CAPÍTULO 1 - O FIM DA PAZ
A escuridão era a única coisa naquele recinto além daquela energia negativa, impregnada de ódio e rancor. Andava e andava, mas não parecia sair do lugar. De repente apareceu um chão e sobre ele várias "coisas". Era impossível distingüir o que eram, pois estavam totalmente fora de foco. Ele então foi andando até um das "coisas" mais próximas. Um corpo. Ou melhor, o que restava de um corpo: sem braços, sem pernas e sem cabeça. Repentinamente o chão virou terra e pedras, e a sua frente uma fortaleza. Ou melhor, o que restava de uma fortaleza: apenas pedras de 10 metros de largura umas sobre as outras.
Sua cabeça doía, resultado da estuporação. Era isso, Voldemort conseguira êxito em seu ataque a Azkaban. Pelo que seus olhos percebiam ele fora o único que restara vivo. Portanto, 300 aurores tinham sido assassinados. E provavelmente nenhum Comensal da Morte. "O que era aquele 'fogo' envolta dos Comensais?"
Passou a mão no rosto. Um enorme corte aberto lá. Ele não escapara por sorte. Voldemort o poupara para contar a história para a sociedade bruxa, e deixara uma marca em seu rosto. Agora não tinha mais honra, a perdera por completo. Aquele com uma marca na face era considerado entre todos da comunidade bruxa como um covarde que preferira viver a dar sua vida pelo Bem. Não restava outra saída senão aquela.
Empunhou sua espada, que ainda permanecia na bainha, sem nem ao menos ter sido tocada. Sua roupa de guerra também estava toda limpa, mesmo ele tendo caído na terra. Tinha proteção contra sujeira.
Fechou os olhos. Colocou a ponta da espada sobre o peito. "Perdoe-me Deusa, pelo meu ato de covardia. Que minha alma seja enviada ao Universo."
Forçou a espada. Porém algo a segurou. Abriu os olhos. Viu óculos de meia lua, e por trás deles olhos azuis decididos encaravam os seus. Um mago de idade, trajando vestes azuis, olhava-o sério.
Se jogou ao chão. Caiu sentado. Começou a chorar. Pela primeira vez na sua vida o mais destemido auror do Ministério da Magia começou a chorar. Em sua veste, na altura do peito, várias insígneas. Era também o mais condecorado auror do Ministério da Magia. Agora um desonrado. Teria que mudar de nome.
Mas o que seria da Inglaterra com metade de seu efetivo militar morto?
Olhou para o velhinho e viu que ele parecia esperar por algo.
Então contou a Dumbledore o que tinha acontecido, sempre com imenso pesar no coração.
-- Início do Flashback --
Estava em seu escritório no Ministério da Magia quando de repente o alarme tocou. Fudge tinha declarado a volta de Voldemort publicamente, porém não tinha aceitado isso ainda. E aquele barulho infernal tocava e aquela luz vermelha piscava por todo o Ministério. E aquela voz feminina surgiu, falando na maior calma:
- Atenção todos os aurores presentes no momento. Esse é um comunicado de emergência. E não é um treino. Repito. Não é um treino. Voldemort está nesse exato momento atacando Azkaban acompanhado de 10 comensais da morte. Peço que todos os aurores se dirijam até Azkaban e ponham um fim a essa baderna. Obrigada.
Ele nem pensou em nada. Transfigurou sua veste em um uniforme de guerra e foi para o Salão Emergencial. Chegando lá, uma multidão de aurores já estava no local. Foi até um tipo de palanque e comunicou:
-Como o único General da Magia da Inglaterra, irei comandá-los. É tudo muito simples: quem matar mais comensais ganha 100.000 galeões. Vamos. - e desaparatou, seguido por mais de 300 aurores. Infelizmente, naquele mesmo momento, não havia sequer um membro da Ordem da Fênix no Ministério. Estavam todos em reunião.
Ao chegar em Azkaban, no lado externo da fortaleza, já foi possível ver centenas de corpos de dementadores no chão. Os grandes portões negros da prisão estavam abertos. E o Mago General permanecia na frente dos aurores.
