Nada além da trama me pertence, certo?
Hello! Passando pra deixar a primeira fic CloudXDenzel em português!
Isso foi apenas um PWP de teste, que me deu uma vontade louca de escrever. Queria ter feito um lemon, mas como é minha primeira do casal, resolvi fazer como se fosse o prelúdio de tudo!
Espero que gostem!
Segue o texto.
Cloud estava sentado no balcão, bebendo há horas. Estava chateado com alguns problemas em seu emprego, e até mesmo Tifa já tentara falar com ele e mal respondera.
Quando bem quis, levantou-se e subiu as escadas arrastando-se pelo corrimão. Estava tão bêbado quanto Reno. Se tivessem apostado hoje, não perderia.
Abriu a porta do andar superior. Estava bem melhor do que quando havia chegado. Tocou o rosto e notou-se já no meio da sala de estar. Não fechara a porta.
Caminhou até seu quarto e largou todas as suas coisas sobre a cama, indo tomar um banho quente. Estava sentindo frio e chovia lá fora. Típico clima de janeiro.
Adentrou o banheiro e despiu-se, passando os próximos trinta minutos no chuveiro. Quando saiu, estava exausto. Deitou-se e ficou a ouvir o barulho da chuva.
XXX
Haviam sombras, vultos e vozes ao seu redor. Tentava lutar. Impossível. Era apenas um garoto indefeso. E quando a escuridão veio abraçá-lo, a única coisa que fez foi arregalar os olhos e tentar enxergar. Enxergou. O teto de seu quarto.
Assentou-se de súbito na cama. Sua vista estava embaçada e sua respiração descompassada. Tocou o próprio rosto. Esteve chorando. Levantou-se e, protegendo-se enrolado no edredom, foi até seu porto seguro: Cloud.
A porta de seu quarto estava aberta. E ele, deitado, enrolado em seus edredons cinza. Aproximou-se. Seu coração ainda pulsava fora do ritmo. O tocou o braço. Nada. Mais uma vez. Nada.
— Cloud..
Os olhos azuis se abriram. Tentaram focalizar e depois de um momento acabaram por conseguir. Notou o rosto de Denzel manchado por lágrimas.
— Danz... O que...
— Me deixa ficar aqui? Só hoje...
Disse, lacrimejando novamente. Sentiu os braços de Cloud ao seu redor e deixou-se ser puxado, deitando-se na cama macia acolhido nos braços dele.
— O que foi?
Inquiriu, após puxar o corpo menor para baixo de seu edredom.
— Eu... Sonhei com aquela coisa... De novo...
— Hey... Aquilo é apenas uma lenda...
Disse, sorrindo levemente e afagando os cabelos do garoto.
— E-eu sei, m-mas... Era tão real...
Tremia. Cloud o apertou em seus braços e percebeu que chorava.
— Denzel... Não... Pshhh...
Colou seu corpo ao dele, no claro intuito de confortá-lo, dizer sem palavras que estava tudo bem.
Denzel abraçou o corpo de Cloud e soluçou um "Por quê?" Indignado.
— Hey... Já passou... Estou aqui.. Pare de chorar.
Sussurrou. Beijou-lhe a testa e Denzel afastou-se apenas para que seus olhares se encontrassem.
— Por que ainda me protege?
— Por que eu te amo.
A resposta de Cloud veio seca, sem importar-se que aquilo era digno de uma mãe para um filho. Queria o bem de Denzel e daria sua vida por ele se fosse preciso.
— Eu também te amo...
Denzel sussurrou para que apenas ele mesmo ouvisse. Os olhos de Cloud se arregalaram. Denzel havia dito pela primeira vez que o amava. Isso já era um grande passo. Agora sabia que o garoto, mais que nunca, confiava totalmente em si.
— Durma..
— Eu não quero. Quero só... Ficar com você.
Disse Denzel, acariciando o rosto de Cloud, como ele sempre fazia para afagá-lo nas noites de susto, terror.
Onde os dedos finos passavam, Cloud podia sentir sua pele esquentar, arrepiar. Estava tendo uns acessos de pensamentos estranhos. Uma vontade súbita de puxar Denzel ainda mais para si surgiu. Não sabia como agir. Só... O queria mais perto que todas as outras vezes.
— Andou bebendo?
O garoto perguntou.
— Sim... Por que?
— Seu rosto... Parece cansado.
— Foi só mais um dia difícil...
Dito isso, Denzel acariciou mais uma vez o rosto de Cloud, olhando para ele enquanto o fazia. Deixou seus dedos escorregarem da bochecha do loiro para as proximidades de sua boca, de onde deixou seu indicador seguir pelo lábio inferior do mais velho, indo em seguida para seu queixo.
Os olhos de Cloud arregalaram-se e este se manteve estático. Ouviu a voz de Denzel.
