Belive
Ele sabe. Em seu íntimo é claro que ele tem a mais absoluta certeza de que há salvação. Ele precisa acreditar nisto, assim como precisa de ar, como precisa de água.
É por isso que ele acha que é o chamado de Deus que está por trás daquelas mortes com cheiro de justiça – porque ele espera que exista alguém (ou algo) maior do que ele é capaz de entender.
As coisas não podem ser só o que ele vê ou o que ele se lembra. Não pode ser apenas caos e mal, como Dean acha. Tem que existir um bem maior, daqueles que não dependem inteiramente de seres humanos.
Então, ele apenas se enche de esperança enquanto combate suas dúvidas.
-W-
Ele gostaria de acreditar. Gostaria de poder olhar pro irmão e dizer que existe a salvação porque há alguma entidade onipotente que pode interceder por ele. Gostaria de poder olhar nos olhos de Sam e dizer que Deus o protegeria e o perdoaria porque ele é um bom garoto e merece isso.
Ele queria acreditar nisso pelo irmão.
Mas ele não pode. Ele nunca teve nenhuma prova, então deve ser porque Deus não existe. Ele não estava lá quando a mãe se foi; Ele não estava lá quando o pai fez o pacto para salvar a sua vida. E Ele definitivamente não estava ao seu lado nestes anos todos, enquanto ele matava coisas, caçava mitos e combatia o mal. Sempre fora ele, Dean, que estava nas piores horas – apenas na companhia de outros humanos erráticos como ele.
Então, ele só acredita na força de suas pernas e no calibre de sua arma.
N/A: Essas duas drabbles surgiram enquanto eu (re)assistia Houses of the Holy – e é claro que elas se passam durante este episódio.
