/ Harry Potter é uma obra genial da tia Jô, não minha /

~ Amor Eterno ~

Prólogo

Todas as mulheres esperam que o dia de seus casamentos seja um dos mais felizes de suas vidas. Não apenas pela bela festa que a maioria tem o costume de realizar, mas principalmente por aquilo que o casamento representa. É o símbolo da união de duas pessoas que se amam e que viverão juntos até que a morte os separe, passarão por momentos de sofrimento e de alegria, mas passarão juntos, e com amor vencerão tudo e todos.

Aquele era para ser um dos dias mais felizes de Lilian Evans. Sim, ela sempre sonhara com o dia em que entraria na igreja de véu e grinalda para finalmente dizer sim àquele com quem passaria o resto de seus dias. Desde pequena ansiara por aquele dia. O dia no qual seu príncipe encantando a levaria para um belo lugar em uma carruagem e eles seriam felizes para sempre. Entretanto, deixara de acreditar em contos de fadas há muito tempo. Na verdade, deixara de acreditar desde que ele a abandonara e provara que príncipes encantados podem se transformar em sapos feios e impiedosos.

Lá estava ela, parada a porta da Igreja. Faltava pouco tempo para adentrar o recinto. Lilian estava linda. Seu vestido branco de noiva era longo e todo bordado com pequeninas pedrinhas brilhantes. O cabelo ruivo solto em leves ondas e no braço levava belos lírios brancos. Porém não era a noiva mais feliz que já se vira. Seus olhos não brilhavam de felicidade e êxtase como deveriam. Ao lado encontrava-se seu próprio pai, pronto para levá-la até o futuro marido.

- Você está linda, Lily. - ele disse, tentando animá-la.

Um fraco sorriso na direção de seu amado pai surgiu em seus lábios. Então a porta se abriu e pode se ouvir a marcha nupcial. Para ela, talvez parecesse mais uma marcha fúnebre. As pessoas se levantaram para vê-la entrar. Lá ao longe, no altar, estava a pessoa com quem viveria pelo resto de seus dias. Não que casar-se com ele fosse ruim. Ele fora seu amigo desde pequena e sempre estivera ao seu lado para qualquer coisa que precisasse. Sabia que não seria infeliz casando-se com tal, mas, se pudesse escolher, certamente quem estaria ali para recebê-la não seria aquele no momento presente.

Seus passos então foram sendo dados rumo ao altar. Todos lhe sorriam. E ela fazia esforço para sorrir, numa tentativa de demonstrar-se feliz. Contudo, as lágrimas foram inevitáveis. Pequenas gotas quentes e molhadas começaram a escorrer por suas bochechas. Lembranças de um passado não tão distante corriam solta por sua mente. Cenas felizes e momentos com a pessoa que mais amava. Pessoa esta que a abandonara, que a deixara sozinha e nem ligara para seus sentimentos. Nem ligara para o que tinha para contar.

Olhou para seu futuro marido. Sua tentativa de esboçar um sorriso fora frustrado. Estava entregue a ele, que no momento beijava sua testa. Neste exato momento, enquanto todos se sentavam para assistir a cerimônia, ela colocava a mão na barriga saliente que estava um tanto disfarçada pela quantidade de pano do vestido.

Teria eternamente que conviver com lembranças de seu feliz e, de certa forma, triste passado. Pois ele deixara uma marca. Marca que nunca poderia ser apagada. Marca esta que estava sendo gerada dentro de seu próprio ser. E sendo esta marca o principal motivo de sua ainda existência. E também motivo daquele casamento.