— Me desculpe, e obrigado por cuidar de mim, me proteger.
Aqueles olhos azuis brilhavam de um modo tão sincero e doce... Cloud estava encantado.
Apoiou-se em um braço de modo a ficar parcialmente em cima de Denzel.
— Por que está fazendo isso? Por que está agindo assim?
Inquiriu. Fantasmas de seu passado atordoavam sua mente. E essa não era uma boa hora pra ter reparado nas ações do garoto...
— Por que eu quero te sentir sempre assim... Perto de mim, comigo.
Denzel respondeu, tocando novamente o rosto de Cloud. Aquele brilho no olhar do mais novo demonstrava toda a sua sinceridade. E também toda sua pureza. Denzel era um anjo, por mais que já tivesse sofrido em sua curta vida.
Cloud o tocou a face. Os olhares se cruzaram. Algumas lágrimas ainda brilhavam nos olhinhos do mais novo e acabaram por escorrer quando este piscou. Cloud as limpou com seu polegar.
— Não chore mais...
Sussurrou.
— Eu não posso... parar.
Denzel respondeu. Não chorava por querer, apenas por estar desabafando, afogando as mágoas que o maldito pesadelo havia trazido.
— Sim, você pode...
Cloud deixou-se seguir seus instintos, deixou que seus fantasmas viessem à tona. Colou sua testa à de Denzel. Tão perto! Podia sentir suas respirações se chocando.
Denzel sorriu levemente e cerrou os olhos aos poucos. Aquela expressão encantou Cloud, que não suportou todas aquelas cenas passando por sua cabeça, todas aquelas coisas, seqüências que poderiam acontecer. Juntou os lábios num selo tão rápido quanto a chuva lá fora. Se Denzel apelasse, explicaria. Não sabia o que aconteceria no instante seguinte, mas, com certeza não foi o que esperava.
Denzel cedeu ao contato, chupando o lábio inferior de Cloud quando este quebrou o beijo.
Não sabiam o que aconteceria depois daquilo, muito menos o que mudaria na relação deles, mas de certo que nenhum dos dois se importava muito. Eram apegados demais e tinham um sentimento forte os unindo. Algo forte demais para ser danificado por um único erro, se assim fosse considerado.
Mas não. Aquilo, por mais que parecesse, não era um erro, não para eles. Cloud deixou que uma de suas pernas fosse parar entre as de Denzel enquanto aprofundava o contato deixando sua língua brincar com a do mais novo, que correspondia a cada toque com perfeição.
Quando precisaram de ar, separaram as bocas. Denzel estava corado. Ofegava tanto quanto Cloud.
— Desculpe...
Cloud sussurrou, saindo de cima do mais novo e deitando-se, olhando para o teto. Denzel deitou-se ao lado dele e passou uma perna sobre as suas de forma possessiva.
— Eu queria.. Mais uma vez...
Disse, tão tímido quanto o normal. Cloud o acariciou os cabelos.
— Só se prometer que vai dormir depois...
Sabendo que não era o certo, convencional, e mesmo assim sem se importar, esperou Denzel vir até seus lábios com aquela boca macia, rosada. E quando veio, teve o prazer de atacá-la, puxando o corpo menor sobre o seu, ambos sob o edredom.
Denzel sentou-se sobre os quadris de Cloud. Estava ficando calor demais ali. Observou o rosto do mais velho e o tocou. Estava corado. Seu peito descia e subia sem ritmo, mostrando o quanto estava alterado.
Cloud assentou-se e passou um braço em volta da cintura de Denzel, reivindicando-lhe os lábios novamente. Seus corpos estavam quentes, seus corações disparados, suas mentes confusas.
— Cloud...
Disse Denzel entre o beijo, sentindo-se estranho.
— Que foi?
Disse Cloud, tentando se controlar. Rouco.
— E-eu... Não sei...
— Acho melhor dormirmos...
Disse Cloud, encostando a testa contra a de Denzel.
— Também acho...
Concordou o mais novo, antes de atacar os lábios de Cloud e senti-lo deitar-se, puxando-o junto.
Quebrou o contato pela última vez antes de dormir e disse:
— Boa noite Cloud...
— Boa noite, Danz.. Te amo...
— Também te amo...
E, mesmo ofegantes, desejosos, deixaram-se adormecer abraçados depois de alguns minutos.
Essa fora a noite mais marcante para ambos até agora. Não pelos fantasmas de Cloud, não pelos fantasmas de Denzel... Apenas por ambos, pela falta do medo de ousar, de cometer loucuras, de solucionar problemas com um ainda maior, que no fundo, não passava de afeto doce como açúcar.
Well...Espero que tenham gostado! E sim, foi mesmo o intuito fazer algo leve... Quem dera se fosse pesado, mas... Com o tempo vem!
