disclaimer: não, infelizmente não sou dona de gundam wing. Não sou
tão presunçosa, pra mim ser dona de um piloto já tava bom...
resumo: Ano
205 AC, cada piloto tenta levar sua vida da forma mais normal possível.
O que aconteceria se eles se encontrassem novamente e tivessem que
pegar em armas? O que teria mudado naqueles dez anos?
Filhos da Nova Era
Capítulo 1 – Viajem à L2
ANO 205 DC – REINO SANK
-Com licença? Ligação para o senhor.
-Está bem, obrigado.
O homem se afastou do computador e foi até o telefone, tirando-o do gancho.
-Sim?
-Heero? Cara, eu sabia que você tava por aí ainda! Mas aposto que nem sabe quem tá falando...
-O quê que você quer, Duo?
-Só vou avisar que talvez eu apareça por aí. Sabe como é, tive que fazer uma viagem pra Terra, e já que estou por aqui... prepara um rango que eu tô indo!
Ele desliga o telefone. Heero não pode deixar de sorrir quando coloca o fone no gancho.
-Eu não acredito!- Duo havia acabado de chegar à mansão Peacecraft (coincidentemente na hora do almoço) e Heero apareceu para cumprimentá-lo (não exatamente, tudo que ele fez foi ficar parado encarando o amigo) – Você tá mais alto que eu! Quantos anos a gente não se via? Cinco?
-Por que importa?
-É, você tem razão. Até porque eu tô sentindo um cheiro muito bom...
-Vem, vamos almoçar.
-Heero, você tá bem, hein? - diz Duo assim que entram na sala de jantar – Acho que entendi porque você está há tanto tempo aqui. Preciso vir mais vezes!
Os dois se sentam à mesa e a comida é servida.
-Cadê a Relena? Ela é outra que eu não vejo há um bom tempo.
-Tinha uns negócios pra resolver.
-E aí, como está indo tudo?
-Normal. E com você?
-Seco como sempre... - ele pretendia continuar a falar, mas estava ocupado demais com o frango, por isso só quando se deu por satisfeito que os dois puderam ter uma conversa decente.
-Teve notícias dos outros pilotos?
-Parece que estão todos bem. Quatre está vivendo na L4, cuidando dos negócios do pai. Estou pensando em passar lá na volta também.
-Está falando sério?
-Na verdade pensei nisso agora, mas sim, tô falando sério.
-Então irei com você. Faz tempo que eu não saio daqui por um longo tempo, como costumo fazer.
-O soldado perfeito está se acostumando com uma existência pacífica?
-Tento conviver com isso. Mas não é a forma de viver ideal, se eu pudesse escolher.
-Acho que nós cinco nos sentimos assim.
-E quanto a Trowa e Wufei? Onde estão.
-Trowa está com Catherine e aquele circo sabe-se-lá-aonde. Já Wufei eu não sei... talvez esteja vivendo na Terra também.
-Parece que faz muito tempo que tudo acabou.
-Dez anos não é tempo pra você? Podia ao menos ter ligado mais vezes! Se não sou eu... Por falar em ligar, onde tem um telefone que eu possa usar?
-Ali, no fim do corredor.
-Ótimo. Já volto, tenho negócios a tratar.
Heero se levantou e foi até a sala, de onde pôde ouvir a voz abafada de Duo ocasionalmente interrompida por alguns berros do outro lado da linha, os quais se podia ouvir a uma distância razoável.
-Tudo resolvido. Mas Hilde não gostou muito da idéia de eu demorar mais na viajem. Disse que sou um pai irresponsável.
-Pai, hã? Quem diria. Quantos anos?
-Cinco, e se quer saber ela é muito parecida comigo.
-Tenho pena da Hilde...
-O que você disse? Tirando uma com a minha cara, né? Não me importo. Mas e você? Não pensa em filhos?
-Não sirvo para isso.
-Pois eu acho que você ia se dar bem. Ou pelo menos teria um motivo a mais para viver. Mas não sei porque estou falando isso! Preciso de um quarto para descansar, se você quiser ir comigo sairei amanhã cedo.
