Titulo: Depois das trevas aparece uma luz.

Disclaimer: os personagens de csi não me pertencem.

A/N: essa história contêm cenas explícitas. Proibida para menores de 18 anos.


Sara entrou no laboratório e encontrou Greg e Nick conversando no corredor.

"Bom dia Sara!" Falou Nick.

A moça nem mesmo olhou para o lado

"O que será que aconteceu?" Indagou greg

"Não deve ser nada..."

"Parece que acordou de mal-humor."

A jovem foi ate a sala onde eles guardavam os seus pertences e abriu o armário com seu nome. Tirou o avental, um outro aparelho e depois colocou sua bolsa dentro.

Passou pela sala onde Warrick e Catherine estavam conversando e continuou andando ate chegar na sala onde o doutor Robbins fazia as autopsias.

"como estão as coisas por aqui?" perguntou ela

"tudo bem. Não tão movimentado. Você esta bem?"

"sim. Aquela vitima de estupro, ainda esta aqui?"

"não, porque?"

"gostaria de ver uma coisa... Mas tudo bem, vou ler no arquivo. Obrigado".

"ok. Porque esta usando óculos escuros aqui dentro?"

"Nada".

"acho que é melhor você tira-los... já é difícil ver as coisas por aqui, de óculos escuros então..."

Sara não disse nada, apenas saiu.

Na parte da manha Sara conseguiu trabalhar sozinha. Ninguém apareceu ou faz perguntas, o que foi muito bom. Ela definitivamente não estava a fim de conversar naquele momento.

Assim que terminou de escrever o relatório, passou na sala onde Grissom estava, só para avisar.

"venha ver isso aqui". chamou ele.

Ela se aproxima do microscópio e levanta os óculos.

"parece ser um vidro". Falou Sara

"tem mais alguma coisa..."

"o que é?"

"matéria orgânica... e isso é o estranho. Não havia nada em volta do lugar onde eu achei este pedaço ou nas proximidades da casa".

A jovem levanta o olho do microscópio e rapidamente coloca os óculos de volta.

"porque esta usando óculos?"

"tenho certeza que você vai resolver esse seu problema".

Ele levanta a sobrancelha estranhando. Se aproxima e olha bem para Sara. Ele faz o movimento de tirar os óculos, mas ela se afasta.

Catherine entra naquele instante na sala para conversar com Grissom e Sara consegue sair de lá sem dar explicações.

Sara foi ate uma sala que ficava na maior parte do tempo vazia e sentou na cadeira segurando um papel e uma caneta. Ela começou então a escrever algo, mas logo parou. Ela bateu com a mão sobre a mesa e tentou redigir novamente o texto.

Certa hora, Grissom passa no corredor e a nota, sozinha. Ainda de óculos escuros. Estranhando a atitude da moça ao longo de todo o dia, ele resolveu saber o que estava acontecendo. Se aproximou por trás e colocou a mão sobre o ombro dela.

"Fique longe de mim" gritou sara num susto

"Sara, sou eu. Você esta bem?"

A moça olha para ele e respirou fundo.

"o que quer?"

"quero saber o que esta acontecendo".

" esta tudo bem".

"Esta estranha o dia todo e agora reage dessa forma..." falou grissom "Com certeza não está tudo bem".

"eu me assustei, foi só".

"Porque esta tão tensa?"

"não quero conversar sobre isso".

"sabe que pode conversar comigo, não é? Não estou falando como supervisor"

Ela o olha, esboça um micro sorriso. O chefe olha para a mesa e lê algo na folha que lhe chama atenção.

"porque esta escrevendo para uma advogada?"

Ela vira rapidamente o papel para baixo

"Não é nada de mais. é melhor eu ir embora".

Ele levanta a sobrancelha e acompanha com o olhar a jovem desaparecer pelo corredor.

Catherine vê sua fisionomia e pergunta:

"o que foi?"

"Você falou com sara hoje?"

"algumas palavras..."

"notou algo estranho?"

"não. Porque?"

"não sei... tem alguma coisa errada".

