Sakura e seus personagens nao pertence a mim.
OBS: Algumas caracteristicas fisiologicas nao batem com os personagens pelo fato de eu ter adaptado sakura a minha historia se eu mudace certas coisas nesse aspecto poderia afetar o enredo -


Capitulo 1

O contrato

Na vida às vezes temos aqueles dias em que tudo resolve simplesmente dar errado e por mais que tente fazer algo ele vai terminar pior do que começou. Sakura era um tanto desatenta por isso ao olhar dos outros acabava levando fama de uma tremenda azarada ainda que ela mesma se negasse a ver dessa forma. Naquele dia quente de final de junho a menina estava no auge de sua adolescência havia completado dezesseis anos poucos meses atrás e no ultimo dia de aula antes das férias tinha decidido algo importante que na mente dela mudaria essa visão de ser "pé frio".

Por isso se arrumou o quanto pode naquela manhã, seus cabelos castanhos escuros que sempre mantinha amarrados dessa vez tomou coragem por solta-los a franja que ficava de lado, partida ou até mesmo para trás agora se formavam apenas uma sobre os olhos âmbares dela, podia até não parecer grande mudança para muitos, no entanto, para Sakura que era a vergonha em pessoa era mais do que um salto na mudança, sendo assim de um de um jeito geral se arrumou o quanto podia e sem dar importância para qualquer coisa que havia em sua casa foi para escola com a esperança de uma boa resposta para sua declaração.

Sakura morava com a sua mãe Nadeshiko e sua avó Sonomi, seu pai que nunca chegou a conhecer abandonou ela e a mãe quando tinha dois anos e talvez por isso não lhe afetava tanto o fato do abandono, entretanto não se podia dizer a mesma coisa da mãe da menina.

Sua avó já era uma figura excêntrica, Sakura tentava o quanto podia, mas simplesmente não entendia Sonomi. Diferente da mãe Sonomi era inquieta, faladeira, consumista e um tanto mal educada...Mas seu maior defeito era seu vício por viagens, ainda que não tirasse dinheiro de casa isso assustava Sakura e Nadeshiko pois ambas não tinham idéia da onde ela tirava tanto dinheiro para esses tantos lugares que ela ia, sua aposentadoria com certeza não daria pra pagar tanto já que ela mal parava em casa e como se não fosse o suficiente a situação estava ficando complicada pois cada dia que se passava estava difícil Nadeshiko cobrir todos os gastos sozinha. Mas não adiantava conversar com ela, Sonomi sempre conseguia escapar igual a uma adolescente quando leva bronca dos pais.

Só que nesse dia Sakura não pensaria nisso, havia treinado a semana inteira para isso e nesse momento ele já estaria na biblioteca esperando-a para saber sobre o que queria conversar.

Yukito estudava na mesma sala que ela desde a oitava serie, não eram amigos próximos de contar segredos um pro outro, no entanto se entendiam só que desde o inicio do ano que Sakura passou a vê-lo de outra maneira mais carinhosa e por fim acreditou estar apaixonada e se declararia para ele.

Chegando lá o garoto alto de cabelos loiros parecia estar num ambiente não muito do seu próprio feitio, fitou ela com certa urgência já pronto pra ouvir o que menina queria com ele. Aproximou-se dele e com a mesma urgência tentou falar com os lábios um tanto trêmulos em pronunciar o que decorou a semana inteira, suas mãos geladas se apertavam para espantar o nervosismo que estava na frente daquele que pretendia se declarar e a mirava estranhamente.

_Bom...eu...erh..._respirou bem fundo_Estou apaixonada por você!_falou auto abaixando a cabeça para ele não ver a vermelhidão que estava estampada em seu rosto.

_Desculpa... Mas..._ ele olhava para os lados com a expressão sem graça_ Sabe eu não estou interessado.

Fitou-o com o sorriso amarelo e sem jeito saiu doida para se estirar no próximo rio que visse. "E esse é começo do fim da minha vida, sendo rejeitada" pensou consigo mesma. Ao voltar para a sala debruçou sobre a sua carteira segurando o choro o máximo que pode só que estava difícil. Sakura já imaginava que esta era a resposta dele, agora sua fama provavelmente só iria aumentar, por ser muito avoada estava sempre tropeçando nas coisas ou fazendo-as cair sobre si, por estar sempre no lugar errado na hora errada, com esse fora todo mundo só iria ter certeza do que eles já pensavam, gostar de um garoto que não gosta de você, isso sim e um tremendo azar,no entanto, ela sabia que esse não era o caso ela reconhecia seus próprios defeitos, mas se livrar deles era outro assunto.

