N/A: Então, esse ano eu comecei a ler fics Katie/Oliver e meio que me apaixonei pelo shipper. E fiquei com a idéia de fazer uma fic dos dois por mais de quatro meses até começar a escrevê-la realmente. E aqui está!
Pra dizer a verdade, a fic nem tinha nome até uns dias atrás, uma coisa que eu agradeço a N. Black por me dizer: "Bota Turbo Dating mesmo!". E eu coloquei, especialmente porque minha criatividade para nomes é, tipo, zero.
Blábláblá, whiscas sachê. Eu paro essa nota aqui, antes que fique maçante demais.
Capítulo I – "Turbo Dating"
O cartaz tinha um fundo laranja néon e dizia em letras escarlates: "Turbo Dating".
Eu parei em frente a ele, tentando me lembrar exatamente como eu havia deixado Alicia me arrastar até ali. Eu sei que minha vida amorosa não anda... Bem, amorosa ultimamente. Mas ainda assim, eu não me achava tão desesperada a ponto de me deixar ser persuadida a vir em um desses encontros onde se conhece trinta caras em uma hora.
Pois é. Katherine Ann Bell irá conhecer um monte de babacas porque não consegue arranjar um namorado há três anos. Ou talvez eu seja a babaca, afinal. Quer dizer, eu não sou horrível! Em Hogwarts eu tinha a minha cota de admiradores, que era bem maior que a da Angelina, ou da própria Alicia!
- Lic, eu não quero entrar. – eu disse.
- Ah, Katie! – ela me encarou, com os olhos brilhando. Ela adora fazer esses programas diferentes, é quase como que uma terapia. – Por favor! Eu sei que você deve estar pensando que lá só tem...
- Perdedores. – eu completei para ela, mas Alicia somente revirou os olhos.
- É. – ela concordou. – Mas não é assim! Na verdade, é realmente divertido, e você vai poder conversar com pessoas diferentes, e não só com aqueles idiotas do Quibler, que ficam enchendo o dia inteiro pedindo para você ir com eles procurar zonzóbulos.
Claro, várias pessoas diferentes. Psh. Pelo que eu conheço dela, é bem provável que ela tenha nos inscrito em qualquer tipo de encontro, menos em um encontro com bruxos. Além do mais, os idiotas do Quibler são é muito mais legais do que parecem a primeira vista. E, quer dizer, ela já saiu com um sereiano! Não é como se a mente de Alicia fosse normal!
Mas eu acho que eu também não seria normal, se meu noivo tivesse morrido. É...
- Ah, vamos, vamos entrando! – ela insistiu, depois de lançar uma olhada nervosa ao relógio.
Alicia passou a mão pelos cabelos, numa tentativa de deixá-los mais soltos e cheios. Não que fosse realmente necessário, porque eles eram soltos e cheios naturalmente, mas tudo bem. Depois disso ela se dirigiu a porta de um restaurante ao lado do discreto cartaz. Mas, espere um minuto! Os encontros vão ocorrer dentro do restaurante? Um restaurante que não foi nem ao menos reservado exclusivamente para isto?
Como era de se esperar, eu só a encarei, sem me mover. Afinal, é o que qualquer pessoa sã faria. Mas então, Alicia bufou ao ver que estava caminhando sozinha para dentro do estabelecimento, e me encarou parecendo muito irritada. E se existe algo que deve ser evitado, é uma Alicia Spinnet com raiva de você.
- O que foi agora, Bell? – uh-oh. Ela usou meu sobrenome.
- Ahn... É só... A gente vai ficar dentro do restaurante?
É, eu acho que essa não foi uma pergunta inteligente.
- Não, eu estava entrando lá só porque me pareceu uma boa idéia ficar encarando o mâitre! – ela retrucou, exasperando-se e ficando ligeiramente vermelha. – Claro que a gente vai ficar dentro do restaurante! Você preferia se jogar na neve, aqui, no meio da calçada?
- Mas, com todo mundo olhando?
- É! – e então ela pareceu adivinhar que aquilo não ajudava em nada na minha vontade de ficar, pois logo acrescentou: - Mas com certeza fica num lugar bem discreto, que quase ninguém repara.