"se tiver mesmo, ela poderá resolver tudo sozinha".

"tem razão".

"às vezes é melhor não se meter. Vai por mim. Dê espaço a ela e tudo vai melhorar".

"espero que sim". Pensou ele

Em seguida cada um foi para um lado. Catherine foi conversar com Nick e Grissom foi falar com Warrick e o doutor Robbins.

Um dia depois.

Grissom desceu do carro na porta de seu prédio e ficou bastante surpreso ao encontrar Sara sentada na escada.

"o que faz aqui?!"

"estava andando por aí e quando percebi, vim parar aqui".

"você esta bem?"

"não! podemos entrar... No seu apartamento... Por favor".

Ela não conseguia parar de mexer as mãos. Parecia aflita, e isso o deixou bastante preocupado.

"Está bem. Venha".

Sara levantou rapidamente da escada e o seguiu. O caminho até o apartamento foi silencioso. Ela sabia que Grissom não gostava de receber visitas e estava inconfortável com a presença dela, mas Sara não sabia se conseguiria falar o que precisava, em outro lugar.

Assim que eles chegaram na porta e grissom abriu, ela resitou:

"Quer saber: eu não deveria estar aqui. desculpe".

Ela virou as costas e antes que pudesse dar um passo, Grissom colocou a mão sobre o ombro dela. Aquilo foi à gota d'água, e sara não conseguiu mais conter as lagrimas.

Grissom já tinha visto a jovem chorar uma vez, e foi surpreendente. Exatamente como agora.

"O que aconteceu para você ficar desse jeito, Sara?" Pensou ele"Vamos conversar" disse.

Sara entrou no apartamento e grissom finalmente fechou a porta.

"Quer beber alguma coisa?"

"Água seria bom".

Ele foi até o armário, pegou dois copos e encheu de água.

"Por que não senta?" disse ele entregando o copo.

Sara não sentou. Ao invés disso foi até a janela e ficou olhando para o céu em silêncio. Grissom sentou-se no sofá, de modo a ficar olhando para ela. Fale-me Sara. O que fez com que você ficasse desse jeito: quebrada em partes? Embora quisesse perguntar, não o fez. Talvez não fosse uma boa idéia apressar as coisas.

"Você sabe, é engraçado..." disse ela, depois de uns minutos. "Nós trabalhamos com pessoas que foram espancadas, estrupradas... Dizemos que entendemos o que elas estão passando, mas não é verdade. (ela fez um breve silêncio. Grissom sentiu seu corpo gelar) Não temos a menor idéia do que é até..."

Sara virou-se para ele e tirou os óculos escuros.

"Oh Meu Deus, Sara! Como..."

"isso é tão embaraçoso..." Ela olha para o lado e vê o reflexo no vidro e em seguida volta os olhos para ele. "aconteceu ontem. Cheguei em casa com algumas compras e estava abrindo a porta do meu apartamento quando encontrei a porta aberta... (uma lágrima escorreu pelo seu rosto) Às vezes eu esqueço, na pressa... Eu estava colocando as coisas sobre a bancada quando ele veio por trás e me agarrou... a próxima coisa que eu lembro é de estar amarrada na cama".

"Oh não. não pode ser! " exclamou ele para si, bastante desconfortável.

"eu tentei me livrar e foi aqui que ele ficou nervoso e me bateu. Eu não queria. Implorei para que ele não fizesse, e levasse tudo ao invés disso, mas ele disse... ele disse... que eu era bonita demais para ser desperdiçada".

As lagrimas agora saiam com muito mais rapidez. Sara sentou na poltrona, a frente do sofá e colocou as mãos sobre o rosto. Grissom não sabia o que fazer: se ficava ou corria - estava muito penoso ouvir tudo aquilo - se falava ou a enchia de beijos. Ele optou por se aproximar dela, agachar na sua frente e segurar a sua mão.

"Não pude fazer nada para ele parar" disse ela, em meio a soluços.

"sinto muito, Sara". (ela tenta enxugar as lagrimas) "Foi ao hospital?" indagou ele.

