missão 30 fics - Fanficbr
Título: Lembranças
Autora: Ivi
Beta: Celly. Obrigada, tia fofa!
Classificação: PG-13
Par: Harry Poter, Draco Malfoy
Avisos: Slash, yaoi.
Disclaimer: Todos personagens são da J.K. Rowling. Ah, porque se fossem meus...suspiro
Referente a palavra nº75 da minha table. Escolhida pela Nicolle Snape que ganhou o quinto joguinho. Espero que goste!
Lembranças
- Sei que sou irresistível.
- Poderia olhar por onde anda?
- Só podia ser.
-Acho que está na hora de procurar Madame Pomfrey. Tanto sua visão quanto sua sanidade mental parecem estar afetadas.
- Que surpresa.
- Sempre saindo em defesa dos mais fracos, não é?
- Você não tem nada melhor para fazer, não?
- Por exemplo, ir cuidar de seu cabelo.
- Está realmente precisando.
- Ora, seu filho de sangue ruim!
- Como ousa falar isso?
- O que você pensa que está fazendo?
- Seu idiota, sai de cima de mim.
- Ah, você vai pagar caro por isso.
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- Quem foi o idiota que anotou apenas nossos diálogos?
- E isso importa, Malfoy? O que eu realmente gostaria de saber é porque alguém anotaria. Isso é tão assustador quanto o Colin tirando fotos minhas sem parar.
Draco fez uma careta de desagrado, antes de falar:
- Provavelmente alguém queria fazer um livro de memórias do Menino–Que-Sobreviveu. Claro que os únicos momentos dignos de nota eram os que eu estava envolvido.
Harry revirou os olhos e falou num tom cheio de deboche:
- Claro, Malfoy. Com tantas outras coisas insignificantes como o basilisco ou Voldemort, somente nossas desavenças valeriam a pena serem registradas.
Draco segurava o pedaço de pergaminho com visível enfado.
- Potter, tirando esses eventos, que todo mundo está cansado de saber, o que mais poderia ser interessante em você? Afinal, não tem nenhum apelo pessoal. Se alguém fosse escrever sobre sua vida particular, o leitor morreria de tédio na metade da primeira página. Só tinha alguma emoção quando eu estava por perto.
Harry colocou a mão sobre o peito e fez uma expressão fingida de mágoa, dizendo:
- Nossa, você me magoou, Malfoy. Me senti tão interessante quanto uma aula com o professor Binns num dia bem quente. – Deixando a encenação de lado, ele continuou. - Você é convencido demais. Além disso, ninguém vai escrever nenhum livro sobre mim. Chega, tá bom? Vamos mudar de assunto.
Draco ignorou o último comentário e continuou:
- O pior é que a pessoa é tão incompetente que sequer identificou quem falou o quê.
Harry se aproximou e deu mais uma lida no pergaminho velho que tinham encontrado por acaso.
- Não acho que seja necessário. Tá na cara a quem pertence cada uma das falas.
- Somente porque eu me lembro muito bem o que aconteceu. Mas isso aqui serve para qualquer um.
- Você se lembra? – Harry disse, surpreso.
- Claro que sim, Potter. Minha memória, assim como todo o resto, é perfeita.
- Claro que é. – Ante o olhar surpreendido do outro, Harry continuou: - O medibruxo pediu para não te contrariar. Poderia ser perigoso. Pessoas com distúrbios mentais tendem a ser violentas.
- Ora, seu...
Draco jogou uma almofada em Harry que ria.
- Viu? Não falei? – Harry continuou, provocando. – Tsc, tsc tsc. Me ameaçar com uma almofada é um gesto tão pouco digno de um Malfoy...
- Potter, duvido que você mantivesse qualquer dignidade se fosse ameaçado de verdade por um Malfoy. Mas para provar que você está errado, vou te contar exatamente como aconteceu e você terá de se desculpar. Além de fazer todas as minhas vontades.
Harry sorriu e se recostou mais no sofá.
- Claro. Mas não esqueça que eu também estava lá e me lembro perfeitamente de tudo. Então, não adianta fantasiar.
Draco fez uma cara de poucos amigos e preferiu ignorar aquela provocação antes de começar.
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Eu estava indo para o Salão Principal, tendo uma conversa muito interessante com Blaise e Pansy quando Weasley se jogou sobre mim. Devido a minha graça natural, eu não caí. Mas ele, por outro lado, se estatelou no chão. Ora, eu não podia deixar passar um acontecimento desses sem fazer um comentário, não é?
- Ei, Weasel. Sei que sou irresistível e é impossível não cair sob meus encantos, mas poderia olhar por onde anda?
