Título:Running smoothly
Autora:nayla
Classificação:NC, mas nada explícito
Advertências:blowjobs
Categoria:MS, projeto moments of breathless delight, item: roleplaying
Completa?SIM
Resumo:Grantaire não consegue ser sério, mas ele é dolorosamente honesto, sempre. Todos sabem disso.
- Grantaire, largue essa garrafa! – O loiro praticamente cuspiu as palavras, a raiva e o nojo evidentes em sua voz, agora que já estavam sozinhos depois da reunião.
O moreno já estava olhando para ele mesmo antes do outro falar, mas seu sorriso só aumentou ao receber a atenção que tanto almejava.
- Me dê brandy nos meus lábios e meu hálito queimará todos os soldados! – Bradou, batendo a garrafa na mesa para enfatizar as palavras.
- Pare. – O líder aproximou-se dele. – Seja sério, pela menos uma vez na sua vida.
- Receio falhar com você mais uma vez, Apolo. É a minha sina. Não sou sério, nem nunca poderei ser, mas em contrapartida, sou honesto, dolorosamente honesto.
- Então, permita-me uma pergunta que me roubara algumas noites de sono.
- Eu faria qualquer coisa por você, até engraxar suas botas.
- Por que você permanece a vir nas nossas reuniões? Por que você insiste em se fazer um membro assíduo de les Amis de l'ABC quando você não acredita nas nossas causas, nas nossas crenças?
O moreno considerou a pergunta por um tempo, calado.
- Sinto que a minha resposta posso te assustar ou te magoar.
- Você me tem num patamar assim tão baixo? Julga-me incapaz, fraco, um animal assustado?
- Nunca, eu conheço você, minha estátua de mármore. Mas eu, por outro lado, sou, eu sou tudo isso.
- Do que você tem medo?
- Tenho medo de perder o pouco que tenho.
- Como o povo de Paris que prefere se agarrar às migalhas ao invés de lutar por um amanhã melhor? Não o julgava um covarde, Grantaire, só um cínico bêbado. Não me faça piorar a imagem que tenho de você. Conte-me.
- Pemita-me um pouco de clemência, misericórdia, Enjolras. Eu não quero falar.
- A resposta é não. Dizem que eu sou capaz de ser terrível.
- Você é.
- Conte-me.
- Você permitiria que eu lhe mostrasse, então?
O loiro sorriu e o bêbado se levantou da cadeira onde estava sentado, se ajoelhando de frente para o outro.
- O que está fazendo? Não quero que engraxe minhas botas.
- Não vou engraxar as suas botas. – Usando as mãos, começou a desatar os laços da calça do loiro.
- Odeio a visão de um homem aos joelhos na frente de outro homem. O que você está fazendo? – Repetiu-se, agora com a voz dura e séria, exigindo uma resposta
-Você verá. – Ele respondeu, gentilmente. – Mas quero o seu consentimento antes, Apolo. Posso ter falhado na barricada du Maine, mas não falharei você dessa vez. Dê-me o seu consentimento e eu prometo que você não mais pensará nessa visão com ódio ou repúdio.
- Você o tem, eu vou tenta-lo mais uma vez, Grantaire, eu vou... – Não conseguiu terminar de falar ao sentir o moreno tomar-lhe o membro em uma das mãos, livrando-o de suas calças.
- Perfeito, você é perfeito. – Ele respondeu e lambeu os lábios, seus olhos escuros ainda mais escuros com tanta luxúria, desejo e admiração.
O loiro partiu os lábios para responder, mas tudo que saiu foi um som que parecia ter sido arrastado por toda a sua garganta, e sua respiração se tornou mais acelerada, como se não conseguisse todo o ar que precisasse só inspirando pelo nariz. Esse foi todo o incentivo que o moreno precisava para toma-lo na boca.
Chupou e lambeu, trabalhando em todos os pontos que sabia que iriam lhe dar prazer com determinação, com fanatismo, com desespero porque era para isso que ele serve, era esse o seu propósito: levar seu Apolo de volta aos céus, onde ele pertence.
O líder dos estudantes agarrou-lhe os cachos com força e explodiu, não conseguindo mais se conter, com o nome do outro em seus lábios. O moreno o engoliu por inteiro e levantou os olhos para colher sua recompensa, encontrando os do loiro, completamente nublados pelo êxtase. Levantando-se, o moreno guiou-o até a cadeira mais próxima.
Havia quebrado-o, não tinha dúvidas disso, então agora deveria reconstruí-lo, peça por peça, beijo por beijo.
- Agora você sabe, agora você sabe que eu te amo, Apolo. – Levou uma das mãos a seu rosto. – Perdoe minha dolorosa honestidade e não me odeie, tente lembrar que foi você quem pediu por ela.
-Isso não foi doloroso. – A confissão saiu-lhe como um sussurro. – E eu te amo também.
- Oh, mon amour. – O moreno quebrou a expressão séria com um sorriso. – Por que quebrou o personagem tão cedo?
- Eu não tinha saído do personagem, mas já que você saiu do seu agora... – Jehan beijou-o com força, sem o menor aviso prévio, de uma maneira que seus dentes se chocaram por um momento e Courfeyrac riu contra os lábios dele. Adorava interpretar Enjolras e Grantaire com o namorado na privacidade de seu quarto, mas a tensão sexual reprimida entre eles era tanta que mal podia se conter para beijá-lo, abraça-lo e tocá-lo de todas as formas que poderia.
Entrelaçados um no outro, caíram juntos na cama.
- Mas eu realmente acho que Enjolras poderia retribuir os sentimentos dele, sabia? – Jehan confidenciou-lhe no escuro. – The course of true love never did run smooth. – Citou.
- Você está certo, perdão por quebrar a cena na metade. Podemos continuar amanhã, o que acha? – Beijou-lhe o nariz.
- Acho maravilhoso.
FIM
N/A:SORRY I'M NOT SORRY pq pfvr galerê é courf/jehan roleplaying E/R né? rsrs
