A Vida é uma Novela 3: Estrelícia Fugitiva
Olá a todos! Tal como as duas primeiras histórias, esta fic vai ter personagens originais e outras baseadas em personagens de novelas. Desta vez, baseia-se na novela Doce Fugitiva.
Esta história passa-se dois anos depois da segunda história e três personagens voltam: a Aki, a Daphne e o André Marquêz (esta já é a terceira história para o André e a Aki). Se já não se lembram da segunda história, eu faço aqui um resumo:
O Léonio, que tinha abandonado a namorada grávida, volta cinco anos depois para ficar com o filho. Ele ganha a guarda do filho, mas pouco depois é assassinado. Outras pessoas querem ficar com o Chiquinho pelo dinheiro que ele vai receber do falecido pai. No final, descobre-se que afinal o Leónio não era o pai do Chiquinho e a Mione conta ao André que foi ela que matou o Leónio e foge do país. O André fica com a Daphne e a Aki continua à procura do seu amor verdadeiro.
Vamos começar por conhecer as personagens principais.
1. Estrelícia Susana Anjos / Marina dos Santos (Inspirada na personagem "Estrelinha/Maria dos Anjos" de Doce Fugitiva) - 23 anos, alta, cabelo castanho pelos ombros, olhos castanhos.
Acusada por um crime que diz não ter cometido, a Estrelícia acaba por ser presa, mas escapa e assume a identidade de uma freira, mestre em fazer perfumes. Mas conseguirá ela manter o disfarce, fugir à polícia... e ainda apaixonar-se?
2. Leandro Paulino de Noronha (Inspirado na personagem "Leonardo de Noronha" de Doce Fugitiva) - 26 anos, alto, cabelo castanho, olhos castanhos.
Leandro é o filho mais velho da família Noronha. Os seus pais morreram num acidente e agora só restam ele, o irmão mais novo e a tia solteirona deles. Leandro dirige a fábrica de perfumes o melhor que pode e namora com a Aki Peixeira. Com a chegada da Estrelícia, muitas coisas vão mudar.
3. Aki Marisa Peixeira (Personagem da Aki Hiwatari) – 21 anos, estatura média, cabelo castanho pelos ombros, olhos verdes.
Depois da segunda história, a Aki conheceu o Leandro e apaixonou-se logo por ele. Agora já faz um ano e meio desde que namoram e já falaram em casamento. Só que, a chegada da Estrelícia, a princípio benéfica, vai trazer dissabores. Como irá a Aki reagir a isso?
4. Miguel Vicente de Noronha (Inspirado na personagem "Miguel Valente" de Ilha dos Amores) - 22 anos, cabelo castanho, olhos castanhos.
O Miguel é o irmão mais novo do Leandro e não está por dentro do assunto dos perfumes e da fábrica. Ele prefere passar o dia a tirar fotografias e esconde uma paixão secreta, mas não a revela pois tem medo que muita gente saia magoada.
5. Natalina Ermelinda de Noronha (Inspirada na personagem "Natália de Noronha" de Doce Fugitiva) - 43 anos, cabelo loiro, olhos cinzentos.
A Natalina é a tia do Leandro e do Miguel. Ela é uma pessoa vaidosa, preconceituosa e gosta de se meter em tudo, apesar de muitas vezes as coisas não lhe dizerem respeito. Desaprova o namoro do Leandro com a Aki e ainda vai ficar mais zangada com a chega da Estrelícia e a sua aproximação ao Leandro.
6. Xandre Xico Antunes (Inspirado na personagem "Alexandre Antunes" de Tu e Eu) - 30 anos, cabelo castanho, olhos castanhos.
Xandre é o namorado da Estrelícia. Com a fuga e desaparecimento dela, ele fica sozinho... mas o Xandre não é o namorado dedicado que parece ser, pois ele traía a Estrelícia e agora anda em busca de mulheres que lhe possam ser rentáveis.
7. Chicão Barnabé dos Anjos (Inspirado na personagem "Francisco Santos" de Doce Fugitiva) - 58 anos, cabelo cinzento, olhos castanhos.
O Chicão é o pai da Estrelícia e preocupa-se muito com ela. Agora com a fuga da filha, fica muito aflito. Ele tem um café, o Café Estrelícia, que é o seu sustento.