_Pela a sua cara já imagino a resposta dele..._Disse uma Tomoyo que era sua amiga de infância sentando-se a frente dela.

_É...Ele disse que não ta interessado, enfim levei um fora..._murmurou permitindo que seus cabelos escondessem seus olhos que já estavam cheio de lágrimas.

_Não ligue pra isso, além disso, que resposta é essa "eu não to interessado"? Mas ele nem era tão assim pra colocar você pra baixo. _ complementou Chiharu do lado dela.

_É e pensa no lado bom... _todas fitaram Rika tentando imaginar que "lado bom" poderia ter isso _Hoje é o ultimo dia de aula, até o final das férias ninguém mais vai lembra desse mico. _ Rika não era o tipo de amiga carinhosa com palavras doces, na verdade era bem realista e não se importava se magoava ou não a pessoa. _Mas sério Sakura... Que azar hein?

_Rika! Não diga isso pra ela!_Brigou Tomoyo com ela e depois tocou a mão da amiga sorrindo para poder tentar acalma-la ainda que não adiantasse muita coisa.

Nesse momento a única coisa que passava em sua mente era "não dá para piorar", no entanto, Rika tinha razão, em um certo ponto ao menos não precisava encara-lo por um mês, seria um tanto vergonhoso.

Indo para sua humilde casa a garota tentava esquecer o desastre da manhã, só que ao chegar em casa pareceu que este seria o menor dos problemas naquele dia.

_Mamãe?_Procurou a mulher de cabelos longos pela casa inteira e quanto mais procurava mais se assustava as roupas e coisas pessoais dela já não estavam lá. Fotografias, cosméticos, seus ursinhos de pelúcia e até mesmo sua coleção de bichinhos de porcelanas que avia ganhado do seu avô não estavam lá.

Procurou pelas coisas da avó mais também não encontrou nada, ainda que as roupas da Sonomi nunca ficassem no guarda roupas. Agora sim ela não iria agüentar se afundou na própria cama em meio a um desespero pronta para desabar no choro mais uma voz grossa vindo ao fundo a fez segurar essas lágrimas.

_ sтª Kinomoto?_Dessa vez ouviu claramente a voz de um homem vindo da sala, e ao mirar ele se espantou, era um homem alto e muito bem arrumado com cabelo quase loiro dono de olhos esverdeados bastante cativantes, possuía uma postura elegante e um jeito peculiar de agir. _É a sтª Sakura kinomoto?_ Questionou mais uma vez, a menina somente afirmou com a cabeça sem conseguir soltar a voz. _Sou Fujitaka Wang , estava a sua espera_ falou ele se reverenciando_ Está pronta para partir?_Era tudo pavoroso e confuso Sakura não tinha idéia do que estava acontecendo muito menos que fazer e agora só coisas ruins lhe vinham a cabeça.

_Partir? Partir para onde? Cadê minha mãe e minha avó?_perguntou dando um passo para trás dependendo da resposta ela sairia correndo.

Aquele homem um tanto charmoso franziu o cenho estranhando a atitude dela.

_Vossa avó não lhe informou?_ Quando a garota notou que tinha haver com Sonomi sentiu um frio percorrer a espinha e se estremeceu por completa, imaginava agora da onde sua avó tirava tanto dinheiro, um homem arrumado daqueles com aparência estrangeira só podia ser da máfia e por conta disso teria se enfiado em uma encrenca.

_Você é algum tipo de agiota?_ afastou-se com temor na sua voz. Aquele rapaz de terno e expressão séria de repente como se tivesse ouvido uma piada bem engraçada gargalhou até quase chorar, então ele respirou fundo se segurou ainda com um sorriso no rosto e tentou voltar a postura de antes.

_Não precisa ter medo garanto-lhe que não sou nada do tipo. _Sorrio mais ternamente para ver se acalmava mais a menina_ A Sr.a Sonomi e vossa mãe Nadeshiko estão em sua nova casa, só estou aqui para leva-la.

