Olá galerinha do bem.

Mais uma fanfic da OQ Week chegando (:

Sob o tema de hoje que é Robin/Regina bêbados ( e pode ser o primeiro encontro deles. ou não)


Ele sempre fazia a mesma coisa. Havia sido assim desde que se mudara para Amsterdã. Seus dias eram ocupados pelo trabalho; e as facilidade e intempéries de ser um fotógrafo freelance. Esta noite não seria diferente. Sentado a uma das mesas afastadas do balcão, folheando uma revista, o celular ao seu lado. Gostava da bagunça da noite holandesa. O som ambiente misturado às conversas, às risadas, os copos que se batiam em cada brinde exagerado. Canecas e canecas passavam pelos seus olhos, assim como os clientes que iam e viam o tempo todo.

A garçonete passou e encheu sua caneca, sorrindo. "Eu não pedi nada."

"Essa é por conta da casa." Flertou ela piscando para ele e se afastando.

Bebeu sua bebida, os olhos acompanhando o movimento da casa. Começava a encher, como de costume nas noites de quarta-feira. Gostava de passar as noites ali, e eventualmente conhecia novas histórias. Não era difícil; cidade turística, álcool, viajantes com histórias para contar e Robin realmente gostava de ouvir. A cerveja artesanal estava ainda mais gostosa hoje, e ele suspirou.

Foi quando percebeu a beldade debruçada sobre o balcão. Os cabelos escuros lhe caíam sobre os ombros, não muito curtos e nem compridos; madeixas escuras que brilhavam assombrosamente e emolduravam um rosto que fez seu estomago se contorcer de espanto. Uma deusa. Lábios vermelhos e cheios sorriram quando o garçom disse alguma coisa; e ele se permitiu percorrer o olhar sobre o corpo dela, concluindo que quem que fosse aquela mulher, ela definitivamente tinha o formato do pecado. Seus seios fartos quase escapavam do decote, o vestido justo contornava o shape delicado e acentuava o quadril, contornando as nádegas redondas e fartas. Ele podia ver a linha de suas coxas, o marco perfeito da definição de seus músculos posteriores.

Engoliu em seco quando refez o caminho, subindo pelo corpo dela e se deu conta de que os olhos dela estavam fixos nele. Olhos escuros, com um fundo chocolate, que o encaravam com a mesma profundidade e interesse. Mas não por muito tempo. Ela desviou o olhar, voltando sua atenção para as garrafas cedidas pelo barman. Robin observou quando as mãos delicadas circularam os gargalos das mesmas, as unhas pintadas em preto contrastando com o verde das garrafas da Heineken. Ela olhou para ele uma última vez, sorrindo e deixando-o curioso antes de se afastar no meio da multidão, rebolando o quadril esculpido por deuses sobre aqueles saltos que ele adoraria lamber.

Balançou a cabeça, surpreendido com os próprios pensamentos. Fazia mesmo muito tempo desde que ele não fazia sexo, e isso estava afetando seu julgamento. Voltou sua atenção para o celular, abrindo o e-mail que Nicolas havia lhe enviado. Terminou de respondê-lo, aceitando os trabalhos indicados pelo mesmo, e ergueu o rosto, os olhos na multidão até que seus olhos encontraram os olhos dela, novamente.

Ela não estava sozinha, e bem, ele não poderia estar surpreso. Um homem a acompanhava, os olhos fixos nela (bem, ele não o culpava), falando e falando e ela não estava exatamente prestando muita atenção. Podia perceber que ela estava lhe estudando da mesma maneira minuciosa que ele estava fazendo-o. Seu acompanhante colocou as mãos na cintura dela, contornando o vestido preto que ela usava e isso afastou a atenção da morena. Robin continuou observando enquanto ela sorria, driblando a situação com quem quer que fosse ele de maneira simpática e adorável.

Céus, ela era atraente. Todos os homens ali estavam lançando olhares na direção dela; e ele não era uma exceção. Era como se uma aura magnética a cercasse e era impossível não se sentir hipnotizado por tamanha beleza.

Mas ela estava acompanhada e ele não ia abordá-la assim. Bebeu o resto da sua bebida e colocou a caneca sobre a mesa, desviando os olhos e tentando concentrar-se em outra coisa. Qualquer coisa que tirasse da sua mente os desejos de erguer aquele vestido e beijá-la de uma maneira que faria as bochechas dela pegarem fogo.


