os sentidos totalmente alerta, Harry sentou-se e olhou na direção para onde um agitado Malfoy apontava. Os olhos verdes também se arregalaram.
- Meu Deus! Isso é...
Os adolescentes olhavam para uma das árvores, a maior das redondezas. Nessa árvore os corpos de três mulheres balançavam suavemente, pendurados pelos pescoços. Duas pareciam ter mais de quarenta anos, mas a terceira, não devia ser mais velha que Harry e Draco.
A cena era chocante, principalmente por alguns agravantes: primeiro, elas pareciam ter sido bem judiadas, antes de serem enforcadas. Segundo, usavam roupas trouxas estranhas, que Harry só estava acostumando ver em livros Muggle de história antiga e filmes Muggle de época. Terceiro e o pior... ao lado dos cadáveres, fora pregada uma placa tosca, de madeira torta e letras garrafais feitas com carvão.
"Voltem para o inferno bruxas de Satã" era o que dizia.
- Inquisição... - a voz de Harry não foi mais que um sussurro, que Draco mal conseguiu ouvir.
O moreno não tinha idéia de como, mas pelo visto Draco e ele acabaram fazendo uma viagem ao passado, voltando pelo que as aparências indicavam, mais de 500 anos no tempo.
HPDM
Aí está minha estréia com fanfics de Harry Potter! Ufa, mudei de idéia, ao invés de começar com um AU resolvi desenvolver essa idéia que estava na minha cabeça a algum tempo. Brincar com viagens no tempo pode ser divertido, mas... tentei não jogar Harry e Draco num futuro (claro que eu adoro fics assim, principalmente quando eles tem filhos! E um dia ainda faço uma!).
Quis mandá-los ao passado... mas bem ao passado mesmo, colocando-os frente a frente com a pior época para os não católicos: o inicio da Inquisição.
Primeiro capítulo é sempre difícil pra mim. Espero melhorar daqui pra frente!
HPDM
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