Assim ela sentiu um alivio enorme que chegou a corar de vergonha por pensar algo tão ruim dele.

Assim ela o seguiu até um carro preto importado de luxo obrigando a se questionar novamente se ele não seria mesmo de uma máfia.

Um carro chique, um motorista e mais um homem elegante para levá-la até a nova casa? Obviamente alguma coisa não estava certa fora o fato de ninguém ter lhe avisado que iriam se mudar. Sakura fitou Fujitaka discretamente, ele era robusto, bem apresentável e um tanto charmoso, que envolvimento teria Sonomi com este rapaz que aparentava não ter mais que trinta e cinco anos.

_Sua avó não lhe contou nada, não e mesmo?_Disse ele entre um sorriso e outro percebendo que ela observava curiosamente.

_Não... _Respondeu ela timidamente_ Você não poderia me contar?

_Bom eu creio que sim... _Ele pensou um pouco olhando para os lados_ Por onde eu começo?_ Questionou a si mesmo_ Há um tempo atrás por motivos pessoais imagino eu, o mais vosso avô Sr. Kinomoto fizeram um contrato embora seja bem antigo ainda é válido de possíveis empréstimos que algum membro da sua família fosse fazer nas empresas Li; esse contrato ainda que não tenha data de pagamento e talvez por isso seja válido até hoje, constava ou consta um limite de valor de empréstimos que se estourado os procedimentos escritos naquele contrato deveria se proceder; como a Sr.a Sonomi excedeu esse limite, a partir de hoje ele deverá ser executado._ Ela não entendeu as partes mais complexas da explicação, no entanto captou uma parte interessante dessa historia.

_Espera um pouco... Está me dizendo que a vovó vem pegando dinheiro emprestado da sua empresa e que agora a gente tem que pagar de acordo com o que esse contrato diz?_Todo alivio de antes agora era substituído por muita tensão, de certa forma aquela conversa não estava fluindo da maneira que a menina esperava geralmente tudo que relacionava a avó á apavorava.

_Minha empresa não sтª…_corrigiu a garota fazendo uma pequena pausa_ A empresa é do Sr. Li, mas pelo visto nem do empréstimo a sтª sabia.

_De quantos estamos falando Sr. Wang?_ A pergunta saio como que rasgando a garganta com um medo assustador da resposta.

_Ao certo o total eu não sei, devido ao atraso do descobrimento desse contrato, porém quinhentos mil era o limite. _Ouvindo isso se viu perdida, sentiu um aperto forte no coração como se estivesse à beira de um precipício, talvez não fosse para tanto o desespero, mas para ela era como desistir de tudo para pagar esse divida assim mais uma vez naquele dia ela se segurou para não chorar.

_Sr. Fujitaka e agora? Nós não temos esse dinheiro todo_ disse ela em um tom baixo e choroso, ainda não querendo ouvir a resposta.

_Como lhe expliquei antes o contrato será executado!_respondeu ele com um sorriso calmo e modesto.

_E o que diz nele?_certamente nada do que perguntasse parecia vir uma boa resposta. Com um indicador e o polegar sobre o queixo ele ficou pensando.

_hum... Se me recordo bem, de hoje em diante o certificado de matrimonio será preenchido e válido e a sтª não só terá acesso aos vinte por cento da parte de vosso avô como estarão a sua disposição todos os bens do jovem mestre... _Sim nesse momento ela já não entendia mais nada, uma montante de confusão pairou sobre a mente da menina enquanto aquele continuava sorrindo simpaticamente dando a impressão de parecer achar graça da situação.

_Calma ai, matrimônio, vinte por cento de ações que pertence a mim... Não to conseguindo entender.

_Como não?_Arqueou uma das sobrancelhas curioso_ O Sr. Kinomoto era dono de vinte por cento das empresas Li, ainda que não saiba por qual razão seu avô não quis tomar conta e deixou sobe responsabilidade dos Li, só que nenhum dos Li tem permissão para tocar no dinheiro que deveria ser dele... _Sakura não entendia nada, seu avô era rico e não era, o homem percebeu pela expressão confusa da menina e tentou pensar em uma forma mais esclarecedora de explicar para ela. _ Veja bem sтª kinomoto é como se eu fosse dono de um supermercado e a senhorita dona de dois setores dentro dele, o de cosméticos e o de alimentos ainda que eu seja dono do resto do supermercado e ganhe certa comissão em cima deles a senhorita ainda teria a maior parte das vendas nelas geradas, mas sou eu quem cuida da organização, do controle, do que entra e sai, basicamente foi isso que aparentemente seu avô fez enquanto vivo, deixou o trabalho nas mãos dos Li.

