Aniversário de Afrodite, e há algum tempo estava planejando homenageá-lo com um fic, que mostrava (uma visão minha), o seu passado até os dias atuais.
Espero que gostem!
Nota: As idades dos cavaleiros não correspondem às mesmas do animê, pois há um enorme discrepância em relação a isso. (Nesse ponto o Kurumada errou feio! ¬¬)
CAPÍTULO 1: Infância.
1° Motivo da Rosa
Cecília MeirelesVejo-te em seda e nácar,
e tão de orvalho trêmula,
que penso ver, efêmera, toda a Beleza em lágrimas
por ser bela e ser frágil.
Meus olhos te ofereço;
espelho para a face
que terás, no meu verso,
quando, depois que passes,
jamais ninguém te esqueça.
Então, da seda e nácar,
todo o orvalho trêmula,
serás eterna. E efêmero
o rosto meu, nas lágrimas
do teu orvalho...E frágil.
Aos 6 anos...
Em um belo e antigo casarão, da aristocrata Família Bergman. A 12 quilômetros de Göteborg, Suécia.
Gustav brincava despreocupadamente nos jardins, sob os olhares ternos e atentos de sua mãe Emilly Bergman. O menino de feições delicadas estava distraído em colher as mais belas flores para presenteá-la, estava muito feliz!
Era a primeira vez em semanas que sua mãe saia de seu quarto após ter ficado muito doente. E apesar de ainda estar fragilizada, ela fazia questão de ficar o mais próximo possível de seu único filho.
Durante anos, o casal Bergman aguardou ansioso a vinda de um herdeiro. A senhora Bergman, que possuía uma beleza que se rivalizava até mesmo as das deusas, desejava mais do que tudo dar um filho a seu amado marido. Ian Bergman era um homem bom, o mais rico de sua região, mas que possuía o rosto marcado por uma horrível cicatriz que lhe dava uma aparência assustadora.
Grande foi a surpresa da alta sociedade do reino da Suécia quando ele conseguiu conquistar e casar-se com Emilly Tahil, um dos rostos mais belos de toda a Europa. Mas era também conhecidos os ciúmes que ele tinha de sua esposa, acreditando que ela poderia vir a traí-lo.
Tornou-se comuns as discussões entre o casal devido aos ciúmes dele.
Com o nascimento do filho, tudo parecia mudar, mas não foi o que aconteceu. Diziam que era o bebê mais lindo que haviam visto. Realmente o tom azul piscina em seus olhos, incomum, era belíssimo! A criança, um menino, tinha as mesmas feições de sua mãe. Inclusive a mesma pinta de nascença em seu rosto.
Em nada a criança o lembrava de qualquer membro de sua família. Começou a pensar que poderia não ser seu filho aquela bela criança. Em seu intimo, nunca o aceitou como seu filho.
E isso só se agravou com o fato de que Emilly após o nascimento do filho ficou muito doente, e nunca mais se recuperou completamente. Ele, em seu intimo, culpava o pequeno.
De longe, por uma janela que dava para o amplo jardim de rosas, Ian observava o menino e sua esposa.
"Flores...enquanto outros garotos correm atrás e pipas ou bolas, meu filho prefere ficar brincando com flores!"-dizia com desgosto.
"Ele deseja apenas ficar perto da senhora."- o velho mordomo sempre defendia seu jovem amo.
"Hunf!"-ele resmungou.-"Em nada se parece comigo. Nem em aparência quanto em personalidade."
"Mamãe!"-o menino de cabelos azuis claros e ondulados chega todo sorridente e estende à sua mãe um belo arranjo de flores.-"São para você."
"São lindas, meu filho..."
A bela mulher estende a mão para pegar o precioso presente, mas sua visão fica embaçada e as forças lhe faltam. No instante seguinte, ela cai inconsciente diante de seu assustado filho, que apenas grita por ela, atraindo a todos da enorme casa.
Ooooooooooooooooooooooooooo
"E então, doutor?"-Ian perguntava aflito sobre o estado de saúde de sua esposa.
"Lamento, senhor."-disse o médico com ar derrotado.-"Mas o mal que aflige a senhora parece ter se alastrado por todo o seu corpo, comprometendo seu coração. Talvez ela não ficará muito tempo entre nós. Está fraca...e definhando mais e mais."
