Os personagens não pertencem a mim. Trata-se de um fanfiction com a única finalidade de entreter.

Minha primeira tentativa aqui. Aceito críticas. Boa leitura.

Capítulo único.

Meu "caro" amigo,

É impressionante me dar conta que você foi capar de fazer aquilo comigo.

Desde o inicio lhe vi como o "introspectivo marrento " que todos viam, e talvez por minha sanidade emocional poder ser questionada, vi também que tudo não passava de uma mascara para esconder tudo aquilo que você realmente era, fosse lá o que fosse.

Talvez minha imaginação fértil de moça me colocasse na posição e sonhadora idiota que sempre vi nas raras ocasiões em que me dispus a ler algo que relatasse tal figura cômica e estupida; me senti na posição de desbravadora da sua frieza em busca do lago límpido e cristalino dentro de você que irrigava o bosque rico e maravilhoso da qual imaginei ser a fonte do seu antigo cheiro absurdamente delicioso.

Minha maldita mania de me achar a "observadora" de auras me fez crer também que você tinha uma, e esta era de uma cor plácida e agradável. Cor esta que eu queria me pintar.

Pintar-me inteira de você , por você, pra você.

Para que você me visse também.

As imposições da vida me fizeram ser quem eu demonstro ser: irritável, má, calculista egocêntrica, falsa, arrogante e etecetera e eteceteras ( não gosto de contar minhas qualidades defensivas como defeitos).

Mas admita que jamais, enquanto estive perto de você, deixei de expor de alguma forma a real garota enlouquecidamente apaixonada por você. Eu seria capaz de limpar um palácio, eu seria capaz de cozinhar para mil homens, eu seria capaz de me doar milhões de vezes para o seu bem se você me pedisse, se você, como daquela maldita vez, me pedisse.

Você veio como um raio queimando tudo com seus olhares elétricos e furtivos me deixando a mercê de sua inegável beleza e poder. Como poderia me negar a você?

Você era como um amor e um amigo, alguém em quem eu poderia confiar e proteger, e cuidar. Alguém que eu poderia amar.

Talvez por que eu visse em todos nós certa semelhança nas feridas impossivelmente curáveis eu me sentisse segura para confiar, afinal, se alguém tem os mesmos inimigos que eu então é meu amigo, não é?

Não. Não é.

Ou pelo menos você não via que meus inimigos eram também os seus. Nossas dores.

Você enfia o dedo na carne ferida, eu costumo tratar.

Você remoe durante o dia tudo o que aconteceu em sua vida. Eu me satisfaço com o masoquismo do meu subconsciente pelos últimos 7 anos de minha vida .

Mas por você, pela sua satisfação, eu faria oque você me pedisse. Como o fiz, e o segui.

Eu sempre me achei esperta, mas olhe só como fui tola em pensar que te usaria e você a mim da mesma forma.

Eu juro que nunca me doei a ninguém com me doei a você. E você não tem idéia do que fez comigo. Você nunca deveria ter entrado pela minha porta. Eu não deveria ter permitido.

Você vai adoecer com sua frieza, vai sucumbir as masmorras da solidão, vai encontrar todos os dias seu rosto insano e cruel. Sua mãe teria vergonha.

E o que mais me dói talvez tenha sido a minha tolice de não fugir enquanto eu tinha tempo, enquanto eu poderia lhe mandar para o quinto dos infernos, mesmo que nem o diabo vá lhe querer lá, afinal, ninguém gosta de sentimentais idiotas.

Mas de sentimental idiota você passou a sádico; a inumando.

Acho eu que, de mágoa, logo meu sentimento irá passar a pena da sua sub vida, pois tudo o que é vivo ama, e não a nada que mais que você sequer aprecie.

E sobre seu plano de reconstruir sua família: sinto lhe dizer que coisas podres não podem se reproduzir.

Karin Uzumaki.

PS: Seu pinto pequeno também não ajudaria no plano.

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E então, o que acharam? Beijos.