8. Slayra Rute Almeida (Personagem da Slayra Ramba) - 20 anos, cabelo castanho, olhos castanhos.
A Slayra é prima da Estrelícia e sobrinha do Chicão. Mudou-se para casa deles pouco tempo antes da Estrelícia ser presa e fugir, para trabalhar no café. Nunca gostou muito da prima mas quer descobrir a verdade sobre como crime que ocorreu. Tem uma paixão por um rapaz que é namorado de outra rapariga.
9. André Albertino Marquêz (inspirado na personagem "André Marquês" de Morangos com Açúcar) - 22 anos, alto, cabelo loiro acastanhado, olhos verdes.
10. Daphne Deolinda Ishida (Personagem da Daphne Ishida) - 20 anos, alta, cabelo ruivo, olhos azuis.
Eles mudaram de cidade, vivem juntos e estão felizes. Isto é, até que algumas pessoas se metem no relacionamento deles. A Daphne é uma grande amiga da Estrelícia.
11. Clóvis Carlos Mourão (Inspirado na personagem "Clóvis Moura" de O Profeta) - 38 anos, cabelo castanho, olhos cinzentos.
12. Dulcie Luísa Pacheco (Inspirada na personagem "Dulce" de Doce Fugitiva) - 24 anos, cabelo castanho, olhos castanhos.
Clóvis é o motorista dos Noronha e a Dulcie é a empregada e ambos estão decididos a ficarem ricos, dê por onde der. O Clóvis é uma pessoa obsessiva e a Dulcie tem uma ambição desmedida. O Clóvis vê na Natalina um meio de enriquecer e a Dulcie vê o mesmo, mas no Miguel.
Capítulo 1: O Julgamento
No tribunal...
Juiz Alberto Pulga: Com base nas provas recolhidas condeno Estrelícia Susana Anjos a 20 anos de prisão em regime fechado.
Vários murmúrios encheram o tribunal.
Estrelícia: Não pode ser! Eu estou inocente! - gritou ela, enquanto dois guardas a algemavam.
Chicão: Estrelícia! - gritou ele, tentando chegar à filha.
Estrelícia: Ajuda-me pai! Eu estou inocente! - gritou ela, enquanto a levavam dali para fora.
Chicão: Querida, hei-de conseguir provar a tua inocência! - gritou ele.
A Estrelicia foi levada pelos guardas. O Chicão ficou a chorar no meio do tribunal. A sua sobrinha Slayra estendeu-lhe um lenço. A Daphne, amiga da Estrelícia, chorava no ombro do seu namorado André. E o Xander, namorado da Estrelícia, tinha-se afastado deles.
Slayra: Vá tio, recomponha-se.
Chicão: Não consigo... eles prenderam a minha filha.
Daphne: É uma injustiça! - gritou a Daphne, com lágrimas nos olhos. - A Estrelícia nunca mataria ninguém! Acusaram-na de um crime injustamente!
Slayra: Temos de ver pelo lado das provas. O empresário Matias Limão, apareceu morto. A Estrelícia foi encontrada no local do crime com o morto, as suas impressões digitais estavam na arma do crime, ela tinha pólvora nas mãos, as cassetes de vídeo da segurança desapareceram, a Estrelícia tinha motivos para não gostar do Matias Limão... tudo encaixa...
Daphne: Tenho a certeza que não foi ela. Alguém a tramou! Ela coitada chegou ao gabinete do Matias Limão e viu-o morto. Viu a pistola e pegou nela, só para verificar. Por isso ficou com as suas impressões digitais na arma e com pólvora nas mãos. Quanto às cassetes de vídeo, o verdadeiro assassino deve ter-se livrado delas, pois filmavam também o crime que tinha cometido. – explicou ela.
Chicão: Como é que vamos conseguir provar a inocência da Estrelícia?
Slayra: Se encontrássemos as cassetes de vídeo... mas neste momento já devem ter sido destruídas...
André: Provavelmente.
