Aii como eu odeio o espaço pequeno que temos que colocar um resumo! haha :B
O inteiro:
Isabella mora em uma casa de prostitutas no subúrbio de Nova Iorque desde que nasceu, por causa do emprego de sua mãe. Após terminar seu High School, enfrenta dificuldades em encontrar um emprego para poder pagar sua futura faculdade e se vê obrigada a seguir o mesmo caminho de sua mãe, mas em sua primeira experiência, se encontra com um belo jovem cursante de medicina e com o medo de sua primeira vez. O que fazer em uma hora de desespero?
Oiii, gentém! Bem, depois do meu ataque de ódio... Essa é a minha mais louca e nova idéia de fic! Que me ocorreu quando eu estava viajando acordada em um momento em que não se faz nada, sabe? :D Pois é...
Espero que gostem e peço para que se não quiserem continuação, que me avisem nas reviews, ok? Agradeço desde já ;P
ENTRE PROSTITUTAS
Capítulo 1. Tudo tem um começo.
Bella's POV
Saí de casa correndo de casa para ir ao bar onde Jacob trabalhava a fim de ver se seu chefe havia chegado para eu fazer a minha entrevista para garçonete. Precisava desse emprego ao toda custo ou não sei o que faria para conseguir pagar a minha faculdade e, mesmo que as minhas notas tenham sido as melhores possíveis, não consegui bolsa para a faculdade que ficava aqui em Nova Iorque.
A rua estava em seu normal, abarrotada de gente, fui passando entre elas, com a rapidez permitida, uma vez que a minha falta de coordenação motora me faria cair a qualquer momento na frente de muitas pessoas. Peguei um ônibus lotado e fiquei de pé, esperando o meu ponto chegar. Dei uma olhada breve no meu relógio de pulso e vi que seria bem provável de eu chegar bem atrasada.
Ao chegar na minha parada, desci e, como a rua era mais deserta, uma que dava para andar sem esbarrar nas pessoas, acelerei o passo, cheguei ao bar cujo o nome era: "The butter". Entrei já sentindo calor mesmo que estivesse quase nevando lá fora. Olhei por cima das cabeças e encontrei Jacob no bar, conversando com uma mulher ruiva. Fui até ele e acenei. Ele terminou de falar com a mulher e se voltou para mim, dando-me um abraço.
-Estou muito atrasada? – perguntei fazendo uma careta.
-Nada. O chefe nem chegou ainda. – Suspirei aliviada. Tirei meu casaco com pressa e joguei-o sobre o meu colo, olhando ao redor. – Que calor esse seu, eim? – Revirei os olhos.
-Vim correndo. – Pausei. – À toa. – Completei e observei o bar em estilo rústico, parecia daqueles que saiam de filmes de faroeste com cabeças de esqueletos de animais, tudo em madeira, estofados verdes musgo e várias mesas espalhadas. – Está vazio aqui.
-Pois é... – Jacob se debruçou sobre a bancada. – Toda a segunda fica assim. – Voltei a olhar para Jacob e o vi se ajeitar e olhar para algo atrás de mim. – Chegou.
Olhei para quem imaginei que fosse James, de quem Jacob estava falando. Entrou cumprimentando todos que via pela frente e caminhou em direção ao bar, uma vez que seu escritório ficava atrás dele. Notei que ele havia tirado seu cabelo loiro grande, adotando um curto e repicado. Cumprimentou Jacob e apenas indicou para que eu o seguisse. Jacob apertou minha mão como um sinal de "boa sorte" e lhe sorri em troca.
Segui para a parte de trás do bar, entrando na sala de James. Era pequena, mas havia uma certa comodidade. Tinha uma mesa velha de pinheiro, com um computador sobre ela, assim como muita papelada. No canto tinha um armário cheio de gavetas que pareciam que não iam se fechar nunca de tanta coisa dentro.
James indicou para que me sentasse, assim que fechou a porta atrás de si e se colocou em sua cadeira atrás da mesa. Ergueu seu olhar para mim e sorriu, sentando-se confortavelmente.
-Bella – Saudou-me. – Como é bom ter um belo colírio em um dia como esse.
Dei-lhe um sorriso sem graça, abaixando minha cabeça com o tamanho da vergonha que sentia.