"Eu não tive coragem..."

"Você sabe que quanto mais rápido fizer isso, melhor para você e para nós. Assim poderemos pega-lo".

"isso não muda o fato de que eu estou com medo Grissom. Não tenho coragem".

"Eu posso pedir para algum dos rapazes ir com você".

"Não!" Esbravejou ela. "Não quero que eles fiquem sabendo".

"Mesmo que vá sozinha, sabe que preciso de alguém para me ajudar a processar o seu apartamento, procurando por evidências".

Sara mordeu os lábios e olhou para o lado. Sabia que ele tinha razão, mas aquilo tudo era muito embaraçoso, para não dizer penoso.

"Você não quer que isso tudo acabe logo?" Perguntou ele.

"Sim".

"Então, eu vou precisar de ajuda." (ele passou a mão sobre o rosto dela).

"Ok. eu sei que vai ser difícil, mas tente envolver o mínimo de pessoas possíveis, certo? Por favor"

"Está bem. Agora eu vou te levar até o hospital".

Ele a levantou da poltrona e os dois caminharam até o carro dele.

"Aquele desgraçado vai pagar! Como ele se atreve a mexer com Sara?" Pensa grissom

Eles chegam ao hospital e grissom pede um exame de delito em Sara. A enfermeira a encaminha até uma sala. Sara olha mais uma vez para Grissom, antes de virar o corredor. A pesar daquela situação toda, Grissom foi simpático em ajudá-la.

Como já imaginava, os exames de corpo de delito não eram nada agradáveis.

"Não se preocupe, está quase acabando" disse a enfermeira.

Sara abriu um sorriso amarelo e olhou para fora da janela. Se pergunta se grissom estaria esperando na sala de espera, mas uma voz lá dentro diz que ela não deve criar esperanças.

Na sala de espera, Grissom não sabe o que fazer, mais uma vez. De um lado ele quer ficar, e esperar por ela, para dar apoio, e por outro ele quer resolver o mais rápido possível tudo isso. E quem da sua equipe poderia para ajudar?

Na noite anterior, catherine, Warrick e Brass estavam cuidando de um homicídio, mas as coisas estavam bem encaminhadas, o que significava que Warrick poderia dar conta sem Catherine, por exemplo. Mas será que Sara gostaria que ela fosse junto? Nick e Greg já haviam terminado o último caso e só esperavam pelo próximo, mas grissom ficou um pouco desconfortável, será que eles vão conseguir, de fato, com a boca fechada?

Ele resolve deixar um recado com a moça do balcão e vai para casa. Precisava tomar um banho, comer alguma coisa e depois ir para o laboratório. Estava acordado a mais de 24 horas, mas dificilmente conseguiria pregar o olho naquele dia.

Depois de terminar os exames, Sara recebeu o recado de Grissom e resolve procurar um lugar para ficar. Não podia ir para casa – e nem conseguiria – e ficar na casa de grissom... não tinha chances de acontecer!

Ela vagou pela rua até encontrar um hotel bem barato algumas ruas depois do hospital. Entrou e pediu ao rapaz por um quarto, por duas noites.

O rapaz atrás do balcão diz: eu só tenho dois quartos vagos, porque não escolhe qual prefere.

"esta bem. Me mostre" disse ela.

Eles sobem ao segundo andar e o rapaz abre as duas portas e espera enquanto a jovem decide qual deles quer. As acomodações eram muito simples, mas Sara não se importou e escolheu o quarto que tinha vista para a rua. O rapaz entrega-lhe a chave e volta para a entrada do hotel. A jovem entra no quarto e tranca a porta.

Em seguida, pára em frente à janela observando o céu: ele estava estrelado e a lua brilhava no horizonte. Sara se abraça e sente o vento no rosto. Respira fundo e decidi então tomar um banho relaxante.

Grissom entra no laboratório e depois de distribuir os casos, pede a nick que fique na sala, pois tinha uma coisa para falar com ele.

"Ok. O que é?" perguntou o csi quando os demais saíram.