Quando Michael a chamara para sair, bem, ela não tinha nada mais interessante para fazer. Não era como se ele fosse uma companhia ruim. Ele era bom demais. Educado demais, gentil demais, cavalheiro demais, romântico demais. Mas era um bom amigo, se é que ela poderia chamar algum homem de amigo. Amizades masculinas sempre acabavam com as pernas dela ao redor da cintura deles, o rosto deles enterrados em seu pescoço.

Mas Michael era cavalheiro demais até mesmo para tentar isso. Talvez se ela o fizesse beber um pouco, ele se soltaria e ela poderia liberar a tensão sexual frustrada em seu corpo. Fazia algum tempo desde Graham e ela simplesmente odiava sequer se lembrar do nome dele, pior ainda repensar a sua presença. Debruçou-se sobre o balcão, e sorriu quando o garçom bonitinho corou ao ouvi-la fazer seu pedido; lembrou-se de que era indelicado envergonhar propositalmente as pessoas e deixou os olhos viajarem pelo público casual do pub, até que o viu.

Ele não parecia muito velho, muito pelo contrário. Tinha um rosto marcante, olhos azuis que a fitavam com uma avidez que causou arrepios à sua espinha. Possuía um maxilar rígido e quadrado que ela devia admitir, era um ponto fraco, e lhe fez suspirar. Pela maneira que os olhos dele estavam escorregando por seu corpo ela podia dizer que ele deveria estar tão impressionado quanto ela; aquele homem era um fruto proibido pelo qual ela adoraria perder o éden. A camiseta branca marcava os ombros fortes e os braços definidos. Eles deveriam ser firmes o suficiente para mantê-la contra a cama, e... Seus pensamentos escaparam quando os olhos dele encontraram os seus. Olhos absurdamente azuis, intensos e intimidadores.

"Sua bebida, senhorita." Regina desviou os olhos e pegou as garrafas. Aproveitou a deixa para olhá-lo mais uma vez, sorrindo e iniciando o jogo de sedução com o qual ela estava absurdamente acostumada. Só que dessa vez, diferente das outras, ela realmente torcia para que funcionasse. Virou-se e seguiu seu caminho até Michael, mas sem perder a chance de rebolar sensualmente, esperançosa de que os olhos azuis estariam presos ao movimento de seu quadril.

"Aqui." Ofereceu, e Michael abriu um sorriso genuíno. Tocou sua garrafa e brindou, mas Regina não fazia a mínima ideia sobre o que eles estavam brindando. Seus olhos rapidamente encontraram caminho para o homem sentado à mesa, e ela percebeu que ele digitava alguma coisa no celular. Talvez fosse comprometido. Bem, seria ridículo pela maneira com que ele quase a comera com os olhos, mas não seria a primeira ou última vez que um homem comprometido teria lhe olhado daquela forma.

"Foi bem legal da sua parte aceitar ter vindo hoje, Gina." Começou Michael, mas ela apenas balançou a cabeça, os olhos inevitavelmente presos ao homem que a encarava do outro lado do pub.

"Sim..." Concordou ela, distraída, mas Michael não pareceu se importar.

"Semana que vem vai ocorrer uma exposição do Dali no museu perto do meu trabalho. Eu estava pensando..."

Quão ruim ela seria se dispensasse Michael e abordasse aquele homem que tinha simplesmente sequestrado sua atenção desde o primeiro instante? Mas Michael ainda estava falando, e ela sentiu quando as mãos dele viajaram para a sua cintura, puxando-a delicadamente, de modo que precisou voltar a encarar os olhos verdes que a fitavam com curiosidade e simpatia.

"Você escutou o que eu disse?"

"Eu me distraí com a letra da música." Sorriu. "O que você estava dizendo?"

"Se você quer ir comigo à exposição do Dali."

Regina não conseguiu pensar em uma desculpa tão rapidamente. Suspirando, ela sorriu. "Claro."

Ele sorriu, parecendo ter ganhado na loteria federal, como se a mera ideia de sair com ela novamente lhe valesse tudo aquilo. Regina quase sentiu pena por ele. Se ele soubesse que tudo o que ela conseguia pensar era em como estava interessada no homem que vira há alguns minutos. Virou-se disfarçadamente e percebeu que a garçonete estava recolhendo a caneca vazia, colocando a nota no bolso frontal de seu avental. Ele havia ido embora. O misterioso e atraente estranho havia desaparecido.

Merda.