Título: Desejo Impossível.
Autor(es): Veri/Felipe.
Gênero: Drama, Angústia, Romance (em se tratando de Jameron, sempre são os três).
Casal: Jameron; "Hot"; um "casal surpresa" que não posso contar para não estragar.
Censura: NC-17.
Sumário: "O mundo todo tentou nos separar, mas por amor nós conseguimos vencer o espaço e o tempo; e então continuamos correndo, só nosso amor resta no fim. Abraçando um futuro tão imprevisível e se atendo a um desejo impossível, as cores de meu coração que não se desbotam, eu erguerei para a luz.".
Notas Gerais do Autor:
(i) A idéia dessa fic nasceu em uma conversa por MSN com a Veri na madrugada em que foi exibido na FOX a finale "Born to Run". Conversando, chegamos a conclusão de que o John ir para o futuro atrás da Cameron foi talvez a maior prova de amor que ele pôde dar a ela. "Filosofando" (rectius: surtando/divagando) sobre isso, a Veri escreveu uma coisa linda, que mais parecia um trecho de uma fic, que fez entrar ciscos nos meus olhos. Comentei com ela o quanto era bonito o que ela tinha escrito e ela pediu que eu fizesse uma fic com isso. Como eu não consigo recusar o que ela me pede, eis aqui minha tentativa. Obviamente não vai chegar sequer perto do que seria caso ela mesma tivesse escrito, mas eu vou tentar o meu melhor. O modus operandi da escrita dessa fic foi assim: eu escrevia o esqueleto e mandava para Veri, que dizia o que achou e dava suas sugestões e opiniões sobre enredo, diálogos e atitudes dos personagens. Agradeço também a Marina pela revisão e comentários. Obrigado, Marina! Love you!
(ii) A fic se passa certo tempo após "Roda Gigante", e pegará o gancho da finale "Born to Run", com a ida de John para o futuro atrás de Cameron, mas não seguirá fielmente os acontecimentos da série (afinal, tivemos que encaixá-la no AU que eu criei nas fics anteriores).
(iii) Sinto muito, mas não tem o Kyle. Embora ele constasse dos meus planos, eu percebi que não ia saber conduzir a relação dele com os outros personagens. Espero que ninguém me bata por causa disso. Coloquei outro personagem no lugar dele.
(iv) A narração será predominantemente em 3ª pessoa, mas em certas ocasiões será narrada do POV de alguém.
(v) Minha segunda fic com cenas NC-17; espero que não fiquem ruins. Obviamente não chegam aos pés do "perv poético" da Veri (nem ouso isso, longe de mim), mas espero que vocês gostem.
É isso aí! Vamos ao que interessa.
Desejo Impossível.
Prólogo
E então, o humano John Connor se apaixonou por sua ciborgue, Cameron Phillips, e ela amou-o em igual medida. Eles lutaram por suas vidas, juntos; eles lutaram por sua vida juntos. Então, em uma virada do destino, ela se foi para longe de John... Longe no espaço, longe no tempo... Mas nunca foi esquecida; ela vivia em John: ele nunca desistira dela. Encontrá-la, salvá-la, estar com ela. Ele enfrentaria todos, todo o mundo, o espaço, o tempo... Ele encararia o desconhecido e em um futuro próximo, o destino os uniria para sempre, de novo. Isso parece um desejo impossível? Não quando o humano se apaixona pelo robô e o ciborgue cai em amores pelo humano. Não para John e Cameron.
Capítulo I: Andanças & Encontros.
Dentro de um Carro em Movimento, em Algum Lugar dos EUA (Final da Tarde, 2007).
Derek estava dirigindo o carro de volta para a casa dos Connor. A missão havia sido - por assim dizer - um fracasso. O cientista o qual ele havia atrás junto com Sarah não tinha qualquer relação com a Skynet. Em verdade, ele sequer trabalhava com o projeto para confecção do sistema que interligaria os sistemas bélicos em um software central. Aparentemente, alguém já "havia cuidado" disso.
Reese não sabia o que era pior: a sensação de ter falhado e perdido uma semana e meia até encontrar o dito cientista ou saber que ainda teria mais uma e semana e meia até chegar de volta à casa dos Connor... ouvindo as reclamações de Sarah em seu ouvido. "Você devia ter pesquisado melhor... você nos fez perder muito tempo para nada... eu não devia ter vindo, eu devia estar fazendo alguma coisa útil para impedir a Skynet...". Deus, por quanto tempo ele ainda ouviria isso?