"Nós temos uma importante para fazer."

Nick esperava mais informações, e quando se deu conta, Grissom já estava andando no corredor. O rapaz correu até ele e se dirigiram até o lugar. Quando pararam na frente do prédio, Nick olhou para o chefe, chocado.

"Esse é o prédio de Sara!" Exclama ele.

"Sim".

Eles pegam o elevador até o quinto andar. Quando Grissom para na frente do apartamento 54, Nick gela. Estava torcendo para que não fosse naquele, e sim em qualquer outro.

"Grissom, pelo amor de Deus, por que estamos aqui?"

(o chefe respira fundo antes de responder)

"Havia um homem no apartamento, quando ela voltou do trabalho a duas noites atrás".

"Estamos falando de assalto?"

"Pode ser".

"Pode ser outra coisa também?"

"As evidências vão nos dizer".

Grissom sempre falava dos casos de forma fria, mas Nick ficou impressionado com o fato dele tratar aquele caso, que envolvia ninguém menos que uma csi e que ele gostava, daquele jeito: indiferente.

Grissom ficou com o quarto e pediu para Nick cuidar da sala e da cozinha.

Ele entra no quarto e fecha a porta. Fica olhando para cama sem se mexer. Embora não transparecesse, Grissom estava devastado por dentro. Nunca pensou que uma coisa assim pudesse acontecer, ainda mais com a sua sara.

"oh deus, isso é muito difícil. Eu não quero... Vamos lá Grissom, seja um profissional! Mesmo que tenha sido com ela, você precisa se concentrar! Faça isso por ela!"

Ele apaga a luz e tira do bolso do casaco uma lanterna e começa a observar a parede que fica atrás da cama da jovem. Em seguida agacha ao lado da cama, para olhar melhor o lençol, procurando sinais de esperma. Ele não quer achar nada, mas infelizmente não ocorre desta forma.

"oh não!" exclama ele.

Ele vê o rapaz em cima da cama, tirando lentamente a roupa dela. Peça por peça. Realmente excitado. E sara sem poder fazer nada, totalmente dominado pelo medo.

Grissom balança a cabeça, para afastar aquele pensamento. É muito penoso. Procura por secreção vaginal de Sara, mas não encontra nada. Fotografa tudo, coleta alguns fios cabelo, os fluidos e outras coisas que foi encontrando. Por fim, ele coloca o lençol num saco e fecha.

"pela forma como as coisas estavam na sala, eu diria que eles lutaram. Achei varias impressões digitais, mas acredito que a maioria seja de Sara. Embora não descarte a outra possibilidade". disse Nick ao entrar quarto. "Isso não foi um assalto" completou.

"Não. Não foi".

Nick ficou pálido.

"isso não pode ser verdade!"

"Você não pode contar isso a ninguém, Nick. Estou falando sério! Essa é uma situação muito delicada".

"claro que é. Ela foi estuprada!" Exclamou o csi nervoso. "Não acredito que ela foi falar sobre isso com você, e que você não ia me dizer!"

"Eu ia... Em alguma hora! Você provavelmente não acha que eu tenho sentimentos, mas droga, eu tenho! Muitos! Especialmente por ela!"

"essa situação é totalmente injusta!"

"Sim. Ninguém deveria ter feito isso com ela".

"Não me refiro só a isso!" exclamou nick. (grissom não disse nada). "vamos precisar de Greg para cuidar deste lençol"

"Gostaria que não fosse necessário. Ela pediu que envolvesse o mínimo de pessoas, até ela estar pronta para contar".

"Ele é o melhor para fazer isso e você sabe!"

Os dois csi's terminaram de coletar as evidências, em silêncio, e voltaram para o laboratório. Nick estava bravo por grissom não ter sido sincero desde o começo. Afinal Sara era sua colega de trabalho e amiga.

