How can I love you?
Para provar que ninguém é de ferro.
Capitulo 1
Antes que perguntem meu nome é Annie. Tenho 16 anos e sempre vivi em um orfanato em Londres, não era o que se pode chamar de simpática nem de normal, na verdade eu era qualquer coisa menos normal. Não falava com ninguém no orfanato todos pareciam ter medo de mim, ou algo do tipo. Apesar disso eu tinha uma amiga, seu nome era Jane ela havia chego ao orfanato quando eu tinha dois anos, vivíamos sempre juntas apesar de sermos o contrario uma da outra, tanto quanto a aparência quanto na personalidade. Eu tinha o cabelo castanho escuro e cacheado mas tinha o hábito de usar ele trançado, Jane é loira, quando digo loira é loira mesmo o cabelo dela chega a ser quase branco, meus olhos são totalmente pretos e segundo ela eles tinham um brilho especial, papo furado na minha opinião, o olho dela é azul totalmente lindo, em relação ao corpo o meu era mais avançado que o dela digamos assim, eu tinha mais peito e curvas e era mais alta, ela era baixinha e tinha um corpo quase infantil. Jane era doce e eu sabia que as pessoas não se aproximavam por minha causa, ela não parecia se importar com isso, estava sempre sorrindo e adorava ver as pessoas olhando para ela, já eu era diferente ela costumava dizer que eu era muito linda, mais que ela, mas eu preferia ignorar sabia que não era verdade. Eu simplesmente amo o sarcasmo, fazendo com que eu tenho com a Jane diz "humor negro". Se algum dia alguém me dissesse que eu teria uma amiga como ela eu riria da cara da pessoa.
- Annie! Annie! – Olhei para o lado meio grog, olhei e vi Scarlet me encarando com seus olhos verdes arregalados e cheios de lagrimas.
- O que foi meu amor? – Perguntei limpando suas lagrimas que escorriam.
- Posso dormir com você? Eu tive um pesadelo horrível!
- Claro! – Levantei as cobertas e ela se aconchegou comigo,passei os meus braços pela sua cintura pequena.
- Boa noite, meu anjo.
Ok, você deve estar perguntando, hei você não disse que metia medo em todo mundo? Eu explico, Scarlet tem 4 anos, ela chegou no orfanato com poucos meses de vida. Na época uma irmã muito violenta trabalhava aqui, eu tinha 12 anos na época e sabia muito bem do que a irmã era capaz. Certo dia vi ela batendo no bebe, por mais que eu fosse anti-social, não tinha coração de pedra, consegui defender a menina claro que sobrou para mim depois mas não me importei. Junto com Jane conseguimos tirar aquela irmã daqui... Tive até pena da irmã com o que fizemos, mentira não fiquei não. Desde então eu meio que cuido dela, Jane gosta de Scarlet também mas por um motivo desconhecido ela se apegou mais a mim do que a ela, o que foi muito estranho. Acordei com o barulho do despertados de Jane, aquela maluca acorda sempre as sete da manhã! Da manhã! Se dependesse de mim eu acordaria lá pelas onde horas, só para não ter que tomar café da manhã naquele refeitório com aqueles bando de fofoqueiros metidos.
Tirei os braços de Scarlet da minha cintura tentando fazer com que ela não acordasse, cobri ela novamente, ela reclamou um pouco mas coloquei um travesseiro para ela abraçar e logo ela ficou quieta novamente.
- Bom dia flor da noite! – Normalmente o certo seria dizer flor do dia, mas só pelo fato de ela me chamar de flor era estranho do dia então nem se fala.
- Bom dia Jane. – Ela olhou curiosa para a cama.
- Pesadelo? – Assenti, os pesadelos de Scarlet eram cada vez mais freqüentes.
- Como você consegue acordar tão cedo? – Perguntei enquanto meu vestia com os olhos meio fechados ainda.
- É questão de costume amor, e também quando se acorda cedo se aproveita muito mais do dia!
