Direitos Autorais

O anime/mangá Naruto pertence a Masashi Kishimoto. Uso-o sem qualquer fim lucrativo.

A música Umbrella pertence a Rihanna. Uso-a sem qualquer fim lucrativo.


Ficha Técnica

Resumo – O sol sempre brilha depois da tempestade. Mas se não brilhar, sempre haverá um guarda-chuva;

Pares – Itachi/Naruto/Itachi, Sasuke/Naruto, Hinata/Sakura/Hinata, Naruto/Hinata, Shikamaru/Ino, Sai/Ino, Mikoto/Naori;

Personagens Principais – Uzumaki Naruto, Uchiha Itachi, Uchiha Sasuke, Haruno Sakura, Hyuuga Hinata;

Outros Personagens – Hyuuga Neji, Mitsashi Tenten, Rock Lee, Yamanaka Ino, Nara Shikamaru, Akimichi Chouji, Inuzuka Kiba, Aburame Shino, Sai, Jiraya;

Estado – Completa;

Capítulos – Nove Capítulos, mais um Epílogo;

Classificação – M (Mature, Conteúdo impróprio para menores de 18 anos);

Gênero – Romance, Hurt/Comfort, Drama, Humor.


Advertências da Fanfiction

Shounen-ai (Shounen – Menino; Ai – Amor.) – Relação homossexual entre homens, insinuada ou leve;

Shoujo-ai (Shoujo – Menina; Ai – Amor.) – Relação homossexual entre mulheres, insinuada ou leve;

Yaoi (Yama Nashi, Ochi Nashi, Imi Nashi – No Climax, No Point, No Meaning) – Relação homossexual entre homens;

Yuri – Relação homossexual entre mulheres;

Het (Hétero) – Relação heterossexual;

Lemon (Limão) – Relação sexual homossexual entre homens, detalhada;

Orange (Laranja) – Relação sexual homossexual entre mulheres, detalhada;

Ménage à Trois (Encontro à Três) ou Threesome (Trio) – Relação sexual de qualquer gênero que possua três participantes;

OOC (Out Of Character – Fora Do Caráter) – Personagem que perde suas características psicológicas e comportamentais estabelecidas por seu criador;

OC (Other Character) – Inclusão de um personagem que não foi feito pelo criador da série, sendo que este OC pertence ao criador da Fanfiction em que aparece;

Crossdressing (Cruzamento de Vestuário) – Uso de vestuário do sexo oposto por um personagem;

Spoiler (Spoil – Estragar) – Revelações sobre o decorrer recente da história original.


Advertências do Capítulo

Het (Hétero) – Relação heterossexual.

Envolvidos: Nara Shikamaru, Yamanaka Ino.

Yaoi (Yama Nashi, Ochi Nashi, Imi Nashi – No Climax, No Point, No Meaning) – Relação homossexual entre homens.

Envolvidos: Uchiha Itachi, Uzumaki Naruto.

Lemon (Limão) – Relação sexual homossexual entre homens, detalhada.

Envolvidos: Uchiha Itachi, Uzumaki Naruto.

OOC (Out Of Character – Fora Do Caráter) – Personagem que perde suas características psicológicas e comportamentais estabelecidas por seu criador.

Envolvidos: Uzumaki Naruto, Uchiha Itachi.


Comentários Iniciais

Fanfic dedicada ao meu amado trio! Aldebaran, T. Taiyoo e Kanya, é para vocês!

A Kanya e a Taiyoo é que vão gostar mais por causa que é Itachi/Naruto. Mas acho que o Aldebaran não dispensa Lemon. – Mary ri maldosamente.

Se for bem escrito, claro, o que não é meu caso. – Ela senta-se em um canto, fazendo círculos no chão com próprio dedo.

Bom, à leitura!


Capítulo I

Perturbado e Acalentado


Naruto estava nervoso. Tomara uma decisão muito importante: contaria a todos que era o jinchuuriki da Kyuubi. Ele sentia que enganava todos não contando aquilo. Pedira permissão para quebrar a lei do Sandaime Hokage para poder contar, e explicaria tudo, desde o ataque a Konoha até os dias atuais. Quem fosse seu amigo entenderia.

Ele também escolhera uma data especial para fazer o comunicado: o dia de seu aniversário. Não era só por ser seu aniversário, era também o dia do festival ao Yondaime Hokage por ter assassinado a Kyuubi. Talvez fosse até mais fácil contar naquele dia, por causa da festa.

Por isso estava tão nervoso, ele veria como seus amigos reagiriam diante da notícia de que ele tinha um demônio dentro dele.

Os nove novatos e o time Gai marcaram um encontro no Ichiraku ramen, para comemorar o aniversário de Naruto. O loiro não aguentou esperar em casa e já foi para o ponto de encontro.

– Oi, Naruto-kun – Neji cumprimentou. Todos já se encontravam ali. O coração de Naruto se apertou em seu peito.

– Oi, pessoal – Naruto forçou um sorriso, coisa que não foi difícil porque ele já estava acostumado.

– Naruto-kun, você disse que queria falar conosco, e que era importante. O que é? – Tenten perguntou.

– Novidades sobre Sasuke-kun? – Lee perguntou, sorrindo radiante.

Naruto não tinha lembranças agradáveis de Sasuke, principalmente as de seu último encontro.

Naruto estava na cozinha do seu pequeno apartamento, fazendo ramen instantâneo. Ouviu um barulho vindo de seu quarto e sentiu a brisa gelada vinda de lá chocar-se contra sua face. O detalhe é que todas as janelas estavam fechadas. Ou seja, era impossível que muito ar entrasse por ali.

Achando que era um ladrão, o loiro andou cautelosamente até o quarto, que estava mergulhado na penumbra. Uma kunai se encontrava em sua mão.

Ao chegar ao quarto a kunai caiu de sua mão, tamanha a surpresa. Uchiha Sasuke estava deitado comodamente em sua cama, como se ali fosse sua casa.

– Sasuke...

– Oi, dobe – Sasuke falou como se não tivesse ficado longe por longos três anos.

– SASUKE!!! – o loiro correu até a cama e praticamente pulou em cima de Sasuke – Você voltou! – Sasuke afastou Naruto bruscamente.

– Vejo que você entendeu errado, idiota. Se bem que você nunca entende nada certo, já que é um fraco inútil.

– Sa-Sasuke? – Naruto duvidou. Mesmo Sasuke sendo um babaca idiota por todo o tempo que ficou perto de Naruto, nunca tinha ofendido-o dessa maneira tão clara e tão maldosa.

