Havia acabado, pensava ela enquanto sentia o seu sangue fluindo para fora do corpo. Parecia um sonho, finalmente o demônio que acabará com sua família e com seus amigos se fora, ela vingara ou Exterminadores, mesmo que isso custasse a vida de seu irmão e a sua própria. Não, ainda não havia morrido, mas sabia que isso logo aconteceria. Não tinha mais vontade de viver. Pra que? Toda sua família e todos aqueles que a criaram estavam agora no outro lado, pra que ficar aqui, sozinha?Afinal, seu objetivo já havia sido cumprido, não?

- Sango, onde você está?

Ela pode ouvir Kagome berrar, mas não tinha forças pra responder, não só pelos ferimentos, mas também por que achava que ele também havia ido. Vira ele se atacado por Naraku e cair no chão sangrando. Aquela visão lhe doera tanto ou mais que a de Kohako, o qual teve a fragmento retirado de seu corpo pra que a jóia fosse completada. Ela não vira essa cena acontecer, vira somente o corpo sem vida de seu irmão jogado no chão.

- Kagome, acho que ela está aqui!

InuYasha a achara, devia ter sentido o cheiro de se sangue.

- Ela está viva?

- Está, eu ouço o batimento de seu coração, está fraco, mas bate.

Certo, ponha ela ao lado de Miroku na cabana.

Será que ele estava vivo? Torcia que sim, para que pelo menos ele continuasse a viver.Quando InuYasha a pegou no colo sentiu uma dor horrível transpassar todo o seu corpo, sentia seus ferimentos se abrirem ainda mais. Ficara encarregada de lutar contra Kagura e vencera, infelizmente o preço a se pagar era ter no corpo grandes cortes feitos pela Rainha do Vento. InuYasha de movia com todo o cuidado, pode perceber. Fora colocada no em um chão de madeira e alguém, provavelmente Kagome, começou a tratar de seus ferimentos.

Sentiu algo molhar sua face. Não parecia ser Kagome, pois as mãos que tratavam seus ferimentos não paravam nem tremiam, não aparentavam estar assuntas ou nada do tipo para chorar. As lagrimas cessaram, mas a choradeira não. E ela vinha do seu lado.

-Sango...

Era Miroku! Ele estava vivo! Tentou responder, queria levantar e abraça-lo e não conseguia. De repente tudo começou a ficar preto e a sumir, ela já não ouvia nada nem sentia a dor. Para então ela sentir a dor voltando e com ela as falas do seu amado monge.

-Sango, nós conseguimos...derrotamos o Naraku... Tínhamos uma promessa, você ia ser minha esposa e...

Tudo sumira de novo, tudo preto e sem a dor. Lembrava-se da promessa, e sabia que infelizmente não conseguiria cumpri-la. Mas precisa ao menos dizer a ele o que sentia. Então voltara, toda a dor dos ferimentos agora somando-se a dor que sentia ao tentar falar

-... eu juro que deixarei de ser sem vergonha, mas por favor viva...

-Miro...- Não conseguia falar, estava fraca demais, mas tinha que falar, tinha que dizer a ele o quanto o amava! Fora tão estúpida em nunca lhe contar isso, e agora era tarde.

- Não fale Sango, você não pode se esforçar. Perdeu muito sangue...- sua voz era fraca e rouca, ele ainda chorava- Eu preciso de você do meu lado, preciso do seu sorriso para poder viver! Eu amo o seu corpo Sango, amo como você conseguiu superar tudo o que Naraku te fez...eu...eu...

Mais lagrimas em seus rosto, ele deveria estar sentado, olhando para o rosto dela, onde ela podia sentir as lagrimas caírem. Foi com um esforço sobre humano, tirando forças provavelmente das palavras que ele dissera que, em um sussurro ela lha diz:

- Te...amo...

Ela sentia tudo a sua volta sumir, tudo virar escuridão novamente. Amaria ele por toda a eternidade, mas esperava que ele pudesse ser feliz. Sentiu algo em seus lábios, algo doce e gentil. Algo muito almejado por ela, mas algo que, agora, ela já não sentia mais. Ao longe, via seu pai, seu irmão e todos os exterminadores. Era para lá que iria, tentaria ser feliz e lá esperaria seu eterno amado.