O menino em um canto escutava a terrível noticia. Lágrimas escaparam de seus olhos, ele sabia que algo estava acontecendo com sua mãe, algo muito ruim. Ouviu eles dizendo que ela partiria para sempre. Ela o deixaria só?
"Desejo vê-la."-Ian afirmou.
"Senhor, sua esposa quer ver o filho primeiro. Foi um pedido."-disse o médico.
Ian, mesmo a contragosto, permitiu que o menino entrasse no quarto primeiro. Gustav a viu, deitada na cama. Uma pálida imagem da linda mulher que ele conhecia, mas mesmo assim, ela conseguia esboçar o mais belo sorriso que jamais veria em sua vida.
"Venha aqui, meu filho."-ela pediu, entendendo a mão, pegando a pequenina mão dele.-"Olhe, pedi aos criados que buscassem as flores que você me deu. Quero que elas fiquem aqui, comigo."
O menino concordou com um aceno tímido de cabeça.
"Ei...Não fique triste."-ela toca em seu rosto.-"Não quero ver a tristeza em seu rosto tão bonito meu Gustav. Mamãe vai ter que ir embora...Queria que cuidasse do papai e do meu jardim...Você sempre teve um dom...único para cuidar de plantas..."
"Tá. E quando a senhora volta?"
Emilly segura a vontade de chorar e acrescenta:
"Mamãe não volta mais."-Gustav começa a chorar.-"Não. Não chore...Mamãe vai para longe, mas sempre vou estar com você...sempre. Sabe...vou te contar um segredo...um sonho que a mamãe teve no dia em que você nasceu. Quer ouvir?"
"S-sim."-ele fungou e enxugou o rosto com a mãozinha.
"Sonhei que estava em um lindo jardim de rosas vermelhas...mas esse jardim estava belo e florido, em meio à neve. Elas haviam florescido no meio do frio...quando acordei, as chamei de Rosas de Inverno. Achei que era um sinal de que você seria...especial."
"Rosas de Inverno?"
"Sim..."-ela sorri, já sem forças.-"Meu sonho...era ver um verdadeiro jardim de rosas vermelhas, florescendo...em meio à neve e gelo...seria uma visão linda..."
Emilly Bergman cerra os olhos, e a mão que o segurava perde as forças.
"Mamãe?"-ele estende a mão e tenta acorda-la.-"Mamãe!"
Os chamados desesperados do menino atrai Ian, que ao ver a esposa imóvel na cama corre até ela, nem se importando de empurrar a criança. Abraçado ao corpo da esposa sem vida, Ian chora em desespero, enquanto os criados tratam de tirar Gustav do quarto.
Ooooooooooooooooooooooooooooo
Os dias que se sucederam à morte da senhora Bergman foram tristes e cinzentos. Não havia mais alegria na casa, Gustav passava seus dias olhando o jardim de sua mãe da janela de seu quarto, enquanto o pai ficava dias e noites apenas em seu trabalho ou trancado no escritório. Quase não se viam.
Um dia, lembrando do pedido de sua mãe, Gustav desceu até os jardins e começou a cuidar dele. Com suas mãos pequenas e delicadas, arrancava as ervas daninhas que começaram a crescer, estava tão distraído que não percebeu que mais alguém se aproximava, até que a sombra dele se precipitou sobre si.
Assustado, olhou para cima, e viu o pai com uma expressão de raiva em seu rosto.
"O que está fazendo?"-indagou.
"Cu-cuidando do jardim da mamãe."-respondeu trêmulo.
"ISSO NÃO É TRABALHO PARA UM BERGMAN!"-esbraveja, dando um tapa no menino e jogando-o ao chão.-"VOCÊ NÃO PODE SER MEU FILHO! UM MENINO TÃO FRACO, NÃO PODE SER MEU FILHO!"
Enquanto extravasava sua cólera, Ian arrancava e pisoteava nas belas flores, diante do olhar assustado do menino. Depois ele o agarra pelos ombros, forçando-o a encará-lo.
"OLHE PARA MIM!"-dizia-"COMO UM HOMEM HORRIVEL COMO EU PUDE TER UM FILHO COMO VOCÊ? COMO? COM CERTEZA, NÃO É O MESMO SANGUE QUE CORRE EM NOSSAS VEIAS! OLHAR PARA VOCÊ, ME FAZ LEMBRAR DELA!"
Gustav apenas chorava, não sabia o que dizer. Estava muito assustado.
