Prólogo

THE LIMA POST

Terça-Feira, 17 de Agosto de 2010

ESTUDANTE SOBREVIVE A GRAVE ACIDENTE DE CARRO

Rachel Berry, 16, estudante do William McKinley High, miraculosamente sobreviveu a um acidente de carro em que especialistas dizem que 'Deveria ter tirado sua vida'. Na noite de domingo, 15 de agosto, Rachel Berry estava voltando para casa a partir de uma consulta de rotina, quando seu carro foi esmagado em uma colisão, não muito longe da escola que a adolescente frequenta. Ela foi encontrada no local do acidente, no que pareceu, apenas minutos depois da colisão.

A senhorita Berry foi levada imediatamente para o hospital geral de Lima. Os doutores e enfermeiras que atenderam a garota disseram que ela tinha grave sangramento interno que eles foram capazes de estancar, mas ficaram surpresos ao descobrir que a adolescente não tinha nenhum osso quebrado. A estudante está em estado de coma. Nenhum de seus pais estão dispostos a responder a quaisquer perguntas sobre sua filha ainda.

Investigadores descobriram que o carro da adolescente foi atingido por outros dois, ao examinarem a cena. Nenhuma testemunha apareceu para dar detalhes do acidente. As autoridades ainda estão tentando rastrear os outros 2 veículos envolvidos.

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Final de Outubro

O som da campainha era música para os ouvidos se comparado com os barulhos estranhos que vinham do porão.

Cerca de 3 semanas atrás, uma semana depois que eles trouxeram Rachel para casa, ela se mudou para o porão. Eles estavam tão felizes de tê-la de volta, viva, feliz e em casa que deixaram ela em paz. Então quando ela perguntou se podia se mudar para o porão eles ficaram felizes em deixar. Quando ela não pediu para moverem a mobilia do quarto para o porão eles ficaram preocupados mas deixaram de lado. Quando ela pediu para removerem a mobilia, o bar, e o palco do porão eles não ficaram muitos felizes mas era o que a bebê deles queria, então o fizeram.

Da ultima vez que eles olharam, tinham deixado Rachel com um porão vazio. Não faziam a menor ideia de como estaria agora.

Os pais dela começaram a ficar incrivelmente preocupados quando Rachel começou a deixar a casa uma semana depois de se mudar para o porão. Eles deram um carro novo para ela e foram os primeiros a encorajá-la a sair, para recuperar a confiança. Mas agora ela saia tofo dia, muito cedo e ficava fora por algumas horas.

Normalmente ela não voltava até eles terem saído para trabalhar, então uma manhã, Leroy ficou em casa e esperou. Rachel não disse nada, e vacilou apenas por um segundo antes de passar pela porta com materiais. Alguns pareciam sucata e outros pareciam metais refinados. Ele não sabia onde ela arranjou aquilo ou qual seu plano, e antes que conseguisse qualquer resposta ela estava trancada no porão novamente... tudo que ele conseguiu pensar foi que pelo menos ela não estava usando drogas.

Em outras ocasiões ele tentou seguir ela, mas falhou. Ela deve ter sabido o que ele estava tentando fazer e conseguiu escapar de sua visão toda vez. Hiram disse para ele deixar de lado, ele tinha tentado falar com Rachel, e ela apenas o assegurou de que não estava fazendo nada de ilegal, ela inclusive usou um de seus sorrisos. Ele confiou nela, porque não era como se Rachel fosse fazer algo de errado.

Leroy foi acordado de seus devaneios quando a campainha tocou pela segunda vez. Ele passou pela porta do porão e de seus ruídos preocupantes para atender a porta da frente.

Ele estava agradavelmente surpreso ao ver o visitante. "Olá Finn", Leroy sorriu enquanto abria a porta para deixar o rapaz entrar. "Entre, por favor".

"Obrigado Sr. Berry" respondeu enquanto entrava. "Não te vejo a algum tempo", o mais velho comentou ao fechar a porta.

"Yeah" Finn abaixou a cabeça. "Eu só queria dar a Rach algum tempo, você sabe, depois do acidente e do término", ele murmurou e depois olhou para o pai da garota novamente, "Como ela está indo?"

"Uhm... Não sei muito bem. Desde que ela voltou a ativa eu mal tenho a visto. Sinto como se o acidente tivesse mudado ela."

"Você também acha isso? Ela passou tanto tempo correndo atrás de mim e termina comigo no momento em que sai do hospital-"

"Finn, vou te parar aí mesmo; sou a pessoa errada para falar disso" ele gostava do garoto, mas não ficava confortável pensando sobre as relações de sua filha.

"Oh, tudo bem Sr B. De qualquer maneira só passei para dar para ela algumas anotações da escola." ele ergueu algumas folhas amassada de papel.

