Primeira (e provavelmente única) long-fic que eu escrevi/escreverei sobre One Piece, que, by the way pertence à Oda-sama

3ª fic postada na piecePROJECT, levei uns 4 meses pra postar ela inteira no site, pq eu só postava um capítulo por mês :B A ideia de escrevê-la surgiu numa conversa minha com a gemma-nee-san sobre como seria o fim de OP. Não ficou exatamente igual oq nós conversamos, mas serviu pra me inspirar :D

Enfim, aqui está ela inteira pra quem quiser ler.


Capítulo 1

-Luffy, acho que você deveria pegar a bandeira do mastro e fincá-la na terra, do lado da bandeira do Roger.

-Uhm, ok. – ele subiu rapidamente no navio e pegou a bandeira.

-Um de cada vez, ou todos juntos? – perguntou Brook.

-Todos juntos. Será mais divertido assim. – respondeu Chopper.

-Então, quando eu disser três. – Robin começou a contar, enquanto todos se esforçavam pra conseguir segurar a bandeira também. –Um, dois, três!

-NÓS CHEGAMOS AQUI!!! – eles gritaram juntos, fixando a bandeira dos Piratas do Chapéu de Palha na terra. Largaram-na e se jogaram no chão, rindo alto.

-Brooke, toque alguma coisa alegre! Sanji, prepare o banquete! Franky, faça as mesas! Os outros, venham comigo para preparar a festa! – o capitão distribuía as ordens para sua tripulação.

Por muitos dias, eles festejaram, mas logo veio a vontade de explorar a ilha, e foi isso que começaram a fazer.

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-O que você vai fazer com esse tanto de peixe e mato, Sanji?

-Não chame minhas especiarias de mato, maldito! São iguarias para temperar a comida, coisa muito preciosa. Eu vou colocar os peixes em nosso aquário e levar para o Baratie, Usopp. Aí vou poder esfregar na cara do Chef Zeff que eu não sou mais uma criança, e que encontrei o All Blue.

-Ah, entendi.

Usopp e Sanji conversavam tranquilamente às margens da praia de areias brancas de Raftel, a última ilha da Grand Line. Nami se aproximou e perguntou o que ele estavam falando.

-Usopp me perguntou o que vou fazer com o que encontrei no All Blue.

-Ah, deixem disso um instante e venham ver o que Robin encontrou. É um Poneglyph enorme, dentro de uma construção muito antiga.

-Ela já o decifrou?

-Ainda não. Vamos até lá pra saber do que se trata.

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-Luffy, eu vou ficar te devendo pro resto da vida. Primeiro você me salva quando nem eu mesma queria ser salva, depois você me ajuda a realizar meu sonho. Isso é tão... – ela se ajoelhou e em sua mente estavam os rostos dos pesquisadores de Ohara. "Espero que estejam orgulhosos de mim agora. Eu cheguei até aqui."

Robin contou a eles o que estava escrito no Poneglyph, assim que todos estavam reunidos. O silêncio reinou absoluto quando ela terminou de falar.

-Luffy, isso é uma coisa muito grave. Você pretende fazer algo a respeito do Governo Mundial agora?

Luffy estava com uma cara muito séria, diferente de sua costumeira alegria, mas foi Franky que respondeu:

-Não há muito que se fazer, há? Quer dizer, nós já declaramos guerra contra o Governo. Quando sairmos daqui, seremos perseguidos até a morte, como aconteceu com a tripulação do Gol D. Roger. O melhor seria ficar quieto sobre...

-De jeito nenhum! – Luffy se levantou de repente. –Nós conseguimos chegar até aqui, mas isso não vale de nada se não pudermos dar um jeito nessa situação.

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Algum tempo depois, Thousand Sunny aporta no Restaurante Baratie.

-Chef Zeff! Chef Zeff! Venha ver quem está aqui! – gritou Patty.

Zeff desceu, batendo sua perna de madeira nos degraus da escada.

-O que é?

Nesse momento, Sanji abriu a porta do restaurante, carregando um grande saco às costas. Zeff estacou no meio da escada, achando que estava vendo coisas. Sanji se voltou ao Sunny Go antes de entrar.

-Uma semana Sanji, não se esqueça. – Disse Franky, no navio.

-Certo. Estarei pronto. Boa viagem pra vocês.

Sanji jogou o saco no chão, e o abriu. Dentro tinha peixe congelado que ele trouxe do All Blue, junto com uma variedade infinita de temperos.

-Aqui está Chef, eu achei o All Blue pra você. Será que pode para de me chamar de berinjelinha agora?

Zeff desceu o restante da escada, olhou bem para seu antigo pupilo, então disse:

-Há! Só porque você achou uns matinhos e um punhado de peixe, não significa que agora é um homem de verdade! Berinjelinha!

-Ei! Não chame minhas especiarias de matinho!

-É bom ter você de volta, Sanji. – Passou reto pelos peixes e abraçou Sanji com força, fazendo um barulho agourento de costelas se partindo. – Vamos, pegue essas coisas e me mostre que aprendeu a cozinhar direito.

-Eu sempre soube cozinhar, seu velhote.

Eles foram para a cozinha, e Sanji começou a preparar os novos pratos que aprendeu durante sua viagem pela Grand Line.

-Então, quer dizer que vocês chegaram à Raftel. –disse Zeff.

-Chegamos sim. – respondeu Sanji normalmente, como se estivessem falando sobre uma salada.