"AQUELES QUE SÃO FRACOS E DIFERENTES, NUNCA SÃO ACEITOS OU FELIZES!"-falou por último e o soltou. Em seguida, falava como se o peso do mundo estivesse em seus ombros.-"Você é fraco...eu sou uma aberração...o mundo será cruel com você, da mesma maneira que foi comigo."
"Não."-Gustav respondeu, apesar do medo.
"O que disse?"-ele o agarrava pela camisa.-"O QUE DISSE?"
"E-eu não...vou ser fraco..."
Ian gargalha, e estende a mão como se fosse bater nele, Gustav fecha os olhos, esperando pela surra que não veio. Com receio o menino abriu um olho e depois o outro, e surpreso encarou quem o salvou.
Um senhor de idade, de aparência aristocrática, sem barbas, e cabelos brancos e um tanto longos para a idade, encarava Ian com desgosto.
"Não ouse levantar a mão contra meu neto."-o senhor Hans Tahil disse com a voz austera e grave.-"Está louco, Ian? Não pode descontar nessa criança sua tristeza pela morte de minha filha!"
Ian abaixou o pequeno e sentindo-se derrotado, caminhou para dentro da casa, sem ao menos dirigir o olhar ao sogro. O velho esperou que ficassem a sós, depois voltou o olhar ao menino, vendo-o ajoelhado, tentando de algum modo desfazer os estragos que o pai causara ao jardim.
"Gustav."-o senhor o chamou.
"Sim, vovô."-o pequeno respondeu, sem desviar o olhar das flores.
"Vá fazer suas malas..."-o ancião respondeu.-"Enquanto isso, falarei com seu pai."
O menino concordou com um aceno de cabeça.
Naquela tarde, sentado nos degraus da escada que levava aos andares superiores do casarão, ouviu a discussão terrível entre seu pai e seu avô no escritório.
"Vá e leve essa criança com você!"-Ian gritava, com a voz denotando sua embriagues, pois a bebida tornou-se uma companheira constante.-"Não posso olhar para ele, sem me lembrar dela...sem desconfiar que ele não tem nada meu...Leve-o daqui!"
"Uma vez lhe disse que os Tahil tinham uma tradição"-o senhor alertava, da porta do escritório."- "Que continuará com meu neto. Saiba que nunca mais o verá, se eu o levar comigo para a Grécia. Se ele viver ou morrer depois das provações que terá, não o verá mais."
"LEVE-O DAQUI!"
O senhor fechou a porta atrás de si, e olhou para o único neto, depois deu um sorriso como se quisesse transmitir-lhe segurança.
"Vamos Gustav. Vamos a uma terra distante e quente! Chegou a hora de cumprir seus objetivos."
Oooooooooooooooooooooooo
Dias depois, o menino chegou ao porto de Atenas.
O avô o havia instruído que viriam busca-lo e levá-lo ao Santuário. Ele havia dito também que era uma grande honra ser um dos eleitos a se tornar Cavaleiro de Ouro, embora Gustav não fizesse a mínima idéia do que aquilo significava.
"Oi."-um menino de cabelos lilases e olhos verdes apareceu, carregando uma sacola simples.
A primeira coisa que ele reparou, eram as manchas no lugar das sobrancelhas dele.
"Oi."-respondeu timidamente.
"Tá esperando para te levar ao Santuário?"
"Tô."
"Eu também."-e sorriu.
Mais à vontade, Gustav também sorriu.
"Eu me chamo Mu, e você?"
"Seu nome é Mu?"-ele ergue a sobrancelha cético.
"È...por que?"
"È esquisito! O meu é..."
"Ei, pirralhos!"-chamou um alto e magro, com a cara de poucos amigos-"Vocês são os garotos que o mestre disse que viriam?"
Assustados com a aparência do homem, nenhum dos pequenos teve coragem de responder.
"Respondam logo, moleques!"
"Você os está assustando, Píton."-um rapaz jovem, de uns treze anos apareceu. Tinha longos cabelos azuis e olhos da mesma cor e que mostravam que possuía uma índole bondosa. Ele olhou com reprovação para o idoso e depois com carinho para os meninos.-"Bem vindos, eu me chamo Saga."
Gustav percebeu que o outro não ousou responder ao garoto.
"Vamos?"-Saga convidou, e os meninos o seguiram.-"Estávamos apenas esperando a chegada de vocês dois."