_Mas se temos esse dinheiro porque a vovó pegaria dinheiro emprestado com vocês e mais se esse é o caso podemos pegar esse dinheiro pra pagar a conta não?_Uma faísca de esperança brotou nos olhos da menina "será que nem tudo está perdido?" pensou ela.

_Não pode por dois motivos, primeiro porque o contrato visa essa possibilidade e a descarta totalmente sendo proibida, segundo que ninguém pode ter acesso à conta onde está esse dinheiro; acredito que era desejo do seu avô essa união, pois até onde eu sei você só podem ter acesso a tudo a partir desse contrato. _Com um sorriso no canto da boca ele concluiu_ Jovem mestre acredita que eles pensaram em todas as possibilidades e por isso não há saídas, afinal o Sr. Li era um homem muito inteligente.

_Me diga uma coisa, você diz que "eu" terei esse acesso, que "eu" farei isso... Mas e mamãe e vovó.

_Se de fato o contrato for executado, somente "você" terá acesso a tudo.

_E porque só eu, ou melhor, porque eu?_Questionou indignada, parecia até que iria pagar pelas idiotices da Sonomi.

_Veja bem... Lá se refere especificamente aos primogênitos de idade comparada às filhas se é que entende; _Não, ela não entendia, mas fingiu que captou_ Você sendo filha única se torna herdeira e primogênita da parte da família Kinomoto, o Jovem Mestre da parte da família Li, assim você é quem terá o nome assinado.

_Isso quer dizer que...

_Que á divida não sendo quitada, a partir de hoje se tornará uma Li._Interrompeu concluindo o raciocínio dela.

Pela primeira vez Sakura pensou em suicídio, pular do carro lhe parecia uma escolha tão agradável naquele momento que ficou tentada a se jogar, estava pagando por algo que se quer tocou... "Um casamento forçado! É o fim!" pensou ela em desespero, a ironia á sua mente dizendo "É... As coisas podem realmente piorar".

Quieta mirando o chão Sakura imaginou seu sonho e o de toda garota de se casar com quem se gosta sendo desmoronado e agora um pesadelo parecia se formar, sem muito razão começou a desenhar em sua mente como seria esse tal Senhor Li e tudo o que imaginava era um homem depravado, sem escrúpulos ou educação totalmente consumista.

Sentia tanta vontade de gritar e desabar no choro que seus olhos ardiam tentando conter as lágrimas que vinham e pareciam voltar, agora sim estava difícil segurar toda amargura, queria muito que tudo não passasse de uma piadinha de muito mau gosto que chegou até a cruzar os dedos para que fosse, no entanto, sabia que não era.

_O Sr. Li concorda com isso?_falou com a voz falha, tinha que manter alguma conversa se não era bem provável que não agüentaria e choraria ali mesmo.

_Sim... Na verdade ele também não tem muita escolha.

_E porque não? É só ele perdoar a divida...

_Como eu lhe informei antes senhorita, seu avó e o Senhor Li pensaram em tudo e estavam mesmo intencionados a querer essa união, ou seja, ele não pode, na verdade nem divorcio é uma opção ainda, já que ambos são menores de idade, e a divida esta toda catalogada e datada teria que burlar a justiça para isso, é basicamente uma faca de dois gumes, querendo ou não vocês dois não tem escolha. _explicou ele.

_Hein? Ele não é maior de idade?_Arqueou a sobrancelha confusa_ Pensei que já fosse quase um idoso, qual a idade dele?

Fujitaka gargalhou mais uma vez, aquela menina realmente não tinha idéia do que estava acontecendo e ainda sim a imaginação dela não ajudava em nada, pensou naquele momento que seria sim uma aventura dela por perto na casa dos Lees.

_ sтª Kinomoto estamos falando do Jovem mestre não do Sr. Liang Li... Até porque se fosse o caso não seria você a ter que se casar, já que como disse anteriormente o contratado visa idades comparadas e também porque o Sr. Liang faleceu faz um ano e alguns meses atrás._Abaixou a cabeça sem o sorriso no rosto.