Realmente, ninguém vai reparar em sessenta pessoas (supondo que haja uma garota para cada cara), em um restaurante, onde trinta homens se levantam a cada dois minutos.
- Sei. – viu, eu sei transparecer a minha incredulidade.
- Ugh! Katie, você sabe que se não tentar é capaz de perder a chance de encontrar o cara dos seus sonhos! – é. Tá bom.
O fato é que, desde que eu comecei a trabalhar no Quibbler, - que depois da guerra conquistou vários leitores assíduos por ser uma publicação mais confiável que o Daily Prophet, diga-se de passagem -, eu não tenho tido tempo para mais nada. Muito menos para homens, sabe? E isso deixa Alicia e Angelina irritadas. Elas me garantem que o meu estresse e a minha falta de concentração são causados estritamente pela falta de um exemplar masculino na minha existência. E, como Angie nunca deixa de frisar, por falta de sexo.
Mas eu não acho que elas estão certas. Eu não sou estressada, e não estou toda tensa. E eu sou muito focada!
-... Katherine! – okay, talvez nem tanto 'focada'.
- Não, Spinnet! – eu exclamei. – É num lugar público!
- Claro que é! Assim fica mais fácil de encontrar o local, sabe? Além do mais, se fosse muito discreto, não teria graça.
Eu senti vontade de sair correndo – minha honra me dizia para sair correndo. Mas minhas pernas não seguiram o conselho da minha mente, e simplesmente foram atrás de Alicia.
E se alguém do trabalho me ver? Ou meu irmão? Porque ele sempre sai para jantar em restaurantes bruxos peculiares, (como este em que acabo de entrar), de Londres nas sextas-feiras! Oh, se ele descobrir vai contar para papai, que irá despejar tudo para mamãe, que vai abrir a boca para tia Judith, que vai fofocar para o resto da família antes do nascer do sol! E eu vou ser eternamente rechaçada no ambiente familiar dos Bell, que conseguem ser incrivelmente entediantes e nunca tem muitas desgraças de parentes para tirar sarro.
Por que eu tenho que ser a única débil da família?
- Okay, Katie, você não precisa se preocupar. – Alicia se virou para mim, enquanto retirávamos nossos casacos. Ela não percebeu o meu olhar desesperado. – Se em meia hora as coisas estiverem um desastre, pode ir embora, ou então ir pedir alguma coisa para comer. Eu te acompanho.
- Tudo bem. Acho que eu posso aceitar essas condições. – eu murmurei. Então respirei fundo. – Venha, temos que pegar uma mesa ainda, não é?
- É isso aí! – eu já comentei que ela muda de humor mais rápido do que um pomo de ouro desaparece no escuro?
Eu me sinto estúpida.
Nós duas havíamos escolhido lugares estrategicamente escondidos por plantas meio altas, em mesas vizinhas. Eu sabia o quanto seria incomodo para nossos 'pretendentes' terem de afastar volumes de folhas antes de se sentarem, mas isso realmente não me importou na hora.
Finalmente um deles – o primeiro que parecia ter algum tipo de juízo – se enfezou tanto que afastou o vaso uns bons cinqüenta centímetros para o lado, com um feitiço. Senti uma certa admiração pela impetuosidade dele, que era até mesmo um pouco atraente combinada com suas vestes pretas discretas. Mas, claro, isso até ele começar um discurso totalmente pirado sobre como os manticores deveriam ser classificados como 'animais de estimação', pelo Ministério.
Enquanto isso Alicia conversava com o mesmo cara durante quase vinte minutos. Isso fez com que os 'pretendentes' posteriores a ele tivessem que 'pular' a mesa dela, não sem antes tentar despachar o homem que ocupava a cadeira em frente a minha amiga. Pelo que eu pude escutar da conversa que eles estavam tendo, (as mesas são muito grudadas), ele se chama Luc, e trabalha em algum departamento do Ministério da Magia francês.
Escutei a sinetinha que indicava o final de outros dois minutos tocar, e reparei que um cara baixinho que estivera falando comigo saltou de sua cadeira um pouco desapontado. Talvez porque eu realmente não tenha prestado atenção em uma palavra do que ele me disse.
