Cafuné

Autora: Juliana Alves

Beta: Michelle Neves

Categoria: Jisbon, Romance, Humor

Classificação: PG-13

Advertência: Nenhuma

Capítulos: One-Shot

Completa: [x] Sim [ ] Não

Disclaimer: Jane e Lisbon não me pertencem. Infelizmente Bruno Heller é o culpado de nos fazer sofrer.

Resumo: A vida aprecia boa, finalmente, para Lisbon e Jane e após se acomodarem na nova casa eles precisavam de um pouco de cafuné.


Lisbon entrou no quarto e colocou mais uma caixa no chão, ela estava exausta e sentou na única cadeira vazia do ambiente. Jane entrou em seguida também com uma caixa na mão, estava com metade da camisa desabotoada e aparentava estar mais cansado que ela.

"Me lembre que na próxima vez que mudarmos devemos chamar o Cho e o Rigsby". Falou ele e limpou a testa.

"Culpa sua, eu queria chamar uma equipe de mudanças e você não quis". Disse ela e revirou os olhos.

"Eu só achei que seria legal fazermos isso sozinhos". Comentou ele fazendo biquinho. "Eu queria ficar a sós com minha esposa".

Sorrindo ela balançou a cabeça e se levantou, passo a passo foi até ele e enlaçou seu pescoço.

"Eu também queria ficar a sós com você. Meu marido". Disse ela divertida. "Mas agora estamos suados e cansados, e agora só quero tomar um banho, jantar e dormir".

"Você sabe acabar com um clima, sabia?" Mas antes que ela pudesse se defender ele colocou um braço na cintura dela e a beijou apaixonadamente.

Aos poucos foram se soltando, Jane sorriu abertamente e colou a testa com a dela.

"Eu estou tão feliz". Disse ele. "Obrigado".

Lisbon ficou emocionada com o comentário, ela era sempre pega de surpresa quando ele vinha com uma declaração dessas ele a fazia feliz de um jeito único e isso a deixava cada dia mais apaixonada. Principalmente agora que tinham se casado, ele era incrivelmente romântico e apaixonado, e ela sabia que era a mulher mais sortuda do mundo.

"Eu também te amo". Falou ela e o beijou novamente. "Mas agora eu realmente preciso tomar um banho e comer".

"Ok, mulher cruel. Chinesa?"

"Isso mesmo. Por isso que te amo tanto". Disse ela com um sorriso e foi em direção ao banheiro.

...

O quarto ainda estava desarrumado, a cama ainda não tinha sido montada e tinha mais caixa que espaço, mas mesmo assim eles tinham conseguido colocar o colchão no chão e ligado a TV.

A primeira a terminar o jantar foi Lisbon, ela já tinha descido e jogado as caixinhas de comida no lixo. Voltando para o colchão ela sentou atrás dele e começou a brincar com seu cabelo, na TV estava passando um filme de comédia e eles se divertiam assistindo.

"O que você acha do novo escritório?" Perguntou ele de repente.

"Muito bom, agora estamos em família". Disse ela refletindo. "Temos muitos contatos e isso é ótimo para os negócios".

"Verdade. O melhor é que ficamos mais pertos um do outro". Disse ele e sorriu.

Lisbon realmente estava feliz em sair do FBI e se juntar com seus antigos subordinados, era divertido ver que eles ainda a chamava de chefe, mesmo agora eles sendo sócios.

O lucro da pequena empresa era o suficiente para sustentar as três famílias, já que Cho se juntou a eles também e se casou com Annie, uma das agentes do FBI.

"Rigsby ligou para você?" Perguntou Lisbon ainda brincando com seus cachos.

"Ainda não, por quê?"

"Ele e Cho vão fazer uma festa só de garotos, para comemorar a nossa entrada na empresa".

"Oh.. isso é legal, mas por que só de meninos?" Questionou ele curioso.

"Por que eles vão querer ir para aquele jogo idiota de beisebol. E Grace não quer levar Maddie". Disse ela com um sorriso.

"Mas para o futebol americano ela leva a pequena". Disse ele divertido.

"Eu sei". Disse Lisbon se divertindo também. "Mas isso foi a desculpa que inventaram para me arrastarem para o shopping, você sabe como Grace e Annie são.. elas querem que eu me divirta a todo custo, como se shopping fosse a coisa mais maravilhosa do mundo".

"Você já disse isso a elas?" Questionou com diversão.

"Claro que não.. a Grace pode até entender, mas a Annie vai ficar magoada". Disse ela como se fosse óbvio. "Mas sabe de uma coisa? Eu me divirto com elas e a gente pode fazer coisas de meninas sem vocês para nos apressar".