– Você continua o mesmo idiota de sempre. Sempre inútil, sempre um fardo. Um fardo maior até que a Haruno, que é um ser tão irritante quanto você. Como você está se virando sem a minha proteção? Você só serve para atrasar a minha vida, pare de me seguir, eu estou cansado de você.

– Sasuke, para... – as lágrimas começaram a se formar nos olhos do loiro. Ele pigarreou, tentando disfarçar o tom choroso. Não queria parecer fraco, não na frente de Sasuke.

– Eu não vou parar mesmo que você implore, porque você tem que saber o quanto é inútil e o quanto eu tenho nojo de ter tido alguém como você perto de mim. Eu nunca realmente te considerei um amigo. Como eu iria considerar um demônio como você um amigo?

– Sasuke... – o loiro tampou os ouvidos, ele não queria ouvir. A única coisa que saía de sua boca, como um mantra, era o pedido para que Sasuke parasse ali.

– Você é o ser mais desprezível que eu já tive o desprazer de conhecer. Eu nunca te matei porque eu nunca te considerei um amigo, e eu não iria querer manchar as minhas mãos com o seu sangue imundo.

– Para! – Naruto apertava mais as mãos contra seus ouvidos.

– Você é um demônio, nunca se tornará Hokage. Você é um inútil, eu tenho pena e desprezo por você. Não que você mereça mais que isso. Ao contrário. Você é um demônio, deveria ser eliminado. A única coisa que eu gosto no meu irmão é o fato de ele estar numa organização criminosa que caça gentinha como você.

– PARA!!! – o loiro chorava, não agüentava mais aquilo. A única pessoa que ele pensou que se importava com ele estava o matando pouco a pouco com palavras mais afiadas que kunais.

– Você é patético. Se ainda fosse um demônio forte, eu pensaria em ser seu amigo. Mas nem para controlar o demônio você serve. Nunca mais vá atrás de mim, Naruto. Eu não quero ver você nunca mais. Você me dá lástima.

Sasuke sumiu pela janela aberta, deixando para trás um Naruto destruído.

– Não, não tem a ver com ele – depois daquele dia, Uchiha Sasuke virara uma lembrança vaga na mente do jinchuuriki – É sobre mim.

– O que Na-Naruto-kun tem para fa-falar de tão im-importante? – Hinata perguntou, corada.

– Sentem-se, a história é longa, e eu peço que não me interrompam. Por favor – Naruto contestou, os olhos brilhando em súplica. Todos calaram-se, esperando o relato do Uzumaki.

Todos tomaram acento e Naruto começou a contar sobre sua tragédia para todos, que a cada minuto ficavam mais impressionados. Quando Naruto acabou, um silêncio tenso foi sua resposta, até ser quebrado por Ino.

– Deixe eu ver se entendi... Você é um demônio?! – Ino olhou Naruto com asco, como se ele fosse um inseto nojento que deveria ser pisado até morrer.

– Não, eu não sou um demônio. Eu tenho um demônio dentro de mim – Naruto respondeu rápido, como se ao esperar mais um segundo aquela ideia se tornaria verdade.

– Mas é como se fosse! Eu nunca mais quero ver você na minha frente, demônio! – Chouji olhou Naruto do mesmo jeito que Ino.

– O Naruto tem razão. Ele não é um demônio – Shikamaru disse, finalmente. Um silêncio seguiu-se a suas palavras.

– Você está do lado de quem, Shikamaru?! De mim ou do demônio?! – Ino retrucou, enfurecida.

Shikamaru calou-se. Fazia dois meses que ele e Ino estavam namorando.

– Vamos embora – Ino disse, e seu time seguiu-a.

– Pessoal... – Naruto disse com voz suplicante para os que continuavam ali.

– Você foi baixo, Naruto. Não contou para nós este tempo todo que era um demônio. Vamos, Hinata-sama – Neji puxou Hinata pelo braço e os dois se retiraram do recinto.

– Naruto, eu acreditava em você – Tenten comentou, rancorosa.

– Eu também... – Lee, que antes sorria a todo instante, parecia introvertido. Ele e Tenten se levantaram silenciosamente, e seguiram os Hyuugas.

– Eu nem sei o que dizer... – Kiba disse, confuso.

– Eu também não – Shino falou baixo, como se não quisesse ser ouvido realmente.

– Eu vou embora e vou pensar. Até outro dia Naruto – Kiba levantou-se de seu acento, alterado.

– Até – Shino levantou-se, e ele e Kiba seguiram o caminho dos outros.

– Naruto... – Sakura disse devagar, sua voz morrendo aos poucos.

– Por que ser um jinchuuriki é tão ruim? – Sai perguntou, não entendendo o porquê da revolta.

– Eu... Eu vou para casa. Até mais – Naruto levantou-se e foi na direção da saída.

– Naruto! – Naruto já havia saído – Eu... – Sakura suspirou. Sua força tinha sido sugada com os acontecimentos.

O loiro não foi para casa. Como todas as vezes em que queria chorar até se acabar, ele rumou para a floresta que cercava Konoha, e embrenhara-se no meio do mato. Chegara em uma clareira, que era cortada ao meio por um rio de correnteza suave. Lá ele sentou e começou a chorar suas mágoas, como todas as vezes que queria chorar desde que nascera. Não podia chorar em seu apartamento porque os vizinhos ouviam e reclamavam do barulho, e para não perder o costume o chamavam de demônio. Logo depois do loiro chegar, uma chuva torrencial começou a cair. Naruto nem se importou.

Ele não se importava nem em morrer. Não naquele momento.


Em um lugar não muito longe dali, Uchiha Itachi andava de um lado para outro na sala de um casebre abandonado. Ele foi atrás do jinchuuriki da Kyuubi em Konoha, achando que ele participaria do festival. Estava enganado. Nem rastro do loiro. Depois Itachi voltou para o casebre, e uma chuva de proporções catastróficas começou a cair.

Itachi decidiu que andando de um lado para o outro não ganhava nada. Pegou o guarda-chuva e saiu do casebre. Abriu o guarda-chuva e se abrigou sob ele, indo direto para a floresta. Não poderia mandar corvos monitorarem a área por causa da chuva, por isso demoraria mais. Mas não desistiria. Uma simples chuva nunca venceria Uchiha Itachi.