Esperaram um pouco e de repente Voldemort apareceu. E atrás dele, milhares de bruxos. A maioria de tempos remotos, mas que por terem sido amaldiçoados e condenados à vida eterna quando os dementadores sugaram suas almas, permaneceram em inúmeras celas subterrâneas da prisão. Parecia que Voldemort achara uma maneira de recolocar as almas sugadas nos corpos. E os aurores definitivamente não estavam preparados para aquilo.
O Senhor das Trevas então mostrou uma esfera negra. Disse algumas palavras e da esfera pularam pequenas chamas, que cobriram todos os seus seguidores.
- AGORA!!! - gritou o Mago General.
Os aurores mandaram feitiços dos mais diversos, porém ao baterem na barreira de chamas, simplesmente sumiram.
Lord Voldemort então gargalhou, uma risada fria e sem emoção. Parou. E como se obedecessem a uma ordem mental, todos os Comensais das Trevas empunharam suas espadas. E marcharam em direção aos aurores.
O Mago General convocou uma barreira, e gritou:
- Ataque nível extremo! Empunhem suas espadas, fila horizontal, Maldições Imperdoáveis permitidas!
E os aurores fizeram uma fila do lado do General, empunharam suas espadas e apontaram para os comensais, que vinham marchando lentamente em direção a eles, vencendo aos poucos os 100 metros de distância entre o Bem e o Mal.
- Atacar a vontade!
Feitiços começaram a voar pela planície, saindo das espadas. Porém continuavam a não surtir efeito sobre as Trevas.
- Mas que porcaria de fogo é esse? Combate corpo a corpo!
O Bem começou a correr em direção ao Mal. Quando estavam a 10 metros de distância, os mais próximos dos Comensais começaram a pegar fogo, e só o que se viu foram esqueletos caindo aos pés dos Comensais, qua continuavam a marchar lentamente.
- Merda... RETIRADA! RETIRADA! RETI... - antes de completar a palavra Voldemort o pegou pelo pescoço e o segurou no alto. O pavor tomou conta de seu corpo.
- Diga-me, Mago General. Deseja viver ou morrer?
- Vi-vi-viver.
Uma gargalhada fria tomou conta da planície. Todos se voltaram para o Lord das Trevas.
- Atenção! Eu perguntei se ele desejava viver ou morrer! E ele preferiu viver a morrer defendendo sua pátria!
Alguns poucos aurores, cinco ou seis, desaparataram. Mas no momento em que os outros também iriam desaparatar, os Comensais de repente estavam do lado deles, já cortando suas cabeças. E depois os que mais tinham ódio no coração cortavam partes do corpo dos mortos.
- Veja, covarde. Veja seus companheiros morrerem enquanto você sobrevive.
Voldemort encostou a esfera negra na face direita do General, que pôde sentir seu rosto queimando. Com o pouco de lucidez que lhe sobrava, devido à grande dor, ele soube que uma caveira era marcada nele.
- Estupore. - sussurou Voldemort no ouvido do homem, que instantâneamente caiu no chão, inconsiente.
-- Fim do Flashback --
Ao final da história, Dumbledore disse:
- Agora vá. Deixe que cuido de você ser esquecido na história em que os aurores que fugiram vão contar ao Ministério. Que Merlim o proteja.
Olhou para Dumbledore. E entendeu o que deveria ser feito. Iria usar sua influência para conseguir tropas militares bruxas internacionais para a Ordem da Fênix. Ele, que defendera com tanta convicção que Voldemort não tinha voltado, e que era tudo fruto de um velho caduco e deu um garoto querendo atenção. Sabia que o velho caduto comandava uma organização secreta de combate ao Mal. Agora ele estava nela. E não sabe até hoje como de repente tudo o que precisava saber sobre a Order tinha entrado em sua cabeça só de olhar para Alvo.
Se levantou. Enxugou as lágrimas. Tinha uma missão a cumprir. Assentiu com a cabeça para Dumbledore e desaparatou.
Sua primeira parada: Itália, seu país natal. Convocaria até mesmo o Esquadrão Especial Italiano se fosse necessário. Quem sabe assim conseguiria voltar a conviver consigo mesmo algum dia?
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Enquanto isso, no Brasil, um homem de cabelos ruivos escutava as notícias que o mar lhe contava. Tinha que alertar os Cavaleiros de Merlim. E também o Esquadrão dos Dragões Alados.