Os dois pequenos seguiram em silêncio, a caminhada foi longa e parecia que nunca chegariam em seu destino. Logo, Gustav avistou construções muita antigas, algumas estavam em ruínas.Ele olhava admirado a tudo. Homens vestidos como soldados de uma era antiga apareciam vez ou outra, cumprimentavam com respeito o garoto mais velho e o magrelo deixando-os passarem.
Depois de um tempo, avistaram uma enorme escadaria. Passaram diante dela, o menino de cabelos azuis olhou curioso para as construções acima das escadas. O menino chamado Mu parou e ficou olhando com interesse a primeira casa.
"Mu. Vamos."-Gustav o chamou.
"Um dia eu serei o guardião dessa casa. Meu mestre me disse."-ele respondeu.
"Mestre? Guardião?"-o outro não entendeu.
"Não te contaram? Fomos escolhidos para sermos Cavaleiros de Ouro."
"Vovô me disse isso. Mas não entendi nada."
"Eu te conto tudo!"
E no caminho, o pequeno Mu contava que nasceu em um lugar chamado Tibet, contou sobre seu mestre, o sábio Shion. E sobre Atena e os cavaleiros de ouro. Gustav ouvia tudo fascinado. Logo chegaram a uma espécie de Coliseo, onde outros meninos também esperavam. Havia outros dois garotos, tão altos quanto Saga.
Gustav reparou em cada um. Eram tão diferentes entre si. Um menino enorme, bem maior que os outros estava rindo provocando a raiva de um menorzinho de cabelos azuis e rebeldes. Sentado no chão, de olhos fechados e alheio a tudo, havia um loirinho. Um menino de cabelos castanhos claros se aproximou alegremente dos garotos mais velhos, e conversou com um deles que parecia muito com ele. Havia um garoto emburrado em um canto, cabelos azuis, com a expressão de raiva no rosto.
"Salut. Est-ce que vous venez d'où? (Oi. Você vem de onde?)"-perguntou um menino de rosto sério a eles.
"Eu não entendi o que ele disse."-disse Mu.
"Je suis de Suède.(Eu sou da Suécia.)"-respondeu Gustav.-"Minha mãe me ensinou um pouco de francês."
"Legal!"-disse outro menino de cabelos azuis escuros, o mesmo que em vão tentava brigar com o menino maior.-"Você é menina?"
"Sou um menino!"-respondeu ofendido.
"Parece menina. Eu me chamo Miro."-ele disse sorridente, exibindo a falta de um dente de leite na frente.-"Esse é o Kamus, o emburrado não sei o nome dele, o que tá dormindo sentado é o Sharka...Shalkia..."
"Shaka."-respondeu Kamus.
"É...era algo assim. Ih...tem gente que não conheço aqui! Mas aquele lá que tá vindo é o Aioria. O irmão dele é um Cavaleiro de Ouro!"
"Tão chamando todo mundo!"-Aioria avisou.
Então, um homem com roupas de sacerdote, e uma máscara cobrindo o rosto apareceu. Ao lado dele outros adultos, vestindo roupas estranhas. E até uma moça com uma máscara de prata e cabelos negros e longos estava ao seu lado.
"Bem vindos, meninos. Saibam que foram escolhidos para uma grande honraria. O de pertencerem à Confraria dos Sagrados Cavaleiros de Ouro da deusa Atena."
"Qui é confaria?"-perguntou Miro a Kamus.
O garoto francês deu um cutucão nele pedindo silêncio.
Gustav mal prestava atenção ao que o homem de máscara dizia. Seu pensamento estava longe, em sua casa, na saudade que sentia de sua mãe e no jardim que deve estar abandonado. Prometeu que iria cuidar dele, mas não podia fazer isso estando tão longe.
"Ei...Usted es Gustav Bergman?"-perguntou um rapazinho de cabelos e olhos negros.
"Sim."-respondeu timidamente.
"O Mestre chamou seu nome."
Só então percebeu que os outros garotos já haviam saído, cada um sendo levado por uma das pessoas mais velhas que acompanhavam o Mestre, ficando apenas ele e Mu por último.
"Gustav."-chamou o homem mais velho, acompanhado pela moça de máscara.-"Essa é Psique da Coroa Austral, sua mestra de agora em diante. Vá com ela."-e em seguida, retirou-se, levando Mu e o outro rapaz com ele.