_Jovem mestre, Sr. Li, Sr. Liang...De quem estamos falando?

_Simples o Jovem Mestre como normalmente o chamamos que é também o Sr. Li é neto do Sr. Liang Li que descansa em paz, será com o Jovem Mestre o Shaoran Li que se conciliará._Não questionou mais, só que agora imaginava um rapaz depravado, mal educado e sem pudor.

_Não se preocupe o não e como aqueles playboyzinhus metidos, ele e uma boa pessoa, garanto lhe que não te fará mal algum_Fez uma pausa meio pensativa_ Embora possa parecer assustador no inicio, aos poucos você se acostuma com o jeito dele._ Ainda que sua intenção fosse tranqüilizá-la essa tática não deu muito certo.

Sakura já estava formulando outras perguntas em busca de uma saída, no entanto, foi surpreendida com a visão da casa em qual o carro entrara.

Na verdade estava mais para uma mansão, tinha um jardim enorme na entrada bem estruturado e cheio de flores era uma vista magnífica, os Li deviam ter seus próprios paisagistas para deixar aquilo como estava, até então a menina só tinha visto algo parecido em filmes.

Ficou completamente perdida em olhares, não sabia onde focar para observar melhor e ao entrar naquela casa que era tão grande por fora quanto por dentro ficou perplexa e encantada.

Havia uma escadaria com um tapete que ia até o andar de cima, era um espaço enorme, ao lado esquerdo se podia ver da uma porta grande a sala, enquanto do direito possuía uma porta média fechada o que aguçou sua curiosidade em o que poderia ter lá.

O ambiente era todo bem decorado com um tema meio antigo era quase clássico, cheio de quadros surrealistas e estranhamente com poucas fotos, na verdade só tinha uma de provavelmente uma família estrangeira "Esses devem ser os Li" pensou ela.

Enquanto ainda se deslumbrava com o ambiente Sakura vio sair daquela sala a culpada de tudo, sua avó junto a sua mãe que se aproximaram uma mais feliz que a outra.

_Querida!_Chamou Nadeshiko envolvendo a em um abraço.

Sem muita calma ela retribuiu o abraço, no entanto, ainda encarando a avó com um olhar quase fuzilador; se afastou da mãe e respirou fundo. Sakura não era de gritar e perder a paciência, pelo contrário era paciente e raramente brigava com as pessoas, mas aquele era um caso a parte se via na pior situação que um ser humano poderia estar, ficando a mercê de estranhos.

_Vovó como pode fazer isso?_Falou ela em um tom alterado_ O que droga você tem na cabeça? Pegar esse dinheiro sabendo da nossa situação!_Estava realmente visivelmente irritada.

_Relaxa filha! Não é tão ruim assim... _Disse Sonomi sem jeito.

_Não é tão ruim assim?_fitou ela zangada._Nós fomos levadas de casa, não temos mais nada e para piorar estou sendo obrigada a me casar com um desconhecido por SUA culpa! Por causa da SUA irresponsabilidade!

_Querida Calma!_Nadeshiko tocou o ombro da menina.

_Como mamãe? Você diz isso porque não é você que tem que pagar pelas idiotices dela!_O tom não era tão auto Sakura não conseguia gritar o quanto realmente queria mais estava alterada e isso era visível.

_Quanta barulheira!_Ecoou uma voz ao fundo. Ao fitar na direção da escadaria Sakura avistou o dono daquela voz rouca e jovem descendo as escadas com a mão esquerda ajeitando a gola da camisa e a outra no parapeito da escada. Ele se vestia formalmente com uma camisa social preta com listras brancas finas quase invisíveis com uma calça da mesma cor, porém sem listras, seus olhos esverdeados que lembrava os dos Sr. Fujitaka, junto a sobrancelhas formavam uma expressão impaciente, os cabelos escuros bem arrumados se não fosse algumas mechas rebeldes que insistiam em cair sobre os olhos do garoto.

Possuía uma baixa estatura, não devia ter mais que um metro e cinqüenta dando um susto na menina, era impressão dela ou ele aparentava ter uns doze a quatorze anos?

_Jovem Mestre!_ Wang se reverenciou para garoto voltando-se para Kinomoto._Senhor esta é a sтª Sakura Kinomoto.