From Sam to Dean:

Vou contar o que ele vê nele: ele vê tudo o que não conseguiu ver no próprio pai. Ele vê uma serenidade rara e isso é mais importante do que o carro que ele tanto venera. Ele vê que ele se emociona com pequenos gestos e se revolta com injustiças. Ele vê uma pinta no ombro esquerdo que estranhamente ninguém repara. Ele vê que ele faz tudo para que ele fique contente e protegido. Ele vê que ele erra, mas quando acerta, acerta em cheio. Que ele parece um lorde numa mesa de restaurante mas é desajeitado pra se vestir. Ele vê que ele não dá a mínima para comportamentos padrões. Ele vê que ele é um sonhador incorrigível. Ele o vê chorando, ele o vê nu... Ele o vê no que ele tem de invisível para todos os outros.

From Dean to Sam:

Ele vê, sim, que o corpo dele é de um verdadeiro homem, mas por dentro,é uma criança desprotegida. Ou pelo menos ele prefere o ver dessa forma. Vê que ele tem uma coxa roliça e que quando ri, tem covinhas na buchecha. E vê que ele, do jeito que é, preenche todas as suas carências do passado, e vê que ele precisa dele e isso o faz sentir importante, e vê que ele faz um cafuné que deveria ser patenteado, e vê que ele boceja só de pensar na palavra bocejo e que ele vê que ele é tão inseguro quanto ele e é humano como todos, vê que ele é livre e poderia estar com qualquer outra pessoa, mas é ao seu lado que está, e vê que ele se preocupa quando ele chega tarde e não se preocupa se ele não diz que o ama de 10 em 10 minutos, e por isso ele o ama, mesmo que ninguém entenda.