"Ela realmente não devia ter vindo. Não era a coisa certa a se fazer: ela deixou John sozinho com... ela! Ela não... aquilo! Mesmo depois dela (não... daquilo) ter tentado matar John. Ela deixou John sozinho com aquela vaca de metal. Literalmente, ela os deixou sozinha com o inimigo. Isso não é bom! Eu me lembro do John do futuro... Eu me lembro da Cameron no futuro. Lembro deles no futuro. Eu nunca os vi, nunca ninguém os viu... 'juntos.' Mas não era muito difícil concluir. Pelo amor de Deus, eles passavam o dia inteiro trancados naquele quarto; não era em nós em quem John confiava: era nela. Não era à toa que os soldados eram revoltados com ela. John, estava dormindo com o inimigo e ela andava em nosso meio como se fosse uma de nós... Mas não era uma de nós, e nunca será: ela sempre será a 'vaca de metal que acompanho o John pelos cantos', como nós a chamávamos. Eu conheci o John do futuro e conheço o John agora. Por mais que ele aja como John Baum, e não como John Connor, no fundo ele é o nosso líder: sua personalidade já está nesse John. Mais cedo ou mais tarde, ele vai parar de se conter e vai assumir o que vejo em seus olhos pela Cameron. E comigo e Sarah longe, isso vai acontecer... logo. Ela realmente não devia ter vindo", Derek pensava enquanto dirigia.
O Sol ia se pondo e Sarah tentava dormir com a cabeça apoiada no vidro. Derek precisava parar em um hotel qualquer na estrada para eles passarem a noite. Os dois estavam exaustos da viagem e mereciam uma boa noite de sono. Derek estava tão entretido em seus pensamentos e medos sobre John e Cameron que não percebeu quando passou por cima de um buraco, acordando uma Sarah já mal humorada.
"Por Deus, Derek, você não consegue fazer nada direito? Além de ter me arrastado para assim fim de mundo para nada ainda não me deixa dormir?"
"Eu te arrastei? Pelo que me lembre, foi você quem me jogou na parede e praticamente me obrigou a deixar você vir junto. A única vez que eu te vi com tanta raiva foi quando eu usei a sua escova de dentes...", ele retrucou, com um certo tom de brincadeira.
Sarah não pôde evitar um sorriso com o canto da boca. "Apenas dirija logo, até nós chegarmos ao hotel. Eu preciso urgentemente de uma cama, um lençol e um travesseiro".
"Eu trocaria tudo por um banho... É disso que estou precisando."
Derek ainda pôde escutar Sarah murmurando, antes de dormir: "Você realmente precisa... Nós precisamos".
E o pensamento começou a ocupar de novo a sua cabeça: "Ela realmente não devia ter vindo. Eu sabia disso e ela sabia. Mas ela veio. Por quê?"
Mal sabia ele que a resposta era óbvia e ele já a tinha: era o mesmo motivo pelo qual ele a permitiu ir com ele.
Após mais ou menos uma hora de viagem, Derek viu um hotel na beira da estrada e estacionou o carro, colocando a mão no ombro de Sarah e com uma voz suave, chamou-a: "Sarah, acorde, nós chegamos ao hotel!".
Sarah, ainda meio sonolenta, colocou sua mão por cima da de Derek e respondeu: "Já estou indo, Reese.".
Aquilo foi como uma navalha cortando os pulsos de Derek. Era tudo que ele não queria ouvir da boca de Sarah nessas horas. Ele rapidamente tirou sua mão debaixo da de Sarah e disse para ela: "Eu não sou o Reese, Sarah! Eu já te falei isso uma vez, mas vou repetir: talvez seja hora de você deixá-lo ir...".
Sarah tirou sua cabeça do vidro do carro e agora totalmente desperta, virou-se e com seus olhos verdes bem abertos, encarou Derek: "Alguma vez você pensou na hipótese de ser você que não me permite deixá-lo ir? Talvez você devesse deixá-lo ir primeiro.".
Na selva verdes dos seus olhos, eu digo "Salve-se quem puder!", pois quando o tempo fecha chove raio à toa. Segure minha mão, deixe disso! Troque o disco arranhado... Jogue fora o medo e aceite o meu amor! Peguei a linha do horizonte e bordei meus sonhos. Nos sonhos meus eu pintava o céu quando você me trouxe o mar. Eu fui nas ondas deste teu olhar e aportei na tua beleza. Cantei meus versos pra te encantar e aticei a chama acesa. Eu fui nas ondas desse teu olhar e naveguei... Me apaixonei...
Antes que Derek pudesse ao menos processar o que ela havia acabado de dizer e se desprender do transe que aqueles olhos verdes lhe impuseram, Sarah quebrou o contato visual, abriu a porta do carro e disse com seu tom ríspido usual: "Vamos logo pegar um quarto nesse maldito Hotel. Eu quero dormir e você precisa tomar o seu banho".