- Olá! – um homem disse animadamente, antes de se sentar.
- Olá. – eu respondi, reparando que ele ainda usava um casaco, verde, por cima das vestes; o que era absolutamente desnecessário. O Cold Wand, o restaurante, é bem aquecido – ao contrário do que o seu nome sugere.
- Hum, eu me chamo Trevor Perkins.
- Katie Bell. – eu disse com um sorriso que deve estar muito falso.
- Eu sei. – meus olhos arregalaram.
Okay, eu tenho certeza de que não conheço ele. Eu me lembraria de um sobrenome como Perkins. Mas então... Será que ele lê as minhas reportagens? Quer dizer, elas são geralmente as mais normais do periódico inteiro, e por isso eu quero dizer que elas são 100% confiáveis o tempo todo! E não seria tão estranho eu ter fãs. Eu já disse que tinha admiradores em Hogwarts, - apesar de isso se dar principalmente porque eu fazia parte do time de quadribol da Grifinória, mas isso não precisa ser contado.
- Eu me lembro de você, de Hogwarts. – ahá! Eu sabia! – Você estava no primeiro ano, eu acho, e eu no sétimo.
Ou não.
- Ah.
- Você era realmente muito esquisita naquela época. – o que?! – Vivia apagando a lareira da sala comunal.
O quê?!
Eu só apaguei a lareira uma vez, e não foi por querer! A culpa foi toda de Leanne, que duvidou que eu conseguisse fazer um feitiço Aguamenti, e, bom, eu não mirei direito e apaguei o fogo. Claro, isso não deixou ninguém feliz porque aquela era uma noite particularmente fria de inverno. Mas, ainda assim, a culpa não foi minha!
- Ah. – oras, o que mais eu posso dizer?
- Mas agora você está realmente bonita.
- Obrigada. – continuo sem saber o que fazer.
Pensando bem, eu poderia simplesmente me levantar e sair. Ou então ir para o bar, que parece bem mais aconchegante do que isto. E, acredite, se um bar de restaurante é uma tentação maior para mim, não há como melhorar as coisas.
- Ah, eu... Eu vou ao banheiro. – eu disse, pegando minha bolsa.
Certo, ele me olhou com uma cara meio desesperada.
- Oh, não. – ele está mesmo muito desesperado. – O que eu fiz de errado dessa vez?
Dessa vez? Ele já fracassou outras vezes, então? Bom, mas eu estou surpresa? Ele está num encontro fast forward, por Merlin!
Hum, releve que eu também estou aqui, e que meus relacionamentos inexistentes podem ser considerados fracassos.
Seguindo em frente...
- Uhm... Errado? – eu repeti. Será que eu nunca vou saber o que fazer quando este cara estiver perto de mim?
- Você está indo embora. Eu devo ter feito algo errado. – bom, pra falar a verdade, digamos que relembrar a minha 'esquisitice' e a minha tragédia no primeiro ano não tenha sido sua glória. E dizer que agora eu estou realmente bonita não ajuda.
A quem eu quero enganar? O problema, apesar de tudo, é comigo, de novo!
- Não, você não fez nada de errado! – eu posso omitir certas partes. A maior parcela de culpa é minha. – É só que eu não estou acostumada com esse tipo de coisa...
- Se você diz. – ele acabou de fazer um biquinho?
Ele acabou de fazer um biquinho, e cruzar os braços?
Ele acabou de fazer um biquinho, cruzar os braços e bufar?
Vá para o bar, Katie! Vá para o bar.
Tentei fazer um sinal para Alicia, mas ela nem ao menos reparou que eu estivera de pé por uns três minutos. E, pelo que me parece, aquele papo de 'eu te acompanho' foi a maior furada em que eu já caí. Como se ela fosse deixar o Luc-eu-trabalho-no-Ministério-francês e fosse vir comigo tomar um uísque de fogo.
É.
Me encaminhei até o balcão marmóreo (trabalhar como redatora realmente melhora seu vocabulário, nunca tinha reparado), sentei no único banco vazio e encarei o barman... Que não deve nem ao menos ter terminado Hogwarts, porque se esse pivete tem mais de dezessete anos, eu vou me chutar. Bem forte. E na bunda.
