HARRY POTTER E A MARCHA DOS DEMENTADORES

Disclamer: Os personagens apresentados nessa fanfic pertencem à J.K. Rowling. Eu não lucro nada ao publicar essa fanfic, apenas desejo contar uma história. Boa fic a todos!


1. A Promessa no Lago

Harry Potter enfrentava Voldemort de pé, com as costas retas e a cabeça erguida. Não como o lorde que ele se dizia ser, mas como o homem ardiloso e mesquinho que ele era. Os minutos se arrastavam a medida que eles conversaram palavras frias que as pessoas mais afastadas não podiam ouvir, em meio aquela noite chuvosa de maio. Então subitamente aconteceu. As varinhas se levantaram, os feitiços foram lançados, e o futuro decidido.

Era possível ver a perplexidade estampada no rosto de cada um dos comensais que visualizaram a queda de Voldemort. Confusos, eles não sabiam o que fazer, ou para onde ir. Se lutavam pelo ideal de seu mestre ou se corriam para salvar suas vidas.

Todos estavam perdidos, menos um. Havia um comensal entre eles que sabia exatamente o que fazer.

- O plano – ele não parava de repetir a si próprio – O plano ainda pode prosseguir.

Lentamente ele conseguiu deixar o salão, aproveitando a distração causada pela euforia que tomava conta dos vitoriosos. Enquanto muitos de seus antigos companheiros eram cercados e enviados para Azkabam, ele já estava a quilômetros de Hogwarts, com a mesma idéia fixa em sua mente

Porém, não era nisso que Harry Potter pensava. Nos dias que se seguiram a queda de Voldemort tudo que importava a ele era a vida, a maravilhosa oportunidade de viver que quase lhe escorregou pelos dedos e que agora estava ali, na sua frente, cheia de alegrias e oportunidades.

Os dias eram lentos e calmos. Toda a tensão e adrenalina da última batalha se dissolviam lentamente. Dia após dia, Hogwarts e o mundo mágico como um todo, se reerguiam das próprias cinzas, voltando o mais próximo possível da normalidade.

Em um desses dias, Harry estava sozinho no corujal preparando uma carta para enviar para a mãe de Tonks. Após o trágico destino da filha deles durante a grande batalha de Hogwarts, ele sentiu a necessidade de tentar estreitar os laços com ela e com seu afilhado Ted.

Foi nesse momento que Nevile entrou no local. Ele trazia uma estranha pedra rachada e escura como a noite. Harry imediatamente reconheceu a Pedra da Ressureição e um calafrio tomou conta da sua espinha.

- Bem, essa pedra era a que estava no anel do Dumbledore não era? – disse Neville o entregando o objeto ao amigo – acho que ninguém melhor que você para ficar com ela que você Harry.

- Como... como foi que você a achou Nevile?

- Na floresta proibida. Eu e o Hagrid estávamos voltando de lá quando eu o vi caído no chão, coberto por algumas folhas.

- Então tudo bem, eu fico com ela – Respondeu Harry lentamente...

- Bem, vou voltar até lá, ainda temos muito trabalho ainda para fazer antes da volta do ano letivo! – Neville concluiu animado.

Harry apertou com força a pedra em sua mão. Toda a tristeza, toda a saudade dos mortos que a guerra deixou bateu com força em seu peito. Junto com ela a tentação de usar a pedra mais uma vez, só mais uma vez, para rever seus amigos, seus pais...

Felizmente, esses pensamentos foram subitamente deixados de lado quando alguma coisa chamou sua atenção. A distração abriu repentinamente a porta, mirando os garotos com seus belos olhos castanhos e cabelo ruivo claro:

- O que você esta escondendo? – Gina perguntou ao ver o susto que o garoto tomou

- Nada... – ele respondeu, tendo escondido a pedra a tempo.

- Você não me engana Potter...

- Potter? Desde quando você chama o seu namorado desse jeito?

- Namorado? Não estou sabendo de nada a respeito... – disse a garota se fazendo de desentendida.

- É assim é? – disse o garoto abraçando a garota e lhe dando um beijo de tirar o fôlego.

Enquanto sentia o gosto daqueles lábios Harry teve certeza. Era o futuro que ele queria, e não ficar preso ao passado e se esquecer de viver.

Ao cair da noite ele marcou um encontro com Hermione, a beira do Lago de Hogwarts. A garota estava curiosa pela urgência do convite, embora estivesse serena quando se sentou ao lado dele.

Harry estava com olhar distante e perdido, diferente da animação que aparentava nas últimas semanas. Mirando as estrelas e o brilho da lua refletido no lago ele comentou com Hermione:

- Você consegue imaginar? Daqui a um ano quando nos graduarmos em Hogwarts estaremos aqui, atravessando o lago de volta, com os mesmos barcos que nos trouxeram no primeiro ano...

- Verdade, é tão estranho voltar a pensar em coisas como essa novamente – ela concordou – mas eu vejo como o final de um ciclo. Deixaremos Hogartws e toda essa guerra com Voldemort para trás. Daqui em diante somos livres, para sermos exatamente o que queremos ser.

