Prólogo.

Terceira pessoa narrando.

Novembro 1981

- Uma pequena história.

Era madrugada e uma tempestade consideravelmente forte estava ocorrendo do lado de fora das grossas paredes de pedra do castelo das irmãs Castellan, mas ainda sim o silêncio reinava no local.
Um estrondo em um dos quartos despertou o sono leve de Olívia.
A mesma levantou-se silenciosamente de sua cama, andou na ponta dos pés até a porta e constatou que tudo estava na mais perfeita ordem, nenhuma aprendiz estava fora de seus aposentos tudo permanecia no mais absoluto silêncio. Notou que a luz estava acesa no quarto de sua irmã mais velha Emily.
Eram tempos difíceis para as elas, pois uma recente tragédia havia deixado Emily Castelan em pedaços.
Olívia resolveu checar se estava tudo bem.
-Emily? -perguntou ela suavemente, bateu de leve na porta do quarto da irmã, mas não obteve resposta alguma, o que era estranho pelo fato das luzes estarem acesas. Decidiu entrar no local, apenas por precaução.
Seus olhos não podiam acreditar estava vendo.
Era Emily, caída no chão ao lado de sua cama.
Olívia caiu de joelhos ao lado de Emily e tentou socorrê-la.
-Ajudem! -gritou Olívia juntando toda a força que ainda possuí lagrimas já tomavam conta de seu belo rosto, e por vezes algumas teimavam em cair sobre o vestido da garota desacordada que estava em seus braços, ela não estava morta, apenas adormecida, em um sono tão profundo que nem mesmo os gritos agonizantes de Olívia eram capazes de desperta-la, mm alguns momentos podia se ouvir a respiração pesada de Emily.
Logo vieram os guardas, as conselheiras, o restante das irmãs, aprendizes... Estavam todos de pé tentando socorrer a senhora do lago.
Por dias todos tentaram o possível, vários feitiços, ervas e poções, mas nada funcionava.
E logo uma velha amiga chegou aos portões do castelo...
-Circe!- disse Olívia se curvando brevemente.
-Sou eu quem deve se curvar agora minha querida. -disse a mulher com uma voz suave. -Como está sua irmã? -perguntou ela encarando Olívia.
-Ela não reage. -Olívia suspirou ruidosamente, olhou para os próprios pés e depois encarou o rosto de Circe. -tentamos de tudo. -Olívia teve de segurar para não chorar mais uma vez.
-Acalme-se está bem? -disse Circe pondo uma das mãos sobre o ombro de Olívia. -Trate de se manter bem para conseguir cuidar de Avalon até sua irmã voltar. -disse ela com um leve sorriso. -estou aqui porque Morgana me pediu. Ela quer que Emily seja levada para Atenas. -Olívia a olhou sem compreender.
-O que? Mas ela está segura aqui em Avalon. Está segura comigo. -disse Olívia ficando nervosa com a simples idéia de não ter Emily ao seu lado.
-Não questione sua mãe, sabe que é inútil. Emily ficará bem, em pouco tempo vai estar de volta. -disse ela tentando consolar Olívia.
Olívia conduziu Circe e alguns de seus guardas até o quarto onde Emily permanecia adormecida.
Antes que os guardas de Circe erguessem Emily, Olívia interferiu.
-Você tem que me prometer que vai cuidar de minha irmã como se fosse sua vida! -disse Olívia segurando o braço de Circe com força, nesse momento ela acabou deixando uma lágrima solitária escorrer por seu rosto.
-Juro que nada de ruim irá acontecer, Sra. de Avalon. -Circe se curvou por um breve momento, e logo já estava de pé.
-Que assim seja! -disse Olívia, soltou o braço de Circe, deu permissão aos guardas para que levassem Emily. -Eu quero notícias! Mande-me corujas várias vezes ao dia se necessário, quero saber tudo! -Olívia secou seu rosto, fazendo sumir qualquer sinal da lágrima que antes esteve ali. -Me mande um relatório sobre o andamento das coisas diariamente. -disse Olívia caminhando apressada ao lado de Circe e dos guardas que carregavam Emily até a carruagem.
-Como quiser. -disse Circe respeitosamente.
-Por favor, não falhe. -disse Olívia por fim, se despediram rapidamente, e a carruagem partiu levando Emily até um lugar onde Circe pudesse aparatar.
Por quatorze anos Emily se manteve no mesmo estado, até que Voldemort retornou ao poder.