N/A: Minha primeira H/G! Que emoção! Haha, essa fic foi feita pro IV Mini-Challenge H/G e levou a prata porque a Fê me ama, obviamente. Primeira H/G que eu publico, isso é um feito histórico. Enjoy!


Nothing to Prove

por Moonlit


- Harry?

Ginny chamou-o ao entrar no quarto, e em algum momento depois disso. Havia acabado de enviar seu artigo para a edição da coluna esportiva do dia seguinte e se preparava para dormir, o corpo cansado pedindo para se recuperar daquele longo e um tanto triste dia.

Haviam levado os filhos para Hogwarts. James, Albus e Lily: pela primeira vez, todos eles foram para a estação a caminho da melhor escola do mundo. A casa estava silenciosa e vazia sem aquelas pestinhas inventando novas brincadeiras a cada minuto. Ginny suspirou em um sorriso triste, sentando-se na cama. Seus filhos eram seu orgulho e felicidade, mas havia um motivo a mais que causasse aquela alegria imensa em tê-los.

Harry era o maior pai coruja da história dos Weasley. Fazia questão de participar de todo e cada um dos eventos da vida de seus filhos: ele ensinou James a voar (o que não foi exatamente aprovado por Hermione, a madrinha), explicou todas as brincadeiras trouxas do mundo que Albus desejasse conhecer, além de não passar uma noite que fosse sem ler contos, trouxas ou bruxos, para Lily antes de dormir. Harry era o ídolo deles, e ele estava satisfeito em saber que pela primeira vez não era por seus feitos heroicos ou por ter ajudado a reconstruir o mundo bruxo, mas porque seus filhos viam nele um exemplo de pai, homem e pessoa. Ela podia ver aquele orgulho nos olhos de Harry, e aquilo a deixava orgulhosa também. De sua família, de sua vida, de tudo o que enfrentaram para que aquilo pudesse acontecer.

E então, Ginny sabia exatamente onde Harry estaria.

Desceu as escadas rapidamente, dirigindo-se ao porão. E previsivelmente, lá estava Harry, sentando sob a luz da fraca lâmpada amarela, fitando um enorme álbum de fotos com uma expressão indefinida. Não se assustou em ver a esposa ali, apenas olhou para ela. Ele tentou falar algo, mas por fim sorriu levemente. Ginny se aproximou, sentando-se em um banquinho ao lado dele. Mas para a sua surpresa, ele não estava olhando o álbum das crianças.

Era o álbum de casamento.

Harry não tirou os olhos dela em momento algum, e eles brilhavam de uma forma tão intensa que ela não conseguiu se mover. Era como se estivesse em Hogwarts novamente, e apenas olhar para Harry fazia seu coração se desvanecer em alguns segundos. E ali, vinte anos depois, ela ainda sentia o mesmo. Ele segurou a sua mão, ainda sem dizer coisa alguma.

Mas não era necessário. Muitas pessoas julgavam Harry e Ginny por falarem pouco sobre e com o outro, como se palavras pudessem explicar o que sentiam, mas eles não precisavam daquilo. Eles se compreendiam de uma forma que transcendia as palavras. Aquilo estava claro para aqueles lhes eram queridos e os conheciam, e era o que importava. Fofocas e tabloides de jornais jamais compreenderiam o quanto eles se amavam. E sinceramente, Ginny pensou antes de sorrir para Harry, o problema era deles.