E num local não muito longe dali, Harry Potter acordava com uma imensa dor na cicatriz, como nunca tinha doído antes. E dessa vez também sangrava.
Que sonho estranho tinha sido aquele? Será que Voldemort tinha mesmo invadido Azkaban? E que chama era aquela que protegia totalmente aos Comensais da Morte? Com aquele poder certamente Voldemort conseguiria dominar o mundo quando quisesse! Tinha que contar a Dumbledore! E tinha que fugir dali o mais rápido possível! É quando entra pela janela uma coruja marrom, que deixa uma carta sobre a cama de Harry e vai embora. Ele pega a carta e começa a ler:
"Harry, Azkaban foi atacada, tome cuidado, e NÃO SAIA DA CASA DE SEUS TIOS!
Arthur Weasley"
Como assim não sair de casa? Voldemort deve estar exterminando bruxos a vontade pelo mundo bruxo e eles dizem a Harry para ficar ali? Então percebe que o sangue de sua cicatriz já manchava os lençóis de sua cama. Tia Petúnia ficaria uma fera. Tinha que ir ao banheiro. Depois mandaria cartas aos seus amigos.
Abriu a porta do quarto bem devagar, para não fazer barulho. Era noite na Rua dos Alfeneiros. E foi andando na ponta dos pés em direção ao banheiro. Chegou lá, fechou a porta, acendeu as luzes e começou a lavar o rosto, todo sujo de sangue. Acabou de lavar-se, enxugou-se, abriu a porta, apagou as luzes e saiu do banheiro, ainda nas pontas dos pés. Foi andando para o quarto, quando percebeu que as luzes da sala, no andar de baixo, estavam acesas. Decidiu ir ver o motivo.
Foi andando ainda nas pontas de pés, desceu alguns degraus, e se abaixou para ver a sala. Desejou nunca ter tido a curiosidade de ir até lá ver o que estava acontecendo. O que viu ficaria em seus pesadelos para sempre.
Enforcados, pendurados pelo pescoço por uma corda que estava presa ao lustre da sala, estavam seus tios e seu primo. E a sala estava toda limpinha, impecável como sempre. Não havia sinais de luta.
Estava abalado. Sempre desejara se livrar de seus tios e de seu primo, e algumas vezes até a morte deles. Mas esse desejo era só por raiva. Nunca desejara de verdade que seus tios morressem enforcados em sua própria casa, dependurados ao lustre por uma corda.
Ainda completamente chocado, foi ao telefone. Não sabia como se lembrou do telefone que Hermione dera a ele ainda no Expresso de Hogwarts, a duas semanas atrás.
- Alô. - Harry ouviu uma voz de sono dizer do outro lado da linha.
- Hermione? - disse quase num sussurro, a voz trêmula.
- Harry? É você? Você está bem?
- Meus tios estão enforcados na sala.
- Que? Harry, você tem certeza do que está dizendo?
- Claro que sim, acha que não sei diferenciar meus tios vivos de meus tios mortos? - replicou irritado.
- Harry, não toque neles. Não faça nada. Apenas volte para o seu quarto e se deite. Eu vou mandar uma carta para a Ordem. Fique deitado até eles chegarem, entendeu?
- POR QUE TODO MUNDO ME DIZ PARA NÃO FAZER NADA? - ele gritou e bateu o telefone. Pensou no que ia fazer. E o telefone tocou. Droga de telefone. Tirou o fio da tomada. Então decidiu ir para seu quarto.
Sentou na cama. E pensou: "Azkaban foi destruída, meus tios e meu primo estão enforcados na sala e eu não tenho mais nenhum parente no mundo. O que será de mim? O que será dos que estão a minha volta?" E chorou. Chorou pelo resto da noite, até adormecer.
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E enquanto Harry dormia sossegadamente, Tonks estava com cabelos ruivos, olhos azuis e um nariz fino na sala do diretor de Hogwarts.
- Dumbledore, o Ministério foi atacado, todos que estavam lá estão mortos. Voldemort está vindo para cá.