Apesar de ser bem esquisito, se chutar na bunda. Anatomicamente falando.
- O que você vai querer? – a voz dele era fina, mas não tão fina. Era muito diferente.
E, sério, será que ele tem permissão para trabalhar em um bar? Não seria a primeira vez que empregam menores ilegalmente.
- Hum... – eu me remexi na minha cadeira, desconfortável, quando ele levantou as sobrancelhas. O garoto fica me olhando como se eu tivesse feito alguma coisa errada! – O que você sugere?
E essa foi aparentemente a pergunta mágica. Porque eu nunca vi os olhos de alguém brilharem tanto assim de felicidade – talvez só os de Fred e George, quando encontravam um sonserino vagando sozinho, distraidamente, pelos corredores de Hogwarts. De qualquer jeito, o garoto agora meio que escaneava meu rosto com um olhar duvidoso, mantendo seus braços finos e infantis cruzados.
Hey! Talvez ele seja um vampiro! Eu sei que eles envelhecem, mas é muito devagar mesmo. Apesar de que não deve ser tão recomendável para um vampiro trabalhar num lugar tão movimentado e com tantos pescoços a mostra assim.
- Bem, - a vozinha dele ia me trazendo à realidade aos poucos. -, eu sei que cerveja amanteigada está fora de questão, porque até mesmo aquela da edição especial, com maior porcentagem alcoólica, é muito leve. E hidromel me parece adocicado demais, apesar de ser a melhor se você quiser ficar bêbada rápido e sem perceber... Você não tem cara de quem toma quentão, é... Sinceramente, acho que no seu caso não tem nada mais direto que uísque de fogo.
- Por quê? – eu perguntei sem rodeios. – Quer dizer, no meu caso não teria nada mais direto?
- Eu vi você numa das mesinhas do Turbo Dating, e pela sua cara seu dia também não deve ter sido muito bom. Na verdade, me parece que faz um tempo que você não se livra dessa tensão. – ele deu de ombros, com um sorriso ao ver que eu ficara boquiaberta. Quer dizer, é a qüinquagésima pessoa a me falar que eu ando tensa! – Então, algo que seja forte, para te fazer esquecer tudo isso com um gole, e só para garantir, te fazer ter uma desculpa para ficar em casa amanhã pelo resto do dia? Uísque de fogo faz esse trabalho muito bem. E você está com sorte, chegou hoje mesmo um estoque particularmente novo que é mais... Digamos que é mais quente.
Cara, como esse pivete fala! Apesar de que eu não tenho tanta certeza se posso chamá-lo de pivete agora.
- Pode ser.
Ele se virou para buscar a bebida, abrindo um alçapão no chão por onde desceu por uma escadinha estreita. E eu estou sozinha. De novo. Talvez eu devesse ter ficado em casa, escrevendo sobre a entrevista com Nicholas de Mimsy Porpington e tentando fazê-la ficar mais... Aceitável.
Deitei em cima dos meus braços cruzados, de forma a evitar que eu olhasse para as pessoas. Eu tenho a impressão de que qualquer um que me olha nota o quão patética eu sou. É sério, a coisa toda de que eu transmito uma atmosfera de perdedora e que faz todos perceberem que eu não deveria estar aqui, nesse banquinho de bar, mas sim ali, com o resto daqueles que não arranjam um encontro do modo convencional. Quem sabe o lugar mais apropriado não fosse o St. Mungus, onde meu caso poderia ser estudado e teorias criadas sobre como não agir caso você seja um caso perdido. Perdido, porque se até sua amiga maluca consegue encontros todas as semanas, um caso ganho é o que você não é.
E será que ninguém compreende que, apesar de ser um restaurante, e ser obviamente público, não é necessário gritar enquanto se está dentro dele? Quer dizer, eu tenho certeza que um garçom solidário poderia atender qualquer um daqui, sem muito atraso e sem a coisa toda do escândalo.
