Capítulo 1 – A Carta

Estavamos na floresta do Deao onde eu tinha acampado uma vez com os meus pais. Eu não estava conseguindo ir dormir e tinha levantado para ir falar com Harry, mas ele não estava no seu posto. Eu estava levemente desesperada, por que eu estava sozinha e sem varinha. Mas eu sabia que Harry voltaria logo, ao menos é claro que tivesse acontecido alguma coisa com ele, mas eu estava procurando não pensar nisso, porque eu confiava nos meus feitiços de proteção e eu não tinha ouvido barulho nenhum, e nem fazia tanto tempo assim que eu tinha deixado Harry sozinho.

Enquanto eu tentava me convencer disso, uma luz prateada parou a minha frente, eu estava em pé em frente a barraca, me segurei nela para não cair com o susto. Quando a luz diminuiu eu pude ver o que me parecia ser uma carta. Quando a toquei as letras apareceram.

"Para ler o conteúdo você precisa ser Hermione Granger"

- Que diabos – eu disse, e depois virei-me para o papel – Eu sou Hermione Granger.

E a carta se abriu em minhas mãos em questão de segundos. E a caligrafia de Alvo Dumbledore me surpreendeu.

Senhorita Granger.

Eu sei dos seus reais sentimentos, eu conheço o teu coração, por quem ele bate. Sei, pelo que conheço de você, que não vacilou em apenas um momento da confiança que eu depositei nas pessoas. Ou no que te diz o teu coração. E é por isso Hermione, que eu dou a você as instruções a seguir.

Eu parei impressionada, um lado de mim aliviado o outro cheio de preocupação. Eu estava feliz, pois a carta confirmava com uma obviedade imensa que o meu amado professor de poções era inocente de alguma forma. Não que eu tenha desconfiado dele. Em parte porque é obvio que uma pessoa tão onisciente como Alvo Dumbledore se enganaria tanto assim com uma pessoa. E também porque a algum tempo eu havia aprendido a enxergar por trás da mascara de Severo Snape. E eu estava preocupada pensando se era tão obvio assim que eu o amava. Lembrei então, que eu tinha instruções de Alvo Dumbledore para ler.

Existe um feitiço muito poderoso, que eu gastei parte do meu tempo criando-o e agora chegou a hora de torná-lo publico. É um feitiço único e exclusivamente de proteção. Ele dá a pessoa animo para continuar lutando, força física e psicológica. Aliviando um pouco a cruciatos e a maldição império, entre outras azarações. Claro, não protege de um Avada, mas mesmo assim será útil. A parte teórica do feitiço é muito simples, a pronuncia das palavras Tueri Vitam. Tenho certeza que será fácil para você, sendo a bruxa talentosa que sei que é.

Seria realmente útil. Dumbledore era um gênio. Testei as palavras:

- Tueri Vitam.

Continuei lendo.

No entanto esse feitiço não pode ser feito em si próprio. Você pode apenas proteger uma outra pessoa com ele. E só pode proteger, se o amor que você sente por essa pessoa for verdadeiro. Você deve anunciar isso como a ultima cartada, nos instantes antes da batalha para que Lorde das Trevas não vá preparado.

Eu protegeria o professor Snape. EU PROTEGERIA O PROFESSOR SNAPE. Eu estava em jubilo. Ele não ia morrer, ele era bom de mais em batalha, o meu medo era dele morrer por ódio a si mesmo, eu não imagino o quanto deve ser ruim, ter matado o melhor amigo, não sei ao certo em que circunstancias, mas não por vontade própria é claro. Afinal, estava escandalosamente obvio pra mim que Dumbledore sabia que ia morrer. Essa carta deixava o obvio ainda mais claro. Olhei para carta, ainda tinha um final.

Logo, Harry e todo o mundo bruxo saberão da inocência de Severo. Peço que o ajude a se sentir feliz novamente, Severo merece, ele já sofreu muito.

Alvo Dumbledore.

Como? Como eu ia fazer isso? - Ola professor Snape eu gostaria de te fazer feliz, vamos tomar um sorvete? Quem sabe passear de mãos dadas por ai – Lógico, claro que ia funcionar. Alvo Dumbledore era louco.

E então, ouvi a voz, de Harry me chamando ao longe, e escondi a carta no bolso.