Censura: NC17 – Cenas de sexo entre personagens se vc não gosta, por favor, não leia.
Resumo: Triste pela morte dos pais, Mione acaba se perdendo na floresta e encontrando alguém tão desesperado quanto ela. Resumo tosco, mas a fic é boa.
Agradecimentos: A Gabrielle Briant que betou esta fic, Valeus Mana! A minha outra mana, Lara que me aturou no msn e tah com ciúmes. Fica assim não, a prox é com vc! E pra minha amiga viagem na maionese Aline Snape.
Bjus pra Sarah Snape por criar esse Site maravilhoso onde os fans do casal podem escrever sem preocupação. Valeus Sarah!
Esta é uma fic em resposta ao desafio de Ano Novo-2005 do site SnapeMione.
Um Novo Ano.
By Sheyla Snape
Final de Ano na escola de Magia e Bruxaria Hogwarts... Todos os alunos, com poucas exceções, optaram por passar as festas de fim de ano em suas casas: nada parecia melhor do que estar junto da família, principalmente num momento como aquele. O mundo mágico passava por momentos tensos e por que não dizer, angustiantes. Voldemort retornando das profundezas do inferno trazendo consigo terror e medo. Ataques em todas as partes. Pessoas assassinadas dia após dia. Trouxas ou bruxos. Não havia diferença. Dessa vez não havia espaço para indecisão, ou se estava do lado da luz ou do lado das trevas.
Mas ainda assim havia tempo para celebrar. Tempo para diversão.
Ao menos alguns pensavam assim...
Diferente se seus amigos, Hermione decidiu ficar em Hogwarts. Não tinha motivos para voltar. Com seus pais mortos num ataque há alguns meses, as festas de fim de ano já não tinham mais tanto sentido. Harry, Rony e Gina bem que tentaram, mas nada a fez mudar de idéia.
— Vamos lá Hermione, você não pode ficar aqui sozinha durante todo o feriado! Sei que está triste, mas não é pra ser assim... Você tem que fazer um esforço e reagir. – Gina parecia muito preocupada e não escondia o ar um pouco irritado enquanto falava. Estava pronta para sair e fazia uma última tentativa de convencer a amiga à não ficar só.
— Eu já disse pra você não se preocupar comigo. Estou bem, é sério! Só não sou, e definitivamente não serei, uma boa companhia para o fim de ano. É melhor ficar aqui em hogwarts, longe dessas comemorações, sabe... – ela desviou os olhos da amiga por um instante. Gina percebeu imediatamente que Mione não queira que ela visse os olhos avermelhados pela lembrança, mas, ainda assim, conseguiu completar o pensamento com uma voz um pouco fraca e controlada. — Minha mãe sempre adorou festas de fim de ano... Principalmente o Ano Novo. – A sombra de um sorriso verdadeiro surgiu em seu rosto. — Meu Pai sempre brigava com ela dizendo que o Natal era mais importante, "uma data mais familiar", ele dizia... Mas ela retrucava dizendo que se você fizesse um pedido verdadeiro no instante da virada do ano e se esse desejo fosse puro o suficiente, com certeza ele se realizaria. – suspirou. — Muito obrigada pela sua preocupação Gina, mas eu quero ficar sozinha... e pode ter certeza que ficarei bem. - Completou antes de qualquer protesto.
— Se é assim que você quer Mione... Mamãe não vai gostar nada, mas vou tentar explicar suas razões. Ainda assim, se você mudar de idéia, por favor, mande uma coruja e viremos buscá-la imediatamente, sim?
— Não se preocupe Gina... Eu vou ficar bem e se mudar de idéia eu mando uma coruja, já que você faz tanta questão.
Gina a observou um pouco descrente. Mas não adiantava discutir mais, sabia o quanto Hermione era teimosa... e se durante esses três meses, nem as inúmeras corujas de sua mãe, ou os esforços dela, Harry e de seu irmão Rony conseguiram convencê-la, não seria agora, em míseros cinco minutos, que Mione mudaria de idéia. Ela olhou para a amiga, suspirou vencida e lhe deu um forte abraço.
— Tenha uma boa entrada de ano Mione! Um Feliz Ano Novo e espero que seu pedido se realize. O abraço continuou por alguns minutos e logo Gina desceu deixando-a sozinha.
E assim ela ficou durante todo o feriado... Desceu muito rapidamente para ceia de Natal, somente porque a Professora McGonagall exigiu sua presença no Salão Principal. Contrariada, ela se arrastou até lá e procurou ao máximo não demonstrar sua tristeza. Agüentou o quanto pode e logo se recolheu.
Quanto mais se aproximava o ano novo, mais deprimida ela ficava. Pouco saía da torre da Grifinória. Passava o dia inteiro lendo no salão comunal, só descendo de lá para as refeições ou para ir até a biblioteca pegar um outro livro. Seu único companheiro de casa que ficara na escola, Neville, ainda tentou levantar o ânimo dela, mas não conseguiu. Ainda assim ele quase não era visto no salão. Hermione percebeu que depois do Natal ele passava bastante tempo na companhia de Luna Lovegood, da Corvinal. E a cada dia os dois pareciam mais "próximos". Hermione pensou com certa alegria que Neville era de longe uma das pessoas que merecia alguma felicidade.