É só impressão ou o barulho está aumentando? E parece que mais da metade do restaurante está se juntando a tudo isso. Babacas. Babacas no cio, isso é que são. Um bando de gente com mentalidade de adolescentes, que ficam empolgados com qualquer gritaria à toa, e logo querem se juntar a ela.
- Ah, não. – eu escutei a voz do barman e levantei a cabeça. Ele parecia quase temeroso. – Não hoje!
- "Não hoje", o quê? – eu perguntei, enquanto o via colocar um copo a minha frente e enchê-lo até a borda de maneira quase frenética.
Qual o problema do mundo hoje? Esse cara não estava tendo mini-pufosos até agora de pouco, enquanto analisava minha panaquice? Porque ele não pode continuar a tê-los, ao invés de começar a sentir a vontade de participar da algazarra? Ou então, se ele estiver pensando que tudo isso é uma idiotice, porque ele não pode se focar em simplesmente apontar meus defeitos? Era muito mais interessante do que uísque de fogo escorrendo pelo balcão e indo parar em cima de mim.
Peguei a varinha e, com um gesto rápido, aspirei toda a bebida que se espalhara. Voltei a encará-lo, que fez um movimento de cabeça em agradecimento.
- Eles. – ele me respondeu, apontando para a porta de entrada.
E lá estavam, sem os uniformes ou as vassouras, mas claramente fáceis de se distinguir, os jogadores do Puddlemere United. Isso explicava toda a multidão que se amontoava ao redor deles com guardanapos e penas arranjadas sabe-se lá de onde. E também o barulho. E os babacas no cio.
- Oh. – eu soltei. Voltei a encarar o barman – eu ainda não sei o nome dele, isso me irrita. – E qual é o problema?
- Eles sempre chegam depois dos jogos que eles ganham, sabe? E causam toda essa comoção, e atrapalham todo mundo no restaurante! E então se dirigem pra cá, para o bar, e eu não consigo descansar por dois segundos, porque eles não param de beber! – um suspiro profundo.
- Certo, então você está irritado porque eles gastam dinheiro e acabam com o estoque? – isso deveria ser ruim? Quer dizer, eles devem gostar daqui, e devem fazer a maior propaganda do lugar, e devem atrair um monte de gente! Isso nunca é ruim, é?
- Não! – ele parece ofendido. – Claro que não! Eu até agradeço, porque isto traz muito lucro. Mas o Philipe, que é aquele ali, o loiro, sim? Bem, ele sempre acaba ficando até a hora de fecharmos. E sempre está bêbado, e necessitando de 'cuidados' especiais. Como um banho. E quem é que sempre acaba tendo que arrumar um jeito daquele paspalho partir em segurança... ?
E então eu comecei a rir. A rir muito. E nem tem um motivo muito bom pra eu estar fazendo isso.
- Isso, ria!
- Desculpa! É só que... Bom, 'cuidados' especiais?
- É! Eu não posso deixá-lo ao relento na rua, porque caso ele seja reconhecido por algum torcedor de um time rival, ou mesmo do time que perdeu a última partida contra eles... Ele já foi azarado uma vez. E eu tive que cuidar disso e ainda recebi a maior bronca do capitão do time, por não ter previsto o acontecimento e azarado os atacantes de volta. Isso fez com que eles não aparecessem por aqui durante semanas! E aquele capitão é realmente uma delícia, então você tem que compreender o que eu digo quando afirmo que fui eu quem mais perdeu com a história.
Caramba, como ele fala rápido! Mas pelo menos isso me fez compreender o que havia de tão esquisito na voz dele. Ele tenta deixá-la mais fina, porque quer que ela se pareça com uma voz de mulher. Ele é gay! E tem uma paixão esquisita pelo capitão do Puddlemere, pelo que me parece.
- O capitão do Puddlemere é uma delícia? – eu perguntei, em um tom divertido.
- Bom, eu não diria uma delícia, mas não é de se jogar fora.
Oh. Merda.
Isso não tem nada daquela voz de falsete do barman. É uma voz forte, grossa, e meio baixa, com um sotaque escocês bem presente. E eu me lembro dessa voz. Eu me lembro muito bem dessa voz.
N/A: Eu achei meio curto. Então, por favor, me avisem se quiserem o próximo um pouco maior.