Como não podia deixar de ser, Weasel estava acompanhado pelo 'São Potter' e a 'Sabe Tudo Granger'. Ela se abaixou para pegar os livros que estavam espalhados pelo chão e você me atacou.
- Malfoy. Só podia ser. Acho que está na hora de procurar Madame Pomfrey. Tanto sua visão quanto sua sanidade mental parecem estar afetadas.
Você sabia ser irritante quando queria, então, eu te respondi na minha melhor voz sarcástica.
- Uh, Potter. Que surpresa. Sempre saindo em defesa dos pobres, não é? Sorte a sua poder contar com os Weasley para garantir muitos anos de trabalho ainda.
Confesso que ver o Weasel vermelho e espumando de raiva era realmente prazeroso. A Granger resolveu interferir no seu melhor tom de monitora:
- Malfoy, não tem nada melhor para fazer, não?
- Por exemplo, ir cuidar de seu cabelo. Ele tá precisando. – Você acrescentou maldoso.
Duas observações: primeiro, eu não sou um cabeça oca que só se preocupa com a aparência. Segundo: meu cabelo sempre está naturalmente perfeito. Continuando:
- E serão vocês, que sequer parecem conhecer um simples feitiço para arrumar isso que chamam de cabelo, que vêm falar do meu? – Eu completei. – Os trouxas usam pente, Granger?
Você me deu um olhar furioso em retribuição, os seus olhos verdes faiscando. Para ser honesto, estava me lixando para Granger e o Weasel. Você é quem era meu verdadeiro adversário.
- Sim, Malfoy. – Você fez uma pausa e me deu um olhar tão genuinamente espantado que eu até me assustei. – Sabe, é melhor correr para a ala hospitalar. Além da perda de visão e sanidade mental, você já está começando a ficar com uma carranca de fúria constante. Com certeza, deve ser o gene Veela em ação.
Isso foi realmente ofensivo. Os Malfoy são puro sangue e se orgulham disso. Se algum de meus antepassados ousasse pensar em se misturar com uma criatura mágica, estaria morto antes de completar o pensamento. A família costumava ser muito rigorosa quanto a isso. Ninguém pode me condenar pelo que falei a seguir.
- Ora, seu filho de sangue ruim! Como ousa falar isso?
Eu sei que atacar a mãe é jogo baixo, mas você quem tinha começado a falar de minha família. Não foi surpresa alguma quando você voou para cima de mim, sacando a varinha. Nós lançamos alguns feitiços um contra o outro, mas conseguimos nos desviar até que acabamos desarmados. Sem alternativa, partimos para a agressão física. Precisei apenas de alguns socos para ficar sentado sobre você, segurando seus braços e dizer:
- Agora, você está no seu devido lugar.
Era uma oportunidade boa demais, então eu ia te dar mais um murro para te ensinar uma lição. Você ainda tentou apelar, dizendo:
- O que você pensa que está fazendo? - Quando viu que eu ia acertá-lo novamente, procurou soar ameaçador: - Seu idiota, sai de cima de mim. Agora.
Como se você estivesse em condições de mandar alguma coisa. E, nessa hora, você cuspiu em mim. Você tinha conseguido me irritar de verdade.
- Ah, Potter, você vai pagar caro por isso.
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Draco interrompeu a narrativa ao ouvir a risada incrédula de Harry.
- O que foi, Potter? Do que está rindo?
- Malfoy, isso é uma demonstração de sua memória perfeita? Ela é bastante seletiva, hein?
Draco olhou para Harry com irritação e disse:
- Foi exatamente assim que aconteceu. Talvez eu tenha esquecido uma ou outra coisinha, mas no geral, foi assim.
Harry, que estava recostado tranqüilamente no sofá, aproximou-se mais para encarar Draco:
- Malfoy, você está brincando, não é?
Draco revirou os olhos com descaso.
- Claro que não. E você está enrolando somente para não fazer tudo o que eu quero.
Harry começou a rir.
- Se essa é uma amostra da sua perfeição, agradeça a Merlin por não se parecer com um Trasgo montanhês. Desde quando você conseguiria me dominar com apenas 'alguns socos'?
Draco teve a decência de enrubescer. Se de fúria ou vergonha, não era possível saber.
- Isso não vem ao caso. O que importa é que me lembrei e você fará o que eu quiser.
- Não, você não se lembrou. Não foi assim que aconteceu e sabe disso. Eu te digo como foi e você faz tudo que eu quiser.
- Potter, eu vou ouvir seus devaneios. Quero só ver o que você vai inventar.