- Afê, você pareceu um senhora de idade agora.
- Ri muito Annie.
- Sei que sou demais!
Uma hora depois quando ambas já estávamos prontas de banho tomado e tudo mais, decidi acordar Scarlet. Tínhamos que estar no refeitório até as nove, se não, não poderíamos tomar café da manhã.
- Ei, bebe!
- Hum... – Ela murmurou se virando de costa para mim, reprimi o riso.
- Scarlet, é hora de acordar amor. – Disse lhe dando um beijo na bochecha.
- Mas eu quero dormir, ontem eu não dormi quase nada! – Eu sabia que ela tinha razão mas o que poderia fazer!
- Já sei, eu deixo você dormir e vejo se consigo algo para trazer para você ok?
- Muitoo obrigada Annie.
- De nada meu amor.
- Vamos? – Me chamou Jane. Comecei a seguir ela quando senti uma mãozinha me segurando. Me virei para Scarlet.
- Eu te amo!
- Também de amo let. Muito. – Ela sorriu e voltou a fechar os olhos, Let era meio que meu posto fraco.
Me voltei para Jane que sorria para mim.
- Você é muito fofa sabia. – Revirei os olhos com seu comentário.
O café da manhã foi entediante, como sempre, me perguntei se minha vida seria sempre assim. Sem graça. Escondi uma maça para Scarlet, e sai do refeitório assim que Jane terminou. Voltamos aos dormitórios, tínhamos que nos arrumar para fazer nossas tarefas, que na minha opinião eram um abuso.
Acordei Scarlet e desta vez ela acordou sem reclamar, lhe dei a maçã enquanto pegava o seu uniforme, sim nós tínhamos que usar uniforme aqui. O era um saco. O uniforme era uma saia xadrez azul que ia até o joelho, uma blusa cinza e um casaquinho azul marinho. Jane achava ele fofo, mas como vocês devem ter percebido, ela acha tudo fofo.
Já era sete horas da noite quando uma das irmãs chamou Scarlet para conversar, o que era muito estranho, fiquei por perto da porta fingindo que estava passando um pano nos moveis.
- Onde está o raio! Diga logo sua pirralha!
- Eu não s-sei do que você está falando irmã!
Olhei pela fresta da porta, a irmão segurava Scarlet pelos braços e sacudia-a. Tudo ficou vermelho, eu sentia raiva. Muita raiva. Scarlet chorava compulsivamente e tentava se livrar das garras da irmã. Ela jogou Let no chão, e won! Aquilo eram asas? Observava chocada, um monstro com garras e uma asa enorme rosnava para Scar. Eu posso ter sentido tudo, menos medo. Com certeza eu não estava nem um pouco com medo, a raiva ocupava todo espaço.
- Larga ela! – Gritei abrindo a porta com força. O monstro que agora segurava Scar no ar olhou para mim muito surpresa. Largou minha pequena no chão e olhou para mim assustada.
- Na-ão é possível! Você tinha morrido! – Logo saiu voando janela afora.
- Annie! Você está bem!
Não era para EU estar perguntando isso!
- Por que você está perguntando isso bebe?
- Seus olhos! Eles estão vermelhos!
- Onde ela está! Tomara que não seja demais! – Ouvi uma voz adolescente masculina ofegante vindo correndo para cá.
- Eu estou bem Annie. Não se preocupe. – Abracei ela fortemente.
- Eu fiquei com medo Annie. Achei que ela iria me matar...Eu juro que não roubei nada. – A baixinha voltava a chorar.
Afaguei suas costas.
- Não se preocupe pequena, eu sei que você não fez nada. Não se esqueça que eu vou sempre lhe proteger.
- Ah! Achei você! – Larguei Scar e olhei para a porta, um garoto com um par de muletas respirava ofegante ao lado que um homem de cadeira de rodas que olhava para mim com a testa franzida.
