Santa Madalena II

AUTHOR: Lady F.

DISCLAIMER: Todos os personagens da série "Sir Arthur Conan Doyle's The Lost World" são propriedade de John Landis, Telescene, Coote/Hayes, DirecTV, New Line Television, Space, Action Adventure Network, Goodman/Rosen Productions, e Richmel Productions.

SPOILERS: Posso dizer que é uma reencarnação de R&M.

COMMENTS: Atendendo à pedidos, uma continuação a Santa Madalena e claro, uma homenagem aos fiéis fãs da Fic.

OBS: A cidade de Santa Madalena é fictícia, porém, se existir alguma cidade assim no México, me informem, por favor.

Leiam também "Santa Madalena"

Special Thanks: Não poderia deixar de agradecer principalmente três pessoas:

Lady K: Por ter me dado um livro maravilhoso, muito parecido com a trama e que contribuiu bastante para o pouco conhecimento da cultura mexicana;

Spirita (Pipi), Camila Geisa e Sisi Bettin: Que eu saiba, essas três são as fãs número um dessa Fanfiction (a de número zero sou eu hehehe).Obrigada pelos incentivos a continuá-la, até mesmo em Inglês (Realmente é um caso a pensar lol).

..E claro, a todo mundo que me contribuiu direta ou indiretamente, deixando Reviews na outra e etc...

...Pra vocês, o meu sincero "BIGADU"!

Boa leitura! ;-)
"Zéééé! Hora de botar as crianças na cama!". Gritou Verinha já impaciente.Afinal, já eram quase onze horas, estava muito tarde.

"Ô Zéééé!!! Não vou avisar outra vez! Vou botar todo mundo de castigo!!!".

E mais uma vez o silêncio tomou conta.Todas as camas estavam arrumadas – Os beliches e etc.

"Ora essa, o que está acontecendo!?" Cochichou para si.

Resolveu ir até a sala saber o porquê de tanto silêncio, o que não era nem um pouco normal naquela casa.

"Cansei de esperar voc..!" Interrompeu a frase quando chegou e encontrou José – Com um enorme livro nas mãos – dormindo, assim como todas as crianças.

Ela sorriu, logo pedindo perdão à santinha.

Aproximou-se devagar de seus amados filhinhos e cutucou José no ombro, chamando-o. Mas estava difícil, parecia estar dormindo há muito tempo, apenas resmungando.

Num cutucão mais forte, Vera não falhou.

"Hãm? Quem que foi? Quem, quem!!!". Acordou assustado, e assim acordando e assustando as crianças também.

Vera pôs a mão na cabeça. "Ai que escândalo, donzela!".Lamentou enquanto o homem olhava pra todos os lados. "Não foi nada, está tudo bem meninos.. vamos, todos para a cama agora".

"É, todo mundo pra cama.. Boa noite Vera...".

"Eeeii!!!" Ela o puxou pela camisa "Onde pensa que vai?".

"Ué, você disse que..".

"Disse pras crianças seu burro, anda, me ajuda, já está muito tarde!".

"Ahhh ta..". Compreendeu arrumando a ceroula de bolinhas e já pegando os mais velhos pela mão, indo até o quarto.

Vera fazia o mesmo com os outros três, sendo que um quase dormia em pé agarrado a sua saia.José já voltava para buscar a última remeça de pequenos cansados.Sorte que não demoraram a dormir.

Vera beijou e benzeu cada um, antes de voltar para a cama, como de costume. Jogou as pernas e os braços do relaxado marido para o outro lado, e suspirou sonolenta. "Amanhã começa tuuudo outra vez...".


"... amém". Soledad fez o sinal da cruz e logo se levantou, com as dores nas cadeiras quase que rotineiras àquelas horas da noite.

Antes de adormecer, ficou silenciosamente olhando o retrato de sua filha, ao lado da cama. "Quando será que ela vai voltar para mim".O sussurro de seu lamentar mais parecia uma afirmação do que uma interrogação.Seus olhos aflitos então, não podiam mais se fecharem serenamente.