O Uchiha caminhou durante 20 minutos até avistar um vulto, encolhido no meio da chuva, tremendo. Estava do outro lado de um rio que se enchia por causa da chuva. Reconheceria aquele pequeno vulto até no inferno. Era o jinchuuriki da Kyuubi, Uzumaki Naruto.

– Naruto-kun, o que você está fazendo na chuva? – Itachi falou num tom mais alto, para que o loiro o ouvisse.

– Hã? – Naruto focalizou Itachi no seu campo de visão, e o Uchiha pôde ver o rosto do loiro, que outrora estivera oculto pelo cabelo dourado.

Os olhos estavam vermelhos, sinal de que chorara, e estava pálido como um cadáver. Parecia que tinha ficado na chuva desde que ela começara, o que era em torno de duas horas.

– Eu estou indo para aí! – Itachi gritou para ser ouvido, não sabia o porquê, mas havia ficado abalado com a imagem do loiro.

Itachi concentrou chakra nos pés e atravessou facilmente o rio. Quando chegou perto do loiro, adotou uma distância prudente. Poderia ser uma armadilha.

– Por que você está chorando, Naruto-kun?

– E o que isso importa para você? Eu sou só o demônio que você tem que capturar! Eu não importo pelo que eu sou! Só pelo demônio! Eu devo ser um demônio também... – a última parte foi sussurrada, mas Itachi ouviu perfeitamente.

– Quem te disse isso? – Itachi franziu o cenho, levemente irritado.

– Todo mundo! Hoje eu contei para os meus amigos que eu tinha a Kyuubi dentro de mim e eles me chamaram de demônio! – Naruto falou com a voz magoada.

Parecia a cena mais irreal do mundo, mas o jinchuuriki da Kyuubi estava contando seus sentimentos para aquele que outrora se dispunha a ser seu algoz. O desespero podia fazer tudo com uma pessoa mesmo.

Itachi realmente não sabia o que fazer, e isso era raro. Ele não tinha muita experiência com sentimentos, ou não se lembrava como se consolava alguém. Talvez nunca tivesse consolado alguém. Não que se importasse muito com isto.

– Então eles não são seus amigos. Por que você não me conta o que aconteceu?

Itachi nunca oferecera seu ombro para alguém chorar. Aquilo tudo era novo, principalmente a angústia por causa da tristeza do loiro jnchuuriki.

O loiro contou tudo o que aconteceu. Não sabia o porquê, mas confiava no maior, mesmo contra qualquer prognóstico. Porém, também era contra qualquer prognóstico que seus amigos lhe espezinhariam por ser jinchuuriki. Ele confiou tanto em Itachi que contou até o que aconteceu com Sasuke, coisa que não tinha contado nem para Sakura. Itachi apenas ouvia, sem interromper. Após o relato, Naruto suspirou.

– Foi assim. Todos me chamam de demônio. Talvez eu seja um mesmo... – o loiro falou baixo, mais para si do que para o Uchiha.

– Não fale idiotices. Você não é um demônio. As pessoas quase sempre julgam as outras, o que não garante que estejam certas.

– O que você sabe disso?! Ninguém nunca disse na sua cara que te odeia! – Naruto olhava Itachi com raiva.

– Todos me julgavam. Eu era o gênio. Eu simplesmente não podia errar, e se errava me chamavam de fraco. Por isso eu fiquei forte. Para não receber cobranças.

Naruto arregalou os olhos, incrédulo.

– Eu não era chamado de demônio e não era tratado como um. Nisso você tem razão – Itachi disse, calmamente.

Naruto baixou a cabeça, sem fala, mas também para esconder as lágrimas que queriam sair novamente. O que Itachi disse o fizera se lembrar de Konoha e de sua desgraça.

– Diga tudo que precisa agora, Naruto-kun. Chore em baixo da chuva, ela limpará sua alma.

Naruto olhou para o homem à sua frente, sob um guarda-chuva tão negro quanto seus olhos. Resolveu seguir o conselho dele e voltou a chorar, deixando rolar as lágrimas que retivera após o moreno chegar. Sem se importar com nada, apenas com sua dor, sendo egoísta pela primeira vez na sua vida. Mas aquilo nem se podia chamar de egoísmo.

Chorou, sentindo a chuva cair sobre si e rolar pelo seu corpo. Molhando seu rosto, molhando sua alma, molhando...

Repentinamente a chuva parou de cair sobre si, mas Naruto ainda ouvia o som dela chocando com o chão. Ele abriu lentamente os olhos, que mantinha fechados, e olhou para cima.

Itachi estava agachado em frente a si, com o guarda-chuva protegendo os dois corpos da chuva.

– Aquelas pessoas que você chama de amigos não são realmente seus amigos, mais eu quero ser. Agora que está chovendo mais que nunca, você pode ficar em baixo do meu guarda-chuva.

Naruto arregalou novamente os olhos, e sentiu suas bochechas queimarem. Se sentia tonto, meio lúcido e meio inconsciente.

– Qual é o sentido dessa frase? – Naruto não sabia o porquê, mas não queria que fosse literal.

– O sentido que você desejar – Itachi passou uma mão pela testa do loiro e depois a beijou – Você está com febre. Vem comigo.

Itachi pegou Naruto no colo, em estilo nupcial, e Naruto passou a segurar o guarda-chuva torpemente. Ao chegarem no casebre, Itachi colocou Naruto na cama, fechou o guarda-chuva e deixou-o em um canto.

– Nunca cuidei de alguém doente...

– Só fica aqui, comigo...

Itachi sentou na cama e Naruto apoiou sua cabeça sobre as pernas do Uchiha, usando as pernas dele como travesseiro. Itachi corou, pensando coisas não aceitáveis para menores de 18 anos.

– Você também está com febre? – Naruto notara o rosto vermelho de Itachi – É a mesma doença da Hinata-chan! Será que todo mundo que tem Kekei Gekkai tem essa doença? Hipótese descartada, o Neji não tem... – Itachi não sabia o porquê, mas a idéia de matar Hyuuga Hinata lenta e dolorosamente se tornara muito tentadora.

– Eu vou ver sua temperatura – Itachi resolveu mudar de pensamentos, antes que mais um homicídio entrasse para sua lista, que não era nada pequena.

O Uchiha beijou a testa do loiro, e incrivelmente a temperatura estava normal. Talvez Kyuubi tivesse feito algo. Porém, depois de verificar a temperatura o moreno não se afastou, deixando seu rosto em frente ao do loiro, olhando-o nos olhos. Como que por impulso, Itachi acabou com a distância entre os dois rostos, começando um beijo com o loiro.

