Reflexos e Reflexões

Resumo: Ginny pensava que sua vida não poderia ficar pior. Isto, até uma travessura de seus irmãos faça com que ela viva sua vida inversamente. O que ela pensara ser impossível agora é real. Ela está do outro lado do espelho, onde seus melhores amigos estão voltados contra ela. Onde todos são o oposto da verdade. E uma vez que Ginny está de volta, ela descobre que nem sempre podemos confiar no que vemos, pois muitas vezes, nossos olhos nos traem.

Para Belinha...

Que esteve sempre aqui quando eu precisei...

Capítulo Um:

Parece estranho. Nunca pensei que irritar meus irmãos pudesse mudar o rumo da minha vida. Era dia 10 de agosto, véspera do meu aniversário... Como se as coisas já não estivessem ruins o suficiente, com o Harry que não olha na minha cara, e meu irmão que não para de trocar os beijos mais nojentos com a Mione na minha frente, mamãe ainda chorando pelo cantos toda vez que sente falta de Perce... Meus pais decidiram fazer uma "festinha" aqui na Toca pra comemorar meus 16 anos... Ridículo... Eles até chamaram aquele pessoal idiota da escola... Na maioria amigos do meu irmão... E ainda por cima—

- Ginny! Arrume a cama extra para Hermione dormir com você!

Minha mãe... Bem o dever me chama...

- Tá... - Ginny subiu as escadas até seu quarto e começou armar uma cama de mal jeito.

- Irmãzinha, irmãzinha... Onde estão seus modos? - perguntou Fred encostando-se na porta.

- Desse jeito não vai sobrar cama pra Hermione dormir! - comentou Jorge casualmente imitando o gesto do irmão.

- Não importa, já terminei. - disse indo em direção a eles - Com, licença?

- Hm, deixe-me ver... Não!

- Fred...!

- Mas que pouco caso, eu sou Fred! - disse Jorge. Ou melhor corrigindo, Fred.

- Tanto faz, você são iguais! - retrucou irritada.

- É aí, bebê, que você se engana... - disse um deles (qualquer um, não vale a pena insistir em qual).

- Argh! - então, Ginny fez aquilo que fazia de melhor. Uma azaração para bicho-papão.

- Sua...! - disse o ruivo caído no chão.

- Ok, mocinha, já chega. - disse o outro indo em sua direção - está na hora de você aprender uma lição.

- Ha! Claro! Fique onde está Fred... Ou Jorge, tanto faz... Hey, pára! Soltem-me vocês dois! - isto porque ela se
encontrava agora, suspensão no ar, erguida cada lado por um dos gêmeos. - Que diabos vocês pretendem fazer comigo? Eu exijo que me ponham no chão agoraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa...

Que fique claro para todos os espectadores, que eles não a puseram no chão. Em vez disso, eles atiraram Ginny em seu espelho. Você esperaria que a garota caísse em cima do mesmo, quebrando-o em diversos pedaços. Entretanto, pode-se dizer que não foi exatamente isso o que aconteceu.

Por que quando Ginny deu por si, ela estava em seu quarto e seus irmãos não estavam mais lá. Mas havia outra coisa que ela não conseguia entender. Porque tudo parecia tão... Diferente? E Porque estava no chão?
Isto ela pode perceber assim que se levantou. Estava errado. Estava tudo errado. Bom, de certa forma não estava errado, por assim dizer... Mas estava tudo... Ao contrário. É, era isso. Definitivamente. Tudo estava exatamente o oposto de como deveria der. Procurou sua varinha no bolso de seu jeans, onde sempre á deixava. Mas surpreendeu-se ao não encontrá-la.

- Fred! Jorge! Eu vou MATAR vocês! - disse e saiu correndo pela porta e virando à direita. Exceto que, a escada não estava à direita. O armário estava. E bem... Não é necessário comentar que ela estava correndo rápido e...

- OUCH! Isso dói!

- Ginevra! GINEVRA! Que diabos está acontecendo? - era a voz de seu pai. Exceto que... Céus! Nunca vira Arthur Weasley tão exasperado. Assim que ele emergiu no corredor, pode escutar o som de pés batendo por toda a casa, provavelmente para ver o que deixara seu pai tão irritado.

- Desculpe pai. Eu caí...

- Ha! Agora além de burra virou cega, também? Olhe a bagunça que você fez! - e com isso apontou para o armário, que tinha várias toalhas e roupas espalhadas pelo chão e por cima de Ginny.

- Eu sinto muito...

- Papai... - não. Agora ela tinha de estar sonhando. Aquele não poderia ser...

- Percy? - era impossível! Ele estava usando um traje de padre, carregando uma bíblia em sua mão esquerda.

- Sim, Ginny? - "Ginny". Era possível se concluir que as coisas estavam fugindo se seu controle.

- Ah... Nada...

- Tsc... Ginevra estúpida... Sempre se metendo em confusão... - disse Fred. Ou seria Jorge?