- Final de um ciclo... é exatamente por isso que eu preciso de você Hermione – ele falou mostrando a Pedra de Ressureição, que pulsava como uma tentação tenebrosa dentro do seu bolso.

- Essa é... a Pedra da Ressureição? – Falou Hermione espantada.

- Isso mesmo – Harry concluiu com melancolia. Eu a abandonei na floresta proibida momentos antes de me entregar para a morte nas mãos de Voldemort. Mas ela de alguma forma voltou para mim, eu sinto que é como uma maldição, ela nunca irá deixar de voltar para mim realmente.

Eu preciso que você a esconda Hermione, o mais fundo e distante que você conseguir. E nunca me diga aonde ou como consegui-la de volta.

Ao mesmo tempo surpresa e orgulhosa da confiança depositada por seu amigo Hermione pegou a Pedra das mãos de Harry e aceitou o desafio.

- Deixa comigo Harry... - a garota respondeu amavelmente. Ao perceber a alegria de Harry, de como a expressão carrancuda se transformou num largo e sincero sorriso, Hermione teve certeza. Aquele era o fim, o final da segunda grande guerra do mundo bruxo.

Após se formarem, todos seguiram em diante com suas vidas. Harry sabia exatamente o que fazer, seguir uma dica que, ironicamente, um comensal havia lhe dado e se tornar auror. Ele bem que tentou persuadir Rony de acompanha-lo, mas o amigo lhe disse que já havia tido "aventuras o suficiente por toda uma vida" e preferiu ajudar o irmão a administrar as Geminialidades Weasley.

Hermione acabou se interessando cada vez mais pela área de Direto Mágico, chegando a trabalhar no ministério na seção de "Direito de seres não-bruxos". Gina, por outro lado, alcançou uma relativa fama nacional ao se tornar a apanhadora titular das Harpias de Holeyhead.

Pouco depois de se tornar oficialmente um auror do ministério, beirando já os 25 anos, Harry tomou uma decisão enquanto ele e Gina estavam visitando uma estância turística em Godric's Hollows. Fazia frio aquela noite, e eles estavam deitado juntinhos na varanda de um bonito chalé em que estavam hospedados, admirando o brilho das estrelas.

Mirando aqueles maravilhosos olhos castanhos que ele tanto aprendeu a amar Harry pediu Gina em casamento. A resposta veio em beijos doces e apaixonados que terminaram em uma noite de amor sobre a luz do luar.

Algumas semanas depois a felicidade do pedido foi encoberta por um terrível acontecimento. Durante um café da manhã, Harry leu uma nota nas páginas internas do "Profeta Diário":

EDITOR DE "O PASQUIM" É ENCONTRADO MORTO

"Morre, aos 45 anos de idade, Xenophilius Lovegood, conhecido editor da revista O Pasquim que conseguiu projeção nacional ao defender o jovem Harry Potter durante a escala daquele-que-não-deve-ser-nomeado ao poder.

O corpo de Xenophilius foi encontrado pela manhã em sua própia casa, por uma vizinha, que planejava lhe fazer uma visita. Além dos ferimentos e escarioções por todo corpo, a confusão e desordem na casa são forte indícios de latrocínio, o roubo seguido por morte.

As autoridades competentes já iniciaram a investigação do caso, embora a falta de evidência dificultem uma conclusão precisa. O editor deixa uma filha, Luna Lovegood, e amigos."

- Meu Deus, a Luna, precisamos falar com ela... – começou Gina perplexa

- Não, não, claro, sem dúvida. Mas essa notícia, não sei...

- Ah Harry, você não acha que são os comensais não é? Que eles querem vingança ou algo do tipo...

- Bem, o pai da Luna realmente ajudou a gente aquele ano. Além disso, nem todos os comensais foram capturados e...

- Harry por favor, pare de pensar nisso. Nem todas as más notícias do mundo são culpa dos comensais! – disse Gina inquieta

- É eu sei, você deve ter razão, mas essa notícia.. sei lá... me deixou com uma sensação estranha...

- Ah querido – disse Gina o abraçando – não se preocupe com isso. Vamos pensar agora na Luna tudo bem? Ela é nossa amiga e precisa do nosso apoio.

Olhando em retrospecto aquela noticia era muito mais que um pressentimento ruim. Mas na verdade uma espécie de primeiro aviso, um mau presságio que anuncia as terríveis provações que estavam por vir. A estranha engrenagem que ligava Harry, Voldemort, Gina e os Comensais da Morte recomeçava a girar... De maneira lenta no início, até gradualmente atingir uma velocidade insana...


N/A: Terminamos assim o primeiro capítulo dessa história! Espero que tenham gostado. Essa fic terá um total de 7 ou 8 capítulos, e prometo que teremos atualizações semanais. Elogios? Críticas? Sugestões? Por favor não hesite em deixar sua opinião nos comentários e até a próxima semana!

5