-Mas, me diga, o que a trouxe aqui? – Apoiou a cabeça nos cotovelos sobre a mesa, me olhando.
-Bem... Sabe que acabei de terminar o High School e preciso entrar na faculdade, mas para isso, eu preciso de um emprego e... – Calei-me sem saber como diria.
-E quer um emprego aqui, estou certo? – Assenti. Ele respirou fundo e se recostou na cadeira. – Bella, não estamos precisando de ninguém no caixa ou de alguém que cuide das papeladas daqui... Temos Ângela.
-Não era bem essa área que eu estava procurando... – Mordi o lábio. – Pensei em talvez garçonete.
Ele me olhou como se essa idéia nem havia lhe ocorrido antes.
-Bem, é verdade que estamos atrás de garçons, mas... – Fez uma careta, sem me olhar, voltando seu olhar para mim. – Bella, querida... Desculpe, mas não posso colocá-la aqui. – Meu coração disparou. Rejeição. – Te conheço a um tempo razoável para saber que você não tem muita... Coordenação, digamos assim. – Assenti tristemente. – Mas assim que precisarmos de alguém na área que não envolva movimentos, com toda a certeza você será a minha primeira opção.
Mais uma vez assenti e me levantei. James parecia magoado, mas eu não tirava a sua razão. Eu não tinha mesmo coordenação e acabaria estragando seu bar, estava certo em não arriscar. Agradeci e ele me pediu desculpa enquanto me acompanhava de volta ao bar. Vi Jacob procurar pelos meus olhos, e quando assim fez me jogou um sorriso de consideração. Voltei para o bar e me sentei a sua frente, onde expliquei a ele porque James não queria me contratar.
-Sinto muito, Bella. – Jacob segurou minha mão.
Tentei-lhe jogar meu melhor sorriso.
-Calma, Jake. Isso não é o fim do mundo. Posso tentar achar outro, só pensei aqui porque já conhecia você, mas não faz mal. – Sorri-lhe.
Afagou meu rosto e saiu para atender um cliente. Cumprimentei Ang que tinha acabado de chegar, junto com Jessica e como não tinha mais nada do que fazer ali, me despedi de todos e fui voltar para casa. Olhei no relógio assim que saí para o frio congelante de Nova Iorque. Ainda tinha tempo de pegar a minha mãe em casa.
Depois que desci na parada, fui descendo mais ainda, passando pelas outras casas até chegar na minha em si. A minha casa não era a mais comum de todas, por eu morar em uma casa só de prostitutas e, sendo filha de uma, tinha que morar com ela. Mas éramos como se fossemos uma grande família. Era um pequeno prédio, onde cada uma pagava o aluguel de uma quitinete para a dona dele, no caso, a senhora Britney – também prostitutas, mas aposentada no momento.
Tirei minhas chaves da bolsa e abri a porta, dando de cara com Stefany, usando uma micro-saia, um tope preto de couro e uma enorme bota preta que ia até acima do joelho. Ela sorriu para mim, ao pegar seu casaco fino.
-Bellinha! – Deu-me um beijo na bochecha. Ela tinha seus quarenta anos, com os cabelos negros presos em um coque alto e tinha uma filha de sete, Morgan, que não fazia a menor idéia de qual fosse seu real trabalho. Só que de acordo com ela, contaria quando ela tivesse dez anos.
Sempre soube do trabalho da minha querida e amável mãe, Renée. Ela sempre me deu tudo que eu precisava e não se arrependia disso. É claro que já passamos por muita coisa ruim juntas, mas tudo que realmente importava era estarmos juntas. Renée mais parecia ser minha filha do que eu dela, não pela aparência, mas sim pelo modo de agir. Ela é muito impulsiva, o que nos causa muitos problemas e eu sou o contrário, sou o adulto da relação.
-Vai sair? – perguntei casualmente para Stefany.
-Sim, tenho um encontro agora e estou atrasada. – Pousou um segundo e me olhou com um olhar como quem se desculpa e ela não precisou dizer mais nada.
Ergui as mãos.
-Precisa que eu cuide de Morgan, certo? – Ela sorriu sem jeito e eu lhe retribui. – Claro que sim. – Adorava aquela garota, passávamos muito tempo juntas enquanto sua mãe trabalhava.