"Se você diz". Comentou ele um pouco sonolento, o cafuné que ela fazia o estava deixando com muito sono. Ele sorriu ao lembrar que ela pegou a mania de brincar com seus cabelos depois que começaram a namorar. "Teresa.. você gosta de brincar com meus cabelos?"

"Eu gosto, você parece selvagem".

"Selvagem?" Perguntou ele malicioso.

"Sim.. totalmente selvagem". Disse ela ao pé do ouvido dele, Jane tentou até esconder, mas todo seu corpo reagiu a voz dela e ele sorriu.

"Selvagem como um leão?" Disse ele e a derrubou de costas no colchão. Virando-se rápido ele começou a avançar. "Vem cá, o rei quer brincar".

"Nope.." Disse ela gargalhando e se afastando dele, mas seus esforços foram em vão, pois ele conseguiu prendê-la em seus braços.

"Você quer desafiar o leão?" Perguntou ele e a encarou profundamente.

"Rei, r-r-rei.. Oh não, eu conheço esse olhar. Por favor não, nã.." Ela não chegou a terminar a frase, as mãos deles começaram a fazer cosquinhas nela. Ela tentava a todo custo sair de perto, mas não tinha jeito.

De repente ela sentiu as mãos irem embora e todo o peso do corpo dele no seu. Ele estava a encarando com aquele brilho de adoração, como se ela fosse a pessoa mais maravilhosa e preciosa do mundo.

"Tess.."

"Uh?"

"Seja minha leoa?" Jane questionou, mas nem deu a ela a chance de responder. Ele a beijou profundamente enquanto suas mãos entravam por dentro de sua blusa e ele a tocava com paixão.

Com rapidez ela tirou a camisa dele e separou suas bocas por alguns segundos:

"Eu serei o que você quiser".

E voltou a beijá-lo.

...

Três meses tinham se passado e eles estavam ainda mais felizes com a rotina do dia a dia. No dia seguinte eles iriam fazer um almoço para os amigos e Lisbon estava arrumando algumas coisas no quintal, ela tinha saído mais cedo do escritório com essa desculpa. Ao ouvir o motor do carro de Jane ela correu até o quarto.

Jane entrou em casa e ia chamar por Lisbon quando viu um papel colado no chão, seu coração disparou e ele sentiu um arrepio atravessar sua coluna, isso não podia estar acontecendo de novo. Mas ele então percebeu que era a letra de Lisbon que tinha no papel e suspirou aliviado. A frase dizia simplesmente: "Siga as pegadas, leão.".

Ele sorriu divertido ao ver que ela tinha realmente colado as pegadas de leão por toda casa, ele foi seguindo a trilha. A cada 4 metros ele encontrava um papelzinho e ia lendo intrigado até que chegou ao quarto e encontrou mais um na porta. Ficou ainda mais confuso, pois parecia que a frase estava incompleta.

Ao abrir a porta do quarto encontrou Lisbon sorrindo com uma caixinha nas mãos, na tampa estava escrito a mesma frase, agora completa:

"Agora dentro de mim batem dois corações por você."

Quando finalmente entendeu o que a frase queria dizer ele sentiu seu coração se aquecer e lágrimas encherem seus olhos.

Ao abrir a caixa encontrou um teste de farmácia, um par de sapatinhos azuis e uma foto da ultrassonografia.

"Oh Deus, você está grávida". Disse ele sem conseguir conter as lágrimas e indo até ela. Ele então a envolveu em seus braços e a beijou singelamente. E com delicadeza ele beijou a barriga dela. "Eu vou ser pai".

"Sim, você vai". Disse ela sorrindo, lágrimas de felicidades também marcavam seu rosto e ela acariciou seus cabelos. "Vamos ter um bebê, Patrick".

Ele a encarou e acariciou seu rosto.

"Eu te amo, Tess". Disse totalmente emocionado. "Você me faz o homem mais feliz do mundo".

"Tudo por você, meu amor". Ela o abraçou também.

...

Era uma manhã de quinta-feira quando Patrick Jane acordou com um gemido de dor de sua companheira, meio desesperado ele se levantou num pulo e começou a pegar o que precisava para levá-la ao hospital. Isso quase o levou a cair da escada e quebrar o pescoço.

Mas tudo valeu a pena depois.

O parto durou quase quatro horas e Jane por pouco ficou sem a mão de tanto que Lisbon apertou, mas no final do dia quando eles tinham o seu pequeno anjo nos braços nenhum deles lembravam da dor. Principalmente quando os olhinhos verdes-esmeraldas da pequena Sophie se abriram para ver seus pais.

Fim