-Estou reavaliando sua proposta.
-Porque?
-Eu não lembrava o quanto você é irritante... - ele disse, com um sorriso nos lábios.
Os dois não demoraram a se aprontar. No outro dia, no começo da manhã já atravessavam os jardins da mansão rumo aos portões. Então ouviram um grito no ar gelado da manhã.
-Vocês não querem um carro?
Os dois se viraram. Relena estava em uma sacada do primeiro andar.
-Não é muito longe, vamos a pé.
-Vê se liga pra avisar onde está, Heero.
-Está bem – respondeu ele sorrindo. Duo observou. Não se lembrava que o amigo costumava sorrir tanto. Ou talvez ele não costumasse. Não antigamente
O espaçoporto realmente não era muito longe, e com meia hora de caminhada os dois chegaram a tempo de pegar a única nave que ia para a colônia L4 sem escalas. Eles ocuparam seus assentos em silêncio e assim permaneceram enquanto a nave enchia. Um senhor aparentemente nervoso sentou-se ao lado de Duo, na janela, quando estavam quase decolando.
Ele decididamente ficou apavorado com todos os barulhos e turbulências de rotina, e mesmo quando a nave já fazia sua rota de forma estável ele não se acalmou.
Duo estava realmente entediado, e como tentar começar uma conversa com Heero seria perda de tempo, ele virou-se para o homem ao seu lado.
-Você tem medo de viajar em naves?
O homem olhou para ele desconfiado, as mãos agarradas ao assento.
-Porque te interessa?
-Por nada! Você sabia que naves são zilhões de vezes mais seguras que carros ou aviões?
-Mas acidentes podem acontecer.
-Isso pode acontecer em qualquer lugar! Não seria legal, apesar de improvável se essa nave explodisse?
O homem se agarrou mais à poltrona e abriu a boca, mas não saiu som algum.
-Tá bom, tá bom. Eu tava brincando! Não precisa ficar assim. Escuta, não quer que eu pegue algo para você? Água, algum calmante, injeção de morfina?
-Água. Água seria ótimo.
-Está bem. Eu vou pegar. Não saia daí! - ele olhou para o homem, que parecia colado e acimentado à cadeira – Cada maluco...
Duo pegou a água e um refrigerante, e estava voltando, tentando não derrubar os copos quando alguém esbarrou nele, molhando-o inteiro.
-Mas quem foi o idiota...!
Um garoto de jaqueta e óculos continuava a andar, impávido.
-Ei, camarada! Volta aqui! Tu não viu o que fez não!
O garoto já estava longe e não dava a mínima bola. Duo se levantou.
-Que beleza de viagem! O que mais me falta?
Quando ele finalmente voltou para seu assento, com refrigerante e água e um pouco mais seco, o homem nervoso já dormia. Heero estava lendo uma revista, até sua vista ser interrompida por uma mão e um copo. Olhou para Duo com a cara mais mortífera que conseguiu fazer, mas o outro não se abalou e continuou a sorrir com o copo na mão.
-Cortesia da casa!
O resto da viagem correu um pouco mais tranqüila, com o senhor dormindo pesadamente.
-Ele não está? Tem outro telefone para eu achar ele? Não? - Duo e Heero estavam no espaçoporto da L4, e Duo tentava falar com Quatre. Heero não ficou muito feliz quando soube que ele o havia feito ir até lá e nem ao menos tinha certeza se iam encontrar Quatre.
-Podia ter avisado ele antes. De repente ele viajou.
-Não, parece que ele volta amanhã. De qualquer maneira, eu tinha que passar por aqui. Eu preciso ir até uma empresa, o que vai levar certo tempo, por isso acho que vou passar a noite em um hotel qualquer. Se você quis...
-Eu vou junto. Não tenho nada a perder.
-Não era o que eu ia propor, mas que seja! Então vamos de uma vez!
N/a: olá! esse é meu primeiro fic, por isso gostaria de opiniões... esse cap ficou meio parado, no próximo vai ter um pouco mais de ação. bjos e espero q tenha ficado bom... quero ver se posto logo o próximo.
Poly-chan