Leroy não conseguiu deixar de sorrir com o esforço de Finn, se era uma tentativa genuína de ajudar Rachel ou apenas uma desculpa para vê-la. "Claro, vou chamá-la" ele falou ao se direcionar para a porta do porão antes de lembrar que não conseguiria. Ele parou ao lado de um recém instalado equipamento na parede ao lado da porta e apertou um botão para que conseguisse falar com ela. "Rach, você tem um visitante" então ele soltou o botão e esperou. Segundos depois o equipamento voltou a vida novamente. "Claro papai, já estou subindo" ele ouviu a resposta de Rachel antes do equipamento desligar.

"Maneiro, quando você comprou isso?" Finn perguntou enquanto espervam "Oh... Rachel instalou semana passada" respondeu ele com desdem e a testa franzida.

"Sério? Construir coisas não faz muito o estilo da Rachel" ele murmurou ao olhar para o chão e paredes, não querendo encarar o homem se ele tivesse acabado de insultar sua filha. "Não" ele concordou, fazendo com que Finn olhasse para cima "... mas desde que trouxemos ela para casa" ele pareceu distante enquanto esfregava sua nuca, tentando aliviar a preocupação e stress "Eu não sei, ela só fica lá embaixo, trancada. Ela-" Ele parou de falar quando ouviu as inúmeras fechaduras do lado de dentro da porta começarem a se abrir.

Ambos olharam para porta ao vê-la se abrindo minimamente e um garota irreconhecível saiu de lá. A expressão em sua face era neutra, seu cabelo bagunçado estava preso em um rabo de cavalo. Havia olheiras sob seus olhos e algumas cicatrizes leves em seu rosto; que esperançosamente desapareceriam com o tempo. Ela vestia um top preto e um calça jeans azul escura; existia uma leve camada de sujeira e suor em sua pele exposta. Até mesmo Finn notou como seus braços pareciam mais tonificados do que quando ele a viu no hospital.

Rachel apenas olhou para o garoto por debaixo de seus cílios "Finn... o que está fazendo aqui?"

"Rachel não seja rude com nosso convidado" Leroy a repreendeu por cima de seu ombro. "Claro papai" ela suspirou. "Vou deixá-los a sós" os olhos de Rachel seguiram Leroy para fora da sala antes de se virar para o alto intruso "O que está fazendo aqui Finn?"

"Eu apenas vim ver se estava ok Rach" ela tentou não revirar os olhos, ela odiava quando ele a chamava assim, de qualquer outra pessoa que ela teria pensado nisso como um apelido carinhoso, mas ele usou tantas vezes quando eles durante os dois meses em que namoraram e só parecia que ele não se incomodava em usar todo o seu nome.

"Bom, eu estou bem, já pode ir" ela acenou para a porta da frente que estava atrás do rapaz como se fosse uma dica para ele sair.

"Rach", ele lamentou "Você não está bem, você não tem ido a escola e você ficou em casa por um muito tempo"

"Eu estou em casa a 4 semanas" ela disse secamente "Ainda não estou pronta para a voltar para a escola. Mas não precisa se preocupar comigo. Estou ocupada agora, então é melhor você ir" ela deu a volta nele para acompanhá-lo até a porta da frente.

"Espere", ele agarrou seu braço para detê-la quando ela passou por ele "Te trouxe estas notas de aula" mostrou-lhe as páginas amarrotadas.

Ela puxou seu braço para fora do aperto dele, antes de cautelosamente pegar as notas que ele fizera para ela. Não foi apenas um problema com Finn a tocando, ultimamente ela não gostava de nenhum contato humano, não desde o acidente.

"Um ... obrigada Finn", ela franziu o rosto enquanto tentava ler o rabisco. Parecia que quem escreveu nem sequer tem idéia do que isso significava "Que matéria é essa?"

"Essa página é..." ele olhou para a folha ""Ah sim, essa daí é de matemática... Eu meio que copiei da Quinn, ela parecia saber o que estava fazendo melhor do que Brittany"

Então ele estava se sentando ao lado de Quinn? Isso significava que ele e a garota havia voltado com ela? Isso ao menos incomodava ela? Ela que terminou com ele "Então você voltou com Quinn" ela disse, tentando controlar o tom de acusação.

"Não" ele balançou sua cabeça furiosamente "Porque você pensaria isso?"

"Você teria que estar sentando ao lado dela para conseguir copiar suas notas" Rachel deu de ombros enquanto tentava decifrar o que estava escrito no papel.

"Não estou namorando ela... Só me sentei ali porque o professor me mandou sair de perto do Puck e Mike... e Quinn tem estado bem estressada na escola ultimamente" então ele realizou que era uma má ideia falar de uma garota para a garota que você gosta. " De qualquer maneira eu esperando que pudéssemos tentar novamente Rach, eu achei que as coisas estavam bem entre nós e voc-" ele se interrompeu quando ela olhou para ele. Ele viu uma cicatriz que não havia notado antes, abaixo de seus olhos, não estava certo do porque de não ter visto antes já que parecia mais proeminente que as outras. Mas era um choque vê-la tão quebrada.