Naruto arregalou os olhos, e de golpe todo o rubor voltou ao seu rosto, só que dessa vez não era por causa da febre. Nem havia mais febre. O moreno usou a língua para lamber os lábios do loiro, com os dentes mordiscou o lábio inferior, pedindo passagem.

O loiro não tinha a mínima idéia do que fazia. Abriu a boca por impulso, e sentiu como a língua do outro recorria cada centímetro de sua boca. O Akatsuki também não sabia o que fazia. Não era inexperiente ou algo assim, mas não sabia por que beijava o garoto. Mas não se importava em não saber, agir por impulso era bom às vezes.

O Uchiha deitou o loiro na cama com extrema delicadeza, deixando em paz os lábios do loiro para começar a atacá-lo no pescoço. Beijava e mordia levemente, deixando marcas, marcando-o como seu. O menor fechou os olhos, disposto a deixar-se levar, a ver onde tudo aquilo acabaria. Cansara de fazer o que os outros queriam. E daí que o homem em cima de si era mais velho, que ele próprio era menor de idade e que se alguém soubesse o que acontecia todos o odiariam mais ainda? Se é que era possível o odiarem mais do que já o faziam.

O moreno lentamente levantava a camisa do loiro, beijando cada pedaço de pele que ficava livre, sendo extremamente carinhoso. Quem diria que o grande assassino do clã Uchiha poderia ser tão doce? Ninguém... Realmente, aquela era uma noite de surpresas. Sons começavam a escapar da boca do loiro, enquanto o moreno dava atenção especial aos mamilos do pequeno.

O Akatsuki desceu pelo corpo de Naruto, dando leves mordidas, até chegar na cintura, sendo barrado de continuar pela calça do loiro, que tinha algum volume nela. O que claramente dizia que o menor estava excitado. O moreno deu um sorriso sacana pro loiro, que abrira os olhos para olhar o que o Uchiha iria fazer.

– Isso é vergonhoso – o loiro virou o rosto, extremamente corado.

– A palavra não é vergonhoso, e sim excitante – o sorriso malicioso do Uchiha aumentou.

– Você não vai fazer o que eu penso que você vai fazer, não é?

– Depende do que você está pensando – Itachi arqueou a sobrancelha pelo comentário confuso do loiro. O Uchiha subiu pelo corpo do loiro até ficar com sua boca perto do ouvido do outro, sussurrando com voz rouca – Se você pensa que eu vou te levar ao céu, a resposta é sim – o coração do loiro deu uma guinada enquanto o moreno passava as mãos pelo zíper da calça. Alguns gemidos saíam da boca do menor enquanto ele o acariciava por cima da roupa.

– Só continuo se você pedir – Itachi inquiriu em tom divertido, enquanto via divertido o loiro perder todas as forças e ficar com o rosto cada vez mais rubro.

– Nem... Pensar – o loiro tentava preservar o resto de orgulho que lhe sobrava, mas estava tentado a ceder, e no fundo sabia que uma hora ou outra cederia.

– Então eu vou te dar um incentivo – o moreno, ainda com o sorriso de escárnio brincando nos lábios, colocou uma mão por dentro das calças do loiro, começando a roçar a mão com o membro do garoto.

Naruto ofegou, lambendo os lábios com desejo. Sentia a boca seca, e desejava mais do contato. O garoto arregalou os olhos e gemeu ao sentir o Uchiha acelerar bruscamente, e começou a mexer os próprios quadris ao ritmo da mão do outro. Itachi com a mão livre segurou os quadris do loiro, para que não se mexessem

– Peça por favor – o Uchiha se divertia cada vez mais ao ver o rosto do menor, vermelho, com a boca levemente aberta e vermelha pelos beijos, os olhos semi-cerrados. Era uma visão um tanto... Tentadora. Se aquele garoto era o fruto proibido, adoraria dar uma mordida.

– Por.. Por favor... Hun... – o menor falava com a voz um tanto rouca pelo desejo. Que se ferrasse o resto, ele iria até o fim, mesmo que se perdesse no caminho.

– Bom menino – o Uchiha tirou sua mão de dentro da veste do loiro e abriu a calça, se livrando dela em pouco tempo, jogando-a em qualquer lugar.

Calmamente o maior desceu até a altura da cintura do loiro e lambeu levemente o membro do menor, que gemeu e sentiu um choque correr toda sua coluna vertebral, enviando essa sensação para todos os poros do corpo do menor. Segurou com força o lençol, sentindo seu corpo arrepiar e sua mente se anuviar.

– Isso é bom? Então que tal parar com a enrolação? – o Uchiha meteu de uma só vez todo o membro do menor na própria boca, começando um movimento lento. Os olhos do menor ficaram em branco, e o rosto corou mais, se é que era possível. Mordeu os lábios com força, mexendo os quadris com força, inconscientemente tentando Itachi a possuí-lo naquele exato instante. E Itachi não ignorava provocações, conscientes ou não.

– Não desmaie agora. É agora que vem o melhor – o moreno voltou a dar suas atenções ao membro do garoto, aumentando o ritmo.

– Eu.. Ahn... – o menor nem conseguia falar. Somente gemidos saiam de sua boca e seus pensamentos estavam em branco, e era exatamente o que o Uchiha queria. Itachi deslizava uma mão pelo corpo do loiro, apertando a pele que seus dedos tocavam, como se estivesse realizando um desejo a muito reprimido em seu subconsciente. A mão subiu até chegar ao rosto. O Uchiha parou de masturbar o pênis do menor, e sorriu malicioso.

– Seja um bom menino e deixe-os bem ensalivados – o menor abriu a boca e lambeu os dedos do outro, inconscientemente transbordando sensualidade. O único pensamento que passou pela mente do Uchiha foi como seria se o loiro estivesse lambendo não exatamente essa parte de sua anatomia, e sim outra um pouco mais abaixo que começava a ficar dolorosa de tão excitada.

– Que tal ir direto para o que interessa? – Itachi disse, a voz carregada de malícia. O Uchiha tirou os dedos da boca do loiro e dirigiu-os para a entrada dele – Isso pode doer um pouco – o Akatsuki deslizou um dedo para dentro da entrada do loiro, que se retesou e tentou se afastar.

O orifício era apertado, era latente que o menor era virgem. Isso fez o Uchiha sorrir, porque já considerava Naruto de sua propriedade.

