Sumário: Não era necessário que fossem perfeitos, e sim que fossem felizes.
Harry Potter não me pertence.
Presente para a minha Berward. Por tudo.
Essa fanfic não foi betada, então perdoe os erros.
O' Children
We have the answer to all your fears
It's short, it's simple, it's crystal clear
It's round about, it's somewhere here
Lost amongst our winnings
Nick Cave, "O' Children"
Por muito tempo preocupou-se com os filhos que ainda não tinha. Tinha medo que eles fossem feios em aparência já que ela não era tão bonita quanto gostaria; que eles fossem abortos por um azar do destino, e que talvez não fossem tão bem-sucedidos – fosse na carreira ou em encontrar um bom partido para se casar. Costumava passar dias e horas olhando-se no espelho, tentando imaginar como as crianças que sairiam de seu ventre seriam, e em todos esses dias e horas, chorou de preocupação. Era uma menina doce e cheia de amor, que sempre soube que o mundo era feito de pessoas fortes – e ela era fraca, muito fraca.
Com o passar do tempo, entretanto, descobriu que o mundo não media força ou poder ou dinheiro; media esforço e bondade. O menino Potter e seus amigos fracassados triunfaram contra todos os males possíveis, e a única coisa que ela fez foi provar ser algo que o mundo não desejava. Viu seus ideais e conceitos entrarem em choque com a esperança, e depois caírem por terra, até que sobrou apenas uma menina nua escorada em uma parede, chorando por tudo o que não fez – o que inclua os erros que podia e não cometeu.
Então veio uma mão, um sorriso, um voto de confiança. Com tudo isso, vieram outras coisas, outras razões para viver, outros motivos de se chorar, e verdadeira vontade de rir do passado. Os amigos que ela fez, ela abandonou por melhores – não em aparência, mas em coração (mas veja só, os amigos abandonados tinham os mesmos rostos de seus novos, e os mesmos nomes também).
E quando veio o anel, o véu, o último sim, e a ideia de ter filhos se fez real e palpável com enjôos e contrações, a menina crescida e chorona percebeu que não importava. Simplesmente não importava.
Não importava se eles tivessem cabelos pretos lisos, cabelos marrons arrepiados, cabelos pretos arrepiados. Não importava se eles tivessem olhos pretos ou verdes ou uma junção dos dois. Não importava se fosse alto ou pequeno, se tivesse nariz perfeito e bochechas que casavam com o resto de seu corpo e rosto. Não importava seu nome, sua conta bancária, se era puro-sangue ou mestiço ou um aborto qualquer. Não importava de qual Casa eles fossem, se o partido fosse bonito ou se ele
Não era necessário que fossem perfeitos, e sim que fossem felizes.
E eles foram.
E Pansy foi.
N/A.: Para a Berward. Por todo o apoio, as conversas bobas no MSN, as discussões filosóficas no 6v, e sua capacidade de mostrar que tudo é possível no mundo.
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