Ainda no quarto do hotel, a moça não sabe o que fazer para que o tempo passe logo. Ficar parada sem fazer nada, não é seu estilo. Ela pensa em sair para dar uma volta, mas recua. Não quer fazer isso sozinha. Pensa em ligar para grissom, porém recua. Nesta hora ele deve estar no meu apartamento com algum outro csi.Pensa ela. Isso é um completo pesadelo! Talvez eu devesse continuar a carta ao advogado. Pelo menos agilizaria as coisas.

Ela pega uma folha em branco e começa desde o começo, a descrever tudo. agora já poderia usar informações sobre o relatório medico.

Antes de voltar para o laboratório Grissom tenta amenizar as coisas dizendo que não deixou de contar detalhes ao nick para magoá-lo.

"Eu também tenho afeto por Sara. Você poderia ter me contado!"

Eles entraram no laboratório começam a analisar as evidências por si mesmos.

Para surpresa dos dois Sara aparece no laboratório, ao final do turno.

"Hei, Sara" disse Nick. Ele olha em volta para ver se não vem ninguém, e quando está limpo, ele a abraça e diz que sente muito.

"Eu sei. Obrigada".

"Nós vamos pegar o cara!"

"tenho certeza que sim".

"podemos conversar?"perguntou Grissom.

"Claro".

Sara pede licença ao amigo e segue Grissom até a sala dele.

Assim que eles entram, grissom fecha a porta e diz:

"Como você está?"

"cansada... Mas por que você não perguntou isso na frente do Nick?"

"por que eu queria ficar um minuto só com você" respondeu ele, sentando na cadeira em frente a ela. Sara sorriu. "Desculpe por ter ido embora antes de você terminar os exames..."

"tudo bem. Tenho certeza que você teve um bom motivo".

"Deu tudo certo?"

"Eu trouxe uma copia para você" disse ela pegando dentro da bolsa.

Grissom ficou receoso na hora de pegar. Não queria ver o que tinha. Colocou sobre a mesa e disse que depois ia dar uma olhada.

"Não é tão ruim, quando parece..." disse ela.

"Onde você está hospedada?"

"Por que quer saber?"

"Só para saber se está confortável, só isso".

"Não precisa se preocupar".

"Eu sempre me preocupo com você." deixou escapar grissom.

"como foi no meu apartamento?" perguntou sara não querendo entrar nas questões pessoais.

"bem. já estamos analisando".

"quem ficou encarregado com o meu quarto?"

"eu fiquei". (sara ficou um pouco surpresa). "Tem algum problema?" Perguntou ele estranhando o silêncio repentino.

"Não. Só achei que você ia querer ficar fora dessa parte".

"Você confiou em mim, para conversar, então achei que ia preferir que eu cuidasse disso ao invés do Nick. mas se fiz errado, peço desculpas".

"é a segunda vez que você pede desculpas numa única conversa... Isso não é o seu estilo. Especialmente comigo!" disse ela.

Embora fosse verdade, Grissom ficou desconfortável com o comentário rígido dela. Se quando ele finalmente demonstrava seus sentimentos, ela jogava as coisas na cara dele, ia ser difícil ter alguma coisa mais séria. E ele queria ter algo mais sério.

"Eu disse alguma coisa errada?" Perguntou ela.

"Não. Eu vou continuar analisando as coisas e se achar alguma coisa eu te falo".

"Ok".

Sara acompanhou Grissom se levantar e sair, só com o olhar. Por que ele ficou assim? pensou. Só fiz um comentário verdadeiro!...Talvez eu fui um pouco ríspida. Não era minha intenção.

Nick vai até a sala onde Greg está trabalhando

"nem vem, que eu estou ocupado" disse o rapaz ao ver nick entrar com um saco de evidência na mão. "Digamos que este lençol que grissom trouxe é um pouco grande"

"eu sei. só vim ver como estão as coisas..."

"Ainda checando... esperando resultados..."

"quando achar, não deixe de me avisar".

O amigo acena afirmativamente. Até parece que eu não faço isso sempre! Pensa o csi.

Greg nota que tem sangue no lençol e quando compara o dna fica chocado com a resposta. "Não pode ser!!" Ele sai correndo pelo laboratório a procura de grissom ou nick.