– ... Itachi-kun... – o loiro começou a mexer os próprios quadris para aumentar o contato, fazendo a ereção de Itachi latejar. O moreno deslizou outro dedo para dentro dele, movendo os dois dedos para preparar o loiro para o seguinte – Uhn...

O moreno deslizou o terceiro dedo e mexeu os três para que o loiro não sentisse tanta dor quando o penetrasse, dilatando o esfíncter e relaxando o orifício. Logo que ele já estava preparado, o moreno tirou os dedos do interior do loiro, que gemeu de protesto. O Uchiha tirou as próprias roupas mais rápido que um relâmpago – isso porque estava completamente vestido – e então engatinho sobre Naruto até ficar totalmente sobre o menor e entre as pernas dele.

– Não quero machucar você. Se você não quiser, me avise – Naruto sorriu gentilmente, assentindo. Tinha algo dentro dele que lhe dizia que iria se arrepender amargamente de consentir aquilo. O Uchiha começou a penetrar o loiro, que arregalou os olhos. Aquilo doía, e muito. Ele podia sentir suas paredes internas rasgando, dando espaço ao membro excitado e viril de Itachi. Era estranhamente bom poder sentí-lo de maneira tão íntima, mas sentia-se rasgar por dentro.

– I-Isso... Dó-dói... – verbalizou com dificuldade. O corpo do loiro tremia, convulsionava violentamente. Ele fechou os olhos fortemente, recusando-se a chorar. Era um ninja, já tinha passado por tudo e mais um pouco! Um pouquinho de dor nunca iria lhe fazer se debulhar em lágrimas. Só que aquela dor era diferente. Era íntima demais. Próxima demais. Era uma invasão impossível de se ignorar.

–Calma, vai passar – Itachi começou a repartir beijos por toda a face do menor, e suas mãos voltaram a acariciar todo o corpo do outro. Calma?! Como ele podia pedir calma? Ora, não era ele que estava se sentindo possuído!

Quando Itachi estava completamente dentro do loiro, parou os movimentos por alguns minutos, para que o loiro se acostumasse. Depois de alguns minutos, Naruto sentiu a dor se mesclar com um estranho prazer levemente masoquista, e começou a mexer os quadris em direção do maior, em busca daquilo que estava começando a tirar-lhe o fôlego. Itachi julgou que o menor já estava pronto.

Com investidas leves, Itachi começou os movimentos. Fazia Naruto gemer, o que era música para seus ouvidos e motivo para excitar-lhe mais do que já estava. Aumentando o ritmo, o som dos gemidos também aumentou, até ficar totalmente entrecortado pela respiração. O suor lhes cobria, enquanto procuravam com ânsia a boca do outro para beijarem-se vorazmente. As penetrações aumentavam até virarem frenéticas. Os dois viam as estrelas e quase tocavam o céu, principalmente quando o moreno tocou uma parte de dentro do loiro que fez-lhe encolher-se de prazer. A entrada de Naruto contraía violentamente, apertando Itachi dentro de si, levando-o perto do ápice e puxando-o novamente para a Terra. Não aguentariam por muito tempo.

O Uchiha invadia selvagemente o loiro, que gemia alto e arranhava as costas do maior. A delicadeza já tinha sumido à tempos, por causa da cegueira que o prazer proporcionava aos dois. Os dois, juntos, se sentiam indo direto ao paraíso, quase chegando lá. Fluíam os movimentos de quadris ao mesmo compasso, chocando-se violentamente um contra o outro e gemendo lascivamente pelo contato. Naruto pedia mais violência, gostando do sentimento de ser tomado fugazmente pelo outro, e excitava-se ao ponto da loucura ao ouvir os elogios obscenos de Itachi em seu ouvido.

Naruto não aguentou mais e derramou-se entre os dois corpos, manchando o ventre dos dois e um pouco dos lençóis. Contraiu sua entrada, fazendo o moreno tocar o céu e encher o interior do loiro com seu sêmen. Itachi caiu rendido sobre o corpo do menor, ambos ficando naquela posição até recuperarem o fôlego. O moreno saiu com extremo cuidado de dentro do loiro e deitou-se ao seu lado, observando-o. Escorria sêmen e sangue de sua entrada, o que deixou Itachi preocupado e, ao mesmo tempo, macabramente satisfeito. Aquele garoto, dali em diante, lhe pertencia.

Naruto apoiou sua cabeça no peito do Uchiha, usando-o como travesseiro, sentindo-se pela primeira vez em sua vida protegido e estranhamente completo. Itachi envolveu o corpo menor com seus braços, delicadamente, como se ele fosse o ser mais frágil do mundo e como se pudesse quebrar. Ou como se, ao apertar demais, ele simplesmente sumiria.

– Agora você me pertence, Naruto-kun – Itachi acariciava gentilmente os cabelos dourados, sorrindo com orgulho de si mesmo por obter tão interessante pertence.

– Prepotente, convencido – Naruto falava aquelas palavras, mas sorria divertido.

– Mas é verdade. Se alguém te toca, seja para matar ou beijar, eu mato.

– Ciumento.

– Não tenho ciúmes. Somente cuido do que é meu.

– Eu não tenho o seu nome escrito na minha testa – o loiro sentou-se na cama, e olhou para o moreno. Fez beicinho e cruzou os braços. Itachi engoliu a vontade de rir na cara do loiro.

– Mas tem o meu aroma e minhas marcas marcados na sua pele, meu rosto gravado na sua memória, uma parte minha dentro de você – o loiro corou levemente, entendendo o que o outro queria dizer com aquilo. Ainda sentia-se úmido entre as pernas e sabia o porquê – E tem meu coração em suas mãos – o moreno deu um meio sorriso e o loiro arregalou os olhos. Itachi contou, divertidos, os segundos até que Naruto entendesse o que queria dizer.

– Você...

– Eu finalmente descobri o porquê de nunca conseguir ver você como inimigo. E o porquê de meu coração, que eu julgava morto, se apertar quando diziam que iriam matar você – Naruto engoliu em seco, fechando os olhos. Sabia o que viria pela frente, mas não conseguia acreditar – Eu te amo – Itachi concluiu, calmamente. Mais calmo do que os dois conseguiram acreditar.

– Eu... Eu não sei o que dizer...

– Tudo bem, eu espero.

Durante alguns minutos o silêncio imperou, até Naruto falar.

– Eu... Eu posso estar confuso... Mas eu gosto muito de você. E quero que me prometa uma coisa: depois de toda essa coisa de Akatsuki, Hebi e outros acabar, nós vamos ficar juntos.