Dumbledore parecia mais pensativo do que nunca. Após alguns instante disse:
- Mande um comunicado de emergência para todos da Ordem no mundo todo. Comunique que devem adotar o plano de resistência.
- O plano de resistência? Mas senhor, tem certeza que é necessário?
- Certeza absoluta. Diga que quando chegarem ao destino, eu darei maiores informações. E coloque um feitiço de hiper-velocidade e de invisibilidade permanente nas corujas. Diga a elas que essa é a única maneira de sobreviverem aos tempos negros que ameaçam o mundo.
- Certo. - e virou-se, indo em direção à porta.
- E Nimphadora...
- Sim? - parou e virou-se para Alvo.
- Por favor, não cometa erros dessa vez. - disse apreensivo. - E depois de mandar as corujas, fuja também. Desaparate o mais longe da Inglaterra que puder, e só depois pense em como irá para a resistência.
Sem mais nada dizer, Tonks saiu da sala de Dumbledore.
O diretor sentou-se, cansado. Seria uma longa viajem, por túneis subterrâneos intermináveis. Levantou-se e foi até a gaiola de Fawkes. Abriu-a:
- Minha cara amiga. Companheira de tantos anos. Chegou o momento de partir para lindas florestas tropicais, das quais você foi retirada. Sim, você voltará para casa. Pegue o chapéu seletor, e se encaminhe para sua casa. Lá encontrará amigos meus, que irão te dizer mais sobre o que está acontecendo. No momento não tenho tempo para lhe explicar. Vá.
Fawkes voou majestosamente para a prateleira, pegou o chapéu seletor, e saiu voando pela janela.
Alvo conferiu se sua varinha estava mesmo em suas vestes, pegou sua penseira, e foi para a floresta proibida. Adentrou uns cem metros nela até aparecerem centauros. Armados com suas lanças e prontos para atacar. Porém o velho diretor de Hogwarts logo tomou a palavra:
- Meus amigos, sei que já sabem há tempos de uma guerra que estaria por vir. E venho alertá-los: ela já chegou. Logo bruxos negros chegarão e destruirão tudo o que se encontra nessa floresta. Fujam, para seu próprio bem!
Então surge um centauro de aparência majestosa, porém amedrontadora. Em sua cabeça, um par de chifres. E disse numa voz grossa, firme, porém que não transmitia idéia de hierarquia nenhuma sobre Dumbledore:
- É mesmo verdade o que nos conta, velho mago?
- Sim.
- E como era de se esperar você está fugindo, ao invés de lutar por essa escola que tanto diz amar.
- Não me julge, centauro. Eu estou sim fugindo, adimito. Mas não é para sempre. Irei para um lugar onde serei útil. Organizarei a resistência contra o Mal. Se continuasse aqui morreria e seria inútil. Da mesma forma que estão sendo agora.
- Inútil? Está me chamando de inútil? O que queria que eu fizesse? Que fosse acabar com todo Mal do mundo, usando lanças? Lembra-se o que aconteceu quando um grupo de centauros decidiu aparecer para os trouxas, usando apenas lanças? Foram mortos com objetos de metal em seus corpos. Como quer que usemos lanças para combater a Esnefla?
- Então é mesmo a Esnefla que está sob o domínio de Voldemort?
- Por que eu deveria lhe dizer?
- Porque eu posso mostrar a vocês o caminho para a Terra Sagrada, lar dos Cavaleiros de Merlim.
O centauro obviamente não esperava esta resposta, pois soltou uma exclamação de surpresa.
- Mas é claro - continuou Dumbledore - que não sei onde fica a morada deles. Isso vocês terão que descobrir sozinhos.
Ele pareceu considerar. Era uma proposta realmente excelente:
- Certo velho. O que quer saber?
- Conte-me mais sobre esta Esnefla. E como destruí-la.
O centauro soltou uma gargalhada:
- Destruí-la? Isso é impossível. Mas posso lhe contar sobre ela.
"Reza a lenda, que a 3 mil anos atrás, uma Medusa se apaixonou por um humano. Ela odiava o Diabo, pois por causa dele, ao fazer 13 anos, as serpentes surgiram em sua cabeça e transformaram sua mãe, uma humana que a tinha adotado, em pedra. Mas mesmo odiando o Mal era impossibilitada de se aproximar de seu amado, pois o transfomaria em pedra. Então foi orar a Deus.