-E como é lá? – insistiu o outro.

-Uma ilha como qualquer outra, mas com algumas construções bem antigas, uma vegetação estranha, e animais enormes. Ah sim, e rodeada pelo All Blue.

Os cozinheiros novos no restaurante olhavam espantados para a habilidade com que Sanji fazia tudo, e ainda mais por estarem na presença de um pirata tão importante, com uma recompensa monstruosa. Mesmo tendo evitado a pergunta por um tempo, Zeff não podia mais esperar para saber e disse:

-Onde está o Rei dos Piratas, Sr. Cozinheiro-do-Navio-Pirata-Mais-Famoso-do-Mundo? – disse em tom de brincadeira, mas todos pararam o que estavam fazendo para ouvir a resposta.

Sanji não respondeu de imediato, preferiu terminar de preparar a carne de peixe que estava temperando em silêncio. Quando terminou, apoiou as mãos no balcão e disse lentamente:

-Ele deve estar a caminho da sua cidade natal, a vila Foosha. Depois vai para Logue Town.

-Achei que ele pelo menos iria descer do navio para nos cumprimentar.

-Ele não estava no navio.

A atmosfera pareceu se condensar com o rumo que a conversa tomava, e ninguém perguntou mais nada. Logo depois, Sanji serviu seus pratos e todos reconheceram que sua habilidade na cozinha havia superado a do Chef. Incluindo o próprio Chef Zeff.

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Com menos uma pessoa a bordo, o navio segue para a Vila Syrop.

-O Capitão Usopp está chegando! – Tamanegi correu em direção à casa da jovem médica da vila, gritando.

-Por que você mudou a frase, Tamanegi? Não era "Os piratas estão chegando?" – disse Kaya, abrindo o portão para ele entrar.

-Porque ele está mesmo chegando, senhorita! Ele vai estar na praia a qualquer instante!

Eles correram de volta pelo caminho que ele veio e ao chegar lá viram a carranca em formato de leão de um navio que se aproximava. Quando o navio parou um homem alto e de braços fortes, que carregava um grande pachinko, pulou na areia.

-Então, vocês sobreviveram sem mim? – Usopp caminhou em direção a eles.

-Usopp-san! – Kaya correu e pulou em cima dele – Achei que você não voltaria mais. – disse ela, abraçando-o o mais forte que podia. – O que aconteceu com você? Desde quando ficou grande assim?

-Ah, isso é uma longa história. Tudo começou quando eu fui para Elbaf, a terra dos gigantes...

-Nós estaremos aqui em uma semana Usopp. – disse Nami, de cima do navio.

-Ok. Vejo vocês daqui a uma semana então.

Usopp subiu a encosta junto com Tamanegi e Kaya.

-Conte-nos tudo, Usopp-san! Quero saber de cada aventura que você teve! Pra começar: por que você estava de máscara no seu primeiro cartaz de procurado?

-Ahm, aquele não era eu. Era meu melhor amigo, o Sogeking. – disse ele olhando para qualquer lugar, menos para a garota.

Eles chegaram à casa de Kaya, e logo Merry veio recebê-los.

-Usopp-san! Que bom vê-lo novamente! Espero que vocês tenham gostado de viajar no Going Merry. – disse ele, sorrindo.

Usopp ficou soturno por um momento e disse:

-Nos despedimos do Going Merry em Enies Lobby. Luffy pôs fogo nele.

Todos se assustaram com a declaração, e Usopp continuou:

-Quando entramos na Grand Line, Luffy teve a idéia brilhante de arrancar o mastro para brigar com uma baleia-ilha, e foi muito difícil colocá-lo de novo no lugar. Depois que subimos para a Ilha do Céu pela Knock Up Stream, o Merry sofreu muitos danos. Eu não sou construtor de navios, e não sabia consertá-lo direito. Foi por isso que tivemos que nos separar dele em Water 7. Mas Merry ainda foi até Enies Lobby nos salvar uma última vez. Era um bom companheiro.

Esquecendo por um momento o clima triste, Kaya perguntou:

-Brigar com uma baleia-ilha? Ilha do Céu? Knock Up Stream? Water 7? Como assim Merry salvou vocês?

Usopp riu das perguntas dela.

-Eu te disse que quando voltasse minhas histórias iriam parecer ainda mais mentirosas que as que eu costumava contar!

Eles se sentaram para comer e ele começou sua narrativa.

-Conte da Ilha do Céu! – disse Tamanegi.

Usopp estava relatando boa parte do que tinha passado na Grand Line, pulando os detalhes para não ficar muito cansativo de se ouvir. Quando chegou à parte de falar sobre Raftel, Kaya disse:

-Nós ficamos sabendo que vocês haviam chegado lá umas 2 semanas depois. Muita gente estava exclamando Luffy como Rei dos Piratas, e a Marinha estava sem saber o que fazer com tanta confusão. Mas, falando nisso, onde estava ele? Achei que poderia vê-lo quando você chegou, mas só pude ver a Nami-san no navio...

-Os outros me lembraram pra te pedir desculpas por eles, por não poderem sair do navio e dizer um "oi". Estavam no meio de uma reunião importante. E Luffy... Bem, ele não estava conosco.

Kaya estranhou, mas não perguntou mais nada sobre o capitão. Tinha percebido que esse não devia ser o assunto preferido dele.


No próximo capítulo: a volta de Zoro e Nami para suas ilhas.