– É tudo que eu mais quero – Itachi disse, e riu-se ao ver que deixara sair sua veia romântica.

– Mas enquanto isso, eu vou ter que ir. Eu fico em Konoha e você na Akatsuki. É perigoso você tentar sair de lá sem ajuda. Eu vou te ajudar e tudo vai acabar bem. Tenho que ir agora, a Sakura-chan e o Sai dever estar me esperando.

– Não me agrada o tom que você usa para se referir a esta garota – Itachi franziu o cenho, sentindo algo revirar em seu estômago.

– Ciumento – o loiro sorriu calidamente, achando graça – Eu sou seu, não foi o que você disse? Então, eu vou te obedecer e continuar sendo só seu, palavra. Não precisa duvidar de mim – Naruto disse, sorrindo divertido. E resultava que Uchiha Itachi era um controlador ciumento e inseguro?

– O ponto não é você. Eu confio em você, não confio é nela – Itachi usou um tom de desprezo para a última palavra, deixando bem claro de quem estava falando.

– Eu sei me proteger. Não é como se eu fosse ser violado ou algo do tipo.

– Você é o meu frágil jinchuuriki, eu que tenho que te proteger. E se alguém te violar, vai conhecer os segredos mais obscuros do Mangekyou Sharingan antes de morrer. Segredos que eu ainda não mostrei – Itachi usou seu tom mais macabro para a última frase, o que assustou e divertiu Naruto, na mesma medida.

– Eu não sou frágil. E você é um sádico.

– Pode até não ser frágil, mas conseguiu minha proteção. E eu não sou sádico, é só instinto de proteção – o Uchiha sorriu de lado.

– Eu não preciso de proteção! – o loiro fez bico novamente.

– Você não sabe o quanto eu fico quente quando você faz essa cara infantil – o Uchiha sorriu maliciosamente.

– Pervertido! – o loiro fez cara irritada.

– Ou você sai daqui agora ou eu não vou te deixar sair nunca mais – o Uchiha rodeou a cintura do Uzumaki com seus braços e começou a morder-lhe o pescoço sensualmente.

– Itachi, afasta! – Naruto afastou-se do Uchiha e se levantou, juntando suas roupas do chão e colocando-as, antes que o Uchiha resolvesse atacá-lo. Itachi, por sua parte, grunhiu frustado.

– Por que você tem que ir agora? Podia ficar mais um pouco.

– Não posso ficar nem mais um segundo. Tenho que ir. A Sakura... Sakura-san vai ficar preocupada – o moreno sorriu, dessa vez gostou do jeito que o loiro falou.

– Quando vamos nos ver de novo?

– Quando você quiser.

– Hoje de noite é muito cedo?

– Eu hein, que desespero todo é esse?

– Não é desespero, é só que eu acho que nunca mais vou poder viver sem o seu corpo – Itachi também se levantara e recolhera suas roupas do chão, vestindo-as o mais próximo do loiro para poder beijar-lhe o percoço de vez em quando.

– Eu não sabia que podia viciar alguém com o meu corpo – a primeira coisa que o loiro pensou foi que, pelo que o moreno dissera a si, era muito mais fácil ganhar uma luta transando com o oponente do que lutando, por ter essa habilidade de ser um narcótico para os outro.

– Muito menos eu. Você consegue fazer as pessoas se apaixonarem por você naturalmente. Você é naturalmente apaixonante – o moreno sorriu malicioso e deu mais um chupão no pescoço do loiro, e aquela frase soou como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

– Isso é um elogio?

– Não, é um aviso. Você pode apaixonar todos, desde a raposa demônio até o meu irmãozinho, mas o seu corpo já tem o meu nome nele. Pertence-me, e não compartilho.

– Eu já disse que vou continuar sendo seu. Não vou repetir mais.

– E eu já disse que confio em você, não confio é neles – daquela vez, Itachi não se referia a uma pessoa específica, mas sim a qualquer ser vivente que se engraçasse para o lado do seu Naruto.

– Eu só posso dar a minha palavra. A deles não. O que você vai fazer? Colocar um cinto de castidade em mim? – o loiro perguntou, claramente se burlando do maior. Ele já estava vestido, observando Itachi se vestir, o que era realmente tentador. Tinha vontade de voltar para cama, mas não o faria nem o diria. Itachi já era egocêntrico por si só.

– Não. Eu estava pensando em te vigiar e colocar o pretexto na minha missão de te capturar. Provavelmente os Akatsukis acreditariam – Itachi comentou, como se o que disse fosse algo extremamente óbvio.

– O quê?! Agora eu vou ter babá?! – o loiro arregalou os olhos, para depois semicerrá-los perigosamente.

– Eu disse que vou te proteger, e pretendo cumprir o que digo. Quer você queira, quer não.

– Humpt! Você faz o que você quiser! – o loiro se mostrava irritado, mas adorava receber tanta atenção. Nunca ninguém se preocupara daquela maneira por ele.

– Ainda está chovendo lá fora – Itachi pegou o guarda-chuva e o deu para Naruto – Use. Não quero que você pegue um resfriado – Itachi disse, sério, sem margem a réplicas. Suave, porém firme.

– Obrigado... – Naruto disse baixinho, corando. Nunca haviam se preocupado por ele daquela maneira. Andou até a porta e abriu o guarda-chuva, saindo para fora do casebre, sendo coberto por ele – Bom... Adeus.

Naruto se afastava a passo lento do casebre. Queria ficar. Talvez aquele formigamento estranho no estômago e aquele nudo na garganta fossem algum sinal. "Acho que me apaixonei...", pensou para si. Naruto não era um Uchiha. Ele tinha uma maior percepção para assuntos amorosos. Itachi, ao contrário, precisou de conjunção carnal para esclarecer os pensamentos.

– Naruto-kun, espere! – Itachi correu na chuva atrás do loiro, se molhando. Naruto parou de andar, virando-se para o Uchiha. Itachi abrigou-se embaixo do guarda-chuva e aproximou-se de Naruto, beijando-o passionalmente. Depois de romper o beijo, colocou seus lábios próximos à orelha do menor – Agora você pode ir. E isto não é um 'Adeus', é um 'Até logo'. Ou melhor, um 'Até o anoitecer'. Até a noite, minha raposinha – Itachi mordeu o lóbulo da orelha do loiro, sugando gentilmente fazendo-o tremer em seus braços. Sorriu libidinosamente, e se separou, voltando a correr para o casebre, fechando a porta.

– Acho que a noite promete – Naruto comentou, tonto.