- Deus, me apaixonei por um mortal. Por favor ajude-me, pois se ele me vir ele se transformará em pedra por toda a eternidade.
Porém Deus não podia fazer nada, e apareceu em sonho para ela:
- Você não foi criada por mim, pequena Medusa, mas sim por Lúcifer. Não posso fazer nada por você, infelizmente. Sei que apesar de abominá-lo, irá até ele. Mas antes de submeter seu amado à solução que Lúcifer lhe der, pense bem, e use seu coração antes de tomar sua decisão.
E como Deus premeditou, apesar de resistir muito, a medusa foi ao Inferno falar com o Diabo:
- Senhor das Trevas que me criou, eu imploro, me deixe poder me aproximar de meu amado humano de alguma forma.
E ele pensou um pouco. Depois criou uma esfera negra flamejante aos pés de Medusa:
- Leve isso. Terá que usar em seu amado, assim ele será imune a qualquer coisa quando a chama negra o envolver.
- A qualquer coisa? Até mesmo a mim?
- Sim, até mesmo a você. Mas o preço é de que, quem quer que seja que use o poder da esfera, e quem quer que seja que use dos privilégios dela, irá pagar amaldiçoando sua alma. A alma dessa pessoa virá ao Inferno, e não ao Paraíso.
- Então eu não quero.
E o Diabo se enfureceu:
- COMO OUSA VIR ME PERTUBAR PARA DEPOIS NEGAR O QUE OFEREÇO? VÁ EMBORA, E LEVE MEU PRESENTE COM VOCÊ! OU FIQUE PARA SEMPRE NO INFERNO ENQUANTO SEU AMADO VAI AO PARAÍSO! - gritou.
Ela, sem ter escolha, pegou a Esnefla e saiu do Inferno.
Porém logo que tocou na esfera negra, toda a bondade que tinha em seu coração desapareceu, e ela nem pensou antes de jogar a chama negra em seu amado, sem perceber que o amor também tinha desaparecido, e o que restava era o desejo.
E então o obrigou a ficar com ela, o aprisionando em uma caverna escura, até que ele morreu. E a morte dele a levou à loucura. Até que se matou, simplesmente prendendo a respiração, segurando a esfera na mão. Porém as serpentes permaneceram vivas em sua cabeça e transformaram o resto do corpo da mesdusa em pedra. E a estátua da medusa se tornou a guardiã da Esnefla. A estátua e mais muitas armadilhas que Deus lá depositou para impedir que a esfera caísse novamente nas mãos de alguém."
Logo que a história acabou, o centauro disse:
- Vamos logo. Essa calmaria prediz a chegada do Mal em muito breve.
- Por aqui. - disse Dumbledore já ficando a frente dos centauros e correndo para dentro da floresta. Ele também sentia uma forte energia negra vindo em direção a Hogwarts. Eles correram por alguns minutos até chegarem a uma árvore de 3 metros de altura, por dois de largura, comum à floresta.
O centauro irritou-se. O que estavam fazendo ali, no nada?
- Velho idiota, você nos enganou! Matem-no! - ordenou aos seus súditos.
- Esperem! Essa é a entrada para os túneis que nos levarão até a Terra Sagrada.
- Não me parece uma entrada de alguma coisa.
- Eu preciso me concentrar, e então a entrada se abrirá. Mas se me matar, nunca conseguirá abrir a entrada.
- Certo, mas seja rápido.
Então Dumbledore se concentrou por instantes. E uma aura branca começar a sair de seu corpo. - Pelo poder Druida que há em mim, ordeno-te que abra-te. É uma Ordem Real Druida, e não um pedido.
Então a árvore sumiu, revelando uma porta comum. Quer dizer, era uma porta que estava no meio da floresta, sem se apoiar em nada. Dumbledore girou a maceneta e abriu-a. Então se revelou um longo corredor. Ele entrou. Os centauros foram atrás. Quando o último centauro entrou, a porta se fechou. E do lado de fora a árvore voltava a aparecer.
