Aproveitando que as inscrições para o Coculto 5 (amigo oculto de fics da comunidade Saint Seiya SuperFics no LiveJournal) começaram, estou postando esta fic, escrita para o Coculto 3 (1º Sem/2011), que foi o meu presente para a Andrea Kennen.

É meu primeiro yaoi/shonen-ai... e só isso já me faz ficar ruborizada! Mesmo porque eu não sou lá tão fã de yaoi...

Título: Segredos

Autor(a): Black Scorpio no Nyx ()

Fandom: Saint Seiya

Classificação: 16 anos

Palavras: 7346

Personagens/Casais: Afrodite, Máscara da Morte, Kanon, Aldebaran, Mú, Shaka, Shura, Aiolia, Milo, Camus/ Afrodite e Máscara da Morte

Gênero(s): Yaoi/ shonen-ai

Resumo: Após retornar de uma missão ordenada por Atena, Afrodite está estranhamente deprimido, não quer comer, beber, nem se preocupa mais com sua vaidade. Passa dias assistindo filmes, enrolado nos cobertores, comendo bobeiras, isso quando ele se lembrar de comer. Os colegas do Santuário, os quais ele achava que não davam a mínima importância para ele, começam a ir visitá-lo, preocupados. Afinal, o que aconteceu para deixá-lo assim? E quem vai descobrir?

Avisos: A autora prefere não fornecer avisos

Disclaimer: Saint Seiya não me pertence, mas sim à Masami Kurumada, Toei e Cia.

Notas: História escrita para o Coculto, um amigo oculto de fanfics promovido pela comunidade Saint Seiya Superfics Journal. Para conseguir atender ao tema proposto o melhor possível, me decidi por escrever a fic da seguinte maneira: a narração é feita em primeira pessoa (Máscara da Morte), e optei por manter uma espécie de drama-bem-humorado, ou seja, manter como drama, porém não tão denso, e inserir alguma passagem um pouco mais humorada. Não quis ir nem para um extremo (drama), nem para outro (comédia), pois achei que poderia ficar forçado demais. Acho que esse tipo de drama-bem-humorado que criei para essa fic, é o jeito que me senti mais confortável para escrever. Com nunca escrevi yaoi/shonen-ai, resolvi pegar esse desafio de escrever um, e tentei deixar tudo de maneira bem leve, para ser uma fic gostosa de ler, tanto para uns quanto para outros. Outro adendo, é que o Canon eu mantenho nas relações entre os Cavaleiros, a aparência deles e personalidades. Não poderia seguir à risca a história do anime (ou mangá), porque na primeira parte, Athena não está no Santuário e Saga é o Grande Mestre, e desse modo, acho que não poderia manter a missão ordenada por Athena, por mais que saísse da boca do Saga. Além disso, acho que nessa fase, se perderia muito da relação entre os Cavaleiros. Creio que haveria uma distância grande entre eles, o que não vemos na Saga de Hades. E durante esta Saga, sabemos que Afrodite e tantos outros Cavaleiros estavam mortos, não podendo ser mandados para uma missão. Portanto, apesar de não querer muito manter como uma missão pós-Saga de Hades, em que todos são revividos, optei por isso. Não vou discorrer aqui, nem durante a fic o motivo de Athena ter ressuscitado os Dourados, etc. Também não levo em consideração Prólogo do Céu. Dito isso, creio que podemos começar a fic.

Segredos

Capítulo I

Longe de tudo e de todos.

Foi assim que Afrodite de Peixes voltou ao Santuário, depois de ter passado quase duas semanas fora, em missão que lhe fora conferida por Athena.

A mente voava, os olhos ficavam vagos e tristes, e a cada vez que suspirava, as lágrimas queriam sair. Peixes sempre fora um rapaz de muita vivacidade, mas nos últimos tempos, estava cada vez mais triste, mais melancólico.

Em um dia, só depois de levar uma bronca do Grande Mestre, Afrodite resolveu ir ao Coliseu, para treinar. Ao descer as escadarias para os treinos, estava tão apático que nem brigou com a serva que trombou nele, derrubando o conteúdo do jarro que carregava sobre sua roupa. Apenas seguiu em frente, desviando dela, sem levantar os olhos.