A mulher se aproximou e ergueu o rosto de Gustav com delicadeza e depois disse:
"Tem um rosto tão lindo! Delicado! Gustav é o seu nome?"
"S-sim."
"Não é um nome adequado à um provável Cavaleiro de Ouro de Peixes. Não combina com você. De hoje em diante, eu o chamarei de Afrodite."
"Afrodite?"
"O nome da deusa da beleza e do amor. Ela era tão bela quanto terrível! Agora, vamos."
"Aonde?"
"Seu novo lar pelos próximos anos, Afrodite. Groelândia."
Oooooooooooooooooooooooo
O vento gélido e cortante castigava cruelmente o corpo franzino de Afrodite. Cada passo dado na espessa neve exigia um esforço sobre humano por parte do menino. Ele mal sentia os dedos de suas mãos, as pernas estavam ficando cada vez mais pesadas.
Caminhando pacientemente a sua frente, a mulher parecia a vontade mesmo diante das intempéries do rigoroso clima. O frio e o vento não a incomodavam, era como se fosse uma leve caricia.
Cansado, pois andavam há horas desde que chegaram no porto de Nuuk, ele cai na neve. Sem forças para conseguir se levantar, deixou que uma lágrima amarga rolasse e se congelasse em seu rosto. Pensou em fechar os olhos e ali ficar, para sempre. Escutou leves passos na neve se aproximando. Alguém parou ao seu lado.
"Como espera um dia vestir a Sagrada Armadura de Ouro de Peixes, se uma simples caminhada como essa lhe é um desafio?"
Era a voz de Psique.
"Levante-se Afrodite!"-ela ordenou, mas o menino não se mexe. Ela se abaixa.-"Deixe-me dizer uma verdade absoluta nesse mundo, menino: Os fortes e belos governam. Quem tem força determina o que é justo!"
Ao ouvir aquelas palavras, o menino abre seus olhos e com esforço encara a máscara fria e prateada de sua mestra.
"Você é belo, Afrodite. Por isso lhe dei esse nome...agora, você precisa se tornar forte!"
As palavras amargas de seu pai vêm à mente do garoto.
"AQUELES QUE SÃO FRACOS E DIFERENTES, NUNCA SÃO ACEITOS OU FELIZES!"Afrodite reúne suas forças, e ergue seu corpo. Psique não se mexe ou faz nenhuma menção de ajudar.
"Quero mostrar algo a você."-ela disse.-"Estamos perto de nossa nova casa."
Com esforço redobrado, ele acompanha a mulher por mais ou menos meia hora, depois ela para e aponta para um platô. Com grande surpresa, o garoto deslumbra o mais belo jardim de rosas que jamais havia visto em toda a sua curta vida.
"Rosas de Inverno?"-ele murmurou baixinho.
"Rosas não nascem nesse clima gelado."-ela disse com orgulho.-"Mas minhas rosas não são comuns. Elas nasceram graças ao poder do meu Cosmos."
"Cosmos?"
"Sim."-rapidamente, Psique explica o que seria o Cosmos, Afrodite ouve tudo fascinado.-"Não são rosas comuns, Afrodite! Quer aprender a Técnica das Rosas?"
Psique o olhou, sentia que o menino tinha potencial. Ele era tudo o que sempre ansiou para sucede-la e usar a armadura de Peixes, depois de mais de duzentos anos.
"Sim...eu quero ser forte!"
Psique sorriu por debaixo da máscara.
FIM DA PRIMEIRA PARTE
A SEGUIR: Adolescência
Notas:
Essa é uma singela homenagem a Afrodite de Peixes. E seu aniversário nesse dia 10 de março. Pensei em várias maneiras de homenageá-lo e resolvi dar a minha visão sobre o passado desse Cavaleiro.
Espero que a primeira parte tenha agradado a todos os fãs dele!
Píton – aparece no animê. Ele era um dos subordinados de Ares, e foi ele quem enviou os cavaleiros de prata contra os de bronze. Também foi ele que na saga das Doze Casas, levou uma surra da Shina e Marin e contou a elas como pegar um atalho até as Casas Zodiacais.
Psiquê- Jovem princesa tão bela que atraia mais multidões do que Afrodite. Sofreu duras penas pela Deusa por isso até que se casou com Eros e teve, com ele, Volúpia . Não pensei em um nome mais adequando à mestra do Peixinho.
