Disclaimer: Hetalia não é meu. Não é pretendida nenhum tipo de relação com o mundo real.

N/A: Tão sem beta quanto sempre.

Presente para a nanetys.

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O choque do pulso de Roderich contra a parede atrás de si ecoou surdamente pela sala de visitas. No silêncio de fim de tarde, os tons mornos de alaranjado pálido que se filtravam pelas janelas denunciavam, como se constrangidos, a descompostura do usualmente pomposo ambiente. A perfeição de sempre arruinada por um claro caminho de desordem a atravessando, com as manchas de chá na toalha de mesa e os tapetes pisoteados envoltos num ar desolado de resignação: não receberiam atenção tão cedo.

- Halt. Nein, Gilbert!

Violeta e carmim se encontraram com muito mais violência nos olhos dos dois únicos ocupantes do aposento.

Gilbert se limitou a rir. Era isso. Quebrar as regras de etiqueta, desalinhar as almofadas, arruinar aquela decoração cheia de frescuras. Zombar, importunar, provocar, atentar até que ele se cansasse, até que ele se desequilibrasse, até que saísse de si.

Roderich intensificou seu olhar de reprovação. Não era porque havia sido prensado contra a parede e tivera sua última mão dominada que iria se render, como uma garotinha dissimulada faz para instigar os homens, pobres homens, que deseja.

Sua negação não era tão vazia assim.

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Uma das mãos escapou de sua prisão e, fechando-se naquela garganta excessivamente magra, empurrou-o para longe de si. Apesar da brutalidade contida no gesto, a hesitação nele era tanta que Roderich surpreendeu-se quando Gilbert recuou, apenas mordendo-lhe o lábio inferior em um gesto inesperadamente delicado.

Enquanto Roderich se empenhava em recuperar o fôlego sem perder muito de sua dignidade, o outro se afastou só o suficiente para que pudesse vê-lo direito. Roderich levantou seus olhos aos dele, que constatou com satisfação que o tom de censura continuava lá, mais presente do que nunca por trás dos óculos tortos.

A mão direita do austríaco continuava prensada contra a parede pelo punho do prussiano. Seus corpos ainda se tocavam, com seus tórax oscilando pesadamente um contra o outro. A mão direita no pescoço de Gilbert perdera a força e tocava-o quase que afetuosamente.

Exceto a respiração, imóveis.

Não porque não soubessem o que fazer depois. Ou talvez sim. Talvez porque se dessem conta do que acabaram de fazer. Talvez porque se surpreendessem pensando finalmente, e porque daí surgisse uma insegurança estranha e desconfortável. Talvez porque agora, apesar de tudo ainda ser o mesmo, existia possibilidade de mudar.

Ou então, simplesmente porque talvez se pegassem pensando no quão bom fora o que acabaram de fazer. Talvez porque soubessem exatamente o que ainda iam fazer.

Havia o silêncio e a imobilidade quase que dramática.

Havia, na palma da mão esquerda de Gilbert e na ponta dos dedos suaves de Roderich, o sangue do outro, correndo em um ritmo furioso.

- Sagen. – demandou quando tocou suas frontes e depois seus narizes.

- Ja. Bitte, Gilbert, ja.

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Traduções:

Halt. Nein, Gilbert – Páre. Não, Gilbert.

Sagen – Diga.

Ja. Bitte, Gilbert, ja – Sim. Por favor, Gilbert, sim. (-senti até vergonha agora –s)

Créditos pela tradução todos para o Go*gle translate.

N/A:

PRIMEIRA DO FANDOM PT, PORRA.

Como assim, ninguém escreve sobre eles? Meu primeiro CP de hetalia e panz.

E Rode pedindo "por favor" é meu prompt eterno.

Perdão pela fic mal-feita, mas ela era para ser curta, só um pouco de escapismo. Se soubesse que seria a primeira, teria caprichado mais. Mas agora, foi-se o tempo.

Reviews são amor, gente, espalhem pelo mundo.