Os fios platinados estavam emaranhados, bagunçados. O rosto, meio amassado, de quem permanece tanto tempo na cama, que a pele se deforma e fica marcada. E aquele olhar perdido...

Comecei a me preocupar quando vi que nos treinos, não apresentava a mesma energia. Seus socos não surtiam efeito e só não levou uma surra de Shura porque simplesmente sua tristeza era tão densa, que o espanhol não conseguiu continuar treinando com ele, quase sentindo pena do pisciano.

Entre nós, começaram a correr comentários, de como todos estavam percebendo a apatia e a melancolia dele.

Uma noite, decidimos sair, ir para um bar em Atenas, nos divertir um pouco. Eu resolvi subir as escadarias até a sua Casa, e convidá-lo para ir conosco. Quando cheguei a sua morada, as luzes estavam apagadas, somente vinha uma pequena e fraca luz vindo de um cômodo mais ao fundo. Caminhei até lá, percebendo que havia tempos que aquela casa não recebia um bom cuidado. Mesmo eu, que não sou chegado em limpar a casa, e bom, não vou negar que sou bagunceiro... até eu me senti incomodado com o jeito que a Casa se encontrava. Parecia estar abandonada.

- Dite? – eu chamei em voz alta.

Não recebi nenhuma resposta, mas consegui ouvir algum ruído de televisão, ao fundo. Avistei a porta da sala de TV aberta, e entrei.

Céus, eu nunca tinha visto o Afrodite tão largado como ele estava agora. Os cabelos emaranhados, vestindo um pijama de moletom, "ligeiramente" velho, totalmente diferente daquele cara tão arrumado, sempre perfumado e tão vaidoso que ele era normalmente.

- Dite, nós vamos a um bar lá em Atenas, você não quer ir conosco? Vamos eu, o Aldebaran, o Shura, o Milo, Aiolia e Camus.

Mesmo convidando-o para sair, ele recusou sem ânimo. Nem ao menos olhou para mim. Eu! Eu, que sou seu melhor amigo!

Ele somente ficou ali, vendo um filme meloso, embolado em um cobertor e almofadas, descabelado e com um pote de sorvete no colo. Na mesa de centro, haviam todo tipo de porcariada que você possa imaginar, tudo aquilo que Afrodite jamais iria comer, nem que você o amarrasse e enfiasse a força em sua boca, obrigando-o a engolir. Dizia que era horrível para a pele. Argh, quanta vaidade! Não entendo pra quê, com um bando de cuecas no Santuário.

Olhei para ele abobalhado. Aquele não era Afrodite de Peixes. O cara mais espalhafatoso que eu já conheci. Aquela missão mexeu com ele de algum modo, pensei. Me pergunto o que seria.

- Dite... – sentei ao seu lado no sofá. – O que 'tá acontecendo?

Um menear de cabeça quase imperceptível foi o que obtive de resposta. Fitei-o por longos instantes. Nenhuma reação. Levantei, peguei um papel e anotei um endereço.

- A gente vai para esse lugar. Se mudar de idéia, e quiser ir, aqui 'tá o endereço.

Deixei o papel sobre a mesa, lancei um último olhar a ele, para ver se conseguia alguma resposta, mas nada. Fui embora.

Nunca fui de me preocupar com ninguém, principalmente com marmanjo nenhum. Mas o Dite era o melhor amigo que eu tinha. Éramos parecidos na crueldade, na forma de lutar, embora fossemos tão diferentes em todo o resto. Apesar disso, nós até que nos entendíamos bem... e cara, ver um amigo seu, que tem de ser tão forte quanto todos os outros Cavaleiros, ficar numa dessa... pô, meu, o cara tá afetado! Bom... mais do que ele já era, mas enfim... 'tá afetado de outro jeito! Essa missão deixou o Dite transtornado... e fala sério... pra deixar um Cavaleiro de Athena, como ele, transtornado assim... num deve ter sido coisa fácil não...