Ao fechar da porta, tudo ficou escuro, e 3 segundos depois tochas surgiram nas paredes, iluminando tudo. Eles estavam agora no que parecia ser uma caverna subterrânea:
- Daqui pra frente, são 10 dias de caminhada até chegarmos. E apenas magia druida ou celta funciona aqui.
Era isso. Alvo estava desarmado, acompanhado de um bando de 50 centauros com lanças:
- E quando quisermos comer, o que faremos?
- Estamos em outra dimensão. Aqui não há dia ou noite, calor ou frio, fome ou satisfação.
- Ache o que quiser, velho, mas saiba que se sentirmos fome não exitaremos antes de matá-lo para nos alimentar.
- Não sentirão fome. - disse Dumbledore incerto. Dali para frente, podiam esperar qualquer coisa.
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Acordou e não tinha ninguém da Ordem em seu quarto. Já era manhã. Ficou estarrecido. Havia sido apenas um pesadelo. Sentou-se e viu que tinha dormido de óculos. Olhou para cima da escrivaninha e viu uma carta aberta. Leu e percebeu que era a carta que o Sr. Weasley tinha mandado, dizendo para ele não sair da casa dos tios dele.
Nesse momento entrou uma coruja cinza. A coruja do Profeta Diário. Ele pegou o saco de veludo com o jornal e tirou o jornal de dentro. Na primeira página, como ele imaginava, tinha a notícia da invasão a Azkaban. Porém, não era só isso:
"AZKABAN É INVADIDA POR AQUELE-QUE-NÃO-DEVE-SER-NOMEADO E ELE, EM GOLPE AO MINISTÉRIO, VIRA O NOVO PRIMEIRO MINISTRO.Amigo leitor, essa é a última edição do Profeta Diário. Se você a está recebendo, sinta-se feliz. Ontem, às 11:30 da noite, Aquele-que-não-deve-ser-nomeado comandou um ataque a Azkaban e tirou de lá milhares de prisioneiros. Depois, ao ser surpreendido por mais de 300 aurores do Ministério da Magia, matou todos, inclusive o grande Mago General, Holy Wizard, que comandava a equipe de aurores.
Logo após a carnificina, ele decidiu que queria o Ministério da Magia para si, então foi até o mesmo, acompanhado de mais milhares de Comensais, e dominou o local, matando a todos que encontrava pela frente.
Seu primeiro ato como Ministro da Magia foi proibir a existência de qualquer jornal, e proibir também que a edição de hoje fosse distribuída.
Em uma escuta mágica que o Profeta tinha no gabinete do Ministro da Magia, foi possível saber que os planos de Voldemort agora são dominar o resto do mundo e que ele já tinha destruído Hogwarts. Proteja-se leitor. Pegue mantimentos e esconda-se em algum local secreto. A Era das Trevas começou. E provavelmente, enquanto você lê essa edição do Profeta Diário, ele está sendo incendiado, e eu estou sendo assassinado.
Foi um prazer ter levado os fatos a você durante todos esses anos. Que Merlin nos proteja."
- Eu tenho que fugir! - isso foi a única coisa que veio a cabeça de Harry. Pegou sua varinha e foi até Edwiges. Abriu a gaiola. - Edwiges, quero que fique me acompanhando, mas escondida, tudo bem? E a qualquer sinal de perigo, pie feito louca e me avise.
Ela deu um alto piado e saiu voando pela janela. Harry saiu do quarto e desceu as escadas. Seus tios ainda estavam lá:
- Desculpem, mas não vou poder enterrá-los agora. - aponto a varinha para a corda - Difendo! - e a corda se cortou. Os corpos caíram sobre o sofá.
Pegou um sobretudo que tinha um capuz que estava pendurado no armário sob as escadas, o vestiu, e saiu pela porta. Estava sozinho em uma selva. E essa selva era comandada por Lord Voldemort.
Foi andando. Tinha que ir para Grimmauld Place.
- Accio Capa da Invisibilidade! Accio Firebolt - e em poucos segundos elas estavam em sua mão. Colocou a capa e subiu na Firebolt. E levantou vôo. Se inclinou e foi na maior velocidade em direção à casa de Sírius. Ao QG da Ordem da Fênix. Sua sorte estava lançada. Se alguém o visse, estava morto, com certeza.