-Oh! Obrigada, Bella! – Me abraçou com força, antes de nos girar e ela ficar de frente para porta.
-Não vai levar um casaco maior? Está realmente frio lá fora.
-Não, querida. Tem que mostrar o conteúdo. – Ela piscou para mim e eu revirei os olhos, arrancando uma risada dela.
Apenas escutava as conversas altas das mulheres e choro de crianças, enquanto ia subindo as escadas. Ao chegar ao primeiro andar, vi Morgan indo descer, passando por mim, sem me olhar. Segurei-a pelo braço antes que começasse a descer.
-Hey! – Agachei-me na sua frente. – Por que não vamos brincar lá em casa?
Morgan com seus cabelos negros, exatamente como os da mãe, me olhou com seus olhos grandes e verdes, esboçando um pequeno sorriso. Deu-me um abraço forte e me seguiu, subindo mais um andar e entrando na última porta do final do corredor.
-Mãe? – Fui entrando junto de Morgan na sala/cozinha, tendo apenas as bancadas para separá-las.
-Oi, filha! Saiu do quarto, se ajeitando, colocando seu brinco de argola. Viu Morgan. – Oi, Morgan, querida! – Minha mãe, se abaixou e beijou o rosto dela. –Tudo bem?
-Tudo. Vim brincar com a Bella. – respondeu ela, com o seu natural baixo tom de voz.
-É mesmo? – Minha mãe sorriu gentilmente à ela, que assentiu. Ergueu-se e me olhou. – Como foi na entrevista?
-Morgan, fica jogando aí enquanto eu vou conversar com a minha mãe, certo? – A pequena menina dos olhos verdes, correu para o sofá velho e ligou o vídeo game barato que tínhamos.
Renée me olhou e caminhou em direção ao seu quarto, comigo atrás. O quarto todo em amarelo gema era pequeno e velho, como todo o resto desse prédio e das nossas coisas, mas era o suficiente. A cama de casal da minha mãe estava encostada na parede e uma cabeceira se espremia entre ela e um armário, para onde minha mãe se direcionou, sentando no banco que tinha a sua frente e começando a sua maquiagem.
Dormíamos naquela cama, mas só porque minha mãe fazia questão de que, a partir do momento em que ela pisava em casa, seu trabalho ficava para trás, isto é, não tinha relações com outros homens aqui. Ela se sentia suja se isso acontecesse como aconteceu em nosso último apartamento, não me deixando dormir de jeito nenhum na mesma cama em que ela o tinha feito.
Sentei-me na cama antes de começar.
-Não consegui o emprego. James disse que era verdade que eles precisavam de garçons, mas com a minha falta de coordenação, isso não seria possível. Não tiro sua razão...
Renée se virou bruscamente em minha direção, segurando em uma das mãos, seu lápis de olhos já no final, preto.
-Como assim ele não te deu o emprego por causa disso? – Gritou e eu a olhei, alertando de Morgan, fazendo-a abaixar o tom. – Aquele maldito vai se ver comigo ou se não, não termos mais nossos encontros...
-Mãe... – Reclamei. James tinha seus trinta anos e era cliente da minha mãe, fazia muito tempo. – Ele está certo. Não ia mesmo tudo acontecer direito comigo – a desastrada – lá.
-Bella... – Minha mãe, segurou meu rosto. – Querida... – Mordi o lábio. – Não tenho condições de nos sustentar, pagar o aluguel e ainda pagar a sua faculdade.
-Eu sei, mãe. – disse-lhe tristemente, já prevendo o que vinha depois; o motivo de muitas discussões.
-Não temos outra escolha... Você está procurando emprego há tanto tempo, mas nenhum ganha suficiente para pagar seus estudos...
-Eu aceito, mãe. – Olhou-me incrédula, não podendo acreditar no que eu disse. – Tem razão. Não vou ficar perdendo o meu tempo, sem estudar, sem trabalhar, por isso... – Respirei fundo, tomando uma decisão importante, talvez a maior da minha vida. – Eu aceito trabalhar com isso. – Odiávamos quando falávamos: prostituta ou prostituição.
-Não, Bella. Não quero essa vida para você também...