"Grissom..." grita ele no meio do corredor. O chefe pára e olha para ele com reprovação. "desculpe. Você pode vir comigo um minuto?"

Ele assim faz. Os dois entram novamente na sala de dna:

"Você sabia que eu ia encontrar sangue da Sara no lençol?"

"sim, eu sabia".

"Tem muito esperma no lençol..."

"sim, eu sei".

"Isso é um tipo de teste ou coisa parecida?" Perguntou o csi. Quando grissom não respondeu, Greg entendeu que não. Aquilo era real."Oh Deus. Quando isso aconteceu?"

"Não importa. Temos resolver isso logo!"

"claro".

Grissom sai e Greg dá um soco na mesa, totalmente revoltado.

Ele olha novamente para o lençol e recomeça o trabalho. Precisa ajuda-la de alguma forma, e se não for com um conforto direto, pelo menos tentando resolver tudo isso, o mais rápido possível. Ele vê um fio de cabelo preto e com cuidado pega um saquinho de coleta de provas e uma pinça.

Depois vai ate o melhor microscópio que tem no laboratório e qual não foi a sua surpresa ao notar que o cabelo era do rapaz, mas não havia como descobrir o dna da pessoa: o fio não tinha raiz.

"droga!"

Faz três dias desde que eles começaram a trabalhar nisso, mas as evidencias não parecem ajudar, Nick resolve voltar à cena do crime, para ver se não deixou passar nada.

Assim que ele entra no apartamento, pensa: se ela tivesse demorado mais um pouco só seria assaltada. E se tivesse chegado antes dele poderia ter usado sua arma.

Sara está viva como que por encanto. Muitas vezes a moça acaba morta antes mesmo de dizer algo e desta vez sara terá a chance de ver seu agressor atrás das grades.

Ele vasculha de novo o apartamento inteiro parte a parte com muito cuidado. E encontra no canto direito do balcão, no chão, uma pedaço de pele.

"Espero que seja dele!"

Quando estava saindo do apartamento encontrou com Grissom na porta.

"o que você esta fazendo aqui?" Perguntou Grissom

"eu só..."

"Que eu saiba, não te dei permissão para retornar à casa de Sara".

"verdade, mas as evidências não estavam nos levando a nada e eu resolvi ver checar: eu achei pele".

"Da próxima vez não visite a cena do crime sem antes me avisar! Você sabe que este caso não é como os outros".

"sim, eu sei. Por isso quero descobrir tudo".

Nick queria muito perguntar o motivo pelo qual o chefe estava lá, mas para não piorar as coisas para o seu lado, voltou para o laboratório. Grissom ficou parado na frente do prédio por alguns minutos, pensando. Por pouco ele a não a perdeu para sempre.

Com a reposta sobre a pele encontrada no chão da casa de Sara, Nick rapidamente liga para Brass e pede um mandado de prisão. Não antes de comunicar grissom. Os dois vão até a casa do suspeito.

"policia de Las Vegas. Abra a porta" gritou Brass.

Ele repete mais duas vezes, mas não escuta resposta. Ele então dá espaço para nick chutar a porta.

Nick armado coloca o a porta abaixo e entra na casa, procurando pelo suspeito. O rapaz estava dormindo, nu. Brass vai na frente e cutuca o cara. Vendo que ele não se mexe Brass pega as calças dele e joga em cima dele para ver se ele se assusta e acorda finalmente.

Grissom tenta não olhar na cara do rapaz, pois pode não se controlar e acabar fazendo besteira. Brass pega o rapaz pelo braço e o levanta dizendo:

"Você está preso".

"porque?"

Grissom fica vermelho de tanta raiva.

"você sabe muito bem porque! Agora vai mofar atrás das grades" falou Nick.

Brass estava enfurecido com o que tinha acontecido, mas respirava fundo e tentava se controlar no caminho de volta; Grissom olhava pela janela o tempo todo, tentando se controlar. Estava tão irritado que seus batimentos cardíacos estavam a mil, mas como sempre, tentou não demonstrar.