"...Oi" Marguerite virou-se ao chamado e respondeu sorrindo.

"Oi..".

Estava sentada na janela, sentindo o ar fresco da madrugada, como a muito não conseguia fazer, apreciando a noite.

O céu estava num azul tão intenso, que podia se confundir com o negro. Parecia um grande manto recobrindo a terra, mas um manto cheio de furinhos, no qual passavam as luzes.Marguerite sempre foi encantada pela noite, desde quando se sabia por gente.Era o seu melhor passatempo; e quando ainda não era noite, ficava contando os minutos para que aquele dia se fosse, e ela começasse a viver a noite que iniciava.

John se aproximou logo afastando um pouco do cabelo das costas de Marguerite, e lhe deu um beijo na nuca - LOL, já vi isso em algum lugar!- recostando o queixo em seu ombro.

"Lembro que madre sempre me contava uma história de quando eu era menina, que tinha sempre que estar na cama antes das dez da noite, que era quando uma carruagem mágica e invisível passeava pela terra, cheia de 'anjos dos bons sonhos', e que se as crianças não estivessem lá quando eles passassem não conseguiriam dormir..".

"Então o que está fazendo há essas horas, acordada, ham?". Marguerite sorriu abraçada ao seu companheiro. "Aposto que sua mãe lhe dizia isto quando queria namorar tu padre..".

Marguerite deu um sorriso tímido. "Antes fosse... madrecita só dizia isso para que não a visse sair, para entregar parte da roupa que lavava de noite.".

Quanto mais tempo ficava olhando aquele céu escuro, mais as lembranças vinham em sua mente.Todas as noites tinham que ser observadas por Marguerite sendo quase uma necessidade biológica; como quando muitas das vezes acordava no meio da noite, e se encontrava sozinha, sem sua mãe.

E, como agora, ficava sentada na janela esperando-a, até que voltasse. Sempre recebia uma bronca por estar acordada, e sempre ouvindo a tal história dos anjos em carruagens mágicas.. O pior, é que sentia que era verdade, pois toda vez que não dormia quando sua mãe ordenava, tinha uma péssima noite de insônia.Depois, tomou cuidado para que não se tornasse um hábito, e daí nasceu gradativamente à paixão pela noite, e por seu encanto.

No final, sempre sorria, por ter a mãe de volta, sã e salva.E talvez hoje fosse ao contrário.Talvez hoje, fosse madrecita que estivesse esperando-a voltar.

"Hora de dormir.." Beijou-lhe o ombro e Marguerite desceu com ajuda de John.

"Ouviu isso?". Marguerite parou.

"O que?".

"Eu já volto, parece que alguém acordou..".

Marguerite em alguns passos, já estava no quartinho ao lado.E claro, não tinha falhado.

"Maribel!!! O que está fazendo aí acordada há essas horas!?".

A menininha de cabelos castanhos sorriu e mostrou orgulhosa uma boneca de pano.

"Agora não é hora de brincar, é hora de dormir!". Pegou a menina e a colocou na cama de volta, um pouco relutante.

"Não quéio domi mamá".

"Você precisa, amanhã vamos viajar outra vez".

"Malibel não qué mais viajá" Ficou séria.

Marguerite suspirou, afinal, era cansativo demais pra todos e ela tinha razão.Mas logo esta vida seria deixada para trás.

"Olha.." Ajeitou o lençol sobre a menina e se encurvou, deitando-se ao seu lado. "... Mamá promete, que essa será nossa última viajem, e que nunca mais vamos mudar de casa outra vez".

A menina permaneceu e silêncio.Marguerite entendeu que ela havia se conformado, e se levantou.

"Quando vo molá com avovó?".

"Logo.. Agora vá dormir, pois já sabe, que se não dormir...".

"... Os anjos não me uma boa noite".

Marguerite se abaixou e deu um longo beijo na bochecha da menina, que a envolveu em seus pequenos braços com firmeza. "Oh! Preciso respirar!" Riram as duas.

"Fica aqui, só um poquino..". Abafou o rosto na blusa da mulher não pretendendo soltá-la.

"Não senhora".