-Mãe, não tem outro jeito. Quero começar logo meus estudos. Estou tão empolgada que faço qualquer por eles. – Renée começou a chorar e eu levei minhas mãos ao seu rosto, obrigando as lágrimas a não escorrer e borrar sua maquiagem. – Não chore, vai borrar a maquiagem. – Sorri e ela fez uma careta, voltando o rosto em direção ao espelho da cabeceira, ajeitando os erros.
-Bella, não acredito que vou ter que fazer isso...
-Por mim, mãe. Pelo o meu futuro. – Lembrei-a.
Ela engoliu o choro e assentiu devagar. Sabia que isso era difícil para ela, ver a sua filha ter que caminhar para o mesmo caminho que o seu, mas isso era apenas temporário – assim esperava-se. Deixei para o desespero bater em mim depois, afinal, demoraria em ela achar um cliente para mim; uma sem nenhuma experiência...
Seu telefone começou a tocar loucamente em cima da cama e eu o peguei, estendendo-o a ela, que atendeu rapidamente, disfarçando a voz de choro. Fiquei-a observando falar e desligar, levantando-se.
-Tenho que ir, já estou atrasada. – Beijou o topo da minha cabeça. – Não me espere para o jantar.
Me levantei também.
-Espera, mãe. – Ela deu meia volta e me olhou. Limpei melhor seu rosto e sorri. – Vá com Deus.
-Sempre com ele e com você. – Beijou-me mais uma vez antes de se despedir de Morgan que brincava sozinha e sair, trancando a porta.
Sentei-me ao lado de Morgan no sofá e fiquei olhando-a jogar.
-Joga, Bella. – Reclamou. Eu ri e peguei o outro controle, reiniciando uma nova partida de corrida.
Ficamos jogando e conversando por um tempo e, como ele passava rápida quando eu estava com essa garota! Pulei para fora do sofá, deixando-a jogar sozinha de novo e fui preparar o nosso jantar, sem deixar de esquecer um prato para Renée quando ela chegasse. Fiz alguns filés de frango e percebi que estávamos sem mantimentos, tendo apenas pães, por isso desisti do jantar e preparei três sanduiches grandes para comermos. Guardei o de Renée na geladeira e, levei o meu e o de Morgan até ela.
Comemos conversando e não demorou muito para Stefany bater em minha porta. Ao atender, Morgan viu que era sua mãe e saiu correndo para abraçá-la.
-Oi, meu amor! – Ergueu-a em seu colo e afagou seu cabelo, sorrindo para mim. – Como foi sua tarde?
-Boa, eu me diverti muito com a Bella! – disse a pequena, animada.
Stefany sorriu ainda mais para mim.
-Obrigada, Bella, mais uma vez. – Dei de ombros, mostrando que não me importava em ficar com a pequena. – Agora, vamos para casa e botar essa menina aqui para dormir.
Morgan gemeu e nós rimos. Elas saíram e me deixaram ali naquela quitinete sozinha. Já tinha me acostumado com aquilo. Fui tomar um banho rápido, entrando correndo em meus pijamas mais quentes e, assim que me sentei no sofá para ver TV, escuto o barulho de alguém abrindo a porta. Rapidamente me ponho em defesa, mas solto um suspiro ao ver que era a minha mãe que havia voltado cedo.
Ergui uma sobrancelha e ela bufou, soltando a bolsa na bancada e andando até mim, largando os saltos gigantes. Sentou-se ao meu lado e deitou no meu colo, aconchegando-se. Comecei a mexer em seus cabelos.
-O que foi, mãe? Foi rápido hoje. – Comentei, sem deixar passar sua feição triste.
-Hoje foi cliente novo.
-Humm... – Renée suspirou. – E o que mais?
-Não tive relações hoje. Na verdade, só foi uma conversa.
-Sério? – Olhei-a espantada, isso nunca tinha acontecido. Ela assentiu. – Que bom, então, não é?
-É... Tirando uma coisa.
-E qual seria ela? – perguntei curiosa para saber mais da pessoa que não quis nada com a minha mãe.
-Ele era um jovem bonito, devia ter vinte oito ou nove anos, muito bem arrumado, olhos azuis claros, cabelos loiros e curtos... – Pela sua descrição, eu estava montando um personagem de filme bem bonito. – Mas ele queria me pedir um favor, não à ele, mas para o seu irmão.
-Certo. – Eu disse. – Não estou entendendo nada, agora.