Após fazerem o check-in e descobrirem que só havia quartos com cama de casal disponíveis, os dois se dirigiram ao quarto alugado.
Sarah foi imediatamente para a cama, deitou-se e fechou seus olhos. Derek colocou as sacolas de roupas no chão e sentou-se em uma cadeira, próxima a cama. Ele ficou olhando Sarah dormindo por um tempo, pensando no quanto ela era linda. Derek entendia, agora, porque seu irmão guardava aquela foto com tanto cuidado e não pensou duas vezes em voltar para o passado para protegê-la. E pela primeira vez em sua vida, ele teve inveja de Kyle, por ele ter se ligado a Sarah de um jeito que Derek não conseguira. Pois Kyle havia tido Sarah para ele. E isso era tudo que Derek queria no momento: arrancar aquela camisa branca e tirar as calças e botas pretas que ela usava e a possuir, ali mesmo naquela cama de hotel. Sem hesitar, sem segundos pensamentos... Nem John, nem Cameron, nem a Skynet, nem a guerra... Apenas ele e Sarah, sem o fantasma de Kyle rondando entre os dois. Ele foi um bom soldado; ele lutou a vida toda: ele merecia isso!
Os pensamentos de Derek foram abruptamente interrompidos pela voz nervosa de Sarah:
"Derek, você não ia tomar banho? Eu não consigo dormir com você me encarando desse jeito!".
"Banho... Certo...", foi o único pensamento que Derek conseguiu balbuciar na hora.
Derek rumou para o banheiro, com a cabeça repleta de pensamentos, dúvidas e incertezas sobre o que ele deveria fazer, como deveria agir... Ela era sua cunhada: ela e John eram as únicas coisas que ainda o ligavam a Kyle.
Ele ligou o chuveiro, na esperança de que a água quente lavasse essas questões de sua cabeça, permitindo de uma vez por todas que ele deixasse Kyle ir embora, como Sarah havia dito.
Por uns cinco minutos, Derek ficou imóvel embaixo do chuveiro, com a cabeça encostada na parede, pensando em John, em Cameron, na guerra, na Skynet, em Kyle, mas, sobretudo, em Sarah. Ela era um pensamento constante em sua cabeça desde que ele voltou a esse tempo, mas nos últimos meses estava quase impossível tirá-la da mente.
Derek pegou o sabonete e assim que ia começar a passá-lo, quase teve um ataque do coração: Sarah havia entrado no banheiro e puxado a cortina (tal qual já havia feito uma vez). Derek ficou petrificado, sem qualquer reação, ele não sabia o que fazer, o que dizer ou até mesmo o que pensar. Tudo que ele conseguia fazer era fitar as esmeraldas contidas nos olhos de Sarah e se perder naquele verde mar.
"Derek, eu preciso te contar uma coisa.".
"Uh... Hum... Eu estou em uma situação desfavorável aqui, Sarah. Não podia esperar eu acabar de tomar banho?".
"Não, Derek, não podia. Ou então a chance passaria e tudo ficaria igual. E eu não quero mais que tudo fique igual. Eu estou cheia disso. Cheia de só ser a mãe do Messias, de ser uma guerreira. Agora, eu quero ser a Sarah.".
"Eu não sei se estou te entendendo, Sarah. Você sempre foi mais do que uma guerreira ou a mãe de John para mim. Aos meus olhos, você sempre foi a Sarah.".
Passaram-se alguns segundos onde só o que se ouvia eram a água do chuveiro caindo sobre Derek e as respirações pesadas dos dois. Ambos estavam ali, querendo a mesma coisa: não havia mais volta, aquilo ia acontecer. Mas Derek precisa saber de uma coisa: aquilo ia acontecer com ele?
"Sarah, eu não sou o Kyle...".
"Eu sei... Logo que nos conhecemos, você me perguntou por Kyle, perguntou onde ele estava. Eu respondi que ele estava 'na grama', não 'em meu coração'. Eu já o deixei ir... E você? Está pronto para deixá-lo ir?"
Derek não respondeu a pergunta... Apenas ficou olhando para Sarah e deixou o sabonete cair de sua mão. Quando ele ia abrir a boca para falar alguma coisa, Sarah voou em sua direção, lhe dando um beijo tão vigoroso que seu rosto doeu com a pressão que ela lhe impunha e com a força que as mãos dela puxavam sua face de encontro a dela.
Derek foi andando para trás, trazendo Sarah para dentro do box, até chegar à parede. Sarah entrou em baixo do chuveiro sem sequer se importar com o fato de que ainda estava vestida. No momento, isso era apenas um detalhe: eles não iam precisar de roupas no que estavam prestes a fazer.