Naruto seguiu seu rumo em direção à vila, lentamente, demorando o máximo possível. Pela primeira vez na vida não queria ver Sakura, e queria que o tempo criasse asas e voasse. E quando chegasse a noite com Itachi, que o tempo parasse. Mas recém amanhecera, Naruto teria que esperar o dia inteiro, até chegar noite. A chuva cada vez ficava mais fraca.

Chegando à Konoha, as primeiras coisas que Naruto vira foram os muros altos, o portão, as casas, um ponto rosa correndo furiosamente até ele... O que? Sim, Haruno Sakura parecia ter olhos por todos os cantos, porque Naruto mal colocou os pés na vila e ela o encontrou. E Naruto achando que talvez pudesse evitá-la. Quando Sakura chegou, a primeira coisa que ela fez foi dar um soco na cabeça do loiro e depois dar-lhe um abraço de urso, daqueles que só mãe sabe dar.

– Onde você se meteu de ontem até hoje, idiota? – Sakura mostrava uma mescla de preocupação e raiva.

– Un...? – Naruto estava tão perdido em pensamentos que nem ao menos ouviu o que Sakura disse. Pensava no que aconteceu de noite, e sou rosto ganhou uma cor carmim claro.

– É um idiota mesmo. Eu perguntei onde você estava! – Sakura se mostrou irritada pela falta de atenção do loiro em si, mas ainda estava agarrada nele em um abraço de urso.

– Eu estava... Num lugar aconchegante e protetor, estava protegido da chuva – só então Naruto notou que a chuva havia parado – A chuva parou – Naruto sorriu de um jeito tão belo que deveria ser imortalizado em um quadro – "E a dor do meu coração também. Que ironicamente interessante".

– É, parou. E...? – Sakura não entendeu. Naruto se separou do abraço da Haruno, que estranhou o comportamento dele.

– A chuva sempre significou algo importante para mim – Naruto sorriu e fechou o guarda-chuva, então o pousou com extrema delicadeza no chão, ainda sorrindo.

– Você enlouqueceu? O que a chuva tem de mais? É apenas água caindo do céu – Naruto não se surpreendeu. Ele não achou que Sakura tivesse a sensibilidade suficiente para entender. Só alguém que passou pelo fogo frio e ardente da solidão entenderia.

– Nada, Sakura-san.

– Mas Naruto, e o de ontem? Os outros... – Sakura franziu levemente o cenho pelo 'Sakura-san' seco e calmo, e não o 'Sakura-chaaaaaan' estridente e cheio de alegria.

– Não importa mais – Sakura arregalou os olhos.

– Como assim? – Sakura estava chocada, foi pega completamente de surpresa.

– Para que me importar com o que eles pensam? – Naruto começou a andar em direção à sua casa, e Sakura o seguiu. Os dois deixaram o guarda-chuva para trás – Eu já sofri demais, além do mais agora eu tenho alguém que me protegerá da chuva, do mesmo jeito que eu o protegerei – Naruto olhou para Sakura, que entendeu errado e corou.

– Eu não sei nada disso de chuva, mas eu sempre te protegerei, Naruto-kun – Naruto somente sorriu. Adoraria ouvir aquilo um dia antes, mas naquele momento se sentia feliz de ter mais alguém para protegê-lo e para proteger, mas não do jeito que seria antes.

– Eu também vou te proteger para sempre, Sakura-san – e mais uma vez o 'Sakura-san' calmo – Você é como a irmã que eu nunca tive – Naruto sorriu melancolicamente.

– Irmã...? – Sakura ficou desapontada por ser considerada irmã por Naruto, mas visualizou ela própria com Sasuke. A dor não amenizou, mas foi devidamente camuflada pelas outras cenas de dor que a Haruno teve em sua vida, como a partida de Sasuke, assim desviando o verdadeiro motivo de sua dor. Ela amava Sasuke, não o idiota do Naruto!

– Sim, Sakura-san. Você é como uma irmã para mim – Naruto sorriu de forma doce para a Haruno, que desviou o olhar para trás, não querendo olhar Naruto nos olhos. Foi então que ela viu.

– Naruto! O seu guarda-chuva sumiu! – Naruto rapidamente virou-se para trás, não encontrando o guarda-chuva, mas em seu lugar estava uma poça d'água, Naruto riu levemente.

– Estava falando sério quando disse que eu teria uma babá. E eu achando que estava brincando – Naruto falou baixo, em tom divertido, mas Sakura ouviu.

– Você? Babá? Não entendo, Naruto... – Sakura falou, confusão cruzando seus olhos jade.

– Esquece, Sakura-san – Naruto novamente virou-se para ir para casa, certamente certa pessoa não tinha suportado ficar muito tempo longe dele e resolveu adiantar o reencontro dos dois.

– Un...?

– Hehe. Tchau, Sakura-san – Naruto novamente sorriu, e saiu correndo antes de que Sakura pudesse dizer algo.

– Tchau... – Sakura balbuciou, chocada. Naruto simplesmente sumira.

Enquanto Naruto corria, apenas uma idéia rondava sua mente.

"Não importa mais a chuva, ou sua força destrutiva.

Daqui em diante, eu tenho um guarda-chuva comigo.

E eu também servirei de abrigo.

Serei necessário, imprescindível.

E quando a chuva cessar e o sol brilhar, nós brilharemos juntos, Itachi.

Porque depois da tempestade sempre vem a calmaria.

Mas agora, que chove mais que nunca, você pode ficar embaixo do meu guarda-chuva."


Continua


Respostas aos Comentários


Uchiha Hayley

Eu sei, abstinência é um terror mesmo. Eu fico procurando horas por alguma coisa de Itachi/Naruto, e nada. É broxante.

Todos pensaram isso, não esquenta. Só que uma parte gosta da música, a outra não gosta. – a moça, que já não tem os miolos no lugar, começa a rir como maníaca.

Que bom que você gostou, no fim!

Eu também gosto de Sasuke/Naruto, mas a diferença é que o variante é justo o Sasuke/Naruto, e não o Itachi/Naruto.

Sasuke com ciúme é o mor da loucura. Eu amo.

Calma, você vai ver o porquê do Sasuke ser tão grotesco. Ele não é assim o tempo inteiro, pode deixar!

Relaxa, todos também dedicam a atenção quase que exclusivamente para o Lemon mesmo.

Sim, escrever Lemon é um saco. E depois tem que re-escrever, porque ficou ruim...

Ou seja, é terrível.

Muito obrigada pelo comentário!