Apesar dos últimos dias do ano se arrastarem, logo era 31 de dezembro. Mesmo com poucas pessoas no castelo, haveria uma pequena comemoração e todos estavam convidados a subir até a torre de astronomia para apreciar show de fogos.
Decididamente Hermione não tinha a menor intenção de acompanhá-los. Suportou a ceia o quanto pôde. Distraidamente brincava com sua comida, mantendo pouca ou nenhuma atenção ao teor das conversas que seguiam ao seu redor, respondendo automaticamente a uma ou outra pergunta que lhe era dirigida. Pouco se importando se era ou não observada por alguém na mesa.
Quando todos seguiram para as escadarias ela fingiu propositadamente esquecer seu casaco no salão e de lá iria para qualquer lugar. Qualquer lugar onde seus pensamentos, sua tristeza e frustração pudessem ser esquecidos. Nos últimos dias não sabia precisar quais eram os sentimentos que percorriam sua mente. No inicio foi tomada por uma tristeza profunda, a sensação de abandono e solidão parecia que a sufocaria a qualquer minuto. Depois a vergonha e uma certa vontade de fugir de tudo aquilo a tomava de vez em quando. Doía ver o olhar de pena no rosto de seus amigos. Até mesmo Harry, que sabia tão bem o quanto aquele olhar poderia machucar, não agüentava e, por varias vezes, ela o surpreendeu durante esse gesto. Lentamente aquele turbilhão de sentimentos a enfurecia. Era preciso um controle sobre-humano para não explodir suas frustrações em alguém. Até agora estava conseguindo. Só não sabia dizer por quanto tempo.
Caminhou distraída por muito tempo. Pelos corredores do castelo... Pelos jardins... Sem ter a mínima noção de onde estava indo. Completamente perdida em lembranças... De seus pais, sua infância, pequenas coisas, frases ditas, gestos que antes não significavam nada, mas hoje... Hoje ela daria a própria vida para apreciar, vivenciar nem que fosse uma última vez.
Apertou o casaco com mais força entorno do corpo. "Quando foi que ficou tão frio?" Observou a sua volta e notou que estava longe do castelo. Talvez longe demais.
— Onde a Srta pensa que está indo? Não acha que já abusou demais da sorte, perambulando assim pela Floresta?
Talvez se o próprio Voldemort tivesse aparatado ao seu lado o susto não teria sido tão grande. Sentiu como se seu coração fosse sair pela boca, seu sangue ferveu no mesmo instante que percebeu quem a trouxera tão abruptamente de volta a realidade. Não pôde evitar que a frustração e a melancolia que sentia há pouco, se transformassem em fúria contra seu... "Acompanhante".
— Mas o que diabos o Senhor pensa que está fazendo? Será que achou uma nova forma de torturar seus alunos? Não basta nos matar de susto ou maltratar durante as aulas, agora quer nos matar do coração também? – o rosto e os olhos que antes estavam melancólicos e entristecidos, agora mostravam uma raiva pouco comum.
Snape por um segundo completo ficou atordoado com a reação dela. Mas rapidamente se recuperou e, por mais que sua intenção ao segui-la tenha sido completamente diferente e atípica, ele não pretendia assustá-la. Na verdade ele estava preocupado com o comportamento apático e triste que ela desenvolveu depois da morte dos pais.
— Não Srta Granger. Longe de mim querer matar um aluno do coração, ou de qualquer outra forma. Afinal... Caso a Srta não se lembre, assassinato é crime, e além das implicações óbvias que isso acarretaria, como iria me divertir caso acabasse com todos eles? A Srta há de convir que é muito mais prazeroso vê-los tremendo de medo e sem reação do que...
— Ora seu cretino insensível e sádico. – a voz fria e sarcástica dele a irritava e deixava inexplicavelmente tonta. Não de raiva, mas por um outro motivo que não sabia explicar... e pior. Isso não era de hoje, já havia algum tempo que ela sentia que perdia o controle de si quando pensava no mestre de poções. — Eu não quero ouvir sobre sua lógica de como atormentar ou não um aluno. Tenho problemas demais para pensar.
— Não acha que está passando dos limites? Não é todo dia que eu agüento insultos, ainda mais vindos de uma fedelha grifinória como a Srta.
— Eu vou lhe mostrar a fedelha...
Sem pensar Hermione partiu para cima de seu professor e com as duas mãos o empurrou com uma força que Snape não pensou que ela tinha. Não fosse a proximidade de uma árvore na qual ele bateu com certa violência, certamente teria caído no chão. Seus olhos se arregalaram. Não esperava uma reação física de um estudante, ainda mais uma aluna como Hermione Granger... Bom, ele realmente estava atordoado.
