Disclaimer: Supernatural não me pertence.
Cyanide
By Palas Lis
Os olhos esverdeados contemplaram as armas no porta-malas do carro para guardar a espingarda que acabara de usar. Por alguns segundos, ele parou. Não se mexeu, nem quis se mexer. Imóvel.
Alguma coisa parecia errada... Estava há tempo demais caçando para confirmar no sexto sentido aguçado que possuía para coisas sobrenaturais.
- Sammy?
Dean voltou os olhos para o lado e não viu o irmão. A casa à frente estava com as portas abertas. Onde diabos o irmão se enfiara? O trabalho estava feito. Era para irem embora.
- Sam!
Novamente procurou o mais novo. Nada dele. Dean sentiu a mesma coisa: algo estava errado. E ele confiava no sentido que lhe avisara aquilo.
Ao tornar a pegar a espingarda de sal, correu na direção da casa. Nada no primeiro andar; foi para o segundo. De maneira atenta e defensiva, empunhava a arma.
- Sam!
Nada. Dean parou no corredor entre os quartos. A casa fedia a mofo. Rapidamente, pensou em que lugar Sam estaria... Restava apenas o sótão.
- Dean!
O grito abafado do Winchester caçula chegou aos ouvidos do mais velho e o fez correr para o sótão. O mesmo fantasma que julgaram ter destruído estava atacando Sam.
- Infeliz!
Dean atirou e Sam conseguiu se levantar com a ajuda dele.
- Pensei que tivesse queimado tudo!
- Ainda falta alguma coisa, Dean.
O fantasma tornou a aparecer e jogou Dean contra a parede. Foi a vez de Sam correr e pegar a espingarda para afugentá-lo, mas para o azar deles, as balas haviam acabado.
Eles correram pelo corredor; o fantasma atrás, destruindo o resto da casa. Por alguns instantes, sumiu, como se nunca estivesse aparecido.
- O que falta, então? Queimei tudo!
- Faltou alguma coisa!
- Mas o quê...? Acho que sei...
Dean correu para o andar debaixo e perto da antiga estante, um porta-retrado empoeirado estava. Era a única lembrança da família que morava ali – um retrato com o casal e os filhos.
Imediatamente, Dean tirou do bolso um isqueiro. Sam foi atacado pelo fantasma e caiu no chão, gemendo de dor. O mais velho se apressou e queimou o retrato.
- Sam, você está bem?
Dean tratou de ajudar o caçula quando o fantasma começou a se desintegrar diante deles, formando um fumaça estranha até desaparecer completamente.
- Estou bem, eu acho.
Dean suspirou aliviado.
- E como sabia que era o retrato?
- Eu sou esperto.
Os dois riram se finalmente conseguiram sair da casa. Dean arrumou a roupa no corpo e tornou a guardar a arma no porta-malas.
- Como sabia que não havia terminado?
- Sexto sentido.
- Você tem isso?
- Eu te salvei. Devia ser mais grato.
- Acho que deva ser o instinto fraternal. Sempre sabe quando preciso de ajuda.
- É a coisa mais gay que você disse essa semana, e isso de uma série de coisas gays que fala constantemente.
- Que seja, Dean. Que seja
- Sabe que é verdade.
Sam rodou os olhos e entrou no carro, relaxando os músculos depois daquela longa caçada. Dean fez o mesmo e olhou o mais novo.
Realmente, o sexto sentido dele sempre servia para proteger Sam. E isso o deixava tranqüilo – sabia que sempre estaria pronto para defender irmão.
The End
~ 24 de Janeiro de 2009 ~