O André e a Daphne tinham-se mudado para São Paulo do Porto, onde moravam há ano e meio, num apartamento. A Daphne tinha conhecido a Estrelícia e tinham ficado logo amigas. O pai da Estrelícia, Chicão, tem um café no bairro. A Slayra, sobrinha do Chicão, tinha chegado para vir passar uns tempos com eles dias antes do assassinato do empresário Matias Limão. Ela estava a trabalhar no café para ganhar algum dinheiro. Xander, o namorado da Estrelícia, namorava com ela há quase dois anos.
Chicão: Para onde foi o Xander? - perguntou ele, olhando à sua volta.
Daphne: Ficou tão abalado que já deve ter ido embora.
No dia seguinte, a Estrelícia ia ser transferida de prisão.
Estrelicia: Eu estou inocente! - gritou ela, enquanto a punham dentro do carro da policia.
Polícia Josefina: Isso é o que todos dizem. - disse ela, entrando também no carro e sentando-se ao lado da Estrelícia.
Outro polícia, Zé Jorge, que estava ao volante arrancou e eles partiram rumo à nova prisão.
Estrelicia (pensando): Não é justo! Não posso ir presa! Não...
Nesse momento, o Zé Jorge ia distraído, ouvindo uma música do Quim Barreiros e não viu um táxi que vinha no sentido oposto. O Zé Jorge largou o volante por uns segundos, para pôr a música mais alta e o carro da polícia foi contra o táxi. Deu-se um grande acidente.
Quando a Estrelícia abriu os olhos, viu que o Zé Jorge e a polícia Josefina estavam desmaiados. Com habilidade, a Estrelícia tirou as chaves que estavam no bolso da polícia Josefina e tirou as algemas que lhe tinham posto.
Ela saiu do carro da polícia e caminhou até ao táxi. O taxista Augusto e a freira Marina dos Santos estavam desmaiados.
Estrelícia: Daqui a pouco pode passar alguém e chamar uma ambulância e a polícia e eu vou ser presa outra vez. Tenho de fugir. Mas com estas roupas descobrem-me logo...
A Estrelícia olhou para a freira e teve uma ideia. Despiu o hábito à freira e vestiu-o ela. Depois, pegou na mala que a freira tinha e saiu dali a correr.
Uma hora mais tarde, estava a Daphne em casa com o André, a verem o telejornal, quando apareceu uma notícia.
Jornalista Angelina: Hoje deu-se um embate entre um carro da polícia e um táxi. Os ocupantes ficaram feridos, a maioria sem gravidade. Uma mulher que ia no táxi está neste momento em estado de coma e não trazia identificações consigo. No carro da polícia ia uma condenada, que iria mudar de prisão, Estrelícia Susana Anjos, que aproveitou o acidente para fugir e agora anda a monte. Qualquer pessoa que tiver informações sobre o paradeiro desta criminosa, contacte as autoridades.
Daphne: Oh, a Estrelícia fugiu... - disse ela, estupefacta.
André: Acho que não vai conseguir fugir por muito tempo. Irão apanhá-la, coitada...
Daphne: Só espero que ela esteja bem...
Entretanto, na casa do Chicão...
Chicão: Ai Jesus! Slayra, a tua prima fugiu! – disse ele, bastante agitado.
Slayra: Eu sei tio. Também estava a ver o telejornal consigo, lembra-se?
Chicão: Eu sei, foi uma força de expressão. Meu Deus, ela não devia ter fugido. Agora vai ser pior.
Slayra: Ah pois. Agora ainda vai fazer com que a pena dela seja maior. - disse ela, abanando a cabeça.
Chicão: Será que ela está bem? Estará ferida?
Slayra: Esperemos que não.
Enquanto isso, a Estrelícia estava escondida numa casa abandonada. Tinha conseguido lá chegar e agora estava a descansar. Ela abriu a mala que tinha tirado à freira e tirou de lá alguns livros. Depois, olhou para um deles e viu que era um diário. Lá dentro tinha escrito "Diário de Marina dos Santos". A Estrelícia abriu-o na última página escrita.
"Amanhã irei para a mansão dos Noronha, para trabalhar na fábrica de perfumes deles. Vou levar comigo todos os meus livros com tudo sobre as essências e os trabalhos que já fiz. Espero dar-me bem na mansão."