- Quem são vocês? – Perguntei desconfiada, era um pouco complicado confiar em outro estranho desde o acontecimento com a irmã. Scarlet se escondia atrás das minhas pernas.
- Eu sou Quiron e ele é Grover. Viemos buscar Scarlet. – As mãos de Scar apertaram minha perna, ela me encarava assustada.
- Porque eu deixaria ela ir com vocês?
O garoto Grover eu acho, olhou para Quiron como quem procurasse saber o que fazer.
- Você é...? – Perguntou o garoto.
- Annie.
- Olha...Annie. Nós viemos levar Scarlet para o acampamento meio sangue.
- Acampamento meio sangue? – Scarlet colocou a cabeça para fora de trás do "escudo" que ela fez com minhas pernas.
- Você é uma meio sangue pequena, meio humana meio deus.
- Deus? – Ok, hoje todo mundo pirou.
- Mitologia grega.
Ri sarcasticamente.
- Sério que é para eu acreditar nisso?
- Bem, temos que leva-la não importa o que você ache.
É sério, quem esse garoto está pensando que é? Minha visão ficou vermelha novamente. Se olhar matasse aquele garoto já estaria morto. Com certeza.
- Como eu vou saber que vocês não são igual aquele monstro agora pouco?
- Monstro? – Perguntou o homem da cadeira de rodas.
- É, tinhas asas e garras afiadas. Ela fugiu agora pouco!
- Fúria. – Disseram ao mesmo tempo se olhando, como se um confirmassem o que o outro dizia.
- O que ela disse? – Agora eles estavam curiosos eu mereço.
- Acho melhor você responder pequena – Olhei para Scarlet esperando uma resposta.
- Ela quelia um tal de laio... Mas eu julo! Eu não loubei nada...nadinha.
Me abaixei novamente limpando as lagrimas do seu rostinho.
- Sabemos disso, mas o que mais ela disse?
- Bem...depois disso ela falou com a Annie. – Ambos olharam para mim.
- Ela não disse muita coisa... – Dei de ombros – Só falou algo como "era para você estar morta" e fugiu. Não entendi nada na verdade.
- Isso é muito estranho... – Disse o garoto ignorante.
Quiron pareceu pensar um pouco. Ele estava um pouco mais branco que antes.
- Vamos fazer assim Annie, se você se sentir melhor você pode ir junto.
- Mas Quiron, ela não pode entrar ela não pe uma semideusa.
- Confie em mim Grover, se eu tiver certo ela vai entrar sim.
Ok, eu estou começando achar que não estamos mais no orfanato e sim no manicômio!
- Pode ser Annei? – Grover me olhava como quem implorava para eu dizer não. Bem, acho que vou aceitar...Só para provocá-lo e também se eles tiverem certo é um modo de colocar Scarlet em segurança.
- Claro, eu vou junto.
Scar me olhava temerosa, ela estava com medo, mas pelo amor de deus ou devo dizer deuses? Ela só tem quatro anos!
- Arrumem as suas coisa, vamos esperar lá fora. – Grover saiu com a cara amarrada. É pelo visto ódio a primeira vista!
- Venha bebe! – Peguei ela no colo e subi para o seu dormitório.
- E se fo tudo almação?
- Eu não vou deixar nada a você Scar, pode ter certeza disso! – Beijei sua testa.
- Eu acledito em você.
Ela sorria animada com a ideia de sair do orfanato. Depois de pegarmos as coisas dela – não era muita coisa apenas uma pequena mochila – fomos para o meu dormitório pegar as minhas coisas. Deixei um bilhete para Jane, por mais que eu fosse morrer de saudades eu não podia deixar Scarlet sozinha. Encontramos o babaca e o Quiron na rua da frente do orfanato. Era uma rua pouco movimentada e cercada por uma floresta.
- Prontas? – Quiron perguntou.
- Sim – Respondemos juntas.
- Então rumo ao acampamento!
