N/A: Eu amo a Canako, e amo o Greece, então me desculpem pelo crack pairing. Personagens possivelmente OOC porque... Porque sim, droga, não daria pra encaixar se não fossem um pouco OOCs q
- The First Time is Always The Worst.
Margaret era uma pessoa boa. Uma nação boa, junto do seu irmão e dos muitos líderes que tiveram, que cultivavam relações ótimas com a maior parte das outras nações. Ela nunca fez nada para merecer algo como aquilo. Jamais.
Mas mesmo assim, ela estava parada na chuva, encarando o rosto inexpressivo de Gilbert através da cortina de água que quase a cegava, tentando ao máximo não chorar de novo na frente dele. Matthew devia estar gritando seu nome lá de dentro da casa que dividiam, mas ela não conseguia ouvir nada além do rugido da chuva no asfalto, e do barulho frágil que seu coração fazia ao bater acelerado, como um passarinho assustado em seu peito.
— Gil! — ela gritou, desesperada, ao ver que ele começava a se afastar. — Você não precisa ir embora! — Meg estendeu uma mão e tentou agarrá-lo pelo casaco, mas ele simplesmente se afastou mais, fazendo-a tombar o braço. — Por favor, Gil. Não vá embora. — Gilbert não conseguiria ver as lágrimas que caíam dos olhos roxo cinzentos sob toda aquela chuva, e tampouco se comoveria se as visse.
— Eu preciso ir. — não havia emoção alguma na voz dele enquanto se afastava, nada nos olhos cor de sangue que atravessaram como facas a frágil resistência que restara da canadense. Ela correu e se jogou em Gilbert quando ele lhe deu as costas, abraçando-o com toda a força que conseguia arrancar do seu corpo enregelado.
— Não, não precisa! — choramingou contra seu casaco, resistindo debilmente aos esforços dele de se ver livre. — Por favor, você não precisa ir embora, por favor, não vá! Je t'aime! — gritou, mas nem isso conseguiu fazê-lo se comover. Gilbert meramente soltou-se dos seus braços e a deixou cair no chão sujo e molhado de joelhos.
Ela assistiu, silenciosa, enquanto ele pegava um táxi e ia embora. Ela mal se moveu quando o carro amarelo acelerava bruscamente, perto demais do meio-fio, lançando a água ainda mais suja da rua sobre sua figura imóvel. E Meg não reagiu quando Matthew saiu de casa para ir atrás dela, ou quando ele puxou-a para o colo, resmungando baixo que Gilbert ainda teria que aguentar uma porra de holocausto nuclear acontecendo onde quer que ele fosse se enfiar depois daquilo enquanto levava sua irmãzinha catatônica pra dentro.
Uma semana depois, Margaret descobriu que estava grávida. Uma semana depois, Gilbert anunciou seu noivado com sua própria irmã, Maria. E, trinta anos depois, ela ainda sentia os efeitos dessa noite.