- Com certeza... - confirmou o outro gêmeo - Arrume logo essa bagunça e ponha umas roupas descentes. Hoje iremos à Mansão Malfoy.

- O quê? Fazer o que?

- Ginevra! Oh Deus, me perdoe! - Molly Weasley estava magra. Subnutrida, com certeza. Mas não parecia doente. Parecia de... Mas não era possível. Ou era? Seria mesmo Molly Weasley capaz de fazer dieta? - Hoje é sexta, criança! - as expressões no rosto da ruiva passaram de espantas para assustadas - Eu sei, eu sei... O tempo passa rápido mesmo... Parece que foi ontem a nossa última visita à Draco e Narciza. Lúcio, que Deus o tenha. - completou fazendo um sinal que Ginny se lembrava de ter visto em uma missa trouxa que seu pai a levara uma vez.

- Então eu acho que eu... Vou me arrumar...?

- Certo Ginevra. Vá logo. - Rony? Por que estava tão frio? Sem mais uma palavra, deu meia volta quando um braço a segurou.

- Aonde pensa que vai com toda essa alegria? - perguntou Arthur franzindo o cenho - Pensa que vai escapar de arrumar essa bagunça?

- Certo... Fred, Jorge, me devolvam a minha varinha, por favor. - essa, definitivamente, não foi uma coisa bem-recebida pela família.

- O quê? Agora você deu pra colecionar gravetos? - sua varinha, um graveto? O que estava acontecendo?

- Ok gente, brincadeira acabou. - disse ela pondo as mãos na cintura.

- Não sei do que você está falando, Ginny.

- Perce! Lógico que sabe!Varinhas, corujas, vassouras, não me diga que eu estou louca, porque eu sei que não estou! - agora, seu rosto estava num tom de vermelho escarlate - Por Merlin nós somos... - ela não foi capaz de completar. É claro! Tudo fazia sentido. Um turbilhão de pensamentos e emoções passou pelos olhos de Ginevra Weasley naquele momento. Tudo estava ao contrário. Seu quarto, sua casa, as personalidades de seus parentes... Tudo indicava uma coisa, e apenas uma coisa - Céus! Nós somos trouxas!

- Escute aqui mocinha... - começou seu pai, mas foi interrompido pelo barulho de uma buzina - Conversamos sobre isso depois. E você pode arrumar isso aqui depois também. Já estamos em cima da hora.

- Ok... - respondeu um tanto incerta. Entrou no seu qurto oposto. Levou alguns instantes até que percebesse onde era seu armário. Quando abriu, teve uma surpresa maior do que poderia esperar. Suas roupas eram simplesmente horríveis. Roupas de trouxas. Depois de cogitar um pouco sobre qual roupa deveria usar, optou por uma saia branca, rodada até seus joelhos e uma blusa verde. Colocou um tipo de sapato que já havia visto nas trouxas... Tais de "dansalhas" ou coisa do gênero.

Saiu do quarto tomando cuidado para não errar o caminho até a porta de entrada. O único problema era; sua família não estava mais lá. Apenas um carro preto extremamente cumprido. Dirigiu-se ao acento ao lado do motorista, mas quando tentou abrir a porta, esta estava trancada. Ao notar sua presença, o motorista saiu do carro pela porta que Ginny estivera tentando abrir. Desviou da garota e abriu uma das portas traseiras para que ela pudesse entrar.

O caminho lhe pareceu durar cerca de vinte minutos. Não fora capaz de reconhecer nenhum dos lugares pelos quais estava passando. Talvez porque tudo estivesse invertido. Talvez porque a Mansão Malfoy não fosse construída para ser encontrada com facilidade. Talvez porque ainda estivesse pasma de que era trouxa e estava a caminho da mansão de um dos maiores Comensais da Morte que já existiram. Exceto que; neste mundo, os Comensais da Morte provavelmente não existiam.

Quando chegou à Mansão Malfoy, não pode deixar de admirar sua beleza. Tinha um estilo inglês colonial como Ginny só havia visto em filmes. Mas ao mesmo tempo, ela parecia envelhecida... Morta... Triste. Bateu incerta na porta. Não tinha certeza do que deveria fazer. Quem a receberia? Certamente que não seria um Elfo Doméstico. Talvez um mordomo? É Definitivamente, seria recebida por mordom-

Ginny teve de deixar seus pensamentos de lado ao ouvir o trinco da porta estalando. E principalmente, não pode pensar em mais nada quando viu quem a recepcionava.

- Boa tarde, Ginevra.

N/A: Hey People! O que acharam? Eu 'tô meio que sem prática em matéria de escrever, mas eu pretendo voltar direitinho... O que estiver em itálico, é uma narração Ginny... Meio que como um diário... E então passa pra memória dela. Idéia, se ficar ruin, avisem! Não prometo atualizações rápidas, mas prometo fazer o possível! Por favor, essa idéia foi meio louca da minha parte, então eu gostaria MESMO de saber o que vocês acharam... Beijos!