Depois havia a morada da mansão e outras coisas. Nessa noite, a Estrelícia dormiu na casa abandonada e no dia seguinte, bem cedo, saiu dali e foi até a uma pequena aldeia. Com aquele disfarce de freira, tinha menos hipóteses de ser descoberta. Ela vagueou um pouco pela aldeia e encontrou um jornal desse dia no chão. Pegou nele.
"Estrelícia Anjos foge. Misteriosa Mulher do Táxi entra em coma."
A Estrelícia leu rapidamente a notícia.
Estrelícia (pensando): Então ninguém sabe quem ela é... pois, eu trouxe a mala dela, com todos os documentos... bom, a minha única saída é tomar o lugar dela! Vou fazer-me passar pela Marina dos Santos até encontrar outra solução. Bom, tenho de chegar até à mansão dos Noronha.
A Estrelícia arranjou um táxi, mostrou a morada ao taxista Barnabé e eles partiram, rumo à mansão.
Enquanto isso, o Xander, namorado da Estrelícia, estava em sua casa, a ler o jornal.
Xander: Estúpida Estrelícia. Que ideia foi a dela para fugir? Agora ainda vai ser pior para ela. É mesmo burra... não acredito que escape muito tempo à policia. – pensou ele.
Algum tempo depois, a Daphne e o André entraram no café do Chicão. O Chicão estava atrás do balcão, mas estava com um olhar enevoado, com o pensamento longe. A Slayra é que estava a atender os clientes.
Daphne: Pobre Chicão, deve estar tão abalado com tudo o que tem acontecido. – sussurrou ela.
André: Também não é para menos. Se ao menos nós pudéssemos fazer alguma coisa para o ajudar...
Pouco depois, a Estrelícia chegou à mansão dos Noronha, pagou ao taxista Barnabé com o dinheiro que estava na mala da freira e ficou a olhar para a mansão. Era uma grande mansão, com um grande relvado verde, uma fonte antiga e muitas flores a abrilhantar o jardim.
Estrelícia: Bom, vamos lá ver se tudo vai correr bem. - disse ela, andando em direcção à mansão.
A Estrelícia chegou à porta da mansão e tocou à campainha. Passados alguns segundos, a Dulcie veio abrir a porta.
Estrelícia: Muito bom dia...
Dulcie: Desculpe mas aqui não damos nenhumas esmolas ou qualquer tipo de dinheiro para ajudar igrejas nem nada disso. – disse ela, rapidamente. - Adeus.
E fechou a porta na cara da Estrelícia. A Estrelícia voltou a tocar à campainha. A Dulcie voltou a abrir a porta.
Estrelícia: Eu não vim pedir esmolas, nem dinheiro.
Dulcie: Ah... bom, também não damos qualquer tipo de alimento, nem roupas, nem nada disso. – voltou ela a dizer. - Adeus.
E voltou a fechar a porta. Já irritada, a Estrelícia tocou novamente à campainha. A Dulcie, também ela já irritada, abriu a porta.
Dulcie: Você é chata! Não pára de tocar à campainha! Se você vem de alguma igreja, dos protestantes ou lá o que forem, não estamos interessados.
Estrelícia: Eu sou a irmã Marina dos Santos. – disse ela. – Vim trabalhar para a empresa Noronha.
Dulcie: Ah! Claro, tinha-me esquecido! - disse ela, um pouco atrapalhada. - Peço imensa desculpa! Não sabia que vinha tão cedo. Entre, entre.
A Estrelícia entrou na enorme mansão e olhou à sua volta.
Dulcie: Bom, os patrões ainda estão a tomar o pequeno-almoço, mas eu vou avisá-los de que chegou. Fique à vontade enquanto espera. – disse ela, o mais cordialmente possível.
A Dulcie deixou a Estrelícia para trás e entrou na sala de jantar onde a família estava a tomar o pequeno-almoço. A Natalina bebia chá, o Leandro servia-se de bolo e o Miguel estava a comer cereais.
Dulcie: Peço desculpa por interromper, mas a irmã Marina dos Santos chegou.
Leandro: Ah, veio mais cedo do que eu pensei. - disse ele, surpreso.