Sarah prendia Derek contra a parede, enquanto Derek passava as mãos por todo corpo de Sarah, como há muito ele havia imaginado. O beijo ia ficando cada vez mais caloroso enquanto Derek desabotoava a calça de Sarah e lentamente a mesma ia caindo ao chão. Sarah quebrou rapidamente o beijo assim que a mão de Derek chegou a barra de sua camisa, levantando seus braço para que Derek pudesse puxá-la. Finalmente ela estava apenas com sua lingerie branca à mostra, molhada pela água que caía do chuveiro, deixando-a levemente transparente, expondo seu corpo para Derek, que a esta altura não conseguia mais formar nenhum pensamento coerente em sua cabeça.
Após alguns segundos olhando para Derek, Sarah levou suas mãos às costas, tirando seu soutien, deixando seu busto a mostra para Derek. Reese beijou Sarah mais intensamente, passando bela boca, pescoço, parando em seus seios por um tempo. Posteriormente, seguiu descendo para a barriga e vagarosamente tirou a calcinha de Sarah, deixando-a completamente nua. Então, beijou-lhe a virilha e seguiu para o centro, fazendo Sarah sentir como há muito tempo não se sentia. O prazer tomou-lhe o corpo e ela se entregou por inteiro: ela queria sentir aquilo, ela merecia se sentir assim!
Assim que Derek voltou ao encontro de Sarah, ela segurou-lhe e o guiou para dentro dela, encostando suas costas na parede. Agora eles estavam juntos e conectados como ambos queriam há tempos. Como ambos desejavam e mereciam estar. Derek segurou as mãos de Sarah e as levantou em cima da cabeça e ditava o ritmo da paixão entre eles, vagarosa no começo mais que ia aumentando de velocidade na medida em que os beijos e gemidos iam ficando mais constantes e quentes.
Em pouco tempo, os sons vindos dos dois sobrepujavam o som da água caindo e era tudo que se podia ouvir vindo do quarto. O corpo deles estava mais quente que a água que caia do chuveiro. Talvez eles fossem o casal mais quente da Terra neste momento e finalmente não havia mais ninguém que se colocasse no meio dos dois.
Não demorou muito tempo para que os dois chegassem ao clímax e os movimentos diminuíssem lentamente até cessarem por completo, com a cabeça de Derek caindo para repousar na de Sarah. Após alguns segundos recuperando o fôlego, eles se beijaram novamente e Derek desligou o chuveiro, pegando uma toalha e entregando-a para Sarah, que se enxugou e enrolou seu corpo com ela. Derek pegou uma para si e igualmente se cobriu, voltando seu rosto para Sarah, que lhe deu um sorriso meio sem graça.
"E então, como ficamos daqui para frente?", Derek perguntou.
"Derek... Entenda, eu gostaria de contar para o John e fazer isso tudo às claras, mas... eu não posso. Não agora, eu não posso lidar com isso agora! Eu sei que isso não é justo com você, mas é assim que as coisas são. Estes são os meus termos. Se você aceitá-los, nós podemos tentar fazer isso funcionar; caso você não os aceite... pelo menos estou feliz que isso tenha acontecido.".
"Eu entendo, Sarah! Eu não concordo, acho que John poderia lidar com isso, mas eu te entendo. E aceito os seus termos. O que aconteceu aqui não deve ser esquecido, e sim repetido.".
"Só quero te pedir uma coisa, Derek: nunca mais me lembre de minha escova de dentes de novo", Sarah falou, sorrindo.
Derek deu uma gargalhada e puxou Sarah para um beijo, levando-a para a cama, onde eles repetiram o ato que haviam feito há pouco no chuveiro. De repente, a noite parecia muito melhor: Sarah não queria mais dormir e Derek não sentia a necessidade de tomar banho. E assim eles permaneceram pelo resto da noite, sem pensar em mais nada ou ninguém. Nem mesmo em John e Cameron, que também estavam sozinhos, na casa dos Connor.
Notas do Autor sobre o capítulo.
Ok, esse capítulo não foi Jameron, mas foi "Hot" e eu shippo também, hahahaha... Além do mais, ele foi necessário para a história, vocês entenderão porque depois.
Agradeço a todos que lerem e derem "review" e para aquele só lerem também. Abraço especial para a Veri (por ter me ajudado e co-escrito comigo) e para a Marina (pela revisão que fez). Abraços também para a comunidade Jameron do Orkut, a quem dedico essa fic. Jameron forever!
A média de capítulos eu tentarei manter em um por semana. Nas duas anteriores eu não falhei, espero não falhar nessa também!
Isso aí. Divirtam-se!