-Ele disse que precisava de uma mulher que pudesse ir para a cama com o irmão dele, que tem vinte e três anos e, logicamente, não é mais virgem há muito tempo. E... Foi aí que eu entrei, perguntou se eu conhecia alguma mulher... Nova, para o irmão dele. – Meu coração acelerou de imediato. Não podia ser o que eu estava pensando.
Já?
-Por isso, disse a ele que tinha você. – Era oficial, estava dentro. E... Com muito medo, assustada demais, sendo que eu ainda nem tinha ido conhecer o cara! – Disse que você era nova nisso, que não tem experiência alguma e que tem dezoito anos. – Engoli seco, feliz por minha mãe estar com o rosto virado para longe do meu. – Ele perguntou por fotos e eu mostrei aquela com que ando na carteira, a da festa da Carmen...
-Huhum... – Concordei sem saber mais o que falar.
-Ele ficou espantado em como você era bonita e topou na hora. Perguntou se... – Senti o úmido em minha perna, Renée tinha voltado a chorar. – Perguntou se podia ser amanhã de noite e eu aceitei... – Voltei a mexer em seus cabelos, mostrando que estava tudo bem, sendo que não estava. Eu estava tendo quase um colapso mental.
-Ele... – Iniciei. – Ao menos falou por que ele quer que o irmão tenha relações com uma mulher daqui? – Senti-a assentir.
-Disse que era porque o irmão anda muito ocupado para ter esse tipo de relações por causa da sua faculdade de medicina e que não agüenta vê-lo enfiado nos livros, sem se divertir.
-Humm...
Então era um cara de vinte e três anos, que cursava medicina e o irmão mais velho queria lhe "dar um presente", enviando-lhe uma prostituta... Não sabia mais o que pensar. E eu que imaginava já ter visto todos os casos! Foi a partir daí que eu tomei a minha decisão, era difícil, mas não ia voltar atrás.
-Tudo bem. Eu aceito. – Minha mãe se ajeitou, virando-se de um jeito que me olhasse e pude comprovar o quanto eles estavam vermelhos por causa do choro. Negou com a cabeça. – Não, mãe. – disse do modo mais firme que pude. – Não vou voltar atrás. Vou e ponto final.
-Bella... – Ela me abraçou desajeitada pela forma que estávamos. – Desculpe, filha.
-Esqueça isso, mãe. – Sorri-lhe.
Passamos alguns minutos em silêncio até eu me lembrar do sanduiche que eu tinha feito a ela. Se levantou e correu até a geladeira, tirando o sanduiche.
-O que seria de mim sem você, hã? – Sorriu como uma criança.
-Uma morta de fome, sem teto. – Ficamos em silêncio, daí a sala/cozinha se encheu de gargalhadas nossas.
Depois de Renée alimentada, fomos nos preparar para dormir. Ela tomou outro banho – seu ritual assim que chega do trabalho – e se deitou ao meu lado na cama de casal. Disse-me boa noite, beijando a minha testa e eu fiz o mesmo. Virei-me para o lado contrário da cama e tentei me forçar a dormir, mas o sono teimava em não vir.
Na minha cabeça, ainda processava a informação que recebi. Achei que fosse demorar muito mais para aparecer um cliente, para... mim! Só que teve o efeito contrário, havia sido rápido e nem tive tempo de me preparar psicologicamente. O desespero que empurrei para depois apareceu com tudo e trouxe como resposta o acelerar frenético do ritmo do meu coração.
Amanhã de noite, seria a minha primeira noite. Estava nervosa, não sabia o que esperar, como agir, o que falar, o que fazer... Haviam milhões de perguntas explodindo a cada segundo na minha mente, apenas me deixando com mais medo ainda.
Fechei meus olhos com força, quando senti minha mãe me abraçar.
Não.
Não ia decepcioná-la e ia sem fugir e voltar atrás.
Faria isso por ela e, de alguma forma, por mim também. Só depende de mim.
FIM DO CAPÍTULO!
Reviews para eu saber se continuo ou desisto? ;]
E, respondendo perguntas futuras, Edward vai aparecer no próximo. Não se preocupem ;P
Obrigada e beijinhos para aquelas que pararam para ler isso! :D
Bye!
Lina Furtado.