Natalina: Espero que a freira seja alguma coisa de jeito. A nossa fábrica de perfumes precisa de novos perfumes urgentemente. - disse ela, em tom frio.
Miguel: Estou ansioso por conhecer a tal irmã. - disse ele.
Leandro: Vamos terminar rapidamente o pequeno-almoço para a irmos receber.
Natalina: Ah, ela que espere que nós terminemos, ora essa. - disse ela, aborrecida.
O Leandro e o Miguel terminaram rapidamente de comer e levantaram-se da mesa.
Natalina: Então não esperam por mim?
Leandro: A tia é que é lenta. Quando estiver despachada, venha ter connosco. - disse ele.
O Miguel e o Leandro saíram da sala de jantar. A Natalina olhou para Dulcie que ainda ali estava.
Natalina: E você? Está a aí parada a fazer o quê? Vá mas é para a cozinha!
Dulcie: Sim senhora. - disse ela, saindo dali rapidamente. Depois pensou: Mulher estúpida, deve pensar que tem o rei na barriga. No dia em que eu ficar rica, hei-de vingar-me dela!
Enquanto isso, no café do Chicão...
Daphne: Então, como está?
Chicão: Estou muito preocupado com a minha filha. Ainda não há notícias dela. – disse ele, abatido.
Daphne: Eu também estou preocupada. Só não sei... se será melhor ela aparecer ou não.
Chicão: Claro que é melhor ela aparecer!
Daphne: Mas se aparecer, vai presa. Se fugir, estará livre... – disse ela, lentamente, medindo as palavras.
Chicão: Mas terá a polícia atrás dela. Prefiro que ela apareça.
Enquanto isso, o André tinha-se sentado numa das mesas. A Slayra foi até ele.
Slayra: Queres comer ou beber alguma coisa, lindinho?
André: Slayra, pára com isso. - disse ele, incomodado. - A Daphne está aqui perto.
Slayra: E eu ralada. - disse ela, encolhendo os ombros. - Desde o primeiro momento em que falei contigo que te disse que gostava de ti.
André: Não quero saber! Eu namoro com a Daphne, vivemos juntos e eu gosto muito dela. Não vou ter nada contigo!
Slayra: Hunf, isso é o que tu dizes agora. - disse ela. - Bom, parece-me que não queres nada. Vou atender os outros clientes e lembra-te, quando te vir, vou sempre atirar-me a ti, porque te amo.
E afastou-se, deixando o André bastante incomodado.
De volta à mansão dos Noronha...
Leandro: Olá. Deve ser a irmã Marina dos Santos.
Estrelícia: Sou sim. - mentiu ela, apertando-lhe a mão a ele e ao irmão.
Miguel: Uau, você deve ser da minha idade e já é freira!
Estrelícia: Eu ainda sou só noviça. Ainda me faltam fazer os votos. – inventou ela, rapidamente.
Miguel: Tenho de lhe tirar uma fotografia!
Leandro: Depois Miguel, depois. - disse ele. - Bom irmã, o que quer fazer agora? Como chegou hoje, não a vou obrigar a ir para a fábrica já hoje, a não ser que queria. Então, quer ir já para a fábrica de perfumes, para ficar a conhecer tudo ou prefere ficar por aqui hoje?
Estrelícia: Ah, eu acho que hoje fico por aqui para conhecer a casa. – disse ela, que se queria preparar para continuar com a sua farsa.
Leandro: Então tudo bem. Fique à vontade. A minha tia Natalina mostra-lhe a casa.
Miguel: Mas tenha cuidado, porque ela tem uma personalidade... especial. – avisou-a o Miguel, abanando a cabeça.
Leandro: Bom, vamos Miguel.
Miguel: Gostava de ficar mais tempo a falar consigo, Marina dos Santos, mas hoje tenho de ir à fábrica, tratar de uns papéis. Adeus. – despediu-se ele, sorrindo.
Estrelícia: Adeus, até logo. - disse ela, enquanto eles se dirigiam à porta e saiam. Depois pensou: Espero que não descubram a minha mentira.
E assim termina o primeiro capítulo desta história. Será que a Estrelícia irá conseguir manter a sua farsa? Fiquem para ver, nos próximos capítulos.