Beijos!


Uchiha Naruko

Lembrou agora deste pequeníssimo detalhe? – a autora começa a sorrir maliciosamente. – Eu lembro disto sempre. Chego a sonhar com Itachi/Naruto.

Desista do Sai, ele é um palerma. Parece que congela a imagem quando ele está sorrindo, porque não mexe um músculo!

Obrigada pelo comentário, flor!

Beijos!


Aldebaran das Areias Vermelhas

Exibido. Só por que você sabe que você é querido. Vai aproveitando a fama, ela não dura para sempre.

Para tudo neste mundo tem um motivo! E o motivo do Sasuke e dos outros Ninjas... aguarde e confie! Eu não sou maluca de colocar OOC sem avisar.

Bom, eu re-editei o Lemon, e ficou mais pervertido do que antes. Vivo para perverter cada vez mais minha mente já poluída, sabes...

Muito obrigada, vindo do grande Aldebaran, um elogio é mais do que bem-vindo.

Se eu não estiver no MSN, mande email: confiro religiosamente.

Eu enganei todos com minhas artes malignas! E eu realmente odeio aquela música. A letra é passável, a música é um terror. Sou muito mais a versão do Vanilla Sky. Rock na veia!

Ah, detalhe: na verdade, a inspiração foi pega da música. Minha amiga me obrigava a ouvir. Mas pelo menos serviu para algo as sessões matinais de tortura com Umbrella da Rihanna. Cá entre nós, meu Umbrella é muito melhor!

Adorou o Lime? – por um segundo, o rosto dela ilumina-se estranhamente, e depois volta ao original. – Obrigada!

Não sabias que fumar faz mal para a saúde?

Tentarei fazer tudo o que tenho para fazer (o que não é pouco), mas vou deixar os comentários para escanteio...

Depois de dias, meses, anos, séculos e milênios, finalmente a escritora aqui entendeu o que a tua última frase significava. Quando eu li da primeira vez, fiquei com aquele rosto de idiota e com a pergunta "O que raios é formato Script? É de comer?" na cabeça. Finalmente entendi! Pode deixar, eu não vou usar mais Script. E estou editando as minhas Fanfics, tirando todo o formato Script delas.

Obrigada pelo comentário!

Beijos!


mfm2885

Gostaste mesmo? Foi algo difícil de fazer, especialmente na parte do Lemon, mas eu consegui!

Ficou bem diferente, não?

Obrigada pelo comentário!

Beijos!


Kanya

Não fique ofendida, flor, eu não fiz por mal. É que a minha cabeça, para lembrar de algo, é deplorável. É culpa da minha mente, não minha (duh, a minha mente faz parte de mim).

Seria impressionante se você não gostasse de uma Fanfic Itachi/Naruto com Lemon.

Não, Não! – a menina, mais do que rápida, esconde-se embaixo da mesa. – Para quê violência, Nee-chan? Nós não podemos negociar? – e ela sorri nervosamente, assustada. – Não precisamos de derramamento de sangue, não é? Minha mãe não vai gostar de limpar, sabes...

Prometo que tentarei continuar com meus talentos Lemonísticos, aperfeiçoando-os sempre!

Obrigada pelo comentário, Nee-chan!

Beijos!


T. Taiyoo

Bom, para fazer alguém como você ficar chocada, então é porque a história é realmente boa.

Gostou mesmo? Nossa,que bom! Você sabe que a sua opinião me importa muito, não?

Lemons Itachi/Naruto são para se anotar o Link em algum lugar indeletável! São muito raros, sabes.

"Boku no Mary-chan"? Jééésuis, apaga a luz! Que é isso?! Os direitos sobre mim continuam sendo meus! Se você quiser ser dona, entre na justiça com um pedido de posse!

Mas não terá os direitos sobre mim sem uma luta antes! – e a garota começa a declamar solenemente, como se estivesse a falar sobre algo filosófico.

Nossa, que bom que você gostou tanto... – e a menina envergonha-se por ser tão elogiada.

Mas você é suspeita, já que gosta de mim...

Obrigada pelo comentário, querida!

Beijos!


Nayara Vanni

Que bom que gostaste! Eu também amo Itachi/Naruto, é meu casal predileto. Quase só escrevo sobre eles mesmo...

Nossa, muito obrigada. Não sabes o que isto significa para mim. Minha função é agradar os leitores!

Obrigada pelo comentário!

Beijos!


Leonard Ellyot

Muito obrigada! É muito bom saber que agradei! Por sua causa e da Hyuuga-kun que eu pensei em continuar, além dos que pediram o trio Sasuke/Naruto/Itachi. O seu comentário foi decisivo para a minha decisão.

O Sasuke aparece próximo capítulo se tudo ocorrer como eu quero. Espero que tenha gostado do capítulo, e que goste da continuação disso!

Mas o Fluffy pode acabar por ser deixado de lado por causa dos problemas.

Mas o Lemon fica! – e a galera que é tão pervertida como a autora começa a vibrar.

Obrigada pelo comentário!

Beijos!


Hyuuga-kun / Inu

Você venceu, como sempre. Seu pedido é uma ordem para mim, querida. Transformei a Fanfic em Sasuke/Naruto e Itachi/Naruto, com Sakura/Hinata/Sakura. Espero que goste.

O capítulo é para você, fofa. Espero que tenha gostado.

Ah, farei um Lemon no último capítulo, ou no penúltimo! Só para acabar com limonada de ouro!

Obrigada pelo comentário!

Beijos!


luciaalmeida / lucia almeida martins

Todos gostam de vez em quando de uma limonada, não?

O difícil é fazer... Deu um trabalho danado. É muito difícil fazer Lemons...

Que bom que gostaram! Que Inner pervertida! Depois ela reclama de você, não? Não tem moral para falar nada!

Mas eu me esforçarei na próxima, para ser mais forte ainda a hemorragia!

Que jorre sangue dos narizes! – e a moça começa a gargalhar sadicamente.

Obrigada pelo comentário!

Beijos!


Comentários Finais

Preciso comentar? Primeiro Lemon Itachi/Naruto!

Aviso que, daqui em diante, eu não atualizo porque achei trabalho de verão.

Então, até março, esqueçam de qualquer Fanfic minha, a menos que eu consiga algum tempo para escrever.

Eu tenho uma Fanfic de natal pronta, mas parece que ela vai ser postada só em março pela falta de tempo. – A autora senta no chão e deprime.

Obrigada pelos comentários.

Até a próxima!