POV.: Lily Luna
Estávamos no salão comunal da Grifinória, e estava vazio, graças a Merlim. Mas isso não significa que estava silencioso. Era sábado e o dia da primeira visita a Hogsmeade, portanto os que estavam na escola eram os alunos do primeiro e do segundo ano, que nós tínhamos expulsado do salão. James brigava com Electra por causa do vira-tempo que ela tinha achado no salão dela.
- Me dá isso aqui, James! – ela berrou. – Se esse negócio quebrar eu não sei o que pode acontecer! É perigoso! Me devolve, agora!
- Não! Eu quero ver! – ele erguia o vira-tempo no alto, então ela não alcançava. Isso não vai dar boa coisa.
- James, devolve pra ela, isso vai cair e não vai dar certo! – Rose disse, preocupada.
Foi só ela falar isso que Electra pulou em James e o vira-tempo espatifou no chão. De repente, tudo começou a rodar e eu desmaiei. Quando acordei, nós estávamos no nosso salão, só que tinha rostos diferentes me encarando. Pelo visto fui a primeira a acordar.
- Quem são vocês? –alguém perguntou, enquanto eu tentava acordar os outros.
Eu me virei e vi um garoto de cabelos pretos e olhos verdes, extremamente parecido com James e Alvo. Ai meu Merlim. Não pode ser meu pai né?
- Hã... me desculpe, mas em que ano estamos? – eu perguntei, ao invés de responder a pergunta.
- 1996. – uma moça ruiva respondeu.
Vish. Eu sabia que não ia dar certo. Finalmente os outros acordaram e James disse:
- Eu sabia que não ia acontecer na... – ele parou na hora em que viu papai.
- VIU JAMES! EU AVISEI! VOCÊ NÃO QUIS ESCUTAR! E AGORA, O QUE A GENTE FAZ? – Electra berrou, desesperada.
- Dá pra alguém responder o que eu perguntei há uns cinco minutos atrás, por favor? – meu pai disse, nos encarando e parando em Alvo e James.
- Então... Oi tio Harry. – Anabelle disse.
- Tio? – minha mãe perguntou.
- Então... Hã... – eu comecei a gaguejar. – Ok, por favor não se assustem. Harry, nós viemos do futuro. Eu sou Lily, esse é Alvo e esse aqui é James. Nós somos seus filhos com Gina.
Meu pai ficou em choque, enquanto minha mãe sorria. Isso significava que papai sobreviveria e venceria Voldemort.
- Essas duas aqui são Anabelle e Electra Black. Agregadas das famílias Weasley, Potter e Malfoy. Netas de Sirius. – eu apontei pras gêmeas. Papai sorriu. Ele sentia falta de Sirius.
- Esse loiro aqui é Scorpius Malfoy, namorado de Rose, que é filha de Rony e Hermione, e tem como irmão o Hugo. – eu sorri pros meus tios. Tia Hermione estava completamente roxa, e tio Rony tinha as orelhas vermelhas. Que fofo. Ele sorria, mas de repente parou. Acho que percebeu o que eu tinha dito.
- Espera ai, filha minha, namorando um Malfoy?! O QUE EU FIZ, MERLIM?! – Rony estava realmente chocado com isso.
- Calma, tio Rony.
Pelo menos dessa vez não foi tão ruim. Da outra vez, ele explodiu a sala e mandou um berrador pra Rose. Fiquei com dó dela.
- Nós temos que voltar. Imediatamente. – Rose disse, séria. – Podemos ter mudado muita coisa já. É perigoso mexer com o tempo.
- Espera um minuto. Eu já volto. – disse tia Hermione, sorrindo. – Acho que posso ajudá-los. – ela subiu correndo para o dormitório feminino.
- Ok. Vocês são netas do Sirius, mesmo? – Harry perguntou, curioso. Não ache ruim eu chamar meu pai pelo nome. É estranho vê-lo tão novo, com 16 anos. Alvo era realmente MUITO parecido com ele. A única coisa que os diferenciava era que Al não usava óculos. Mas James usava. – E você é James não é? – ele perguntou a Jay, que sorriu e acenou que sim. – Bem, você é a cara do meu pai.
- Somos Black sim. Minha avó é Marlene McKinnon. Ele não sabia que ela estava grávida, e ela se escondeu. Pouco depois de meu pai nascer, ela morreu em uma missão para a Ordem. Os pais dela, meus bisavôs, "adotaram" meu pai e fugiram pro Brasil. Quando ele fez 17 anos e Voldemort foi morto, ele se mudou pra cá. Pouco depois que meus bisavôs morreram e ele veio atrás de você, Harry. Os Weasley meio que o adotaram também. Aí ele conheceu minha mãe, uma trouxa. Se casou com ela. E nós nascemos. Crescemos com todos eles, inclusive Scorp. Draco pediu desculpas por tudo o que fez contra vocês em Hogwarts, e vocês o perdoaram, mas não são amigos, apenas colegas. Ele perdeu um pouco do preconceito, mas não todo. Ele ainda se sente mal perto de minha mãe, mas a trata com educação. – Anabelle disse, sorrindo.
- Bem, tio Draco nos adora. Eu e Anabelle, principalmente por sermos Sonserinas. Sirius quase teve uma síncope quando soube. Vocês fizeram um quadro com algumas pessoas que morreram na guerra que eram importantes para vocês e ele está lá. Assim com James e Lily. Remus e Tonks. – Electra disse, sorrindo com a lembrança. - Alvo e Rose são sonserinos também.
- O QUE? NÃO BASTA A MINHA FILHA NAMORAR UM MALFOY?! ELA TEM QUE SER SONSERINA TAMBÉM?! – Berrou Rony.
- Tem mais. – Electra sorriu. – Anabelle e eu temos um irmão, mais novo, o Aaron. Ele é a cara do vô. Tipo, muito igual. Absurdo. Mas ele tem 5 anos, e ainda é santo. Se ele continuar grude com o Potter, não vai dar certo. – ela fez uma careta. Anabelle riu.
- James está no 7º ano. Ele é extremamente parecido com nosso avô. Galinha. Mas apaixonado por uma garota ai... – Alvo diz, olhando Electra maliciosamente, que corou.
- Quem? Por quem James é apaixonado? – tio Rony perguntou curioso.
Merlim, como era lerdo.
- Pela Electra. Ele sempre foi apaixonado por ela. – Anabelle disse, sorrindo. – Mas ela chuta o coitado. Mal do nome, talvez? – ela perguntou, olhando Harry.
- Talvez. – Harry sorriu.- Nós devemos falar com Malfoy. Ele tem que saber que o filho dele está aqui. - meu pai disse, e saiu, resmungando sobre a falta de sorte de ter que ir atrás do Malfoy.
Quando ele voltou, Astória veio junto e sorriu ao ver Scorpius. Eles mal tiveram tempo de conversar, pois Hermione chegou.
- Pronto. Aqui está. – Tia Hermione disse sorrindo e mostrando um vira-tempo.
- Um vira-tempo? Desde quando você tem um Mione? – Tio Rony perguntou, indo pro lado dela.
- Eu não o devolvi para Minerva. Ela disse que não precisava, que poderia ser útil algum dia. Acho que é esse, então... – ela respondeu.
- Como você não conta que tem um vira-tempo? Podíamos salvar Sirius sabia? – disse Rony, puxando o vira-tempo.
De novo não. Por favor, de novo não.
- Sai Rony! Não podemos mexer no tempo! É perigoso. – ela disse, puxando o vira-tempo. O vira-tempo espatifou no chão, e tudo começou a rodar de novo e foi nessa hora que eu desmaiei pela segunda vez.