Todos nós, somos como irmãos, de certo modo... Va benne, cada um tem suas desavenças... nem sempre a gente se entende... eu mesmo, num sou lá muito próximo assim de alguns... mas sei lá... quando a gente tem de lutar junto, vira irmãos de armas... chissà... a gente cria um vínculo assim... meio de família, meio de irmãos... talvez mais com uns que com outros... no meu caso, foi com o Dite que criei esse vínculo de irmãos de armas, e tal... o Milo foi com o Camus... Shura com Aiolos... tá bom que depois ele teve de matar o Aiolos, né, mas enfim...

O que quero dizer é que, pô, fiquei preocupado com aquele jeito que o Dite tava... e isso não significa que eu tenha virado un allegro, um maricas, um chorão, um bobão, um idiota que se preocupa com todos... só fiquei preocupado com ele porque o cara é meu amigo...

No bar onde fomos, um punhado dos Cavaleiros de Ouro estavam reunidos em uma mesa, no canto. Eu 'tava com o semblante sério, mesmo nas conversas mais descontraídas. Eu só ouvia o que os outros falavam, às vezes, até tentei esboçar um riso...

- Ei, Máscara, o que você tem, cara? Tá aí, mó quieto! Até o Camus 'tá falando mais que você. – o Aiolia conseguiu arrancar risos dos outros, o que eu não gostei... vai debochar da mãe, cazzo! E também conseguiu um olhar fulminante de Aquário.

- Nah... nada não...

- Máscara, alguma coisa você tem.

- Bom, se vocês querem mesmo saber, eu to preocupado com o Afrodite! Ele 'tá muito quieto, se isolando do resto do mundo... nem se arrumar mais o cara se arruma!

Todos ficaram sérios, ao contrário do que eu esperava. Eu imaginei que já fossem começar a tirar da minha cara, falando que eu tava virando maricas... mas acho que o assunto era sério mesmo, e que todos ali também tinham notado e estavam preocupados. Alguns assentiram com a cabeça.

- Realmente... o Dite não é assim... ele tá muito esquisito. – Milo declarou.

- O loiro tá muito triste. Não sai de casa. Hoje fui convidá-lo pra sair conosco e ele recusou sem nem olhar pra mim ou emitir som algum.

- De fato. A melancolia dele é palpável... chega a dar pra tocar, de tão densa que é... – Shura fez um gesto com a mão, como se pegasse algo no ar.

- Acho... que precisávamos fazer alguma coisa... – Milo começou.

- Oui...

- Vamos combinar o seguinte... cada um em um dia, obviamente, irá pra Casa de Peixes, para visitá-lo. Tentar reanimar o peixinho. Fazer ele voltar a se cuidar, um mínimo possível. Levá-lo ao seu jardim, para cuidar de suas rosas. Obrigá-lo a fazer algo para sair dessa melancolia. – Aldebaran sugeriu.

- Seria bom se conseguíssemos fazer ele desabafar... – resmungou Milo.

- Isso eu acho que vai ser meio difícil... mas podemos tentar... – respondeu Camus.

- Dificilmente ele vai se abrir... – suspirou Shura.

- Bom, não custa nada tentar, não é cabrito? – Aiolia respondeu.

- Cabrito é a m...

- Shura, contenha-se. – Camus disse.

- Tá certo então. Cada um vai fazer o possível para animar o Dite... Amanhã mesmo, vamos falar com Mú e os outros.

XxxX

Oi gente!

Espero que tenham gostado... como disse, é meu primeiro yaoi... shonen-ai... etc...

Confesso que quando peguei o tema, a minha maior dificuldade foi o fato de ser yaoi, mas principalmente... QUAL ERA O MOTIVO DO DITE ESTAR ASSIM!

E olha, até que para o que eu esperava que fosse sair, o resultado foi muito bom, de acordo com a repercussão que a fic teve na comunidade Saint Seiya SuperFics... aliás, dêem uma checadinha lá! Tem fics boas, tem o Coculto que vai começar logo logo... e é super divertido!

Anita e Vane são super legais, atenciosas e me deram maior apoio quando eu decidi participar não só pela primeira vez e a segunda, que infelizmente não se concretizou devido a problemas pessoais, como nessa terceira vez, mesmo que não tenha podido participar na vez anterior.

Bem, dito tudo isso, acho que finalizo aqui meus coments.

Beijos e nos vemos nas reviews e nos próximos caps! #QUALSERÁOSEGREDODODITE?