Sara ligou no laboratório certa hora e Greg comentou onde os outros estavam. Antes de desligar Greg disse a ela que sentia muito. Sara agradeceu.

Em seguida ela vai ao encontro deles na delegacia. Não queria, mas tinha feito tantas outras vítimas encararem seus agressores, que não podia dar para trás. "Deus, isso é duro!" pensou ela.

Ela se aproxima lentamente da sala onde os presos são interrogados. Quando ela pára na frente do vidro sente um calafrio. Antes de olhar para o possível agressor, ela procura por Grissom.

"Ele não está ali. Onde ele está?" pensa ela "Por que ele não está aqui?"

Dois minutos depois, Grissom chega e a vê no corredor.

"o que você esta fazendo aqui?" Perguntou ele.

"Você disse que ia me falar quando descobrissem alguma coisa... e parece que descobriram".

"eu gostaria muito de não ter que fazer você passar por isto". (Ele a olha para ela com paixão)

"greg me disse que vocês tinham achado o cara... Eu quis vir verificar" continua ela.

Depois de quinze minutos, Brass e nick finalmente deixam a sala de interrogatório e encontra os demais do lado de fora.

"Ele não confessa, mas as provas apontam para ele"falou Nick.

"Oi Sara, sinto muito por tudo isso" – disse Brass (ela sorri em resposta)

"acha que consegue identificá-lo?" Perguntou Nick a Sara

"Daqui não. O melhor é entrar na sala para descobrir" disse ela tentando ser forte. Ela dá alguns passos, mas paralisa antes de empurrar a porta. Grissom, com o coração partido, vai até ela e sussurra: "Não tenha medo! Vou estar com você!"

Ele abre a porta e Sara fica alguns minutos imóvel, mas ao ver a mão dele estendida para ela, se sente segura.

Do lado de fora Brass e Nick ficam apreensivo.

"quem é ela?" pergunta o rapaz.

"Seu nome é Sara Sidle. Trabalha para mim"

Grissom ainda não tinha falado o nome da moça que tinha sido estuprada pelo rapaz, mas mesmo assim, o rapaz resolveu perguntar:

"foi essa moça que estão dizendo que eu estuprei?" (sara continua calada. Não quer cometer um erro ao identificar o cara). "Olhe para ela. Não faz idéia de quem fez isso. Não ha nada que possa fazer".

Grissom viu sara arregalar os olhos, ainda em silêncio.

"Sara, você está bem?"

A moça não responde e sai da sala. Grissom a segue.

"O que foi?"

"'não ha nada que se possa fazer'.. É ele!"

"tem certeza?" Questiona Grissom.

"sim".

"Esse eu faço questão de algemar" falou Brass.

O rapaz, que antes estava todo convencido de que ia enganar o policial e os investigadores, saiu de cara abaixada.

"Se pudesse eu mesmo te dava uma surra" comenta o policial.

Sara vê eles se afastarem pelo corredor e depois se encosta à parede, totalmente esgotada.

"Vamos sair daqui" disse Nick, passando o braço pelo ombro dela. "Venha. Vou te levar até em casa"

Ela estava pensando mesmo em voltar para casa, então não retrucou. Apenas olhou para Grissom, que notou, mas não se mexeu.

"vejo você no laboratório, gris" falou Nick.

Assim que chega em casa, Sara senta no sofá e tenta fechar os olhos, mas sua cabeça esta dando voltas e mais voltas. Nick pergunta primeiro se ela quer alguma coisa (sara balança a cabeça negativamente) e depois se vai ficar bem sozinha.

"vou ficar bem" responde ela.

Ele quer ficar com ela, mas precisa voltar e terminar tudo.

Como não arranja forças para levantar e ir tomar um banho, Sara pega o controle da televisão e tenta esfriar a cabeça assistindo algum programa de comedia ou ate mesmo programa que falasse de bichos, mas ao invés disso, acha várias propagandas de supermercados.

Não importa o conteúdo. – pensa ela.