— O Senhor pensa que pode sair por aí, distribuindo seu veneno e sarcasmo sem que ninguém lhe diga o quão desagradável você é? Bem professor, parece que hoje você encontrou alguém que está puto o suficiente pra falar.
Hermione mantinha o dedo indicador em riste, apontado diretamente para o nariz de Snape. Qualquer pessoa que presenciasse a cena diria sem sombra de duvidas que aqueles não eram Hermione Granger e Severo Snape.
Ela completamente descontrolada e em fúria. Ele passivo, sem reação alguma e com uma expressão de completo espanto no rosto. Snape a observava sem dizer nada, parecia petrificado.
— O senhor é cruel, sádico, sarcástico, insensível! Gosta de superproteger seus queridos e fétidos sonserinos! Age de maneira injusta com todas as outras casas em nome dessa proteção estúpida! Durante algum tempo eu ainda aceitei que fosse por conta de sua posição como espião da ordem, mas quer saber de uma coisa? O senhor gosta disso! Sente prazer em maltratar os demais alunos. A pobre coitada da Emily Stuart da Lufa-Lufa confessou que ainda tem pesadelos só de lembra da sua primeira aula de poções!
Ela fez silêncio por uns instantes. Ofegando, pois despejou tudo de uma só vez, sem pausar nem para respirar. Como se tudo estivesse entalado em sua garganta durante muito tempo. E foi num tom cansado que ela recomeçou...
— Eu não sei quando... Merlin me ampare e principalmente me de forças, por que eu jamais saberei explicar esse quando e muito menos como isso aconteceu. – Hermione tinha o olhar um pouco abatido, mas ainda era possível ver determinação nele. Uma determinação só vista naqueles que não têm mais nada a perder. — Um dia quando eu menos esperei estava apaixonada por você. – olhou-o, finamente vencida.
— Sabe, é um pouco curioso... – ela continuou falando, mais para si do que para ele. — Pode ter começado antes é claro, mas... Depois da morte dos meus pais, todos tentaram me consolar, amparar. Tentaram de todas as maneiras me fazer sentir melhor, com palavras que por mais bonitas que fossem... – suspirou cansada. — Soavam tão... tão... tão vazias e sem força ou significado... – silêncio. Após um minuto ela retornou a falar mais confiante e firme olhando-o diretamente nos olhos. — O senhor professor Snape, foi o único que não me tratou diferente. Foi o único que não adquiriu aquele olhar de pena e compaixão que... Merlin me perdoe, eu tenho evitado tanto e me controlado ao máximo para não explodir quando o encontro em algum dos meus amigos.
Eu juro que achei que o senhor era o único que realmente compreendia e respeitava minha dor. Mas acho, ou melhor, tenho plena certeza que tudo não passou de um delírio da minha mente cansada e perturbada, não é mesmo? O Senhor nunca irá respeitar, nem muito menos compreender alguém a não ser a si mesmo. – ela apontava o dedo para Snape e por algumas vezes tocava o peito do mestre de poções de forma um tanto ameaçadora. — Seu olhar frio, porem firme. Seu jeito sarcástico, mas determinado. A maneira meticulosa e de certa forma terrorista com que conduz suas aulas sempre me mantinham lúcida! Aqueles eram os únicos momentos em que eu não pensava neles, em como morreram, se sofreram durante as torturas...
Ela lembrou instantaneamente da conversa que ouviu entre Lupin e Moody. Eles conversavam sobre o que houve, Moody estava descrevendo o estado em que os corpos foram encontrados. Hermione sentiu a cabeça girar, a fúria pulsar em suas veias.
— Você é exatamente como eles. – acusou em tom firme. Não tem sentimentos, é um ser seco, frio e sem amor. Não se importa com nada a não ser poder e trevas... Às vezes nem com isso. Você incrivelmente sai das piores e mais escabrosas situações sem ao menos piscar. Completamente ileso e protegido contra qualquer dor ou remorso. Assiste pessoas sendo torturadas, famílias interiras serem eliminadas e não dá a mínima! Merlin, como eu pude, algum dia, pensar em... em...
Ela levou as mãos até os cabelos entrelaçando os dedos nos fios, segurando-os firmemente, como se a possibilidade de arrancando-los ajudasse a levar junto todos os pensamentos que indubitavelmente gritavam em sua cabeça. Ela deu dois passos cambaleantes para trás.
Snape que estava impassível encostado naquela grande árvore, ele nada dissera até então e agora se adiantava ameaçadoramente até sua aluna.
Continua...
NA: sei que é maldade terminar o cap aki, mas... Fazer o que, neh? Nada como um bom suspense pra começar o Ano de maneira +... Como dizer... Excitante? Kakakakakka!
UM FELIZ 2006 PRA TODAS NÓS!
MUITO SS, MUITO AR... Ou seja, Que o ano que chega esteja repleto de Felicidade, Carinho, Amor e Esperança! Não é claro sem uma pequena e gostosa dose de sarcasmo, humor-negro, ironia e essas coisinhas que só Sevvie pode nos proporcionar.
Mil bjus pra vcs!
Sheyla snape