Até mesmo quando ela estava deitada numa cama de hospital, terminando com ele, a garota não parecia tão quebrada. Mas agora ela parecia tão exausta, cansada, desfigurada.

Mas se você perguntasse a ela, e se ela desse uma resposta honesta, ela não se sentia tão bem desde o acidente. Estava ganhando sua confiança de volta, e só tinha que aprender a como não se sentir mais tão vulnerável.

"Tem algo errado?" ela perguntou para Finn enquanto ele continuava a encarar nervosamente seu rosto, sua maior parte visível agora que seu rosto estava livre de machucados, isso é o que dava esperança a Rachel, de que fossem sumir uma vez que expostas ao sol.

"Na-Não, nada está errado" ele desviou seu olhar para o chão "Eu só queria checar, ter certeza de que estava bem"

"Eu estou bem, estou ficando melhor", ela abaixou sua cabeça para tentar obter a sua atenção, para que pudesse ver alguma da honestidade em seus olhos

"Okay" ele acenou ainda sem fazer contato "Se você diz, tudo bem Rach."

"Eu estou" ela acenou assegurando. Ela estava melhorando porque estava trabalhando em algo que a pudesse fazer melhorar, e arrumar o que ficou errado, para que nunca mais acontecesse com ninguém.

"Legal" ele deu aquele sorrido pateta "E quando estiver pronta nós podemos voltar" ele adicionou esperançosamente.

"Não Finn" ela tinha que acabar com isso agora, sim ela tinha carinho por ele e quis ele por quase um ano, mas não mais; suas prioridades haviam mudadeo "Eu não vou voltar com você. As coisas vão mudar, e me desculpe, mas não há espaço para você nessas mudanças."

"Não entendo" ele balançou a cabeça.

"E eu não espero que o faça. Não espero que ninguém entenda nada, mas gostaria que você e eles aceitassem o que falo." ela esperava que Leroy, que provavelmente estaria ouvindo pela porta da sala ao lado, pudesse ouvir e entender também. "Obrigada pelas anotações também" ela balançou os papeis para enfatizar.

"Sem problemas." Ele deu de ombros ao enfiar as mãos nos bolsos da calça jeans.

Ela imaginou que deveria ter sido complicado para que ele tomasse notas para ela. Ela apenas abre a porta da frente para ele "Vejo você mais depois Finn", acrescenta ao pedir-lhe para sair. "Ahn sim, claro, nos vemos depois Rach" ele pausou desconfortavelmente em fronte a ela "Eu ah-, eu te abraçaria, mas não quero te machucar."

Ele estava sendo impossivelmente doce, e mesmo não estando interessada, ela abaixou suas defesas por um um segundo ao mostrar um pequeno sorriso em seus lábios. "Um pequeno abraço não irá machucar" ela abriu os braços e se preparou.

Ele foi surpreendentemente gentil, por sorte dela, na verdade seus corpos quase não se encostaram, quando ele se abaixou e envolveu seus braços nela "Tome cuidado Rach" ele murmurou em sua orelha antes de se separar e apenas sair.

Ela observou ele ir com um pequeno sorriso de culpa nos lábios. Ela gastou um ano tentando ganhar o rapaz para apenas terminar com ele quando algumas pessoas achariam que ela mais precisaria dele.Não importa mais, estava terminado e ela tinha alguns projetos para acabar no porão.

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Não demorou muito para ela recuperar o ritmo. O porão dos Berry estava completamente transformado. Estava escuro e isolado, da maneira que Rachel queria. A pequena cama portatil no canto, do outro lado das escadas era ideal para ele dormir um pouco sempre que precisasse.

Do outro lado da sala existia sua área de trabalho, com suas ferramentas, materiais e criações. Em uma mesa próxima outra criação, uma menor. Era um upgrade da coisa que os médicos tinham colocado em seu peito para mantê-la viva. Era melhor, de longe mais poderosa e compartível com a criação principal.

Quando ela sofreu aquele acidente algo acordou dentro dela. Ela já era capaz de fazer matemática avançada que só eram dadas no senior year, ela conseguia passar nas provas finais sem estudar. Mas desde o acidente, ela acordara com nova motivação; uma motivação para construir, criar, proteger.

No meio da sala estavam seus computadores, eles eram seus olhos enquanto ela estava escondida na casa. Ela poderia ver uma rota segura para juntar seus materiais. Ela também conseguia hackear como nenhuma "autoridade" em Lima conseguia. Ela sabia mas do que eles sobre seu acidente.

E agora ela estava parada em frente a sua criação, a pele de metal feita especialmente para ela. Estaria funcionando em breve. Então ela conseguiria pegar os desgraçados que fizeram isso com ela.