"..Só um poquino, e depoisi você vai embola".

Marguerite suspirou e encarou a menina. "Está bem!!!" A menina sorriu e agarrou-se mais ainda.

Marguerite permaneceu por pouco tempo ali, logo Maribel dormiu.

Logo voltou para cama, e encontrou John já de olhos fechados.Deu um sorriso triste, e foi lentamente se deitar.Passou o lençol verde-musgo por cima do corpo, tentando se proteger do vento frio da noite.Até nisso ela amava da noite.

Virou-se de costas ao homem que não se moveu ao ranger da cama.

Marguerite permaneceu de olhos abertos, olhando o céu pela janela.A lua iluminava parte do quarto, quando sentiu braços fortes a puxaram para perto dele.

"Ela já..".

Antes de respondeu, sorriu. "Já".

Depois de alguns minutos em silêncio os dois riram divertidamente.

"Do que você está rindo?" Ela o encarou.

"Não sei!" John sorriu. "E você?".

Marguerite apenas balançou a cabeça, dando os ombros.Os dois ainda riam e logo, estavam se beijando ternamente.

"No que estava pensando?". John começou a desabotoar os botões de trás da blusa de malha de Marguerite.

"Quando?" Ela sentia a mão forte deslizar de suas costas até a linha de sua cintura.

John interrompeu os beijos no colo da mulher para continuar. "Na janela.. hoje.. antes..".

Ele não conseguiu completar sentindo a língua dela em seu lóbulo, lhe tirando do sério. "..Em quando voltarmos..".

A respiração quente e já alterada fez com que John a tomasse nos braços e lhe dando um beijo sensual.

Depois de uma pausa para o fôlego, ficaram se olhando por algum tempo em silêncio. Na penumbra Marguerite viu o sorriso de seu homem crescer vagarosamente, e estranhou.

"Esta é nossa última noite, sozinhos..".

"E..?". Pareciam crianças fazendo traquinagem.

Ele se aproximou mais até que ela conseguisse livra-lo da blusa. "Temos que comemorar..".

Marguerite sabia que de fato seria a última noite de privacidade que teriam, mas a frase não lhe soou bem, a fazendo perder todo o estímulo adquirido pouco a pouco minutos antes.

Obviamente, John notou imediatamente. "O que houve?". Ele a olhou nos seus olhos, o olhar que parecia perdido no teto.Ela tentava achar palavras, mas a boca somente se abria, e não emitia nenhum som.

Ele percebeu a mudança do brilho em seus olhos, e não mais questionou. "Foi algo que eu fiz?".

"Não" Ela meneou a cabeça, afirmando a resposta. "Não. Alguma coisa.. aqui dentro, não me deixa em paz...". A voz foi falhando e John a confortou nos braços.

"Tudo bem.. Me conte, o que está acontecendo?".

"Eu não sei.." A voz quase inaudível ficou abafada no peitoral do homem, já preocupado.

Ele a encarou profundamente, percebendo sua fragilidade naquele momento. "Sou ou não sou o seu melhor amigo?".

"Sem dúvidas... Acontece que eu não sei o que é.. está me sufocando, me deixando apreensiva, há dias...".

"Eu tenho notado".

"Tem?".

"Claro. Conheço cada parte, cada expressão de seu corpo; sei com maior esforço até saber o que pensa... sei tudo sobre você, acha que não ia notar alguma alteração?".

Aquela declaração a surpreendeu, mais uma vez.Ela sabia ser verdade, por isso lhe agradou a sinceridade e a clareza com que foi exposta por ele.

Permaneceram algum tempo em silêncio, até que ela se acalmasse. "Tudo bem... deve ser pela viagem que se aproxima, não se preocupe, vai dar tudo certo".

"Eu confio em você". Já relaxada, fechou os olhos, entorpecida com aquele calor que a envolvia por completo, e aquele cheiro que só alguém poderia possuir.

CONTINUA...

Estimadas muchachas, conto com a Review de vocês! Digam tudo e não me escondam n-a-d-a! LostBeijokaxxx e até o próximo capítulo!

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